domingo, 23 de outubro de 2011

LIÇÃO 8 - O AVIVAMENTO WESLEYANO



COMENTARISTA: Silas Daniel

TEXTO BÍBLICO

Efésios 5.14­21.

ENFOQUE BÍBLICO

“E se o meu povo que se chama pelo meu nome se humilhar e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Crônicas 7.14).

OBJETIVOS

Destacar a importância do Evangelho para a sociedade como um todo.
Afirmar que o poder do Evangelho pode influenciar positivamente a vida social das pessoas e de um país inteiro, como ocorreu durante o Avivamento Wesleyano.
Salientar a necessidade de se clamar a Deus por um avivamento a começar em suas próprias vidas.

Sugestão

No tópico Reforma Social permitir que alunos possam expor a vida das personagens. Ao final da aula, falar da importância da entrega da vida a Deus. Orar com os alunos.

INTRODUÇÃO

Estudaremos, com a graça de Deus, sobre o avivamentos na Inglaterra no século 18 e a profunda transformação ocorrida na igreja e na sociedade.

Após a Reforma

Na lição passada estudamos sobre a Reforma ocorrida no século 16. Precisamos destacar que a Reforma trouxe muitos benefícios, sendo o principal, a Bíblia na língua na maioria dos povos.

Devido à sua posição centrada nos ensinos de Cristo, também houve inúmeras perseguições e mortes. Os cristãos também de lutar por sua sobrevivência como na Guerra dos Trinta Anos (1618­1648).

Essa guerra foi o resultado da união dos governos católicos na Alemanha contra o protestantismo. Finalmente, chegou se à paz.

Na França, os protestantes sofreram um terrível massacre na “Noite de S. Bartolomeu”, 24 de agosto de 1572. 

Com o correr do tempo, embora a Reforme triunfasse em muitos países, o movimento perdeu aquela ênfase a uma vida prática. Com as descobertas científicas apelava se para a razão em prejuízo da fé. Os europeus devido às descobertas entraram em contato com outros povos e religiões. Muitas disputas teológicas e pouco destaque eram dados a uma vida de frutos, um cristianismo vivo: “Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer” (Jo 15.6).

A Inglaterra antes do avivamento

Nos cinqüenta anos iniciais do século 18, as condições da Inglaterra eram deprimentes. A pregação era voltada ao intelecto; não produzia mudança na vida das pessoas. Havia um conformismo com a situação vigente. Observemos o que afirmam as Sagradas Escrituras: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que  experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).

Os deveres dos ministros eram deixados de lado.

A vida espiritual era dominada pela frieza.
A embriaguez era freqüente.
Os crimes eram comuns e as pessoas de posses ignoravam os necessitados.
O aspecto missionário também era negligenciado.
 Muitas pessoas perdiam seu dinheiro, jogando.
As brigas de animais touros, raposas e galos eram objeto de divertimento.
Além disso, não havia segurança para andar se à noite; muitas pessoas morriam em virtude dos tiros.

OBS: Será que conhecemos algum lugar, com as condições dominantes da Inglaterra do século 18?

Felizmente, Deus não fica sem suas testemunhas. Pessoas que intercedam a Deus para que Ele aja, busquem ardentemente por mudanças no clima espiritual. A busca do batismo do Espírito Santo, do poder prometido é fundamental.
Entre outros fiéis podemos destacar um grupo de estudantes que intercedia, para que algo acontecesse.
Necessitamos clamar a Deus, para que haja um avivamento. Tal como sucedeu na Inglaterra, muitos países e situações poderão ser mudados pelo clamor dos cristãos (2 Cr 7.14).

OBS: Observemos as condições: “(1) ‘Humilhar­-se’. O povo de Deus deve reconhecer as suas faltas, manifestar tristeza pelo seu pecado e renovar seu compromisso de fazer a vontade de Deus. Humilhar mo nos diante de Deus e da Sua Palavra, importa em reconhecer nossa pobreza espiritual (2 Cr 11.16; 15.12, 13, 15;  34.15­19; Sl 51.17; Mt 5.3);  (2) ‘Orar’. O povo de Deus deve clamar agonizante, pedindo­ lhe misericórdia, deve depender totalmente dEle e confiar Nele para a sua intervenção. A oração deve ser fervente e perseverante até Deus responder do céu (Cf. Lc 11.1­13; 18.1­8; Tg 5.17­18).  (3) ‘Buscar a minha face’. O povo de Deus deve, com dedicação, buscar a Deus de todo o coração e ansiar pela sua presença — e não simplesmente tentar fugir da adversidade (2 Cr 11.16; 19.3; 1 Cr 16.11; 22.19; Is 55.6­7).  (4) ‘E se desviar dos seus maus caminhos’. O povo de Deus deve se arrepender com sinceridade, abandonar pecados específicos e todas as formas de idolatria, renunciar o mundanismo  e chegar­ se a Deus; pedindo misericórdia, perdão e purificação  (29.6­11; 2Rs 17.13; Jr 25.5; Zc 1.4; Hb 4.16)”. (Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 670 – nota a 2 Cr 7.14).

O AVIVAMENTO DESPERTOU AS IGREJAS

Quando as pessoas afastam se das realidades espirituais, a oração, o estudo da Bíblia tornam se escassos, é necessário o avivamento, ou seja, uma porção do Espírito Santo em nossa vida, para que o nosso relacionamento com Deus não seja apenas de lábios, mas de coração. Também devemos ser frutíferos em obras, para que o Senhor seja reconhecido em muitas vidas. Com o avivamento, as pessoas compreendem que necessitam buscar a Deus; as igrejas se enchem com a fome da Palavra. Existe um desejo intenso de convicção de pecados, de ser salvo e de tornar se uma testemunha dEle aqui na terra.

É necessário desejar o avivamento. Devemos orar como o profeta:

“Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos” (Hc 3.2a). É necessário ouvir a Palavra de Deus com atenção, obedecer aos mandamentos, temer a Deus. Muitos ouvem os ensinos bíblicos não desejam praticá los. Parece que a Palavra de Deus não surte o efeito, porque as pessoas simplesmente ouvem, mas não seguem seus ensinos: “Portanto, convém­ nos atentar com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas” (Hb 2.1).
As igrejas passaram a valorizar ainda mais a pregação e a evangelização As pessoas ouviam a mensagem da Palavra de Deus, arrependiam ­se eram salvas e passaram a viver uma vida de santificação. As multidões acorriam para ouvir a mensagem da Bíblia. Se ensinarmos a Palavra de Deus, acompanhada da oração, as pessoas serão despertadas. O que acontece em certas ocasiões, é o pouco tempo dado à exposição bíblica. As multidões se formam para ouvir a pregação, pois a Bíblia dá resposta ao coração do homem.

OBS. Quando Wesley pregou na Geórgia, “a população inteira afluía para ouvir a sua pregação.

A influência de seus sermões foi tal que, depois de dez dias, uma sala de baile ficou quase inteiramente abandonada, enquanto a  igreja  se  enchia  de  pessoas  que  oravam  e  eram salvas” (Orlando Boyer. Heróis da Fé, p. 66).

NÃO FOI DIFERENTE COM GEORGE WHITEFIELD.

OBS: Os relatos mostram o desejo de ouvir se a mensagem divina: “Aos domingos era comum verem se as ruas desde cedo apinhadas de gente indo para o local da pregação para garantirem os seus lugares, com  faróis nas mãos e conversando sobre as coisas da eternidade”. O próprio Whitefield testemunha: “Nunca vi uma coisa destas antes; alguns supunham que havia entre 30 e 40 mil pessoas presentes e perto de oitenta carruagens, além de muitos a cavalo; houve um silêncio profundo entre eles e preguei durante uma hora e meia” (Harold Fischer. Avivamentos que avivam, p. 103­104).

Entretanto, o avivamento não estava limitado a permanecer apenas dentro da igreja ou de se ouvirem as mensagens. O avivamento refletiu se na evangelização, missões e na sociedade em geral.

O grande resultado do avivamento foi o moderno movimento missionário.

Guilherme (Wiliam) Carey (1761­ 1834).  Sem o avivamento, as Missões não teriam o impulso extraordinário ocorrido no século 18.
Carey era um menino amante da natureza. Aprendeu línguas e lia a Bíblia. Era sapateiro. Aos dezoito anos converteu se. A leitura do livro “As Viagens do Capitão Cook” permitiu que refletisse sobre a vida doa pagãos. A partir desse momento, fez um mapa múndi, onde colocava a características de cada país.  Continuava a trabalhar como sapateiro e, ao olhar para o mapa, pensava na necessidade dos povos serem evangelizados. Um dia, pregou sobre Is 54.2­3.  Enfatizou: “Espere grandes coisas de Deus!” “Realize grandes coisas para Deus!”. Os ouvintes, comovidos, criaram a primeira sociedade missionária para a pregação do Evangelho. Casou se e teve filhos.  Mais tarde, Carey foi enviado à Índia, onde realizou um importante trabalho. Além disso, traduziu a Bíblia para a língua indiana e em vários dialetos. Escreveu várias gramáticas e organizou  vários  dicionários. Um jovem que possuía um coração ardente por Missões.
Não foi fácil sua missão, mas Ele foi incansável, morrendo em 1834 com 73 anos.

A VIDA DE WESLEY

Wesley procedia de uma família de dezenove filhos; ele era o décimo quinto filho. Seus pais eram Samuel e Susana Wesley.  Aos cinco anos, teve uma experiência marcante. A casa dos Wesley se incendiou; toda a família conseguiu sair da casa, exceto João, que estava dormindo. Várias tentativas frustradas realizaram se para tentar salvar João. A família do lado de fora permanecia orando. A criança acordou e subiu em uma mala que estava junto à janela. Então, resolveram fazer uma rede humana. Cada pessoa subiu no ombro de outra e, assim, retiraram João da casa, momentos antes que esta ruísse. A casa oi perdida. Ele recordava a experiência dizendo que era “um tição tirado do meio do ogo” (Zc 3.2).

SUA EDUCAÇÃO
A mãe Susana preocupava se com a educação dos filhos.

OBS: “Susana marcava o quinto aniversário de cada filho como o dia em que deviam aprender o alfabeto; e todos, a não ser dois, cumpriram a tarefa no tempo marcado. No dia seguinte, a criança que completava cinco anos e aprendia o alfabeto, começava estudo da leitura, iniciando o com o primeiro versículo da Bíblia” (Heróis da Fé, p.62).

As crianças eram orientadas a dar graças pelos alimentos; antes de saber fala, faziam no com gestos. Com tantos filhos, Susana separava um dia na semana para conversar sobre suas dúvidas. Ela não descuidava da educação espiritual dos filhos.

OBS: Quando criança, João perguntou à mãe, o que era pecado. A resposta foi: — Meu filho, se você quiser julgar da legalidade ou ilegalidade de um prazer, adote esta regra: Qualquer coisa que debilite a sua razão, que diminua a sensibilidade de sua consciência, obscureça a sua concepção de Deus, ou enfraqueça o seu gosto pelas coisas espirituais, qualquer coisa que aumente o domínio do corpo sobre a mente, isso é pecado, por mais inocente que pareça” (Natanael de Barros ALMEIDA. Tesouro de Ilustrações, v.2,p.37).

Depois do incêndio, a mãe compreendeu que Deus tinha grandes planos na vida de João e resolveu prepará lo para essa missão.

OBS: Susana assim escreveu com referência a João: ‘Senhor, esforçar-me ei mais definitivamente em prol desta criança, a qual alvaste tão misericordiosamente. Procurarei transmitir ­lhe fielmente ao coração os princípios da tua religião e virtude. Senhor, dá me graça necessária para fazer isso sincera e sabiamente, e abençoa os meus esforços com grande êxito!’ (Heróis da Fé, p.62­63).

Uma das atividades diárias era a realização do culto doméstico. Embora tivessem muito trabalho, familiares e empregados reuniam se para adorar a Deus.  Quando o marido não podia estar presente, Susana dirigia o culto. Muitas pessoas também participavam do culto doméstico.

Podemos verificar que o ambiente espiritual era fervente na casa dos Wesley, apesar das atividades normais de uma família. Havia estudo da Bíblia, aconselhamento e oração. As perguntas dos filhos eram respondidas.

João estudou em escola pública e mais tarde, cursou a universidade de Oxford. Tinha o hábito de levantar­ se às quatro horas da manhã, costume que conservou o resto da vida.

João integrante de um grupo de estudantes de Oxford: que eram rigorosos em suas práticas religiosas e estudantis : era o “Clube Santo”. Deste clube eram integrantes João e Carlos Wesley e Jorge Whitefield. Também foram denominados “metodistas”, isto é que tinham método devido a seu estudo bíblico, hábitos de oração constantes  e também por sua ação social nas prisões e entre as pessoas desfavorecidas.  O clube santo era um grupo de estudantes que se reuniam para orar, estudar a Bíblia diariamente, jejuavam dias vezes por semana, visitavam os doentes e presos. Que maravilha, quando os estudantes de uma universidade também somam suas forças para oração e meditação nas Escrituras!

WESLEY NA GEÓRGIA E SUA EXPERIÊNCIA DE CONVERSÃO

Ele atendeu a um chamado e foi ministrar aos índios na Geórgia na América. Entretanto, João ainda tinha uma dúvida. OBS: “Faz dois anos e quase quatro meses que deixei a minha terra natal para pregar aos índios da Geórgia, entretanto, o que cheguei eu, a saber? Ora, vim a saber o que eu menos esperava:  fui   à América para converter outros, mas  nunca  fora  realmente convertido a Deus”. (Heróis da Fé, p.66). Na viagem tomou contato com os morávios. Houve um grave perigo, quando o mastro maior do navio quebrou se assustando a todos. Entretanto, o grupo morávio permaneceu cantando hinos e puderam acalmar a todos. Wesley ficou impressionado com a atitude dos morávios, pois ele temera perder a vida.

OBS: O fundador da comunidade moraviana foi o Conde Nicolau von Zinzendorf  (1700­1760).
Recebeu em seu território na Saxônia, cristãos expulsos da Morávia. A comunidade tornou se um grande centro missionário.

Em 24 de maio de 1738, ouvindo o prefácio do Comentário aos Romanos, de Lutero, algo extraordinário aconteceu, quando ouviu que a fé é a operação de Deus em nós.

OBS: João Wesley “sentiu que ‘fé é Deus falando em mim é Deus apelando para Si mesmo, através de mim. É Deus levantando a minha mão  para  receber  aquilo  que Ele quer me dar’. E naquele instante ele caiu de joelhos e empolgou toda aquela reunião com a declaração de que agora sim, ele entendia o que era fé” (Russell SHEDD. Tão Grande Salvação, p.39).

Dezoito dias após a sua conversão, Wesley iniciou a pregar sobre a salvação e contra o formalismo, uma religião apenas de lábios. A convite de Jorge Whitefield pregou ao ar livre em Bristol; na noite seguinte já eram três mil pessoas. Visitando Epworth, ofereceu se para ajudar o pastor, mas foi recusado. Uma pessoa disse a Wesley que,  tendo  sido  impedido  de  pregar, deveria fazê­lo no dia seguinte às seis horas. No horário marcado, Wesley pregou na parte do templo, onde estava localizado  o túmulo de seu pai. Sobre o túmulo, pregou. A sua mensagem foi: “O reino dos céus não é comida nem bebida, mas justiça e paz e grande alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Durante uma semana, ele pregou no mesmo lugar com bons resultados... Wesley foi severamente perseguido. Touros eram conduzidos para seus auditórios e homens viciados eram pagos para realizarem distúrbios. João Wesley foi incansável no seu trabalho de conduzir pessoas a Cristo

OBS: Durante a sua vida, “percorreu 401 mil quilômetros, na sua maioria a cavalo, e pregou mais de 40 mil sermões, sendo, às vezes, a mais de 20 mil pessoas. Quando morreu aos 88 anos, ele deixou alguns 300 pregadores itinerantes e mil pregadores para aumentar a  sociedade que ele havia formado de 120 mil membros reconhecidos” (Harold. A. FISCHER. Avivamentos que avivam, p.101, tr.Messias Freire).

Wesley passava duas horas ou mais por dia em oração. Realizava culto de vigílias, uma vez por mês. Também era um homem que estudava a Bíblia.

OBS: Alguém se referiu a Wesley: “Explica­se  o  poder de Wesley pelo fato de ele ser ‘homo unius libri’, isto é um homem de um livro, e esse Livro é a Bíblia”  (Heróis da Fé, p.71).

Como era impedido de pregar, muitas vezes, nas igrejas, ele fez muitas pregações ao ar­livre. Em 7 de outubro de 1790, fez sua última pregação, sobre o texto: “O reino de Deus está próximo, arrependei­vos, e crede no Evangelho”  (Mc1.15b). A morte de Wesley ocorreu em 2 de março de 1791. . Duas vezes, assim se expressou: “O melhor de tudo é que Deus está conosco”. Às dez horas, declarou: “Adeus!” e assim partiu para o Senhor.

COOPERADORES DE WESLEY

Nós não podemos fazer sozinhos a obra de Deus.

Precisamos de cooperadores, pessoas que tenham o mesmo ideal: trabalhara para Cristo.

ß  Carlos (1707­1788) Era irmão de Wesley. Também foi grande pregador, porém a sua contribuição maior deu­se  na parte musical. Foi compositor de cerca de seis mil hinos. Os filhos Charles e Samuel, também tornaram se compositores e músicos importantes.
ß  Jorge Whitefield  (1714­1770).     Apesar de sofrer dos pulmões sua vos era ouvida a mais de um quilômetro (não  havia  microfone).  O dia de sua consagração ao ministério, passou o em jejum e oração: “No domingo,  levantei me de madrugada e orei sobre o assunto da epístola de Paulo a Timóteo, especialmente sobre o preceito:

‘Ninguém despreze a tua mocidade’. Quando o ancião me impôs as suas mãos, se meu  vil  coração  não me  engana,  ofereci  todo  o meu  espírito,  alma  e  corpo  para  o serviço no santuário de Deus ... Posso testificar, perante os céus e a terra, que dei­me a mim mesmo, quando o ancião me impôs as mãos, para ser um mártir por aquele que foi pregado na cruz em meu lugar ...”  (Heróis da Fé, p.75).

Este  servo  de Deus  teve    a  cooperação  da  condessa  de Huntingdon  que  construiu salões  a  fim  de  que  o  evangelho  fosse  pregado  e  também  sustentou  ministros.
Pessoas as aristocracia converteram se inclusive Lady Chesterfield,  filha  do  rei George I.  Foi grande evangelista itinerante. Foi pregador ao ar livre. Sofreu muita oposição.
OBS: “Calcula se que tenha pregado dezoito mil sermões, dos quais somente noventa sobrevivem em forma impressa. Somos informados de que sua presença física não era imponente. O sarampo, que o afetara na meninice, deixara o com um olhar meio desviado. Seus gestos eram dramáticos e impressionantes, embora sem exageros. Sua voz era agradável e atrativa. Acima de tudo, expressava se de forma a demonstrar grande zelo e intensidade, tornando se uma espécie de protótipo dos grandes evangelistas que se seguiram” (Russell Norman CHAMPLIN. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, p.696).
Podemos também dizer aos Juvenis: “Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé e na pureza” (1 Tm  4.13).  Entretanto, qualquer serviço que  for  colocado  para  ser  feito,  faça o  com dedicação, amor, oração e zelo de Deus. Busque o poder do Espírito Santo. Deus fará a sua obra em cada Juvenil que deseje abrir o seu coração para Deus!

A Inglaterra experimentou reformas sociais profundas, que influenciaram até outras nações A maioria das reformas sociais entre 1787 a 1850 foram decorrentes do avivamento que ocorreu na Inglaterra. O Evangelho provocou mudanças de vida e houve o desejo de agirem na sociedade para mudar situações. Surgiu um partido chamado de “Evangélicos” composto de ministros e de leigos. O avivamento se refletia não apenas na pregação, como também no desejo de fazer algo pela sociedade, atuar para que esta seguisse padrões cristãos O Evangelho deve ser um agente de transformação, influenciando o relacionamento social.
Pessoas que fizeram a diferença:

ß  William Wilberforce  (1759­1833).

Antes levara uma vida dissoluta.

Converteu se em 1784 e dedicou sua vida a uma causa nobre: abolição da escravatura no Império Britânico. Tornou se líder do movimento abolicionista.   Um jovem dedicado à causa cristã. Ele poderia ter pensado: “O que eu tenho com isso?” Mas, ele resolveu agir e usar seus conhecimentos para o serviço cristão. Em 1807, os ingleses foram proibidos de participarem do comércio de escravos. A escravidão foi erradicada Império britânico por uma ato aprovado antes da morte de Wilberforce em 1833.

OBS: A lei de 1833 “destinava cerca de 100 milhões de dólares para compensar os proprietários que libertaram cerca de 700 mil escravos” (Earle E. CAIRNS. O Cristianismo através dos séculos, p. 381).

Outros países também aboliram a escravatura graças ao esforço da Inglaterra, indenizando também países.

OBS: “Espanha e Portugal só aprovaram a medida depois que lhe foram prometidas 700 mil libras do tesouro inglês” (História do Cristianismo, p.381)

ß Lord Shaftesbury  (1801­ 1885). Filho de pais influentes, foi conduzido a Cristo por sua babá. Ocupou sua vida, trabalhando a favor das pessoas carentes. Observamos algumas realizações de Shaftesbury: em 1840, obteve  aprovação de uma lei que proibia que menores de dezesseis anos trabalhassem no arriscado serviço de limpeza de chaminés; 2) Em 1842, graças à sua atuação foi aprovada uma lei que impedia que mulheres e meninos menores de dez anos trabalhassem nas minas.
ß  John  H.  Howard  (1726­1790). Também influenciado pelo avivamento de Wesley, dedicou sua vida para fazer reforma no sistema das prisões.  Investiu a quantia de 30 mil libras de seu bolso para concretizar mudanças. Assim, os carcereiros eram remunerados devidamente, não necessitando subtrair dinheiro dos  presos. As sentenças tornaram se corretivas, não punitivas.
ß  Elizabeth G. Frry  (1780­ 1845). Trabalhou para a melhoria das condições das prisões femininas.
ß  Robert  Raikes.  Com o objetivo de retirar as crianças da rua, o jornalista Robert Raikes em 1780, populariza a Escola Dominical. Foi um movimento de ação social, pois Raikes que já participara de trabalhos junto a presidiários, não desejava que as crianças tivessem o mesmo destino. (No Portal, existe artigo, focalizando a história da Escola Dominical).

CONCLUSÃO

Homens dedicados à obra, zelosos cumpriram a sua missão no fervor do Espírito Santo.
A oposição declarada não fez desistir os servos de Deus de sua missão.
Devemos buscar o avivamento; não permitamos que diminua de intensidade nosso fervor a Deus, nossa disposição de servi­Lo.
O avivamento começa em nós; no nosso coração, no nosso clamor a Deus.
Estaremos dispostos a ser os vasos de Deus e render ­LHE toda glória?
Oremos e cantemos com fervor: “Derrama sobre nós o Teu Espírito,/E aos que sofrem dá Tua proteção;/A orar ficamos em amor unidos,/Para obter a prometida unção,/A orar ficamos em amor unidos,/Para obter a prometida unção”  (3 a estrofe do hino 387 da Harpa Cristã).

2 comentários:

Que bom ver você por aqui agradeço pela visita, e volte sempre estou a sua disposição para aprendermos juntos. Fique a vontade para comentar. Um grande abraço.

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