domingo, 23 de outubro de 2011

LIÇÃO 09 – A POLÍTICA DE CADA DIA


Tema: Os perigos do relativismo moral
Comentarista: Telma Bueno e Marcelo Oliveira

Texto bíblico:  Exodo 18.13-27
 
E aconteceu que, ao outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até à tarde.Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde?Então, disse Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim para consultar a Deus. Quando tem algum negócio, vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis. O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer.Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e Deus será contigo. Sê tu pelo povo diante de Deus e leva tu as coisas a Deus; e declara-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a obra que devem fazer. E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo o tempo, e seja que todo negócio grave tragam a ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem; assim, a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo. Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás, então, subsistir; assim também todo este povo em paz virá ao seu lugar. E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro e fez tudo quanto tinha dito;e escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo: maiorais de mil e maiorais de cem, maiorais de cinqüenta e maiorais de dez.E eles julgaram o povo em todo tempo; o negócio árduo traziam a Moisés, e todo negócio pequeno julgavam eles.Então, despediu Moisés o seu sogro, o qual se foi à sua terra.

Enfoque Biblico

“bem aventurada é a nação, cujo Deus é o Senhor,    e  o  povo que  ele escolheu para sua herança” Salmos 33.12

Objetivos
  • Conscientizar de que a política faz parte de nossa vida em sociedade
  • Saber a diferença ente política e politicagem
  • Aprender que Deus sempre levanta homens para representar seu povo politicamente,
 Introdução

Estudaremos na lição 09, a  política, assunto este de grande importância, nos dias atuais, pois as grandes transformações que o mudo passa, tem o seu princípio no campo político, infelizmente muitas das vezes  essas mudanças  não são para bem, e sim para mal., e isto vemos claramente no Brasil dos dias atuais.

Daí a importância que sabermos sobre este assunto, visto que fazemos parte deste processo, quer participando, ou influenciando.

Parte I- Política e politicagem

Muitos cristãos  tem aversão a política  e aos políticos, isto devido ao grande índice de corrupção das autoridades políticas de nosso pais.

Porem é necessário fazer uma distinção sobre esse assunto.

Sabemos que em todos os campos humanos, sempre há uma parte negativa, na política se dar o mesmo, pois o que agem coruptamente  praticam Politicagem e não política.

Mas antes vamos definir a diferença entre política e politicagem:

a)política

Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa). Nos regimes democráticos,a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.

A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas européias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência do governo dos Estados".[2]

O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.
Texto fonte: Wikipédia

b)politicagem

Rui Barbosa já dizia – “Política e politicagem não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuamente. A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas ou tradições respeitáveis.

A politicagem é a indústria de o explorar a beneficio de interesses pessoais”.

Por esta razão vemos acordos milionários,  troca de cargos públicos, torça de apoio político, nepotismo etc.

Parte II- O governo do homem

Como disse acima muitos cristãos repudiam a política, é evidente que primeiro temos de fazer diferença entre a política e a politicagem, pois a política em si não é má.
Pois a sua origem esta em Deus.

No inicio no jardim do éden, Deus  delegou autoridade ao homem, inclusive para que ele governa-se:

“E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves do céu, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”  (Gn 1.28).

Assim Deus permitiu que o homem domina-se sobre a sua criação, o homem poderia viver, cuidar da terra, viver de forma livre, sendo Deus que reinava, desta forma chamamos de governo teocrático. Ou  seja, onde Deus governa, através do homem.

Porem o homem falhou nesta missão, ao pecar no jardim  provocou um grande desequilíbrio, sobre tudo político, pois sobre  a influencia do pecado, logo deixaria a forma como Deus estabelecera, para de forma pecaminosa agir segundo a sua vontade.

Parte III- Quando o homem assumiu o governo

Biblicamente, o período posterior ao qual o homem no pecado se rebelou contra Deus e deixa de viver sob o seu governo, se chama “governo humano” a qual se refere a uma das dispensações de Deus.

Enquanto o homem obedecia as leis do Senhor, a forma  de governa era teocrática, mas com a queda o homem passou a exercer o governo de si mesmo.

Isto se iniciou após os dias de Noé,  tendo o mundo antigo sido destruído por causa da sua corrupção, Deus lhes da mais uma vês o mandamento de  crescer e multiplicar sobre toda a terra.

Mas o homem decide não fazer isto, ao contrario, inicia a construção de uma torre , para ficar todos em um mesmo lugar, desta maneira Deus intervêm, os espalhando por toda a terra mediante a confusão das línguas.

Muitos séculos depois, já constituído Israel como povo de Deus, o homem assumi o poder político quando pedem para terem um rei, como as demais nações possuíam.

E Deus é claro quando fala a Samuel, que o povo não esta rejeitando a ele, mas sim a Deus. Pois não desejam que o Senhor reine sobre eles.

Entretanto o Senhor pela sua rica misericórdia, não entrega os homens a sua própria sorte, mas os orienta para que constituam um reinado forte, e já prevendo que isto ocorrerria , Deus orientou Moises sobre isto. Observe o texto abaixo:
 ..........................................................................
As condições para o reinado já tinham sido estabelecidas por Moisés:
  • O rei necessitava ser do povo de Israel, não poderia ser um rei estrangeiro que não conhecesse as leis de Deus:
“Dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos” (Dt. 17.15b). Sendo um rei não estrangeiro, poderia interessar-se pelo progresso de seu povo.
  • O rei não deveria ter o seu coração nas riquezas, não pensar simplesmente em exibir seu poderio, como se representasse a sua força:
“Porém não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos; pois o Senhor vos tem dito: Nunca mais voltareis por este caminho” (Dt. 17.16). Havia reis que se tornavam soberbos, pois tinham cavalos que representavam a sua força bélica. Sabiamente, assim se expressou Davi: “uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus” (Sl. 20.7). 
  • O rei deveria possuir uma cópia do livro da lei:
 “E o terá consigo e nele lerá todos os dias de sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor, seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos, as palavras desta lei e estes estatutos, para fazê-los. Para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos e não se aparte do mandamento” (Dt. 17.19-20a).

Era necessário que o rei estivesse continuamente examinando os mandamentos do Senhor, para que não caísse em tentação ou em armadilhas. Quando ocorreu a coroação de Joás, o sacerdote Joiada: “Pôs-lhe  a coroa e lhe deu o livro do testemunho” (2 Rs. 11.12b). As pessoas que estão em posição de autoridade são convidadas a fazer alianças erradas, movidas por interesse financeiro. Era necessário saber-se a Palavra do Senhor. Da mesma forma, aqueles que atingem a um cargo político, continuamente devem meditar na Palavra de Deus. Josué foi chamado por Deus para liderar o povo em direção à Terra Prometida. Foi-lhe ordenado: “Não se aparte  da tua boca o Livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque , então, farás prosperar  o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás”   (Js 1.8).

Texto fonte: Ana Maria de Abreu  (in memorian)

Parte  IV- Política é coisa séria!

Qual a imagem que fazemos de um bom político?  Infelizmente, há aqueles que prejudicam o povo.O cristão deve participar do processo político.Deve votar e orar pelas autoridades constituídas.

Devem ser feitas 

“orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade” (1Tm. 2.1b, 2).

Há alguns que criticam as pessoas evangélicas que se candidatam a um cargo. Precisamos de pessoas que lutem pelos evangélicos e por outras pessoas de modo digno. È bom lembrar que eles devem ser pessoas comprometidas com a palavra de Deus para aceitar seus valores.Deverão ser homens e mulheres que defendam os princípios bíblicos e lutem pela nossa liberdade religiosa.

Os políticos evangélicos devem orar, buscar conhecimento na palavra e serem vigilantes para não caírem  em ciladas. Daniel, José, Neemias eram pessoas que exerciam cargos públicos e foram exemplos de fidelidade.

A participação do processo democrático

Participar do processo democrático é importante. Todos devem exercer o direito de votar. Se houver uma escolha  sem análise, sem critérios, o resultado será triste.  Também aquele que postula um mandato, deve  fazer pedir orientação a Deus:

A importância da escolha

Devemos lembrar da oportunidade de escolhermos nossos representantes e devemos fazer do voto um instrumento importante. Não se deve votar apenas para cumprirmos um dever, mas conhecer os candidatos, seus planos e a sua fé.

Existem pessoas que demonstram atitudes não-cidadãs  para exercer seu direito ao voto. Exercem-no de modo errado. Dirigem-se a um candidato com as seguintes palavras: ’Só votarei em sua pessoa, se me der ... ‘Cria-se um círculo vicioso; o candidato promete uma coisa a um e a outro ... São tantas promessas feitas durante a campanha que se torna impossível mais tarde cumpri-las.  Há ainda pessoas que votam em candidatos que não possuem compromisso com valores cristãos, apenas pela promessa feita ao eleitor de algum benefício.

A Bíblia destaca: “Não havendo sábia direção, o povo cai” (Pv. 11.14a). Não somente o povo cai, mas existem líderes que perderam a sua oportunidade. Talvez até começassem  bem, porém deixaram de lado os compromissos assumidos. Todos sofrem a conseqüência por uma escolha mal feita.  Faltou sabedoria para fazer uma decisão.

Não votar, votar em branco, anular seu voto são atitudes que favorecem a entregar-se a autoridade a quem não é o melhor indicado para o cargo. Também o povo evangélico deve ter cuidado com aqueles que afirmam serem cristãos, apenas para serem votados, agindo com engano.

Após a eleição, deve-se observar a trajetória do eleito.

Texto fonte: Ana Maria de Abreu ( In memorian)

Conclusão

Um fato importante, sobre este assunto, a Bíblia, alem de Cristo, só menciona dois homens que foram fieis ate a morte, sem terem  nenhuma mancha, ou terem cometido um erro.
O interessante é, quem eram e o que eles faziam?

Eles eram políticos, Daniel e Jose do Egito.

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