sábado, 25 de agosto de 2012

LIÇÃO 6 - BENIGNIDADE, A BONDADE PARA AJUDAR


Comentarista: Verônica Araujo

TEXTO BIBLICO: Lc 10.25-37

ENFOQUE BIBLICO: 
“Porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade” (Ef 5.9)

OBJETIVOS:

Definir os termos benignidade e bondade.
Demonstrar exemplos bíblicos de benignidade e bondade.
Enfatizar que essa característica deve ser manifesta em ações.


INTRODUÇÃO

“Porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade, aprovando o que é agradável ao Senhor” (Ef 5.9,10)

DEFINA OS TERMOS BENIGNIDADE E BONDADE.


O pastor Antonio Gilberto classifica benignidade e bondade como fruto, gêmeos, Mattheus Henry, disse que benignidade, é um temperamento brando, especialmente em relação aos nossos subordinados. A benignidade nos torna afável e cortês a ponto de perdoar quando alguém nos ofende e isso nos leva a bondade, que esta pronta para fazer o bem a todos sempre que possível. 
 
Benignidade = (Chrestotes – gentileza – o oposto da irritabilidade, que gera a aspereza).
Em 1Ts 2.6-9, o Apostolo Paulo se compara a uma mãe que amamenta o seu bebê. A palavra grega indica também o não querer magoar ninguém, nem lhes provocar dor (Ef4.32; Cl 3.12). É a qualidade que uma pessoa tem de fazer com que os outros se sintam a vontade em sua presença tem a ver, portanto, com empatia e simpatia.

Bondade = (Agathos – capacidade de fazer o bem por índole pessoal – oposto de malicia) um aspecto do fruto encontrado em Jose, que mesmo podendo agir com justiça e denunciar sua noiva Maria, não ousou a difamá-la (Mt 1.19). A palavra “agathosune” significa zelo pela verdade e pela retidão e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37 – 50), ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13). A bondade é uma virtude interior que inunda todas as ações. A parábola do bom samaritano é a mais perfeita ilustração de bondade.

Na lição ser benigno é ser suave, brando e agradável, algo que parece impossível em uma sociedade má e egoísta como a que vivemos. O apostolo Paulo fala que a possibilidade para exercer essa faceta do fruto, precisa morrer para este mundo, viver uma vida cheia do Espírito Santo, sem se importar como os acontecimentos aterrorizantes desse mundo sem Cristo. A bondade deve ser mostrada em ação, na parábola do Samaritano, os dois que passaram eram da religião, o outro se tivesse passado ao largo nem seria notado. Entretanto parou sem se preocupar com o que ia gastar, com o atraso de sua viagem, sem olhar que raça era aquele moribundo, quem o machucou nada lhe atrapalhou a abraçar o ferido e levá-lo ao lugar de tratamento. A expressão da bondade não esta em recompensas futuras, antes em ajudar o necessitado, caso venha a precisar no futuro.

Algumas pessoas se propõe a ajudar os velhinhos, mas se forem aposentados, ou seja, os auto pagáveis e se possível os que podem até trazer algum lucro. São chamadas pessoas do bem, os que assim procedem, na verdade isso não é bondade ou benignidade, não se trata de fruto. 

Quando uma pessoa age assim embora esteja fazendo o bem, não se trata de uma pessoa benigna, o benigno não quer nada em troca com já dissemos. O fruto do Espírito se opõe as obras infrutuosas das trevas (Ef 5.9,10), é a natureza santa operando na vida do crente, o que o faz andar na luz independentemente das condições a ele oferecida.

Agradamos ao Senhor quando as nossas ações são testadas pelo critério da bondade e justiça de Deus. Para sabermos se estamos agradando ao Senhor, precisamos perguntar a ele se nossas atitudes são: boas, justas e verdadeiras. Se a resposta for sim então glorias a Deus, mas se for não, logo não somos dignos de sermos chamados filhos da luz e a bondade de Deus não estará em nós, ficamos com isso longe de ser benigno com alguém. Aos Gálatas o Apostolo Paulo disse que a benignidade está fundamentada no amor, pois é uma qualidade que não quer dizer apenas puro e bom, antes uma devoção e atitudes bondosas. O serviço de Deus prestado por alguma troca é insuportável, uma prisão, mas por amor é um alto privilegio.  

DEMONSTRE EXEMPLOS BÍBLICOS DE BENIGNIDADE E BONDADE.

A bondade como já vimos é o resultado da benignidade, não há como distinguir quem é bom e quem é benigno, são virtudes que se misturam. Encontramos na Bíblia vários exemplos de benignidade e bondade, um dos princípios da benignidade é o serviço ao próximo, exemplo encontrado em Jó (Jó 29.15,17; 31.32); Davi (2 Sm 9.1-3); Jesus (Jo 19.26, 27); Paulo (1Ts 2.7); Estevão (At 7.59,60).

É claro que dos exemplos acima citados Jesus é o que sobrepõe, pois a bondade explícita em sua pessoa o fazia tratar a todos com benignidade, até mesmo os que o insultavam. Jó é generoso em suas atitudes, a bondade para como os deficientes e sua benignidade ao julgar as causas dos necessitados e ainda mostrava zelo, dando hospedagem aos estrangeiros. Enquanto Davi é benigno com seu inimigo, ele consegue essa virtude vinda de Deus, pois somente cheio de Deus se chega a esse patamar espiritual.  É muito complicado ver um colérico como o apostolo Paulo ser bondoso com alguém, no entanto após sua conversão ele pode dizer “fomos brandos entre vós”, o mártir Estevão mesmo sendo apedrejado pode expressar a benignidade. Muitos exemplos vão encontrar exalados nas Escrituras, porem o exemplo a ser seguido é o do mestre amado.

Ouvi certa vez um pastor dizendo que ser benigno é ir à frente abrindo caminho para o próximo, achei interessante. Mas quem é o nosso próximo? Esta é a questão, o nosso próximo pode ser aquela pessoa que fala mal de nós, quer-nos ver sempre derrotado, nunca acha algo de bom em nós. A natureza humana jamais usará de benignidade nesse caso, a nossa tendência é o revide.

O que faremos é fechar o caminho para essa gente, agora, quando estamos cheios do Espírito não há violência em nós, não irritamos facilmente e conseguimos abraçá-los. Jose quando maltratado por seus irmãos, como sofreu nas mãos dos ímpios e nas cadeias do Egito, embora liderasse mesmo na cadeia, mas estava preso, sem perspectiva alguma. A misericórdia de Deus que o alcançou e o tirou de lá, que oportunidade teve ele de mandar seus irmãos para a cadeia e mandar espancá-los e até matá-los. Porque não fez? Frutos? (Gn 41.38)

O apostolo Paulo estava feliz em saber que a igreja estava cheia de bondade (Rm 15.14), hoje não pode ser diferente. A igreja tem a necessidade de ser cheia do Espírito para viver em comunhão (Sl 133), duas coisas esta exarado neste salmo, primeiro a falta de união é como a falta de unção, sem a unção não há diferença, haverá discórdia entre nós como em qualquer outro grupo. Em segundo lugar a falta de união é como a falta de água, sem água não há benção, nada se planta logo não há colheita, não havendo colheita não há vida. A igreja tem a necessidade de estar sempre cheia do Espírito Santo e viver unidade em bondade e benignidade (Rm 13.6-10)

A BENIGNIDADE MANIFESTA EM AÇÕES.

Hoje se fala muito em amor, mas pratica-se pouco, são longos discursos e na hora de tratar o subordinado ou aquele que está em menor escala que nós é que despregamos tudo. Tenho ouvido muitas reclamações na igreja que determinados irmãos que ocupam cargos nas igrejas, passam de largo ao contemplar certos irmãos mais pobres ou subordinados a ele. Esses são pregadores do amor, falam em bondade, que é a expressão do zelo pelas coisas certas, mas se deixam levar pela soberba (1Jo 3.18). As nossas ações são mais eloqüentes que nossas palavras, o irmão administrado por nós é também membro do corpo de Cristo e pertence à mesma igreja. A posição do obreiro chamado por Deus deve ser respeitada e quem ele por a frente de um determinado posto deve pelos demais ser admirado e respeitado.

A nossa lição é para jovens, a pratica da benignidade e bondade inclui o zelo pela casa de Deus. Tenho visto desenhos escabrosos nos bancos da igreja, nas paredes dos banheiros, sem contar o famoso papel higiênico molhado e jogado no teto do banheiro. As portas de banheiros em determinadas igrejas são semelhantes às de rodoviárias, cheias de contos pornográficos. Quem escreve essas coisas? Que fruto é esse? A arvore é conhecida pelos seus frutos (Mt 7.16,20), que tipo de fruto produzimos? Há arvore que produz enorme quantidade de frutos, mas azedo, o tamarineiro, por exemplo, produz muitos frutos, pouco aproveitável domesticamente. Outras produzem bons frutos doces e saudáveis é aproveitado por todos, dificilmente encontrar alguém que não goste de um bom fruto.

É importante observar que ser praticante do bem, não significa ser conivente com erros, Jesus é o exemplo da bondade, seu zelo pelas coisas do Pai o fez expulsar os cambistas do Templo. Ajudar o próximo não significa que temos que esconder seus erros, pelo contrario, ser benigno é ajudar o próximo a sair do pecado e vir para a luz, Jesus foi interpelado algumas vezes por pessoas importantes, o mancebo de qualidade, não suportou as palavras e foi embora, o Dr Nicodemos, ouviu a verdade sobre o novo (Jo 19.38-42).

CONCLUSÃO.

A benignidade nos leva a sermos compassivos, aprendemos com ela a perdoar nossos irmãos e também nossos opositores. Há muitos na igreja que ainda usam a severidade para tratar seus subordinados, para resolver problemas. O crente cheio do poder de Deus e dirigido pelo seu Espírito a benignidade é um balsamo que trás união e crescimento a obra de Deus.

A bondade nos leva a ser generosos e nos leva a retidão dada por Deus, o crente cheio de bondade é uma benção para o próximo. A bondade leva o crente a se preocupar com o próximo de forma pratica e dinâmica, ele não fica apenas dizendo que o próximo precisa de roupas e de alimentos ele procura providenciar.

OBRAS CONSULTADAS:

SILVA, Antonio Gilberto – O fruto do Espírito – CPAD
Site – docstoc.com/serie fruto do Espírito
Bíblia de Estudos Pentecostal - CPAD

Pr Jair Rodrigues

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