sexta-feira, 26 de novembro de 2010

LIÇÃO 9 – O FIM ESTÁ PERTO!

Comentarista: Ciro Sanches Zibordi



Objetivo

Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
  • A compreender o propósito do apostolo Paulo ao escrever aos tessalonicenses acerca da volta do SENHOR; conscientizar-se de que em nossos dias já opera as forças do mal e o espírito do Anticristo.

 
Para refletir

“Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora.” (1 Jo 2:18 – ARC)

Para ver isto nem precisa ser uma pessoa espiritual, qualquer um com bom senso, pode perceber a maldade que há na maioria das programações e principalmente nas novelas e muitos filmes, que estão cheios de violência, engano, traições, imoralidades. Novelas mostrando diariamente a infidelidade conjugal o sexo livre, sem compromisso, entre a juventude, incentivo ao namoro de crianças e outras coisas terríveis. Agora imagine o efeito na formação da personalidade de uma criança que ainda não sabe distinguir a fantasia da realidade. A criança que ainda vê tudo com inocência, acreditando que aquilo tudo é a realidade da vida.

Deus quer alistar soldados nesta última hora, soldados como Josué. Assim como operou maravilhas naquele tempo o Senhor também fará em nossos dias.

Aliste-se.

Texto Bíblico: 2 Ts. 2:1-12.

Introdução

A última hora, o Senhor poderá vir a qualquer momento, por isso é necessário estar preparado. Quando Ele vier não haverá tempo de ir preparar-se. O arrebatamento dos salvos será em frações de segundos. "num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." (1 Co 15:52);

Epistolas de 1º e 2º Tessalonicenses

1º Tessalonicenses

Autor: Paulo
Data: Cerca de 51 d.C. – em Corinto
Tema: A segunda vinda do Senhor Jesus
Palavras-chave: vinda, fé, esperança, caridade

Contexto Histórico e Data

O evangelho chegou à Europa pela primeira vez em 49 d.C. Isso aconteceu quando em sua segunda viagem missionária, Paulo e seu grupo responderam à visão noturna do homem macedônio e navegaram de Trôade para a ilha egéia de Samotrácia e, depois para Neápolis (At 16.8-12) Aqui, o apóstolo encontrou a negociante Lídia, exorcizou o espírito de adivinhação de uma jovem escrava e foi publicamente espancado e erroneamente preso. Ao saber que Paulo e Silas eram cidadãos romanos, as autoridade imperiais se desculparam, libertaram os apóstolos e os incitaram a deixar a cidade (At 16.13-40).

Viajando cerca de 150 km em direção a sudeste, Paulo e Silas chegaram a Tessalônica. “Como tinha por costume”, relata Lucas, Paulo foi para a sinagoga do local e pregou durante várias semanas, argumentando que Jesus, o filho do carpinteiro de Nazaré, era de fato o Ungido - o Messias - prometido há muito pelas Escrituras (At 17.1-3). Aqui, Paulo estabelece a segunda maior igreja do continente europeu.

Tendo recebido o nome da irmã de um rei macedônio no final do séc. IV aC, a cidade de Tessalônica era a capital do distrito da província romana da Macedônia e possuía um excelente porto natural . Localizava-se na famosa Via Egnatia, uma grande estrada militar romana que ia desde a costa balcânica ocidental até a atual Istambul. E era governada por politarcas - uma classe de oficiais peculiar à região. (At 17.6 –  “magistrados da cidade”).

Os líderes Judeus não estavam contentes com a mudança dos seguidores da sinagoga . Eles então fizeram acusações de que Paulo e seu grupo tinham “virado o mundo de cabeça para baixo” - Uma acusação muito séria, muito próxima da rebelião civil do que o dano público sugerido pelo longo uso de palavras familiares. Chamar Jesus de “Senhor” era empregar um título de outra forma aplicado ao imperador: “Todos estes procedem contra os decretos de César, dizendo que há outro rei, Jesus” (At 17.7) Muito possivelmente, as autoridades romanas que revisaram o caso tenham incluído os maridos das “mulheres distintas” persuadidas por Paulo. A ira deles pode ter piorado as hostilidades judaicas.

Como não conseguiram encontrar Paulo, seu anfitrião Jasom foi preso, de modo que Paulo ter de pagar fiança. À noite, Paulo e Silas partiram secretamente para Beréia — 100 km a sudeste. “Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam que a palavra de Deus também era anunciada por Paulo em Beréia, foram lá e excitaram as multidões” (At 171.3). Portanto em três cidades sucessivamente –  Filipos, Tessalônica e Beréia –  Paulo e seu grupo partiram em meio à inquietação civil e tiveram seu trabalho interrompido no meio. Foi essa a recepção inicial do evangelho no continente europeu.

Dos cálculos baseados na inscrição de Gálio— uma cópia pública de uma carta do imperador romano ao procônsul de Acaia— Pode-se afirma que 1 Tessalonicenses foi escrito em 51 d.C

Conteúdo

Escrita primeiro em um tom de alívio e gratidão, o livro é marcado pelo agradecimento em relação ao crescimento da igreja na ausência forçada de Paulo. A carta não contém um teologia elaborada como Romanos, nenhuma repreensão ou heresia ameaçadora como Gálatas, nem conselhos pastorais extensivos como em 1Corintios.

Os caps. 1-3 ensaiam as lembranças de Paulo sobre seu ministério entre eles, sua preocupação com o estado da fé que eles tinham, a comissão de Timóteo para voltar a igreja, seu deleite notável em saber da fé inabalável deles

Os caps. 4-5 contêm as exortações características sobre assuntos como pureza sexual (4.1-8; 5.23), caridade responsável ( 4.9-12), estima e apoio aos líderes (5.12-13), paciência e solidariedade em relação à várias necessidades humanas (5.14-15).

A resposta de Paulo encheu de esperança e, portanto, de consolo, aqueles que choravam pela perda de pessoas queridas. Os mortos em Cristo, na verdade, seriam os primeiros a serem ressuscitados. Os cristãos vivos se uniriam a eles e seriam arrebatados para encontrar o Senhor no ar este estar para sempre com ele, Um grande Consolo!.

A linguagem de Paulo descrevendo a vinda de Jesus dista dois milênios do vocabulário da tecnologia urbana. O povo mediterrâneo do séc. I estava bastante acostumado a chegada (“vinda”) esplendorosa, alegre e antecipada de um visitante real. No dia indicado, os cidadãos sairiam da cidade para encontra o visitante real — que vinha com um amplo cortejo. Grito de aclamação e boas-vindas surgiria à medida que ele passasse, e aqueles que rodeassem a estrada então se uniriam ao monarca que iria a um determinado. Ali seriam feitos reconhecimentos e premiações especiais (2.19). Havia alegria e admiração com a chegada esplendorosa do rei. Assim há de ser quando os vivos e os mortos forem para cima, para encontrar o rei que vem do céu.

O tema da volta de Cristo, embora concentrado em 4.13-18, também é abordado em 5.1-11. Na verdade, a vinda de Cristo acontece de um final de carta (1.10) ao outro (5.23). Cada capítulo em 1 Tessalonicenses refere-se a esse acontecimento futuro decisivo.

Esboço de 1º Tessalonicenses

I. Começo típico da carta 1.1
II. Lembrança do Ministério de Paulo 1.2-3.13
III. A espera da volta de Cristo 4.1-5.11
IV. Conselhos finais 5.12-28

2º Tessalonicenses


Autor: Paulo
Data: Cerca de 51 d.C. – dada a semelhança das condições refletidas pelas duas epistola aos Tessalonicenses, pode se concluir que Paulo escreveu a segunda carta algumas semanas após a primeira. Também escrita em Corinto.
Tema: Dia do Senhor, corrigir as informações errôneas acerca da volta do Senhor; corrigir as desordens que se estabeleceram na Igreja.
Palavras-Chave: Dia do Senhor, homem do pecado, tradição.

Contexto Histórico e Data

A volta do Senhor é de importância central em ambas as cartas. 1 Tessalonicenses revela que alguns tessalonicenses estavam perplexos com a morte de pessoas amadas e temendo perder a volta do Senhor Jesus. Em 2 Tessalonicenses, surge um problema diferente, relacionado à volta do Senhor.

Tanto em 1 como em 2 Tessalonicenses (1.4-7), está claro que os crentes sofreram algumas perseguições e opressão — da mesma forma que Paulo e Silas. A preocupação de Paulo com a estabilidade espiritual da Igreja o levou a enviar Timóteo e a expressar, escrevendo a primeira carta, uma alegre satisfação por conhecer sua saúde espiritual (1Ts 2.17-3.10). A estabilidade e persistência e paciência em meio às adversidades, atraíam o louvor e a gratidão freqüentes do apóstolo (1Ts 1.3; 2Ts 1.4). Ainda assim, havia preocupações evidentes sobre as atitudes desequilibradas relacionadas com a volta do Senhor.

“Ouvimos”, diz Paulo (2.11), “que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando...” Pelo visto, parar de trabalhar era instigado por uma doutrina errônea de que alguém, desarmado, tinha trazido para Tessalônica uma doutrina que anunciava que “o Dia de Cristo estivesse perto” (2.2). Tal doutrina pode ter uma origem falsamente reivindicada pelos carismáticos (“por espírito” -2.2). Ou pode ter surgido em uma carta falsamente atribuída a Paulo.
Qualquer que seja a fonte da doutrina errônea, Paulo rapidamente escreveu 2 Tessalonicenses para ressaltar a maneira correta de compreender a volta do Senhor. Esse dia, esclarece ele, não acontecerá até que determinados acontecimentos ocorram. Em primeiro lugar, haverá uma apostasia e, mais importante, o homem do pecado será revelado — “O filho da perdição” (2.3). Essa figura, chamada de“anticristo” nas cartas de João, se autodenominará Deus (2.4). Ele enganará a muitos, pois terá grandes poderes, incluindo a capacidade de realizar prodígios (2.9). O espírito de tal figura, “o ministério da injustiça” (2.7) já operava nos dias de Paulo. Mas um poder — não identificado claramente pelo apóstolo – resiste e controla o homem do pecado de forma a impedi-lo de interferir na consumação do curso dos acontecimentos humanos por Deus através da volta de Cristo na segunda vinda. Duas vezes em 2 Ts (2.15; 3.16). O apóstolo apela para a “tradição” - crenças fixas dentro das igrejas — como uma verificação sobre a doutrina carismática. Freqüentemente nas cartas tessalonicenses, ele relembra seus leitores a continuar com as coisas que ele ensinou antes (1Ts 2.11-12; 3.4; 2Ts 2.5,15; 3.4,6,10,14). Já nessas cartas, provavelmente os mais antigos livros do NT a serem escritos, está se desenvolvendo um corpo de crenças cristãs definidas.

Esboço de 2º Tessalonicenses

I. Começo típico da carta 1.1-4
II. Doutrina 1.5– 2.12
III. Exortação 2.13-3.16
IV. Comentários finais 3.17-18

I. O arrebatamento da Igreja, o Tribunal de Cristo, e as Bodas do Cordeiro.

1. O arrebatamento da Igreja - 1 Ts 4.13-17 - será um evento no qual todos os salvos de todas as épocas serão levados pelo Senhor para viver com Ele para sempre

1.1. Quando ocorrerá 

Na verdade, o período é indeterminado. Mas podemos ter uma idéia da sua proximidade, pelos sinais descritos na Bíblia. (Mt 24.36, 45-51)

1.2. Os participantes 

a) O Senhor Jesus Cristo
b) O Arcanjo
c) Os santos vivos
d) Os santos mortos

1.3Características especiais do Arrebatamento

a) Os ímpios não vão perceber Jesus arrebatando sua Igreja (1 Co 15.51-54), porque o arrebatamento será num abrir e fechar de olhos. Depois, logicamente, perceberão a falta dos salvos.
b) O processo do arrebatamento também será um processo de transformação do corpo. O nosso corpo será igual ao do Cristo ressuscitado (1 Jo 3.2). Na verdade, não será nem só o corpo e nem só o espírito, mas um corpo espiritual, que tem características tanto de um corpo (Lc 24.41-13), como de um espírito (Jo 20.19).
c) A partir daí, nunca mais os servos de Deus passarão qualquer dificuldade ou pecado (1 Ts 4.17; Ap 7.15-17) e estarão livres da condenação de Deus que virá sobre toda a terra: a grande tribulação (1 Ts 1.9, 5.9; Ap 3.10)

Obs.: Arrebatar significa "tomar uma coisa com rapidez".

2. O Tribunal de Cristo - 1 Co 3.11-15 - será um evento no qual todos os santos que vieram do arrebatamento serão julgados.

2.1Quando ocorrerá

Por uma questão de lógica, cremos que o Tribunal de Cristo acontecerá logo após o arrebatamento da Igreja e antes das Bodas do Cordeiro: entre um julgamento e uma festa para o povo de Deus, o que virá primeiro? Também não podemos confundir o Tribunal de Cristo com o Juízo Final, pois no Tribunal não haverão condenações (vv. 13 e 14).

2.2Como sucederá

A obra de cada um será provada (v.13), isto é, tudo o que nós fizemos durante a nossa existência neste mundo. O v.12 fala de seis tipos de materiais: os três primeiros (ouro, prata e pedras preciosas) resistirão ao fogo provador do Senhor mas os três últimos são inflamáveis (madeira, feno e palha). Esses materiais serão as nossas obras, de acordo com o que fizermos. Assim, as coisas da nossa vida que foram corretas perante Deus resistirão à prova do fogo (v.14), e aquelas que forram erradas perante Deus serão destruídas. De acordo com as obras corretas, será o nosso galardão, ou seja, a nossa recompensa eterna (v.14).

Obs.: O fato de que ninguém será condenado não quer dizer que um crente vai entrar no Céu sem ter feito obra alguma. Certamente, quem é santo faz, de alguma maneira, a obra de Deus. Tirando as exceções (Lc 23.43) a diferença é que alguns fazem mais obras do que os outros (Mt 13.23).

3. As Bodas do Cordeiro - Ap 19.7-9 - será a maior festa que já existiu em toda história da Criação. Será o momento em Cristo se casará com a Sua noiva perante Deus: a Igreja (2Co 11.2, Ef 5.32,33).

3.1 Quando ocorrerá

Pela lógica, será logo após o Tribunal de Cristo. Tanto as Bodas do Cordeiro com a grande tribulação ocorrerão após o arrebatamento da Igreja.

 3.2 Como sucederá
Será uma tremenda festa, na qual cearemos juntamente com o Senhor (Mt 26.29), e certamente seremos apresentados ao Pai.

 3.3. Os componentes da Festa

a) O noivo - o Senhor Jesus Cristo
b) A noiva - a Igreja
c) O celebrador - Deus Pai
d) Os convidados - provavelmente, os santos do Antigo Testamento - Jo 3.29

II. A Grande Tribulação.

A Grande Tribulação - Mt 24.15-29 - será o período em que Deus derramará Sua ira sobre toda a terra. Mas não só isso. A Grande Tribulação um tema muito difícil em Escatologia, pois envolve acontecimentos complexos e relacionados entre si, no mundo material e no mundo espiritual. A Grande Tribulação será o primeiro passo para o fim da nossa realidade, e a instauração de um perfeito estado eterno. Ela começa com a determinação dos castigos divinos e termina com o julgamento das nações.

1. Os objetivos divinos para a Grande Tribulação

1.1 Castigar a humanidade por não ter se arrependido dos seus pecados, mesmo após o sacrifício de Seu Filho Jesus Cristo. (Ap 6.16,17 e Ap 9.18-21)
1.2 Provar o povo de Israel e convertê-lo ao Redentor. (Es 20.33-44, Jr 30.6-9 e Lc 1.30-33)
1.3 Preparar o caminho para a instauração do reino milenar. (Ap 19.13,14 comp. Ap 20.6)

2. O tempo da Grande Tribulação

2.1 As setenta semanas de Daniel

Para entendermos o tempo da Grande Tribulação, precisamos fazer uma análise profunda de Dn 9.24-27. Deste texto, podemos ver as setenta semanas de Daniel. Estas semanas não podem interpretadas ao pé da letra. Por quê?

a) As semanas estão determinadas até o "fim dos pecados... e trazer a justiça eterna." (Dn 9.24). Se levamos ao pé da letra, a "justiça eterna" seria trazida 490 dias depois da reconstrução de Jerusalém. Sendo que a reconstrução foi em 445 a.C., todos os pecados já não existiriam mais 444 a.C. E isso aconteceu? Não!!
b) Se levarmos ao pé da letra, depois de 483 dias, o Messias seria morto. E todos sabemos que Jesus só morreu 483 anos depois de a cidade ter sido reconstruída.
c) Há, na Bíblia, algumas vezes, a expressão "semana de anos". Ou seja, os judeus, em alguns casos, falavam de "semana" referindo-se a um período de 7 anos (Gn 29.25-29 e Lv 25.3,4).

Sendo assim, concluímos que as setenta semanas de Daniel correspondem a um período de 490 anos. E este período pode der dividido em 3 partes:

a) Restauração e edificação de Jerusalém (v.25): sete semanas. Isto foi no tempo de Neemias, aproximadamente em 445 a.C. (Ne 2.3-8 e Ne 3.1). O livro só fala da reconstrução do muro e do templo, mas as sete semanas falam também das ruas e certamente podemos falar das casas.
b) O surgimento e morte do Messias (v.26): 62 semanas. Depois das sete semanas, e após a reconstrução de Jerusalém (396 a.C.), passaram-se mais 62 semanas (434 anos). Somando 434 anos de 396 a.C. chegamos ao ano 32 d.C, que é aproximadamente quando Jesus morreu. Até aqui já se passaram 69 semanas (483 anos).
c) O surgimento do "príncipe" (vv. 26b e 27): a última semana. Esta será marcada por um "príncipe que fará um concerto com muitos". E no meio dos sete fará "cessar o sacrifício e a oferta de manjares", ou seja, destruirá a religião e o povo judeu. A última do v.27 diz que o fim de tudo isso já está determinado. Se compararmos o v.27 com Ap 11.1,2, 12.6 e 13.5-7, vamos concluir que o "príncipe" é o ANTICRISTO.

Obs.: Percebemos que o texto não fala do surgimento e crescimento dos seguidores do Messias, ou seja, a Igreja. Na profecia, o anticristo vem logo após a morte do Cristo. Jesus já morreu, mas o anticristo ainda não surgiu. Então, entre o v.26 e o 27 há um intervalo que já dura mais de 2000 anos. É como se o relógio de Deus tivesse parado depois que Jesus morreu. Mas esse relógio pode voltar a rodar a qualquer momento, pois a Igreja pode ser arrebatada a qualquer hora.

3. Os momentos da Grande Tribulação

A Grande Tribulação será marcada por 4 momentos: 1) Determinação dos castigos divinos; 2) Os 3,5 primeiros anos; 3) Os 3,5 anos finais e 4) A batalha do Armagedom

3.1 A determinação dos castigos divinos 

O livro do Apocalipse tem tantas referências sobre o castigo divino que é melhor cada um ler o livro inteiro. Porém, vamos nos restringir aos 4 cavaleiros do Apocalipse (6.1-8). Eles resumem todos os castigos divinos. Cada um mostra uma dimensão da realidade ba Grande Tribulação.

a) O cavaleiro branco (vv.1 e 2): a dimensão política. Na opinião de muitos estudiosos da Bíblia (incluindo a minha pessoa), este cavaleiro branco é o anticristo, pois todos os selos representam o castigo divino. Além do fato de que Cristo nunca foi representeado com um arco. Este vitorioso vai conseguir um grande destaque no mundo pelos atos de governo que realizará, como por sinais sobrenaturais. O branco aqui significa a vitória que ele terá neste mundo.

b) O cavaleiro vermelho (vv. 3, 4): a dimensão social. Sabemos que a cor vermelha sempre está relacionada às emoções fortes. Lembremo-nos, por exemplo, do que um touro pode fazer se ver alguém vestido de vermelho ou da cor da pomba-gira. Assim, este cavaleiro será o símbolo dos conflitos sociais. Isso inclui o aumento desenfreado do pecado, das desigualdades entre ricos e pobres, resultando no aumento do ódio.

c) O cavaleiro preto: a dimensão econômica (vv. 5,6). A balança significa o racionamento de alimento que haverá naquele tempo. Ou seja, haverá uma fome tão grande ao ponto de quem quiser viver mais ou menos bem vai ter que usar o "passaporte da besta": o número 666. (Ap. 13.16-18) Com a falta de comida, o anticristo poderá dominar economicamente muitas pessoas, principalmente os pobres, que não terão dinheiro para comprar comida, e assim se submeterão ao governo do anticristo. O preto do cavalo talvez tenha a ver com a pobreza e com a fome.

d) O cavaleiro amarelo: a conseqüência de todos os outros cavaleiros (vv.7 e 8). Percebamos que o amarelo tem a ver com palidez, como são pálidos os defuntos. Podemos imaginar este cavaleiro como um zumbi ou um morto-vivo. É o pior dos quatro cavaleiros, pois ele é a conseqüência do governo do anticristo, do ódio e da fome. Ou seja, a morte. A morte será o grande castigo de Deus sobre o mundo (Ap 13.10)

3.2 Os primeiros três anos e meio.

Este período será marcado pela subida do anticristo no cenário mundial. O anticristo não será Satanás em forma de pessoa, e nem ele vai entrar no corpo de uma pessoa, como um endemoninhado. Mas será uma pessoa que terá uma íntima comunhão com Satanás, assim como aquela comunhão que Moisés tinha com Deus. (2 Ts 2.9-11). As duas figuras-chave dessa primeira parte são o falso profeta (a besta da terra) e a formação de uma poderosa confederação de nações (a besta do mar). (Ap 13)

a) A besta que sobe do mar (Ap 13.1-4). Há interpretações diferentes a respeito desta besta. A mais aceita é a de será uma confederação de nações. A partir daqui, segue a minha interpretação pessoal. Seriam sete países, mas somando dez governantes. Um desses países teria uma crise muito forte, e que seria o país governado pelo anticristo. Mas este país teria uma recuperação maravilhosa, ainda mais do que a da Alemanha e do Japão após a Segunda Guerra Mundial. E por isso, o anticristo tomaria o governo dessa confederação. Muitos estudiosos vêem em Ez 38.2-6 os nomes das nações que farão parte dessa confederação. Seriam:

Magogue (Marco Pólo diz que Magogue é uma região no Norte da Ásia, onde atualmente pertence à Rússia); 
Meseque e Tubal podem ser duas cidades russas: Moscou (Rússia européia) e Tobolsk (Rússia asiática); 
Gomer, provavelmente é a Alemanha; 
Tograma, que corresponde às atuais regiões da Turquia e da Armênia; 
Pérsia, que é o Irã. 
Etiópia, um país africano. 
Pute, que corresponde à atual Líbia

b) A besta que sobe da terra (Ap 13.11-16). É o falso profeta que aparecerá neste tempo. Ele não é o anticristo, mas os dois trabalharão em profunda sintonia (Ap 13.12): um no plano político e outro no plano religioso. Esta religião talvez surgirá mesmo país do anticristo, e terá uma aceitação mundial, além de ter uma tendência fortemente ecumênica, misturando todas as religiões numa só e enganando a todos (Ap 17.4,5), mas rejeitando todas as outras individualmente.

3.3 Os últimos três anos e meio.

O marco deste período é a quebra da aliança do anticristo com o povo israelita (Dn 9.27b), e conseqüentemente haverá uma grande perseguição a eles (Dn 7.24,25) e aos cristãos (Ap 13.7). No que a "imagem da besta" vai monitorar e castigar todos aqueles que não se renderem ao domínio do anticristo (Ap 13.15). No lugar do templo do Senhor, ele mesmo se assentará como querendo ser Deus. 2 Ts 2.3,4. Assim, o domínio religioso e o domínio político vão se fundir num só. A partir desse momento, Satanás (o dragão) juntamente com o anticristo (a besta) e o falso profeta começarão a mobilizar as nações contra Israel.(Ap 16.10-14) E o conflito político-religioso vai para um conflito militar: a batalha do Armagedom.

3.4 A batalha do Armagedom 

A Bíblia mostra que haverá um ajuntamento de tropas tão grande como nunca houve em toda a história (Ez 38.15,16). O povo de Israel será inicialmente humilhado (Zc 14.2). Mas, no momento em que tudo parecer perdido, aparecerá o Senhor Jesus Cristo pessoalmente, com os Seus santos e anjos (Ap 19.14) para batalhar a favor de Israel. Jesus aparecerá no Monte das Oliveiras, onde um dia agonizou por aquelas pessoas (Zc 14.4).
Podemos ver pelo menos 4 diferentes tipos de destruição dos exércitos do Anticristo: 1) As mortes causadas por Cristo e Seu exército (Ap 19.21); 2) A praga que Deus enviará nas tropas (Zc 12.4 e 13.12); 3) A confusão entre os próprios inimigos (Ez 38.21) e 4) Uma grande chuva de pedras com fogo (Ez 38.26).

Essa batalha será tão grande que serão necessários 7 anos para se limpar os destroços da guerra (Ez 39.10) e sete meses sem parar para enterrar os corpos dos que morreram. E por terem tantos corpos que Deus vai convocar as aves para comer as carnes destes corpos (Ez 38.17-20 e Ap 19.17,18)
Ao fim da batalha, o anticristo (a besta) e o falso profeta serão lançados no lago de fogo (Ap 19.20).

III. O reino Milenial, o Juízo final e o perfeito Estado Eterno 

Após a batalha do Armagedom, se sucederá o Julgamento das nações (Mt 25.31-46). Nessa ocasião, o Cristo vitorioso julgará as pessoas que estiverem vivendo aqui na terra. Aqueles que não receberam o sinal do anticristo e nem o adoraram (as ovelhas) ressuscitarão, e reinarão com Ele. (Mt 25.33,34; Ap 20.5). E as que tiverem adorado ao anticristo (os bodes) serão condenados ao castigo eterno (Mt 25.41-45). Além da sujeição ou não ao anticristo, outro fator de peso nesse julgamento serão as obras de caridade para com o próximo (Mt 25.39,40). Isso se explica pelo fato dessas obras serem manifestações de amor, coisa que quase não tinha existido durante a tribulação (Ap 6.4).

Feito o julgamento, aqueles que morreram sem Cristo continuarão mortos até o Juízo Final (Ap 20.5). Então estará tudo pronto para a instauração do reino milenial.

1. O reino Milenal - Is 65.19-25 - será o período no qual Cristo reinará sobre a terra com os Seus santos durante mil anos.

1.1. Características do Milênio

a) Satanás estará preso (Ap 20.1-3): Durante o Milênio, Satanás (e, logicamente, os demônios) não poderá agir de modo algum. Mas isso não quer dizer que o reino Milenial será um reino totalmente sem pecado. Mesmo com Cristo reinando sobre o mundo inteiro, ainda haverão pessoas que pecarão, mas estas serão amaldiçoadas (Is 65.20). Por isso, o pecado alcançará um nível mínimo nesse tempo.
b) Os participantes do reino milenial. Serão os salvos em Cristo, os que não se submeteram ao domínio do anticristo (Ap 20.4) e aqueles que nascerem durante esse período (Is 65.20)
c) Os salvos terão autoridade e poder sobre as nações da terra durante esse período (Ap 5.10; 20.6).
d) Será um período de grande prosperidade em todos os sentidos (Zc 2.5; Is 2.22-25; Is 35; Ez 36.8-15). Inclusive, a própria criação será como nos dias de Adão e Eva (Is 65.25).

1.2. Ao fim do Milênio (Ap 20.7-10)

Ao fim do período milenial, haverá uma nova onda de tentação e de pecado, pois Satanás será solto novamente (Ap 20.7,8a). Isso é uma lição para nós, pois, mesmo que no Milênio só hajam pessoas que conheceram a Cristo, ainda assim se ajuntarão para destruir Seu governo (Ap 20.8). Mias uma vez liderados por Magogue, procurarão destruir Jerusalém, mas logo serão destruídos. Logo após isso, Satanás será lançado no lago de fogo (Ap 20.10), sucedendo-se, então, o Juízo Final.

2. O Juízo final - Ap 20.11-15 - será o julgamento de todas as pessoas de todas as épocas e de todos os lugares que não se converteram a Deus.

2.1Características do Juízo Final

a) Quem não passará por este juízo. 

Os salvos em Cristo, pois já foram julgados no Tribunal de Cristo (Rm 8.1; 1 Co 3.11-15) 
As pessoas que estiveram vivas na ocasião do Julgamento das nações (Mt 25.31-46). Os "bodes" já foram condenados (Mt 25.45) e as "ovelhas" já foram salvas naquele tempo

b) Quem passará por este juízo:

Todas as pessoas que não incluídas nas exceções acima. Ou seja, muitíssima gente. Serão tantas pessoas que a Terra e o Céu não caberão Deus e estas pessoas juntas (Ap 20.11). Provavelmente, enquanto estas pessoas estiverem sendo julgadas esta criação estará sendo destruída (1 Pe 3.3,10-12).

c) Como sucederá o julgamento.

Primeiramente, haverá a ressurreição de todas aquelas pessoas, estejam onde estiverem (Ap 20.13,14). Todas as pessoas estarão na mesma condição, ou seja, não haverá qualquer favorecimento. As provas do julgamento serão "os livros" (Ap 20.12b). Em cada livro constará todas as coisas que a pessoa julgada dez na sua vida. Haverá um diferencial entre aquelas que conheceram a Palavra de Deus e aquelas que nunca a conheceram (Rm 2.12-16). Quem a conheceu será julgado pela mesma (Jo 12.48). E aqueles que nunca a ouviram (como os índios antes da conquista do Brasil) serão julgados pela lei da consciência (Rm 2.14,15). Dentre os julgados, os que forem condenados irão para o Lago de Fogo, que é a segunda morte (Ap 20.15).

Obs.: A segunda morte não é a destruição do espírito, mas um eterno estado de tormento e separação de Deus. (Mt 25.46; Ap 14.11)

3. O perfeito Estado Eterno - Ap 21.1-8 - é o cumprimento final de todas as promessas de Deus, e o começo de um perfeita realidade que nunca terá fim.

3.1. Características do Estado Eterno

a) Haverá a perfeição original da Criação (Ap 21.27)
b) Céus e Terra se fundirão numa única realidade (Ap 21.3; 22.3), com o próprio Deus habitando no meio dos homens.
c) Alguns elementos naturais como o mar e o sol não existirão (Ap 21.1; 21.23-25).
d) Nada relacionado ao pecado existirá lá: nem tristeza, nem angústia, nem morte, nem maldição, nem dor. (Ap 21.4, 21.27)
e) A Cidade de Jerusalém será uma glória à parte nessa nova realidade. Nela habitarão todos os salvos em Jesus e os santos do AT (Ap 22.3,4). Fora da cidade, provavelmente habitarão os que não forem condenados no Juízo final. Será uma felicidade eterna (Ap 22.5b)

 Conclusão 

Os sinais da vinda de Cristo estão cada vez mais evidentes para todos nós (Mt 24.1-14). Falsos profetas surgem por toda parte (Mt 24.11), os homens se matam, se odeiam e se destroem (Mt 24.7-12). A própria igreja está sendo abalada (At 20.29), e muitos estão dormindo no pecado, e no descompromisso com Deus (Mt 25.5).

“Filhinhos, é já a última hora”. Despertemos que o Nosso Rei já vem nos buscar.


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