PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
3º Trimestre 2014
Tema: Vivendo em Família
Comentarista: César Moisés Carvalho
LIÇÃO 4 – MAS EU NASCI ASSIM...
Ao Mestre
Amado (a), nesta lição estaremos abordando um assunto (que para mim, é)
fascinante – o temperamento humano. E a meu ver é de suma importância conhecer
nosso temperamento, e para nós professores se aprendermos a distinguir o
temperamento de nossos alunos, nos será mais fácil compreendê-los e
auxiliá-los.
Há um tempo atrás estava dando aula à classe de jovens, e foi-nos
maravilhoso, aprendermos acerca dos temperamentos e as virtudes do Fruto
do Espírito que cada temperamento tem maior necessidade. E pela graça de Deus,
foi-me possível vê-los crescerem espiritualmente.
“Examina-te, a si mesmo”, ou, como diria Sócrates, o “Conhece-te a ti
mesmo”.
Este é um principio de profunda sabedoria, pois, ao olharmos para dentro
de nós e conhecermos nossas limitações, conseguimos com humildade relacionarmos
com as demais pessoas ao nosso redor, auxiliando-as, e juntos aperfeiçoando-nos
para o serviço a Deus.
Que ao término desta lição, possamos estar nos “conhecendo
melhor”, e assim, podermos servir ao Senhor de forma mais plena. Amém.
NOTA: Será ótimo se você fizer um teste com seus alunos para que cada um
descobra qual o seu temperamento, e possa identificar quais virtudes do Fruto
do Espírito precisam para controlar seu temperamentos. No final do comentário,
disponibilizarei um teste, caso queira usar.
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
ØConscientizar-se das limitações decorrentes de nosso temperamento,
esforçar-se para viver no Espírito, afim de desenvolver dia-a-dia o Fruto do
Espírito, tão necessário à vida cristã.
Para refletir
“Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados.”(Tt 2.6 – ARC)
A tradição e a história eclesiástica nos mostra que Tito era jovem,
poderia perfeitamente se encaixar no perfil dos jovens de Creta, no entanto, o
apostolo Paulo o exorta a permanecer, ou seja, conservar-se como exemplo de
boas obras. Esse quesito é indispensável para todos os que desejam servir à
Deus – que tenha uma conduta exemplar.
Texto Bíblico: Gn 25:19-34; Gl 5:16-26.
Introdução
Todos nós herdamos um temperamento básico de nossos pais, o qual contém
forças e fraquezas. Este temperamento é o impulso básico do nosso ser que
procura satisfazer as suas necessidades.
Para entendermos melhor o controle dos temperamentos sobre nossas ações
e reações, precisamos fazer distinção entre temperamento, caráter e personalidade.
Vejamos:
Temperamento: é a combinação de características
congênitas (nascidas com o individuo) e que subconscientemente afetam o
procedimento. Essas características são coordenadas geneticamente com base na
nacionalidade, raça, sexo e outros fatores hereditários. Alguns psicólogos
dizem que herdamos mais gens de nossos avós do que de nossos pais. A formação
das características do temperamento é tão imprevisível no individuo quanto à
cor dos olhos, dos cabelos ou a estrutura física. É o aspecto fisiológico-endócrino
do individuo. Fazem parte dele os impulsos ou instintos que são as forças
motrizes da personalidade.
Esses instintos saíram perfeitos da mão do Criador, mas o pecado que
veio pela queda os perverteu e os transtornou.
a. É um estado orgânico
neuropsíquico, inato e capaz de desenvolver-se.
b. É influenciado pelo sistema nervoso
c. Pode ser controlado (através do
fruto do Espírito – Rm 8.6,13) – cada temperamento tem deficiências que são
plenamente corrigidas pelas virtudes do Fruto do Espírito.
Os temperamentos são:
a. Sangüíneo (falante, impulsivo,
sentimental, etc.)
b. Colérico (independente, agressivo,
determinado, etc.)
c. Melancólico (contemplativo, humor
imaginário,habitualmente sente tristeza e apatia, etc.)
d. Fleumático (não emotivo, sereno, frieza
de ânimo, etc.).
Caráter: em psicologia é o termo que designa o aspecto da
personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a
cada indivíduo; esta qualidade, é inerente somente à uma pessoa, pois é o
conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza
e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe
determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento, este,
sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições
ambientais, familiares, pedagógicas e sociais. Caráter é a soma de nossos
hábitos, virtudes e vícios.
É um componente da personalidade
É adquirido não herdado (professor veja que missão Deus colocou em suas
mãos)
Herdamos tendências e não
caráter
Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio
ambiente
Pode ser mudado (mas não é uma tarefa fácil). Jesus pode mudar
milagrosamente o caráter (2 Co 5.17)
Continua mudando à medida que nos rendemos à Deus (Rm 12.2; Fp1.6).
Lembre-nos que a salvação
abrange espírito, alma e corpo:
“Que Deus, que nos dá a paz, faça com que vocês sejam completamente
dedicados a Ele. E que Ele conserve o espírito, a alma e o corpo de vocês
livres de toda mancha, para o dia em que vier o nosso Senhor Jesus Cristo.
Aquele que os chama é fiel e fará isso.”(1 Ts 5.23,24 – NTLH).
O controle e aprimoramento da Personalidade, não podem ser plenamente
realizados apenas através de credos, princípios e práticas religiosas.
A fé em Cristo e a comunhão vital com Ele, é o segredo.
A verdadeira vida cristã consiste primeiramente num relacionamento vital
com Cristo (Jo 15.5). Tal fé e tal religião não destroem a personalidade, antes
a desenvolvem, pois todo esforço é feito para agradar e promover a vontade
Daquele que passou a dominar e controlar nossa personalidade, agora
participante da natureza divina (2 Pe 1.4; Rm 11.17; Hb 12.10).
Personalidade: É o conjunto de
atributos e qualidades físicas, intelectuais e morais que caracterizam cada
pessoa. Os elementos formadores da personalidade são:
1.
Hereditariedade: é a natureza humana transmitida pelos pais. Esses fatores hereditários
nascem com o individuo, afetam e agem influenciando o psiquismo da pessoa
determinando o seu biótipo. Esses fatores passam de geração à geração e afetam
o aprendizado de várias maneiras.
2.
Meio-Ambiente: é o meio
em que o individuo vive e foi criado. E este se constitui em um poderoso fato
influente na personalidade da pessoa. O meio ambiente abrange:
· O lar (família)
· A comunidade
· A escola
· A igreja
· A literatura (boa ou
má, ou seja, construtiva ou destrutiva)
· O estado social (
físico, saúde, economia, alimentação, higiene)
· A sociedade (ambientes
freqüentados, regime de vida, os “grupinhos”)
O meio ambiente influi na personalidade, mas o homem não deve ser
escravo do meio em que vive. Ele pode reagir, vencer e transformar-se passando
daí a influir melhor onde vive.
Essa é sua tarefa professor, você pode e deve ensinar isso aos seus
alunos.
Mas em resumo podemos dizer que, temperamento é a combinação de características com as quais
nascemos; o caráter é o nosso verdadeiro “eu”, e a personalidade é o que mostramos ao próximo,
que pode ou não ser igual ao caráter, dependendo de quão autentica seja a
pessoa.
Temperamentos
Como colocamos acima, os
temperamentos são quatro: sangüíneo, colérico, melancólico e fleumático.
Um estudo mais detalhado dos temperamentos nos mostrará nossos pontos fortes
(qualidades), nossos pontos fracos (defeitos), e uma vez determinadas nossas
características poderemos enfrentar com mais realismo nossas fraquezas, e
submeter-nos à Vontade Daquele que nos criou pra Sua glória.
Nosso temperamento pode ser controlado e modificado, isso nos fica bem
claro em 2 Co 5. 17 que diz: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova
criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (ARC).
Uma vez que o temperamento é a nossa “natureza antiga” (nascemos com
ele), quando nos submetemos ao Senhorio de Cristo nos tornamos novas criaturas,
assim ganhamos uma “nova natureza” que nos é dada através da regeneração, e
assim nos tornamos diferentes, a antiga natureza é passada, e agora nos
tornamos “participantes da natureza divina, havendo escapado da
corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo.” (2 Pe 1.4 – ARC)
O sangüíneo
Pontos fortes:
- É
exuberante (animado)
- É
cordial
- É
eufórico e vigoroso
- É
receptível por natureza
- É
impressionável
- Toma
decisões quase sempre pelos sentimentos
- É
divertido e contagia os outros
- É
eletrizante
- Sempre
tem amigos
- Sabe
sentir as alegrias e dores dos outros
- As
pessoas são importantes pra ele (a), e sabe fazer com se sentam assim
- Gosta
de estar rodeado de pessoas e se sentir o centro da atenção
- Fala
antes de pensar
- Faz
amizade com facilidade
- Barulhento
- Emotivo
Pontos fracos:
- É
pouco pratico
- É
desorganizado
- É
agitado e turbulento
- Geralmente
é indisciplinado
- É
impulsivo
- Tem
dificuldade em dizer não
- Adora
agradar os outros
- Não
conhece suas limitações
- É
perito em começar coisas e não terminar
- Não
é observador de horários
- Não
cumpre decisões tomadas
- Possui
instabilidade emocional
- Desanima
com facilidade
- Sente
pena de si mesmo (comiseração)
- No
campo espiritual se arrepende várias vezes pelo mesmo pecado
- É
de vontade fraca
Virtudes do Fruto do Espírito
para o Sangüíneo: Temperança ou autocontrole,
paciência, fé, paz e bondade
Pedro era sangüíneo, era caloroso,
impulsivo, falante, inconstante. Mas depois de ser cheio do Espírito
Santo vemos que Pedro se transformou de tal forma que, seus defeitos foram
obscurecidos e suas qualidades foram realçadas. Todo sangüíneo que esteja
disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo que seu Espírito o
fortaleça em suas fraquezas, também terá seu temperamento mudado e controlado
pelo Espírito Santo.
O melancólico
Pontos fortes:
É analítico
É abnegado
Perfeccionista
Admira as belas artes
É desconfiado
Não faz amigos com facilidade
Amigo fiel
É de confiança
Habilidoso
Minucioso
Leal
Idealista
Dedicado
Sensível
É introvertido, enclausura-se como caramujo, chegando até a ser
hostil.
Fala pouco, mas é muito preciso no que diz
Pontos fracos:
· Egoísta
· Amuado
· Pessimista
· Teórico
· Confuso
· Anti-social
· Critico
· Vingativo
· Inflexível
· É voluntarioso em
excesso
· Espera muito das
pessoas em troca do que faz
· Gasta tempo no que não
deve
· Se ofende muito
facilmente
· Inseguro
· Depressivo
· Foge da realidade e
entra em devaneio
Virtudes
do Fruto do Espírito para o Melancólico: Amor, alegria, paz, bondade, fé e
autocontrole (temperança).
Moisés era melancólico, era habilidoso,
prático, perfeccionista, depressivo, leal. Mas sofria de um
complexo de inferioridade que trazia à tona todas as fraquezas do melancólico
(Ex. 3.11-13) O seu encontro com o Senhor no Monte Horebe e a freqüente busca
da sua face, contudo, fizeram dele um homem cheio do Espírito Santo, um líder
destemido, e tornou-se “o homem mais manso da Terra” (Nm.12.3). Suas qualidades
se destacaram e foi o grande legislador de Israel.
O
colérico
Pontos
Fortes:
É vivaz
É ativo
É pratico
É voluntarioso
Auto-suficiente
Independente
É decidido
Ama as atividades
Não precisa ser estimulado, se estimula por si mesmo
Não vacila sob pressão
É insistente
Pouco influenciado pelo meio
É objetivo
É Líder nato
Mais razão do que coração
Auto disciplinado
Pontos Fracos:
· Insensível
· Irado
· Impetuoso
· Age com impetuosidade
· Sem compaixão
· Cruel
· Guarda rancor
· Infringe regras para atingir seus
objetivos
· É sarcástico
· Sua ira se manifesta de modo em
explosão, mais de modo elaborado
· É arrogante
· É prepotente
· Profere declarações cruéis
· Age tiranicamente sobre os sentimentos
dos outros
· É orgulhoso
Virtudes do Fruto do Espírito
para o Colérico: Amor, paz, bondade, paciência,
humildade e benevolência.
Paulo era colérico, era cruel,
voluntarioso, agressivo, auto suficiente. Após encontrar-se com o Senhor
Jesus, vemos na vida desse colérico, amor, amabilidade, humildade, dependência
de Deus, mansidão etc., e todos os coléricos que se entregarem ao Senhor assim
também terá modificado seus temperamentos.
O Fleumático
Pontos Fortes:
É calmo
É frio
É bem equilibrado
É descompromissado
Não se perturba com nada
Controlado
Aprecia artes
Despreocupado com as circunstâncias em redor
Prático e eficiente
Pouco se envolve com as atividades do próximo
Cérebro organizado
Senso de humor mordaz
É habilidoso
Conciliador
Sabe ouvir com paciência e atenção
É mais espectador do que modificador das circunstâncias
Pontos fracos:
· É moroso
· Indolente
· É desmotivado
· Indeciso
· Egoísta
· Avarento
· Descompromissado
· Distante e gélido
· É capaz de provocar a ira de quem o
quer motivar
· Obstinado
· Espectador da vida sem se envolver
· Acomodado
· Conservador por comodismo
· Procrastinador (sempre deixa tudo para
mais tarde)
· Vacila entre o desejo de fazer e de não
fazer alguma coisa
· Não tem iniciativa
Virtudes do Fruto do Espírito
para o Fleumático: Amor, bondade, docilidade,
auto-controle, (temperança) e fé.
Abraão era fleumático, era passivo,
pacificador, temeroso. Mas após ouvir a voz de Deus, é
chamado de “pai da fé”. Onde Abraão obteve tal fé? – um fleumático temeroso?
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos o crescimento gradual que todo
crente que se coloca na obediência a Deus pode obter.
Auto-conhecimento
O relato acima dos pontos fortes e fracos dos quatro temperamentos
comprova o contraste natural das características herdadas que formam o
temperamento humano. Cada temperamento possui forças e riquezas, contudo todos
possuem fraquezas e perigos. Daí, a necessidade do Fruto do Espírito em nossas
vidas para que cada temperamento anule suas fraquezas e as qualidades possam
ser realçadas para louvor do Nome do Senhor, “...para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt
5.16 – ARC).
O que temos feito como cristãos?
Deus nos criou para que pudéssemos viver de forma abundante, na sua
graça. Este foi seu grande desejo. Para tanto, Ele soprou a vida em nós.
"O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e
inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser
vivente"(Gn 2:7).
Este é o desígnio de Deus: o de nos fazer viver a plenitude da vida. E como você tem se sentido
diante das circunstâncias da vida? Tem conseguido viver a alegria de ser de
filho de Deus?
Estamos vivendo uma vida abundante ou uma vida vacilante.
Cristo nos deu a vida em abundância; “o inimigo de nossas almas”, no
entanto, quer somente roubar nossa alegria de ser de Deus. Portanto, somos
chamados a ser plenamente do Senhor. Pois esta é a única forma de sermos
abençoados por Sua mão poderosa. Vejam estas palavras do Senhor:
“Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós,
Ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos
corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.”(Rm 8:11)
Nós, que somos morada de Deus, cheios do Espírito Santo, não podemos
levar uma vida dúbia. Somos chamados a corresponder com radicalidade o chamado
à santidade que o Senhor nos faz, Tito assim fez, e foi um obreiro
de grande valor na Obra do SENHOR.
Você não foi criado para viver sob o julgo da escravidão, mas para viver
a vida plena que Cristo tem para você. Suas promessas não falham, Suas palavras
não se contradizem. O Senhor prometeu. Ele cumpre Suas promessas.
“Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda
no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai!”(Rm 8:15)
Que graça! Você foi chamado a viver esta vida. Não vale a pena ser
escravo do mundo. O que este lhe oferece é momentâneo e depois você sofre as
“contra-indicações”. Porém, na vida abundante, você se torna o homem, a mulher
do Espírito, e seus pensamentos passam a ser outros. Veja o que São Paulo nos diz:
“Quem nos separará do amor de
Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A
espada? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia
inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro (Sl 43:23). Mas, em
todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos
amou.(Rm 8:35-37).
Quando agimos segundo a carne, somos enganados, domados pelo tentador.
Pois o Senhor já nos orientou:
"Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor
de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar."(1 Pe 5:8)
Conclusão
O segredo do temperamento transformado está em deixar-se encher pelo
Espírito Santo, não apenas esporadicamente, mas continuamente. Pois, estar
cheios do Espírito, é quando Ele preenche todas as áreas de nosso ser, de forma
que nossa mente fica voltada para fazer a vontade do SENHOR. Dessa forma não há
mais brecha pra o “eu”, não há mais espaços pra nada que não seja para agradar
a Deus.
Talvez
você se pergunte: “Mas como fazer isso?” – os passos são simples:
- examine-se e confesse seus pecados a Deus (1 Jo 1.9);
- submeta-se inteiramente à vontade de Deus (Rm 6.11-13);
- peça à Deus que derrame o Espírito Santo em sua vida (Lc 11.13).
Se seguir estes passos, verdadeiramente será cheio do Espírito Santo e o
Fruto do Espírito será abundante em sua vida. Deus vos abençoe.
Fontes consultadas:
·
Temperamento controlado pelo Espírito
– Tim La Haye – Edições Loyola
·
Temperamentos Transformados – Tim La
Haye – Editora Mundo Cristão
·
Bíblia de Estudo de Aplicação
Pessoal (ARC) – CPAD
·
A Bíblia da Mulher (Leitura, Estudo,
Devocional) – ARA – Editora Mundo Cristão
·
Dicionário Almeida 2002
Colaboração para Poratl Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
PERSONAGENS BÍBLICOS E SEUS TEMPERAMENTOS
Pedro – O Sangüíneo – Mt 16:13-20
Depois do Senhor Jesus Cristo, Pedro é uma pessoa
que mais sobressai nos evangelhos, característica típica de um sangüíneo de
clamar atenção por onde passa. Dentre os discípulos é o que deixa seus defeitos
visíveis a todos, num momento é amável e alegre, no outro assusta com suas
atitudes:
- Falava mais que os outros discípulos
- O Senhor conversava muito amiúde com ele
- Teve a ousadia de repreender o Mestre
- Testemunhou outro recebeu louvor tão pessoal do
Salvador
Quando experimentou a plenitude do Espírito Santo
não só foi o homem de maior influência na Igreja dos primeiros tempos e um
desafio para os cristãos exemplificando o que o Espírito Santo pode fazer com
uma vida entregue a Ele.
Características do Pedro Sangüíneo
Impulsivo
Mt 4:20 – no modo como atendeu ao chamado de Jesus
Mt 14:28-29 – sua reação ao ver Jesus andando sobre
o mar
Mt 17:1-13- sua atitude diante da transfiguração
Jo 18:10 – ao reagir à prisão do Senhor Jesus
Mt 28:6; Jo 20:6 – ao saber da ressurreição do
Senhor Jesus
Jo 21:1-11 – ao encontrar-se com o Senhor após a
ressurreição
Desinibido
Lc 5:1-11 – sua atitude reveladora na pesca
maravilhosa
Falante
Mt 16:13-20, Jo 6:66-69 – o efeito positivo do seu
testemunho acerca da identidade de Jesus
Egoísta
Mt 16:22 – sua motivação egoísta valeu-lhe a repreensão
mais severa feita pelo Senhor
Interesseiro
Mt 19:27-30 – seus questionamentos quanto aos
favores por seguir ao mestre
Fanfarrão
Mt 26:33 – sua tendência a gabolice
Pedro cheio do Espírito Santo
“O que Deus fez por seu apóstolo sangüíneo, Ele fará
por você, desde que esteja disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo
que o seu poder o fortaleça em suas fraquezas”.
At 1:15 – o primeiro sinal de uma transformação:
Pedro, um homem sangüíneo e iletrado, agora, cheio do Espírito Santo torna-se
um grande pregador do Evangelho.
At 3:1-7 – a ousadia de Pedro é convertida em
glorificar o Senhor Jesus e não a si mesmo.
At 4:5-13 – o Pedro que antes negara o Senhor
Jesus, agora confessa abertamente que Ele é o Salvador.
At 5:40-42 – a constância de Pedro é evidente ao
ser açoitado severamente pelo oficial do Sinédrio.
At 9:36-42 – a humildade e dependência de Deus.
2 Pe 3:15 – a maturidade de Pedro
Paulo – O Colérico
Personagem bíblico que melhor ilustra o
temperamento colérico é o apóstolo Paulo. Ele é de fato excelente exemplo da
maneira como o Espírito Santo modifica uma pessoa de vontade férrea, após sua
conversão. Saulo de Tarso era um colérico de aprimorada educação e muita
religiosidade. Aparece no cenário bíblico, participando do apedrejamento de
Estevão (At 7:54-58). As testemunhas deixaram suas vestes aos seus pés de um
jovem chamado Saulo, o que indica ser ele o líder do grupo. Estudiosos afirmam
que ele era membro do Sinédrio – o conselho dos setenta anciões de Israel. E
Saulo que era jovem na época, isto seria um privilégio fora do comum.
Características do Paulo Colérico
Cruel – a Bíblia descreve Saulo como “respirando
ameaças e morte contra os
discípulos do Senhor”(At 9:1-2). A maioria dos
coléricos tem forte tendência a astúcia e a ardilosidade quando motivados pelo
ódio ou pela intolerância. Antes de sua conversão era por instinto um líder
zeloso e ativo, implacavelmente cruel com os que o contrariavam.
Força de vontade – uma das maiores vantagens
do indivíduo com este temperamento é sua força de vontade, o que pode fazer
dele uma pessoa muito bem sucedida. Paulo se refere a isso em 1 Co 9:24-27.
Suas atitudes tinham metas definidas, Paulo sabia o que queria e para onde ia.
Ele sabia que autodisciplina começa ne mente. Se você não resolver em sua mente
que faça determinada coisa, provavelmente jamais conseguirá fazê-la (2 Co 10).
Esta imensa força de vontade fez dele um líder com capacidade de dirigir e
motivar outras pessoas.
Agressivo – ira e agressividade são características
deste temperamento. Vimos que tais sentimentos o influenciaram antes de sua
conversão, mas depois desta, raramente aquelas aparecem. Um desses casos é
relatado em At 15, sua discussão com Barnabé. Paulo mostrou-se intolerante e
inflexível. Outra erupção de ira do apóstolo se encontra em At 23, ao ser
levado preso perante o Sinédrio. Isto mostra que um colérico, mesmo cristão,
tem na ira um problema.
A transformação de Paulo
Apesar do grande potencial, ele é, provavelmente
por natureza, o mais carente das características proporcionadas pela plenitude
do Espírito Santo do que qualquer dos outros temperamentos. A carta aos Gálatas
5:22-23 – revela-nos as características necessárias ao temperamento colérico.
Todas elas se encontram na vida do apóstolo após sua conversão.
Amor – o Espírito Santo, de maneira maravilhosa,
transformou um indivíduo irado, amargo e perseguidor, em uma pessoa calorosa e
compassiva (Rm 10:1, 9:1-3).
Paz – O Espírito Santo de Deus fez com que Paulo
compreendesse que a paz não depende de circunstâncias ideais. Quando o apóstolo
foi encarcerado, um sentimento sobrenatural de paz tomou conta de seu ser (Fp
4:11-12; 6,7)
Humildade – O Espírito Santo conhecia bem a necessidade
que Paulo tinha de humildade, pois após sua visão do céu relatada em 2 Co 12,
foi-lhe posto um espinho na carne (Rm 8:28). Paulo tinha necessidade de sempre
relembrar sua dependência de Deus.
Conclusão: Paulo entregou sua férrea vontade ao Senhor
Jesus na estrada de Damasco. Quando tomou esta decisão parecia ter muito a
perder, porém, sua vida é um exemplo claro das palavras de Jesus “Quem perder a
sua vida por minha causa, achá-la há (Mt 10:39).
Moisés – O Melancólico
O melancólico Moisés nos fornece excelente material
para um estado analítico do temperamento porque as Escrituras nos dão muitas
informações a seu respeito. O melancólico líder de Israel ilustra claramente a
diferença que o poder de Deus faz na vida de um homem. Depois de educado
aprimoradamente durante quarenta anos na sede da cultura egípcia, este brilhante
melancólico passou 40 anos cuidando de animais num deserto distante. Com 80
ouviu o chamado de Deus da sarça ardente, e durante os 40 anos seguintes foi um
dos maiores líderes do mundo. Como qualquer cristão dos dias de hoje, Moisés só
foi produtivo para Deus quando controlado pelo Espírito Santo.
Características do Moisés Melancólico
Talentoso – em At 7:22, Estevão, 1º mártir do
cristianismo, nos informa que Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios
e era poderoso em palavras e obras. O Egito era na época o centro da
civilização e ele absorveu todo o conhecimento dos egípcios sem se deixar
dominar. A habilidade de Moisés em conduzir três milhões de pessoas através do
deserto; como juiz, profeta reflete sua natureza excepcionalmente bem dotada.
Abnegado – os indivíduos melancólicos têm dificuldades
em desfrutar do conforto ou do sucesso sem sentir alguma culpa. Têm
freqüentemente a inclinação de se dedicar a causas que exijam sacrifício. Na
vida de Moisés isto é visto claramente em Hb 11:23-27, seu exemplo de abnegação
e renúncia é prova de que homem algum sai perdendo quando dá sua vida a Deus.
A lealdade de Moisés –
um dos traços mais admiráveis do melancólico é a sua lealdade e fidelidade.
Embora não seja fácil fazer amigos, é intensamente leal àqueles que adquire.
Esta característica fez com que tivesse facilidade em ser de maneira especial
devotado a Deus. A devoção de Moisés cresceu durante os 40 anos no deserto.
Quando os problemas surgiram, buscava direção divina e como líder deu várias
provas de sua fidelidade ao Senhor (Ex 14;16;17). Isto não significa que Moisés
era perfeito. Você encontrará diversas falhas em sua vida indicando que era
muito humano, durante os anos em que serviu a Deus.
Complexo de inferioridade –
os talentos de Moisés são negligenciados devido ao seu excessivo sentimento de
inferioridade. As desculpas que Moisés deu ao Deus Todo-Poderoso quando
conversaram junto à sarça ardente são um exemplo clássico da depreciação que os
melancólicos fazem de si mesmos:
1. Não tenho talento –
“quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?”
(Ex 3:11). Moisés depreciava suas habilidades
pessoais e recuava diante da idéia de colocar seus talentos à disposição do
Senhor. A resposta de Deus a Moisés é válida para todos os cristãos:
“Certamente Eu serei contigo”(Ex 3:12)
Do que mais Moisés precisava?
2. Ninguém acredita em mim –
“Mas eis que não crerão nem acudirão à minha voz”(Ex 4:1)
O medo de ser rejeitado faz parte do complexo de
inferioridade do melancólico. Este temor é totalmente egoísta, e quanto mais
cedo for reconhecido como pecado, mais depressa experimentaremos o poder
transformador de Deus em nossas vidas.
3. Não sei falar em público –
“Nunca fui eloqüente…pois sou pesado de boca e pesado de língua”(Ex 4:10). A
resposta de Deus a Moisés é hoje tão pertinente quanto foi o passado: “Quem fez
a boca do homem?… Eu serei com tua boca e te ensinarei o que hás de falar” (Ex
4:11). Pregar e ensinar a palavra de Deus não tem nada a ver com eloqüência e
sim com obediência. A resposta do Senhor a Moisés esclarece que o êxito
espiritual é alcançado pelo poder de Deus e não pelo nosso potencial e nossos
talentos.
4. A ira de Moisés – além do
medo, a ira reprimida freqüentemente espreita o temperamento melancólico. Sua
incapacidade de controlar essa emoção o impediu de entrar na terra prometida
(Ex 16:20; 32:19). A ira auto-indulgente desagrada a Deus e leva a graves
pecados. Nenhuma pessoa compreensiva criticaria Moisés por se irritar com
aquele povo ingrato, mas Deus, O Todo-Poderoso, assim o fez, pois o Senhor lhe
tinha oferecido toda orientação e poder necessário.
5. A depressão de Moisés –
Moisés é um dos três grandes servos de Deus que ficaram deprimidos a ponto de
se desesperar e pedir a Deus que lhes permitisse morrer. Os outros dois foram
Elias (1 Rs 19) e Jonas (Jn 4:1-3). De todos os temperamentos, o maior problema
das pessoas melancólicas é a depressão. O relato da depressão de Moisés é dado
em Nm 11:1-15. Deus jamais pediu a Moisés que suportasse a todo aquele peso de
responsabilidade, os quais eram Dele. Porém Moisés cultivou de tal forma a
auto-piedade que pediu ao Senhor: “Se assim me tratas mata-me de uma vez, eu Te
peço, se tenho achado favor aos Teus olhos”. Lembre-se de que a reação de
Moisés, face aos acontecimentos, foi o que causou a sua depressão, e não as
circunstâncias em si mesmas.
Abraão – o Fleumático
As pessoas de mais fácil convivência são as
fleumáticas. Sua natureza calma e sossegada faz com que sejam benquistas por
todos. Por ser um tanto introvertido, suas fraquezas e virtudes não são tão
perceptíveis. Um de seus maiores problemas é a falta de motivação. Tem a
tendência de olhar a situação como mero espectador, evitando a todo custo
envolver-se em atividades; o medo de errar perante as outras pessoas, gera
relutância em lançar-se a algum projeto. Vários homens dos tempos bíblicos
parecem ter possuído boa parcela deste temperamento: Noé, Samuel, Daniel, José
(esposo de Maria), Natanael, Felipe e Tiago, porém, o melhor exemplo é Abraão.
Características do Abraão Fleumático
Cauteloso – a hesitação, indecisão e o medo, naturais
no fleumático, são vistos em Abraão em Gênesis 12, ao receber o chamado do
Senhor, era tão dependente de seus pais que em vez de obedecer inteiramente a
ordem de Deus, levou consigo seus familiares o que lhe causou sérios problemas.
Muitos cristãos fleumáticos relutam diante das oportunidades, não pela falta de
capacidade, mas pela hesitação de aventurarem-se pelo desconhecido.
Pacífico – uma das características mais admiráveis é o
seu amor à paz. Tendem a demonstrar serenidade e calma, seu desejo de paz e
harmonia é, em geral, maior do que o de possuir bens pessoais. Em Gn 13:8-9 na
discussão entre os pastores de Ló e Abraão, este intervém de maneira ordeira, dando
ao sobrinho o direito de escolha.
Leal – sua atitude quando pressionado, revela sua
personalidade. De todos os tipos de temperamentos, os fleumáticos são os que
melhor trabalham sob pressão, demonstram calma e eficiência em tempos de crise.
Em Gn 14, ao saber que a terra de Ló estava em guerra e que este havia sido
levado cativo, Abraão age como seu defensor demonstrando características
latentes de liderança e que sua amizade ao sobrinho estava acima de suas
diferenças pessoais.
Passivo – junto à sua inclinação natural para a paz,
há a passividade face aos conflitos. Em Gn 16 vemos a exagerada influência de
Sara sobre Abraão, o que resultou em sérias conseqüências que permanecem até os
dias de hoje. Uma das lições que os fleumáticos precisam aprender é que nada se
consegue pela acomodação.
Temeroso – o fleumático possui doses generosas de medo
e Abraão tinha grande problema com seus temores íntimos. Por causa da grande
fome que assolava a terra, Abraão deixou de lado a vontade de Deus e foi para o
Egito; por causa de seu temor a Faraó, nega que Sara era sua esposa. A covardia
de Abraão resultou em sua expulsão da terra, dando um péssimo testemunho do
Senhor naquela terra pagã (Gn 12). Abraão negou a Sara novamente para conseguir
os favores de Abimeleque. Se não fosse a intervenção divina, os dois teriam
sido envolvidos em um pecado trágico (Gn 20). Os nossos pretextos e as nossas
concessões jamais melhoram o plano e a provisão de Deus.
A transformação de Abraão
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos um
crescimento gradual que Deus dá a todo crente. Uma das maiores provas deste
crescimento está no sacrifício de Isaque (Gn 22). O resultado desta fé está na
confiança que Abraão depositou na Palavra de Deus, agindo conforme sua
promessa. A fé não precisa de respostas, só de direção.
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
3º Trimestre 2014
Tema: Vivendo em Família
Comentarista: César Moisés Carvalho
LIÇÃO 4 – MAS EU NASCI ASSIM...
Ao Mestre
Amado (a), nesta lição estaremos abordando um assunto (que para mim, é)
fascinante – o temperamento humano. E a meu ver é de suma importância conhecer
nosso temperamento, e para nós professores se aprendermos a distinguir o
temperamento de nossos alunos, nos será mais fácil compreendê-los e
auxiliá-los.
Há um tempo atrás estava dando aula à classe de jovens, e foi-nos
maravilhoso, aprendermos acerca dos temperamentos e as virtudes do Fruto
do Espírito que cada temperamento tem maior necessidade. E pela graça de Deus,
foi-me possível vê-los crescerem espiritualmente.
“Examina-te, a si mesmo”, ou, como diria Sócrates, o “Conhece-te a ti
mesmo”.
Este é um principio de profunda sabedoria, pois, ao olharmos para dentro
de nós e conhecermos nossas limitações, conseguimos com humildade relacionarmos
com as demais pessoas ao nosso redor, auxiliando-as, e juntos aperfeiçoando-nos
para o serviço a Deus.
Que ao término desta lição, possamos estar nos “conhecendo
melhor”, e assim, podermos servir ao Senhor de forma mais plena. Amém.
NOTA: Será ótimo se você fizer um teste com seus alunos para que cada um
descobra qual o seu temperamento, e possa identificar quais virtudes do Fruto
do Espírito precisam para controlar seu temperamentos. No final do comentário,
disponibilizarei um teste, caso queira usar.
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
ØConscientizar-se das limitações decorrentes de nosso temperamento,
esforçar-se para viver no Espírito, afim de desenvolver dia-a-dia o Fruto do
Espírito, tão necessário à vida cristã.
Para refletir
“Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados.”(Tt 2.6 – ARC)
A tradição e a história eclesiástica nos mostra que Tito era jovem,
poderia perfeitamente se encaixar no perfil dos jovens de Creta, no entanto, o
apostolo Paulo o exorta a permanecer, ou seja, conservar-se como exemplo de
boas obras. Esse quesito é indispensável para todos os que desejam servir à
Deus – que tenha uma conduta exemplar.
Texto Bíblico: Gn 25:19-34; Gl 5:16-26.
Introdução
Todos nós herdamos um temperamento básico de nossos pais, o qual contém
forças e fraquezas. Este temperamento é o impulso básico do nosso ser que
procura satisfazer as suas necessidades.
Para entendermos melhor o controle dos temperamentos sobre nossas ações
e reações, precisamos fazer distinção entre temperamento, caráter e personalidade.
Vejamos:
Temperamento: é a combinação de características
congênitas (nascidas com o individuo) e que subconscientemente afetam o
procedimento. Essas características são coordenadas geneticamente com base na
nacionalidade, raça, sexo e outros fatores hereditários. Alguns psicólogos
dizem que herdamos mais gens de nossos avós do que de nossos pais. A formação
das características do temperamento é tão imprevisível no individuo quanto à
cor dos olhos, dos cabelos ou a estrutura física. É o aspecto fisiológico-endócrino
do individuo. Fazem parte dele os impulsos ou instintos que são as forças
motrizes da personalidade.
Esses instintos saíram perfeitos da mão do Criador, mas o pecado que
veio pela queda os perverteu e os transtornou.
a. É um estado orgânico
neuropsíquico, inato e capaz de desenvolver-se.
b. É influenciado pelo sistema nervoso
c. Pode ser controlado (através do
fruto do Espírito – Rm 8.6,13) – cada temperamento tem deficiências que são
plenamente corrigidas pelas virtudes do Fruto do Espírito.
Os temperamentos são:
a. Sangüíneo (falante, impulsivo,
sentimental, etc.)
b. Colérico (independente, agressivo,
determinado, etc.)
c. Melancólico (contemplativo, humor
imaginário,habitualmente sente tristeza e apatia, etc.)
d. Fleumático (não emotivo, sereno, frieza
de ânimo, etc.).
Caráter: em psicologia é o termo que designa o aspecto da
personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a
cada indivíduo; esta qualidade, é inerente somente à uma pessoa, pois é o
conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza
e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe
determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento, este,
sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições
ambientais, familiares, pedagógicas e sociais. Caráter é a soma de nossos
hábitos, virtudes e vícios.
É um componente da personalidade
É adquirido não herdado (professor veja que missão Deus colocou em suas
mãos)
Herdamos tendências e não
caráter
Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio
ambiente
Pode ser mudado (mas não é uma tarefa fácil). Jesus pode mudar
milagrosamente o caráter (2 Co 5.17)
Continua mudando à medida que nos rendemos à Deus (Rm 12.2; Fp1.6).
Lembre-nos que a salvação
abrange espírito, alma e corpo:
“Que Deus, que nos dá a paz, faça com que vocês sejam completamente
dedicados a Ele. E que Ele conserve o espírito, a alma e o corpo de vocês
livres de toda mancha, para o dia em que vier o nosso Senhor Jesus Cristo.
Aquele que os chama é fiel e fará isso.”(1 Ts 5.23,24 – NTLH).
O controle e aprimoramento da Personalidade, não podem ser plenamente
realizados apenas através de credos, princípios e práticas religiosas.
A fé em Cristo e a comunhão vital com Ele, é o segredo.
A verdadeira vida cristã consiste primeiramente num relacionamento vital
com Cristo (Jo 15.5). Tal fé e tal religião não destroem a personalidade, antes
a desenvolvem, pois todo esforço é feito para agradar e promover a vontade
Daquele que passou a dominar e controlar nossa personalidade, agora
participante da natureza divina (2 Pe 1.4; Rm 11.17; Hb 12.10).
Personalidade: É o conjunto de
atributos e qualidades físicas, intelectuais e morais que caracterizam cada
pessoa. Os elementos formadores da personalidade são:
1.
Hereditariedade: é a natureza humana transmitida pelos pais. Esses fatores hereditários
nascem com o individuo, afetam e agem influenciando o psiquismo da pessoa
determinando o seu biótipo. Esses fatores passam de geração à geração e afetam
o aprendizado de várias maneiras.
2.
Meio-Ambiente: é o meio
em que o individuo vive e foi criado. E este se constitui em um poderoso fato
influente na personalidade da pessoa. O meio ambiente abrange:
· O lar (família)
· A comunidade
· A escola
· A igreja
· A literatura (boa ou
má, ou seja, construtiva ou destrutiva)
· O estado social (
físico, saúde, economia, alimentação, higiene)
· A sociedade (ambientes
freqüentados, regime de vida, os “grupinhos”)
O meio ambiente influi na personalidade, mas o homem não deve ser
escravo do meio em que vive. Ele pode reagir, vencer e transformar-se passando
daí a influir melhor onde vive.
Essa é sua tarefa professor, você pode e deve ensinar isso aos seus
alunos.
Mas em resumo podemos dizer que, temperamento é a combinação de características com as quais
nascemos; o caráter é o nosso verdadeiro “eu”, e a personalidade é o que mostramos ao próximo,
que pode ou não ser igual ao caráter, dependendo de quão autentica seja a
pessoa.
Temperamentos
Como colocamos acima, os
temperamentos são quatro: sangüíneo, colérico, melancólico e fleumático.
Um estudo mais detalhado dos temperamentos nos mostrará nossos pontos fortes
(qualidades), nossos pontos fracos (defeitos), e uma vez determinadas nossas
características poderemos enfrentar com mais realismo nossas fraquezas, e
submeter-nos à Vontade Daquele que nos criou pra Sua glória.
Nosso temperamento pode ser controlado e modificado, isso nos fica bem
claro em 2 Co 5. 17 que diz: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova
criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (ARC).
Uma vez que o temperamento é a nossa “natureza antiga” (nascemos com
ele), quando nos submetemos ao Senhorio de Cristo nos tornamos novas criaturas,
assim ganhamos uma “nova natureza” que nos é dada através da regeneração, e
assim nos tornamos diferentes, a antiga natureza é passada, e agora nos
tornamos “participantes da natureza divina, havendo escapado da
corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo.” (2 Pe 1.4 – ARC)
O sangüíneo
Pontos fortes:
- É
exuberante (animado)
- É
cordial
- É
eufórico e vigoroso
- É
receptível por natureza
- É
impressionável
- Toma
decisões quase sempre pelos sentimentos
- É
divertido e contagia os outros
- É
eletrizante
- Sempre
tem amigos
- Sabe
sentir as alegrias e dores dos outros
- As
pessoas são importantes pra ele (a), e sabe fazer com se sentam assim
- Gosta
de estar rodeado de pessoas e se sentir o centro da atenção
- Fala
antes de pensar
- Faz
amizade com facilidade
- Barulhento
- Emotivo
Pontos fracos:
- É
pouco pratico
- É
desorganizado
- É
agitado e turbulento
- Geralmente
é indisciplinado
- É
impulsivo
- Tem
dificuldade em dizer não
- Adora
agradar os outros
- Não
conhece suas limitações
- É
perito em começar coisas e não terminar
- Não
é observador de horários
- Não
cumpre decisões tomadas
- Possui
instabilidade emocional
- Desanima
com facilidade
- Sente
pena de si mesmo (comiseração)
- No
campo espiritual se arrepende várias vezes pelo mesmo pecado
- É
de vontade fraca
Virtudes do Fruto do Espírito
para o Sangüíneo: Temperança ou autocontrole,
paciência, fé, paz e bondade
Pedro era sangüíneo, era caloroso,
impulsivo, falante, inconstante. Mas depois de ser cheio do Espírito
Santo vemos que Pedro se transformou de tal forma que, seus defeitos foram
obscurecidos e suas qualidades foram realçadas. Todo sangüíneo que esteja
disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo que seu Espírito o
fortaleça em suas fraquezas, também terá seu temperamento mudado e controlado
pelo Espírito Santo.
O melancólico
Pontos fortes:
É analítico
É abnegado
Perfeccionista
Admira as belas artes
É desconfiado
Não faz amigos com facilidade
Amigo fiel
É de confiança
Habilidoso
Minucioso
Leal
Idealista
Dedicado
Sensível
É introvertido, enclausura-se como caramujo, chegando até a ser
hostil.
Fala pouco, mas é muito preciso no que diz
Pontos fracos:
· Egoísta
· Amuado
· Pessimista
· Teórico
· Confuso
· Anti-social
· Critico
· Vingativo
· Inflexível
· É voluntarioso em
excesso
· Espera muito das
pessoas em troca do que faz
· Gasta tempo no que não
deve
· Se ofende muito
facilmente
· Inseguro
· Depressivo
· Foge da realidade e
entra em devaneio
Virtudes
do Fruto do Espírito para o Melancólico: Amor, alegria, paz, bondade, fé e
autocontrole (temperança).
Moisés era melancólico, era habilidoso,
prático, perfeccionista, depressivo, leal. Mas sofria de um
complexo de inferioridade que trazia à tona todas as fraquezas do melancólico
(Ex. 3.11-13) O seu encontro com o Senhor no Monte Horebe e a freqüente busca
da sua face, contudo, fizeram dele um homem cheio do Espírito Santo, um líder
destemido, e tornou-se “o homem mais manso da Terra” (Nm.12.3). Suas qualidades
se destacaram e foi o grande legislador de Israel.
O
colérico
Pontos
Fortes:
É vivaz
É ativo
É pratico
É voluntarioso
Auto-suficiente
Independente
É decidido
Ama as atividades
Não precisa ser estimulado, se estimula por si mesmo
Não vacila sob pressão
É insistente
Pouco influenciado pelo meio
É objetivo
É Líder nato
Mais razão do que coração
Auto disciplinado
Pontos Fracos:
· Insensível
· Irado
· Impetuoso
· Age com impetuosidade
· Sem compaixão
· Cruel
· Guarda rancor
· Infringe regras para atingir seus
objetivos
· É sarcástico
· Sua ira se manifesta de modo em
explosão, mais de modo elaborado
· É arrogante
· É prepotente
· Profere declarações cruéis
· Age tiranicamente sobre os sentimentos
dos outros
· É orgulhoso
Virtudes do Fruto do Espírito
para o Colérico: Amor, paz, bondade, paciência,
humildade e benevolência.
Paulo era colérico, era cruel,
voluntarioso, agressivo, auto suficiente. Após encontrar-se com o Senhor
Jesus, vemos na vida desse colérico, amor, amabilidade, humildade, dependência
de Deus, mansidão etc., e todos os coléricos que se entregarem ao Senhor assim
também terá modificado seus temperamentos.
O Fleumático
Pontos Fortes:
É calmo
É frio
É bem equilibrado
É descompromissado
Não se perturba com nada
Controlado
Aprecia artes
Despreocupado com as circunstâncias em redor
Prático e eficiente
Pouco se envolve com as atividades do próximo
Cérebro organizado
Senso de humor mordaz
É habilidoso
Conciliador
Sabe ouvir com paciência e atenção
É mais espectador do que modificador das circunstâncias
Pontos fracos:
· É moroso
· Indolente
· É desmotivado
· Indeciso
· Egoísta
· Avarento
· Descompromissado
· Distante e gélido
· É capaz de provocar a ira de quem o
quer motivar
· Obstinado
· Espectador da vida sem se envolver
· Acomodado
· Conservador por comodismo
· Procrastinador (sempre deixa tudo para
mais tarde)
· Vacila entre o desejo de fazer e de não
fazer alguma coisa
· Não tem iniciativa
Virtudes do Fruto do Espírito
para o Fleumático: Amor, bondade, docilidade,
auto-controle, (temperança) e fé.
Abraão era fleumático, era passivo,
pacificador, temeroso. Mas após ouvir a voz de Deus, é
chamado de “pai da fé”. Onde Abraão obteve tal fé? – um fleumático temeroso?
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos o crescimento gradual que todo
crente que se coloca na obediência a Deus pode obter.
Auto-conhecimento
O relato acima dos pontos fortes e fracos dos quatro temperamentos
comprova o contraste natural das características herdadas que formam o
temperamento humano. Cada temperamento possui forças e riquezas, contudo todos
possuem fraquezas e perigos. Daí, a necessidade do Fruto do Espírito em nossas
vidas para que cada temperamento anule suas fraquezas e as qualidades possam
ser realçadas para louvor do Nome do Senhor, “...para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt
5.16 – ARC).
O que temos feito como cristãos?
Deus nos criou para que pudéssemos viver de forma abundante, na sua
graça. Este foi seu grande desejo. Para tanto, Ele soprou a vida em nós.
"O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e
inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser
vivente"(Gn 2:7).
Este é o desígnio de Deus: o de nos fazer viver a plenitude da vida. E como você tem se sentido
diante das circunstâncias da vida? Tem conseguido viver a alegria de ser de
filho de Deus?
Estamos vivendo uma vida abundante ou uma vida vacilante.
Cristo nos deu a vida em abundância; “o inimigo de nossas almas”, no
entanto, quer somente roubar nossa alegria de ser de Deus. Portanto, somos
chamados a ser plenamente do Senhor. Pois esta é a única forma de sermos
abençoados por Sua mão poderosa. Vejam estas palavras do Senhor:
“Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós,
Ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos
corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.”(Rm 8:11)
Nós, que somos morada de Deus, cheios do Espírito Santo, não podemos
levar uma vida dúbia. Somos chamados a corresponder com radicalidade o chamado
à santidade que o Senhor nos faz, Tito assim fez, e foi um obreiro
de grande valor na Obra do SENHOR.
Você não foi criado para viver sob o julgo da escravidão, mas para viver
a vida plena que Cristo tem para você. Suas promessas não falham, Suas palavras
não se contradizem. O Senhor prometeu. Ele cumpre Suas promessas.
“Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda
no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai!”(Rm 8:15)
Que graça! Você foi chamado a viver esta vida. Não vale a pena ser
escravo do mundo. O que este lhe oferece é momentâneo e depois você sofre as
“contra-indicações”. Porém, na vida abundante, você se torna o homem, a mulher
do Espírito, e seus pensamentos passam a ser outros. Veja o que São Paulo nos diz:
“Quem nos separará do amor de
Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A
espada? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia
inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro (Sl 43:23). Mas, em
todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos
amou.(Rm 8:35-37).
Quando agimos segundo a carne, somos enganados, domados pelo tentador.
Pois o Senhor já nos orientou:
"Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor
de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar."(1 Pe 5:8)
Conclusão
O segredo do temperamento transformado está em deixar-se encher pelo
Espírito Santo, não apenas esporadicamente, mas continuamente. Pois, estar
cheios do Espírito, é quando Ele preenche todas as áreas de nosso ser, de forma
que nossa mente fica voltada para fazer a vontade do SENHOR. Dessa forma não há
mais brecha pra o “eu”, não há mais espaços pra nada que não seja para agradar
a Deus.
Talvez
você se pergunte: “Mas como fazer isso?” – os passos são simples:
- examine-se e confesse seus pecados a Deus (1 Jo 1.9);
- submeta-se inteiramente à vontade de Deus (Rm 6.11-13);
- peça à Deus que derrame o Espírito Santo em sua vida (Lc 11.13).
Se seguir estes passos, verdadeiramente será cheio do Espírito Santo e o
Fruto do Espírito será abundante em sua vida. Deus vos abençoe.
Fontes consultadas:
·
Temperamento controlado pelo Espírito
– Tim La Haye – Edições Loyola
·
Temperamentos Transformados – Tim La
Haye – Editora Mundo Cristão
·
Bíblia de Estudo de Aplicação
Pessoal (ARC) – CPAD
·
A Bíblia da Mulher (Leitura, Estudo,
Devocional) – ARA – Editora Mundo Cristão
·
Dicionário Almeida 2002
Colaboração para Poratl Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
PERSONAGENS BÍBLICOS E SEUS TEMPERAMENTOS
Pedro – O Sangüíneo – Mt 16:13-20
Depois do Senhor Jesus Cristo, Pedro é uma pessoa
que mais sobressai nos evangelhos, característica típica de um sangüíneo de
clamar atenção por onde passa. Dentre os discípulos é o que deixa seus defeitos
visíveis a todos, num momento é amável e alegre, no outro assusta com suas
atitudes:
- Falava mais que os outros discípulos
- O Senhor conversava muito amiúde com ele
- Teve a ousadia de repreender o Mestre
- Testemunhou outro recebeu louvor tão pessoal do
Salvador
Quando experimentou a plenitude do Espírito Santo
não só foi o homem de maior influência na Igreja dos primeiros tempos e um
desafio para os cristãos exemplificando o que o Espírito Santo pode fazer com
uma vida entregue a Ele.
Características do Pedro Sangüíneo
Impulsivo
Mt 4:20 – no modo como atendeu ao chamado de Jesus
Mt 14:28-29 – sua reação ao ver Jesus andando sobre
o mar
Mt 17:1-13- sua atitude diante da transfiguração
Jo 18:10 – ao reagir à prisão do Senhor Jesus
Mt 28:6; Jo 20:6 – ao saber da ressurreição do
Senhor Jesus
Jo 21:1-11 – ao encontrar-se com o Senhor após a
ressurreição
Desinibido
Lc 5:1-11 – sua atitude reveladora na pesca
maravilhosa
Falante
Mt 16:13-20, Jo 6:66-69 – o efeito positivo do seu
testemunho acerca da identidade de Jesus
Egoísta
Mt 16:22 – sua motivação egoísta valeu-lhe a repreensão
mais severa feita pelo Senhor
Interesseiro
Mt 19:27-30 – seus questionamentos quanto aos
favores por seguir ao mestre
Fanfarrão
Mt 26:33 – sua tendência a gabolice
Pedro cheio do Espírito Santo
“O que Deus fez por seu apóstolo sangüíneo, Ele fará
por você, desde que esteja disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo
que o seu poder o fortaleça em suas fraquezas”.
At 1:15 – o primeiro sinal de uma transformação:
Pedro, um homem sangüíneo e iletrado, agora, cheio do Espírito Santo torna-se
um grande pregador do Evangelho.
At 3:1-7 – a ousadia de Pedro é convertida em
glorificar o Senhor Jesus e não a si mesmo.
At 4:5-13 – o Pedro que antes negara o Senhor
Jesus, agora confessa abertamente que Ele é o Salvador.
At 5:40-42 – a constância de Pedro é evidente ao
ser açoitado severamente pelo oficial do Sinédrio.
At 9:36-42 – a humildade e dependência de Deus.
2 Pe 3:15 – a maturidade de Pedro
Paulo – O Colérico
Personagem bíblico que melhor ilustra o
temperamento colérico é o apóstolo Paulo. Ele é de fato excelente exemplo da
maneira como o Espírito Santo modifica uma pessoa de vontade férrea, após sua
conversão. Saulo de Tarso era um colérico de aprimorada educação e muita
religiosidade. Aparece no cenário bíblico, participando do apedrejamento de
Estevão (At 7:54-58). As testemunhas deixaram suas vestes aos seus pés de um
jovem chamado Saulo, o que indica ser ele o líder do grupo. Estudiosos afirmam
que ele era membro do Sinédrio – o conselho dos setenta anciões de Israel. E
Saulo que era jovem na época, isto seria um privilégio fora do comum.
Características do Paulo Colérico
Cruel – a Bíblia descreve Saulo como “respirando
ameaças e morte contra os
discípulos do Senhor”(At 9:1-2). A maioria dos
coléricos tem forte tendência a astúcia e a ardilosidade quando motivados pelo
ódio ou pela intolerância. Antes de sua conversão era por instinto um líder
zeloso e ativo, implacavelmente cruel com os que o contrariavam.
Força de vontade – uma das maiores vantagens
do indivíduo com este temperamento é sua força de vontade, o que pode fazer
dele uma pessoa muito bem sucedida. Paulo se refere a isso em 1 Co 9:24-27.
Suas atitudes tinham metas definidas, Paulo sabia o que queria e para onde ia.
Ele sabia que autodisciplina começa ne mente. Se você não resolver em sua mente
que faça determinada coisa, provavelmente jamais conseguirá fazê-la (2 Co 10).
Esta imensa força de vontade fez dele um líder com capacidade de dirigir e
motivar outras pessoas.
Agressivo – ira e agressividade são características
deste temperamento. Vimos que tais sentimentos o influenciaram antes de sua
conversão, mas depois desta, raramente aquelas aparecem. Um desses casos é
relatado em At 15, sua discussão com Barnabé. Paulo mostrou-se intolerante e
inflexível. Outra erupção de ira do apóstolo se encontra em At 23, ao ser
levado preso perante o Sinédrio. Isto mostra que um colérico, mesmo cristão,
tem na ira um problema.
A transformação de Paulo
Apesar do grande potencial, ele é, provavelmente
por natureza, o mais carente das características proporcionadas pela plenitude
do Espírito Santo do que qualquer dos outros temperamentos. A carta aos Gálatas
5:22-23 – revela-nos as características necessárias ao temperamento colérico.
Todas elas se encontram na vida do apóstolo após sua conversão.
Amor – o Espírito Santo, de maneira maravilhosa,
transformou um indivíduo irado, amargo e perseguidor, em uma pessoa calorosa e
compassiva (Rm 10:1, 9:1-3).
Paz – O Espírito Santo de Deus fez com que Paulo
compreendesse que a paz não depende de circunstâncias ideais. Quando o apóstolo
foi encarcerado, um sentimento sobrenatural de paz tomou conta de seu ser (Fp
4:11-12; 6,7)
Humildade – O Espírito Santo conhecia bem a necessidade
que Paulo tinha de humildade, pois após sua visão do céu relatada em 2 Co 12,
foi-lhe posto um espinho na carne (Rm 8:28). Paulo tinha necessidade de sempre
relembrar sua dependência de Deus.
Conclusão: Paulo entregou sua férrea vontade ao Senhor
Jesus na estrada de Damasco. Quando tomou esta decisão parecia ter muito a
perder, porém, sua vida é um exemplo claro das palavras de Jesus “Quem perder a
sua vida por minha causa, achá-la há (Mt 10:39).
Moisés – O Melancólico
O melancólico Moisés nos fornece excelente material
para um estado analítico do temperamento porque as Escrituras nos dão muitas
informações a seu respeito. O melancólico líder de Israel ilustra claramente a
diferença que o poder de Deus faz na vida de um homem. Depois de educado
aprimoradamente durante quarenta anos na sede da cultura egípcia, este brilhante
melancólico passou 40 anos cuidando de animais num deserto distante. Com 80
ouviu o chamado de Deus da sarça ardente, e durante os 40 anos seguintes foi um
dos maiores líderes do mundo. Como qualquer cristão dos dias de hoje, Moisés só
foi produtivo para Deus quando controlado pelo Espírito Santo.
Características do Moisés Melancólico
Talentoso – em At 7:22, Estevão, 1º mártir do
cristianismo, nos informa que Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios
e era poderoso em palavras e obras. O Egito era na época o centro da
civilização e ele absorveu todo o conhecimento dos egípcios sem se deixar
dominar. A habilidade de Moisés em conduzir três milhões de pessoas através do
deserto; como juiz, profeta reflete sua natureza excepcionalmente bem dotada.
Abnegado – os indivíduos melancólicos têm dificuldades
em desfrutar do conforto ou do sucesso sem sentir alguma culpa. Têm
freqüentemente a inclinação de se dedicar a causas que exijam sacrifício. Na
vida de Moisés isto é visto claramente em Hb 11:23-27, seu exemplo de abnegação
e renúncia é prova de que homem algum sai perdendo quando dá sua vida a Deus.
A lealdade de Moisés –
um dos traços mais admiráveis do melancólico é a sua lealdade e fidelidade.
Embora não seja fácil fazer amigos, é intensamente leal àqueles que adquire.
Esta característica fez com que tivesse facilidade em ser de maneira especial
devotado a Deus. A devoção de Moisés cresceu durante os 40 anos no deserto.
Quando os problemas surgiram, buscava direção divina e como líder deu várias
provas de sua fidelidade ao Senhor (Ex 14;16;17). Isto não significa que Moisés
era perfeito. Você encontrará diversas falhas em sua vida indicando que era
muito humano, durante os anos em que serviu a Deus.
Complexo de inferioridade –
os talentos de Moisés são negligenciados devido ao seu excessivo sentimento de
inferioridade. As desculpas que Moisés deu ao Deus Todo-Poderoso quando
conversaram junto à sarça ardente são um exemplo clássico da depreciação que os
melancólicos fazem de si mesmos:
1. Não tenho talento –
“quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?”
(Ex 3:11). Moisés depreciava suas habilidades
pessoais e recuava diante da idéia de colocar seus talentos à disposição do
Senhor. A resposta de Deus a Moisés é válida para todos os cristãos:
“Certamente Eu serei contigo”(Ex 3:12)
Do que mais Moisés precisava?
2. Ninguém acredita em mim –
“Mas eis que não crerão nem acudirão à minha voz”(Ex 4:1)
O medo de ser rejeitado faz parte do complexo de
inferioridade do melancólico. Este temor é totalmente egoísta, e quanto mais
cedo for reconhecido como pecado, mais depressa experimentaremos o poder
transformador de Deus em nossas vidas.
3. Não sei falar em público –
“Nunca fui eloqüente…pois sou pesado de boca e pesado de língua”(Ex 4:10). A
resposta de Deus a Moisés é hoje tão pertinente quanto foi o passado: “Quem fez
a boca do homem?… Eu serei com tua boca e te ensinarei o que hás de falar” (Ex
4:11). Pregar e ensinar a palavra de Deus não tem nada a ver com eloqüência e
sim com obediência. A resposta do Senhor a Moisés esclarece que o êxito
espiritual é alcançado pelo poder de Deus e não pelo nosso potencial e nossos
talentos.
4. A ira de Moisés – além do
medo, a ira reprimida freqüentemente espreita o temperamento melancólico. Sua
incapacidade de controlar essa emoção o impediu de entrar na terra prometida
(Ex 16:20; 32:19). A ira auto-indulgente desagrada a Deus e leva a graves
pecados. Nenhuma pessoa compreensiva criticaria Moisés por se irritar com
aquele povo ingrato, mas Deus, O Todo-Poderoso, assim o fez, pois o Senhor lhe
tinha oferecido toda orientação e poder necessário.
5. A depressão de Moisés –
Moisés é um dos três grandes servos de Deus que ficaram deprimidos a ponto de
se desesperar e pedir a Deus que lhes permitisse morrer. Os outros dois foram
Elias (1 Rs 19) e Jonas (Jn 4:1-3). De todos os temperamentos, o maior problema
das pessoas melancólicas é a depressão. O relato da depressão de Moisés é dado
em Nm 11:1-15. Deus jamais pediu a Moisés que suportasse a todo aquele peso de
responsabilidade, os quais eram Dele. Porém Moisés cultivou de tal forma a
auto-piedade que pediu ao Senhor: “Se assim me tratas mata-me de uma vez, eu Te
peço, se tenho achado favor aos Teus olhos”. Lembre-se de que a reação de
Moisés, face aos acontecimentos, foi o que causou a sua depressão, e não as
circunstâncias em si mesmas.
Abraão – o Fleumático
As pessoas de mais fácil convivência são as
fleumáticas. Sua natureza calma e sossegada faz com que sejam benquistas por
todos. Por ser um tanto introvertido, suas fraquezas e virtudes não são tão
perceptíveis. Um de seus maiores problemas é a falta de motivação. Tem a
tendência de olhar a situação como mero espectador, evitando a todo custo
envolver-se em atividades; o medo de errar perante as outras pessoas, gera
relutância em lançar-se a algum projeto. Vários homens dos tempos bíblicos
parecem ter possuído boa parcela deste temperamento: Noé, Samuel, Daniel, José
(esposo de Maria), Natanael, Felipe e Tiago, porém, o melhor exemplo é Abraão.
Características do Abraão Fleumático
Cauteloso – a hesitação, indecisão e o medo, naturais
no fleumático, são vistos em Abraão em Gênesis 12, ao receber o chamado do
Senhor, era tão dependente de seus pais que em vez de obedecer inteiramente a
ordem de Deus, levou consigo seus familiares o que lhe causou sérios problemas.
Muitos cristãos fleumáticos relutam diante das oportunidades, não pela falta de
capacidade, mas pela hesitação de aventurarem-se pelo desconhecido.
Pacífico – uma das características mais admiráveis é o
seu amor à paz. Tendem a demonstrar serenidade e calma, seu desejo de paz e
harmonia é, em geral, maior do que o de possuir bens pessoais. Em Gn 13:8-9 na
discussão entre os pastores de Ló e Abraão, este intervém de maneira ordeira, dando
ao sobrinho o direito de escolha.
Leal – sua atitude quando pressionado, revela sua
personalidade. De todos os tipos de temperamentos, os fleumáticos são os que
melhor trabalham sob pressão, demonstram calma e eficiência em tempos de crise.
Em Gn 14, ao saber que a terra de Ló estava em guerra e que este havia sido
levado cativo, Abraão age como seu defensor demonstrando características
latentes de liderança e que sua amizade ao sobrinho estava acima de suas
diferenças pessoais.
Passivo – junto à sua inclinação natural para a paz,
há a passividade face aos conflitos. Em Gn 16 vemos a exagerada influência de
Sara sobre Abraão, o que resultou em sérias conseqüências que permanecem até os
dias de hoje. Uma das lições que os fleumáticos precisam aprender é que nada se
consegue pela acomodação.
Temeroso – o fleumático possui doses generosas de medo
e Abraão tinha grande problema com seus temores íntimos. Por causa da grande
fome que assolava a terra, Abraão deixou de lado a vontade de Deus e foi para o
Egito; por causa de seu temor a Faraó, nega que Sara era sua esposa. A covardia
de Abraão resultou em sua expulsão da terra, dando um péssimo testemunho do
Senhor naquela terra pagã (Gn 12). Abraão negou a Sara novamente para conseguir
os favores de Abimeleque. Se não fosse a intervenção divina, os dois teriam
sido envolvidos em um pecado trágico (Gn 20). Os nossos pretextos e as nossas
concessões jamais melhoram o plano e a provisão de Deus.
A transformação de Abraão
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos um
crescimento gradual que Deus dá a todo crente. Uma das maiores provas deste
crescimento está no sacrifício de Isaque (Gn 22). O resultado desta fé está na
confiança que Abraão depositou na Palavra de Deus, agindo conforme sua
promessa. A fé não precisa de respostas, só de direção.
Comentarista: César Moisés Carvalho
LIÇÃO 4 – MAS EU NASCI ASSIM...
Ao Mestre
Amado (a), nesta lição estaremos abordando um assunto (que para mim, é)
fascinante – o temperamento humano. E a meu ver é de suma importância conhecer
nosso temperamento, e para nós professores se aprendermos a distinguir o
temperamento de nossos alunos, nos será mais fácil compreendê-los e
auxiliá-los.
Há um tempo atrás estava dando aula à classe de jovens, e foi-nos
maravilhoso, aprendermos acerca dos temperamentos e as virtudes do Fruto
do Espírito que cada temperamento tem maior necessidade. E pela graça de Deus,
foi-me possível vê-los crescerem espiritualmente.
“Examina-te, a si mesmo”, ou, como diria Sócrates, o “Conhece-te a ti
mesmo”.
Este é um principio de profunda sabedoria, pois, ao olharmos para dentro
de nós e conhecermos nossas limitações, conseguimos com humildade relacionarmos
com as demais pessoas ao nosso redor, auxiliando-as, e juntos aperfeiçoando-nos
para o serviço a Deus.
Que ao término desta lição, possamos estar nos “conhecendo
melhor”, e assim, podermos servir ao Senhor de forma mais plena. Amém.
NOTA: Será ótimo se você fizer um teste com seus alunos para que cada um
descobra qual o seu temperamento, e possa identificar quais virtudes do Fruto
do Espírito precisam para controlar seu temperamentos. No final do comentário,
disponibilizarei um teste, caso queira usar.
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
ØConscientizar-se das limitações decorrentes de nosso temperamento,
esforçar-se para viver no Espírito, afim de desenvolver dia-a-dia o Fruto do
Espírito, tão necessário à vida cristã.
Para refletir
“Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados.”(Tt 2.6 – ARC)
A tradição e a história eclesiástica nos mostra que Tito era jovem,
poderia perfeitamente se encaixar no perfil dos jovens de Creta, no entanto, o
apostolo Paulo o exorta a permanecer, ou seja, conservar-se como exemplo de
boas obras. Esse quesito é indispensável para todos os que desejam servir à
Deus – que tenha uma conduta exemplar.
Texto Bíblico: Gn 25:19-34; Gl 5:16-26.
Introdução
Todos nós herdamos um temperamento básico de nossos pais, o qual contém
forças e fraquezas. Este temperamento é o impulso básico do nosso ser que
procura satisfazer as suas necessidades.
Para entendermos melhor o controle dos temperamentos sobre nossas ações
e reações, precisamos fazer distinção entre temperamento, caráter e personalidade.
Vejamos:
Temperamento: é a combinação de características
congênitas (nascidas com o individuo) e que subconscientemente afetam o
procedimento. Essas características são coordenadas geneticamente com base na
nacionalidade, raça, sexo e outros fatores hereditários. Alguns psicólogos
dizem que herdamos mais gens de nossos avós do que de nossos pais. A formação
das características do temperamento é tão imprevisível no individuo quanto à
cor dos olhos, dos cabelos ou a estrutura física. É o aspecto fisiológico-endócrino
do individuo. Fazem parte dele os impulsos ou instintos que são as forças
motrizes da personalidade.
Esses instintos saíram perfeitos da mão do Criador, mas o pecado que
veio pela queda os perverteu e os transtornou.
a. É um estado orgânico
neuropsíquico, inato e capaz de desenvolver-se.
b. É influenciado pelo sistema nervoso
c. Pode ser controlado (através do
fruto do Espírito – Rm 8.6,13) – cada temperamento tem deficiências que são
plenamente corrigidas pelas virtudes do Fruto do Espírito.
Os temperamentos são:
a. Sangüíneo (falante, impulsivo,
sentimental, etc.)
b. Colérico (independente, agressivo,
determinado, etc.)
c. Melancólico (contemplativo, humor
imaginário,habitualmente sente tristeza e apatia, etc.)
d. Fleumático (não emotivo, sereno, frieza
de ânimo, etc.).
Caráter: em psicologia é o termo que designa o aspecto da
personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a
cada indivíduo; esta qualidade, é inerente somente à uma pessoa, pois é o
conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza
e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe
determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento, este,
sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições
ambientais, familiares, pedagógicas e sociais. Caráter é a soma de nossos
hábitos, virtudes e vícios.
É um componente da personalidade
É adquirido não herdado (professor veja que missão Deus colocou em suas
mãos)
Herdamos tendências e não
caráter
Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio
ambiente
Pode ser mudado (mas não é uma tarefa fácil). Jesus pode mudar
milagrosamente o caráter (2 Co 5.17)
Continua mudando à medida que nos rendemos à Deus (Rm 12.2; Fp1.6).
Lembre-nos que a salvação
abrange espírito, alma e corpo:
“Que Deus, que nos dá a paz, faça com que vocês sejam completamente
dedicados a Ele. E que Ele conserve o espírito, a alma e o corpo de vocês
livres de toda mancha, para o dia em que vier o nosso Senhor Jesus Cristo.
Aquele que os chama é fiel e fará isso.”(1 Ts 5.23,24 – NTLH).
O controle e aprimoramento da Personalidade, não podem ser plenamente
realizados apenas através de credos, princípios e práticas religiosas.
A fé em Cristo e a comunhão vital com Ele, é o segredo.
A verdadeira vida cristã consiste primeiramente num relacionamento vital
com Cristo (Jo 15.5). Tal fé e tal religião não destroem a personalidade, antes
a desenvolvem, pois todo esforço é feito para agradar e promover a vontade
Daquele que passou a dominar e controlar nossa personalidade, agora
participante da natureza divina (2 Pe 1.4; Rm 11.17; Hb 12.10).
Personalidade: É o conjunto de
atributos e qualidades físicas, intelectuais e morais que caracterizam cada
pessoa. Os elementos formadores da personalidade são:
1.
Hereditariedade: é a natureza humana transmitida pelos pais. Esses fatores hereditários
nascem com o individuo, afetam e agem influenciando o psiquismo da pessoa
determinando o seu biótipo. Esses fatores passam de geração à geração e afetam
o aprendizado de várias maneiras.
2.
Meio-Ambiente: é o meio
em que o individuo vive e foi criado. E este se constitui em um poderoso fato
influente na personalidade da pessoa. O meio ambiente abrange:
· O lar (família)
· A comunidade
· A escola
· A igreja
· A literatura (boa ou
má, ou seja, construtiva ou destrutiva)
· O estado social (
físico, saúde, economia, alimentação, higiene)
· A sociedade (ambientes
freqüentados, regime de vida, os “grupinhos”)
O meio ambiente influi na personalidade, mas o homem não deve ser
escravo do meio em que vive. Ele pode reagir, vencer e transformar-se passando
daí a influir melhor onde vive.
Essa é sua tarefa professor, você pode e deve ensinar isso aos seus
alunos.
Mas em resumo podemos dizer que, temperamento é a combinação de características com as quais
nascemos; o caráter é o nosso verdadeiro “eu”, e a personalidade é o que mostramos ao próximo,
que pode ou não ser igual ao caráter, dependendo de quão autentica seja a
pessoa.
Temperamentos
Como colocamos acima, os
temperamentos são quatro: sangüíneo, colérico, melancólico e fleumático.
Um estudo mais detalhado dos temperamentos nos mostrará nossos pontos fortes
(qualidades), nossos pontos fracos (defeitos), e uma vez determinadas nossas
características poderemos enfrentar com mais realismo nossas fraquezas, e
submeter-nos à Vontade Daquele que nos criou pra Sua glória.
Nosso temperamento pode ser controlado e modificado, isso nos fica bem
claro em 2 Co 5. 17 que diz: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova
criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (ARC).
Uma vez que o temperamento é a nossa “natureza antiga” (nascemos com
ele), quando nos submetemos ao Senhorio de Cristo nos tornamos novas criaturas,
assim ganhamos uma “nova natureza” que nos é dada através da regeneração, e
assim nos tornamos diferentes, a antiga natureza é passada, e agora nos
tornamos “participantes da natureza divina, havendo escapado da
corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo.” (2 Pe 1.4 – ARC)
O sangüíneo
Pontos fortes:
- É
exuberante (animado)
- É
cordial
- É
eufórico e vigoroso
- É
receptível por natureza
- É
impressionável
- Toma
decisões quase sempre pelos sentimentos
- É
divertido e contagia os outros
- É
eletrizante
- Sempre
tem amigos
- Sabe
sentir as alegrias e dores dos outros
- As
pessoas são importantes pra ele (a), e sabe fazer com se sentam assim
- Gosta
de estar rodeado de pessoas e se sentir o centro da atenção
- Fala
antes de pensar
- Faz
amizade com facilidade
- Barulhento
- Emotivo
Pontos fracos:
- É
pouco pratico
- É
desorganizado
- É
agitado e turbulento
- Geralmente
é indisciplinado
- É
impulsivo
- Tem
dificuldade em dizer não
- Adora
agradar os outros
- Não
conhece suas limitações
- É
perito em começar coisas e não terminar
- Não
é observador de horários
- Não
cumpre decisões tomadas
- Possui
instabilidade emocional
- Desanima
com facilidade
- Sente
pena de si mesmo (comiseração)
- No
campo espiritual se arrepende várias vezes pelo mesmo pecado
- É
de vontade fraca
Virtudes do Fruto do Espírito
para o Sangüíneo: Temperança ou autocontrole,
paciência, fé, paz e bondade
Pedro era sangüíneo, era caloroso,
impulsivo, falante, inconstante. Mas depois de ser cheio do Espírito
Santo vemos que Pedro se transformou de tal forma que, seus defeitos foram
obscurecidos e suas qualidades foram realçadas. Todo sangüíneo que esteja
disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo que seu Espírito o
fortaleça em suas fraquezas, também terá seu temperamento mudado e controlado
pelo Espírito Santo.
O melancólico
Pontos fortes:
É analítico
É abnegado
Perfeccionista
Admira as belas artes
É desconfiado
Não faz amigos com facilidade
Amigo fiel
É de confiança
Habilidoso
Minucioso
Leal
Idealista
Dedicado
Sensível
É introvertido, enclausura-se como caramujo, chegando até a ser
hostil.
Fala pouco, mas é muito preciso no que diz
Pontos fracos:
· Egoísta
· Amuado
· Pessimista
· Teórico
· Confuso
· Anti-social
· Critico
· Vingativo
· Inflexível
· É voluntarioso em
excesso
· Espera muito das
pessoas em troca do que faz
· Gasta tempo no que não
deve
· Se ofende muito
facilmente
· Inseguro
· Depressivo
· Foge da realidade e
entra em devaneio
Virtudes
do Fruto do Espírito para o Melancólico: Amor, alegria, paz, bondade, fé e
autocontrole (temperança).
Moisés era melancólico, era habilidoso,
prático, perfeccionista, depressivo, leal. Mas sofria de um
complexo de inferioridade que trazia à tona todas as fraquezas do melancólico
(Ex. 3.11-13) O seu encontro com o Senhor no Monte Horebe e a freqüente busca
da sua face, contudo, fizeram dele um homem cheio do Espírito Santo, um líder
destemido, e tornou-se “o homem mais manso da Terra” (Nm.12.3). Suas qualidades
se destacaram e foi o grande legislador de Israel.
O
colérico
Pontos
Fortes:
É vivaz
É ativo
É pratico
É voluntarioso
Auto-suficiente
Independente
É decidido
Ama as atividades
Não precisa ser estimulado, se estimula por si mesmo
Não vacila sob pressão
É insistente
Pouco influenciado pelo meio
É objetivo
É Líder nato
Mais razão do que coração
Auto disciplinado
Pontos Fracos:
· Insensível
· Irado
· Impetuoso
· Age com impetuosidade
· Sem compaixão
· Cruel
· Guarda rancor
· Infringe regras para atingir seus
objetivos
· É sarcástico
· Sua ira se manifesta de modo em
explosão, mais de modo elaborado
· É arrogante
· É prepotente
· Profere declarações cruéis
· Age tiranicamente sobre os sentimentos
dos outros
· É orgulhoso
Virtudes do Fruto do Espírito
para o Colérico: Amor, paz, bondade, paciência,
humildade e benevolência.
Paulo era colérico, era cruel,
voluntarioso, agressivo, auto suficiente. Após encontrar-se com o Senhor
Jesus, vemos na vida desse colérico, amor, amabilidade, humildade, dependência
de Deus, mansidão etc., e todos os coléricos que se entregarem ao Senhor assim
também terá modificado seus temperamentos.
O Fleumático
Pontos Fortes:
É calmo
É frio
É bem equilibrado
É descompromissado
Não se perturba com nada
Controlado
Aprecia artes
Despreocupado com as circunstâncias em redor
Prático e eficiente
Pouco se envolve com as atividades do próximo
Cérebro organizado
Senso de humor mordaz
É habilidoso
Conciliador
Sabe ouvir com paciência e atenção
É mais espectador do que modificador das circunstâncias
Pontos fracos:
· É moroso
· Indolente
· É desmotivado
· Indeciso
· Egoísta
· Avarento
· Descompromissado
· Distante e gélido
· É capaz de provocar a ira de quem o
quer motivar
· Obstinado
· Espectador da vida sem se envolver
· Acomodado
· Conservador por comodismo
· Procrastinador (sempre deixa tudo para
mais tarde)
· Vacila entre o desejo de fazer e de não
fazer alguma coisa
· Não tem iniciativa
Virtudes do Fruto do Espírito
para o Fleumático: Amor, bondade, docilidade,
auto-controle, (temperança) e fé.
Abraão era fleumático, era passivo,
pacificador, temeroso. Mas após ouvir a voz de Deus, é
chamado de “pai da fé”. Onde Abraão obteve tal fé? – um fleumático temeroso?
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos o crescimento gradual que todo
crente que se coloca na obediência a Deus pode obter.
Auto-conhecimento
O relato acima dos pontos fortes e fracos dos quatro temperamentos
comprova o contraste natural das características herdadas que formam o
temperamento humano. Cada temperamento possui forças e riquezas, contudo todos
possuem fraquezas e perigos. Daí, a necessidade do Fruto do Espírito em nossas
vidas para que cada temperamento anule suas fraquezas e as qualidades possam
ser realçadas para louvor do Nome do Senhor, “...para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt
5.16 – ARC).
O que temos feito como cristãos?
Deus nos criou para que pudéssemos viver de forma abundante, na sua
graça. Este foi seu grande desejo. Para tanto, Ele soprou a vida em nós.
"O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e
inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser
vivente"(Gn 2:7).
Este é o desígnio de Deus: o de nos fazer viver a plenitude da vida. E como você tem se sentido
diante das circunstâncias da vida? Tem conseguido viver a alegria de ser de
filho de Deus?
Estamos vivendo uma vida abundante ou uma vida vacilante.
Cristo nos deu a vida em abundância; “o inimigo de nossas almas”, no
entanto, quer somente roubar nossa alegria de ser de Deus. Portanto, somos
chamados a ser plenamente do Senhor. Pois esta é a única forma de sermos
abençoados por Sua mão poderosa. Vejam estas palavras do Senhor:
“Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós,
Ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos
corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.”(Rm 8:11)
Nós, que somos morada de Deus, cheios do Espírito Santo, não podemos
levar uma vida dúbia. Somos chamados a corresponder com radicalidade o chamado
à santidade que o Senhor nos faz, Tito assim fez, e foi um obreiro
de grande valor na Obra do SENHOR.
Você não foi criado para viver sob o julgo da escravidão, mas para viver
a vida plena que Cristo tem para você. Suas promessas não falham, Suas palavras
não se contradizem. O Senhor prometeu. Ele cumpre Suas promessas.
“Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda
no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai!”(Rm 8:15)
Que graça! Você foi chamado a viver esta vida. Não vale a pena ser
escravo do mundo. O que este lhe oferece é momentâneo e depois você sofre as
“contra-indicações”. Porém, na vida abundante, você se torna o homem, a mulher
do Espírito, e seus pensamentos passam a ser outros. Veja o que São Paulo nos diz:
“Quem nos separará do amor de
Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A
espada? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia
inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro (Sl 43:23). Mas, em
todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos
amou.(Rm 8:35-37).
Quando agimos segundo a carne, somos enganados, domados pelo tentador.
Pois o Senhor já nos orientou:
"Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor
de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar."(1 Pe 5:8)
Conclusão
O segredo do temperamento transformado está em deixar-se encher pelo
Espírito Santo, não apenas esporadicamente, mas continuamente. Pois, estar
cheios do Espírito, é quando Ele preenche todas as áreas de nosso ser, de forma
que nossa mente fica voltada para fazer a vontade do SENHOR. Dessa forma não há
mais brecha pra o “eu”, não há mais espaços pra nada que não seja para agradar
a Deus.
Talvez
você se pergunte: “Mas como fazer isso?” – os passos são simples:
- examine-se e confesse seus pecados a Deus (1 Jo 1.9);
- submeta-se inteiramente à vontade de Deus (Rm 6.11-13);
- peça à Deus que derrame o Espírito Santo em sua vida (Lc 11.13).
Se seguir estes passos, verdadeiramente será cheio do Espírito Santo e o
Fruto do Espírito será abundante em sua vida. Deus vos abençoe.
Fontes consultadas:
·
Temperamento controlado pelo Espírito
– Tim La Haye – Edições Loyola
·
Temperamentos Transformados – Tim La
Haye – Editora Mundo Cristão
·
Bíblia de Estudo de Aplicação
Pessoal (ARC) – CPAD
·
A Bíblia da Mulher (Leitura, Estudo,
Devocional) – ARA – Editora Mundo Cristão
·
Dicionário Almeida 2002
Colaboração para Poratl Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
PERSONAGENS BÍBLICOS E SEUS TEMPERAMENTOS
Pedro – O Sangüíneo – Mt 16:13-20
Depois do Senhor Jesus Cristo, Pedro é uma pessoa
que mais sobressai nos evangelhos, característica típica de um sangüíneo de
clamar atenção por onde passa. Dentre os discípulos é o que deixa seus defeitos
visíveis a todos, num momento é amável e alegre, no outro assusta com suas
atitudes:
- Falava mais que os outros discípulos
- O Senhor conversava muito amiúde com ele
- Teve a ousadia de repreender o Mestre
- Testemunhou outro recebeu louvor tão pessoal do
Salvador
Quando experimentou a plenitude do Espírito Santo
não só foi o homem de maior influência na Igreja dos primeiros tempos e um
desafio para os cristãos exemplificando o que o Espírito Santo pode fazer com
uma vida entregue a Ele.
Características do Pedro Sangüíneo
Impulsivo
Mt 4:20 – no modo como atendeu ao chamado de Jesus
Mt 14:28-29 – sua reação ao ver Jesus andando sobre
o mar
Mt 17:1-13- sua atitude diante da transfiguração
Jo 18:10 – ao reagir à prisão do Senhor Jesus
Mt 28:6; Jo 20:6 – ao saber da ressurreição do
Senhor Jesus
Jo 21:1-11 – ao encontrar-se com o Senhor após a
ressurreição
Desinibido
Lc 5:1-11 – sua atitude reveladora na pesca
maravilhosa
Falante
Mt 16:13-20, Jo 6:66-69 – o efeito positivo do seu
testemunho acerca da identidade de Jesus
Egoísta
Mt 16:22 – sua motivação egoísta valeu-lhe a repreensão
mais severa feita pelo Senhor
Interesseiro
Mt 19:27-30 – seus questionamentos quanto aos
favores por seguir ao mestre
Fanfarrão
Mt 26:33 – sua tendência a gabolice
Pedro cheio do Espírito Santo
“O que Deus fez por seu apóstolo sangüíneo, Ele fará
por você, desde que esteja disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo
que o seu poder o fortaleça em suas fraquezas”.
At 1:15 – o primeiro sinal de uma transformação:
Pedro, um homem sangüíneo e iletrado, agora, cheio do Espírito Santo torna-se
um grande pregador do Evangelho.
At 3:1-7 – a ousadia de Pedro é convertida em
glorificar o Senhor Jesus e não a si mesmo.
At 4:5-13 – o Pedro que antes negara o Senhor
Jesus, agora confessa abertamente que Ele é o Salvador.
At 5:40-42 – a constância de Pedro é evidente ao
ser açoitado severamente pelo oficial do Sinédrio.
At 9:36-42 – a humildade e dependência de Deus.
2 Pe 3:15 – a maturidade de Pedro
Paulo – O Colérico
Personagem bíblico que melhor ilustra o
temperamento colérico é o apóstolo Paulo. Ele é de fato excelente exemplo da
maneira como o Espírito Santo modifica uma pessoa de vontade férrea, após sua
conversão. Saulo de Tarso era um colérico de aprimorada educação e muita
religiosidade. Aparece no cenário bíblico, participando do apedrejamento de
Estevão (At 7:54-58). As testemunhas deixaram suas vestes aos seus pés de um
jovem chamado Saulo, o que indica ser ele o líder do grupo. Estudiosos afirmam
que ele era membro do Sinédrio – o conselho dos setenta anciões de Israel. E
Saulo que era jovem na época, isto seria um privilégio fora do comum.
Características do Paulo Colérico
Cruel – a Bíblia descreve Saulo como “respirando
ameaças e morte contra os
discípulos do Senhor”(At 9:1-2). A maioria dos
coléricos tem forte tendência a astúcia e a ardilosidade quando motivados pelo
ódio ou pela intolerância. Antes de sua conversão era por instinto um líder
zeloso e ativo, implacavelmente cruel com os que o contrariavam.
Força de vontade – uma das maiores vantagens
do indivíduo com este temperamento é sua força de vontade, o que pode fazer
dele uma pessoa muito bem sucedida. Paulo se refere a isso em 1 Co 9:24-27.
Suas atitudes tinham metas definidas, Paulo sabia o que queria e para onde ia.
Ele sabia que autodisciplina começa ne mente. Se você não resolver em sua mente
que faça determinada coisa, provavelmente jamais conseguirá fazê-la (2 Co 10).
Esta imensa força de vontade fez dele um líder com capacidade de dirigir e
motivar outras pessoas.
Agressivo – ira e agressividade são características
deste temperamento. Vimos que tais sentimentos o influenciaram antes de sua
conversão, mas depois desta, raramente aquelas aparecem. Um desses casos é
relatado em At 15, sua discussão com Barnabé. Paulo mostrou-se intolerante e
inflexível. Outra erupção de ira do apóstolo se encontra em At 23, ao ser
levado preso perante o Sinédrio. Isto mostra que um colérico, mesmo cristão,
tem na ira um problema.
A transformação de Paulo
Apesar do grande potencial, ele é, provavelmente
por natureza, o mais carente das características proporcionadas pela plenitude
do Espírito Santo do que qualquer dos outros temperamentos. A carta aos Gálatas
5:22-23 – revela-nos as características necessárias ao temperamento colérico.
Todas elas se encontram na vida do apóstolo após sua conversão.
Amor – o Espírito Santo, de maneira maravilhosa,
transformou um indivíduo irado, amargo e perseguidor, em uma pessoa calorosa e
compassiva (Rm 10:1, 9:1-3).
Paz – O Espírito Santo de Deus fez com que Paulo
compreendesse que a paz não depende de circunstâncias ideais. Quando o apóstolo
foi encarcerado, um sentimento sobrenatural de paz tomou conta de seu ser (Fp
4:11-12; 6,7)
Humildade – O Espírito Santo conhecia bem a necessidade
que Paulo tinha de humildade, pois após sua visão do céu relatada em 2 Co 12,
foi-lhe posto um espinho na carne (Rm 8:28). Paulo tinha necessidade de sempre
relembrar sua dependência de Deus.
Conclusão: Paulo entregou sua férrea vontade ao Senhor
Jesus na estrada de Damasco. Quando tomou esta decisão parecia ter muito a
perder, porém, sua vida é um exemplo claro das palavras de Jesus “Quem perder a
sua vida por minha causa, achá-la há (Mt 10:39).
Moisés – O Melancólico
O melancólico Moisés nos fornece excelente material
para um estado analítico do temperamento porque as Escrituras nos dão muitas
informações a seu respeito. O melancólico líder de Israel ilustra claramente a
diferença que o poder de Deus faz na vida de um homem. Depois de educado
aprimoradamente durante quarenta anos na sede da cultura egípcia, este brilhante
melancólico passou 40 anos cuidando de animais num deserto distante. Com 80
ouviu o chamado de Deus da sarça ardente, e durante os 40 anos seguintes foi um
dos maiores líderes do mundo. Como qualquer cristão dos dias de hoje, Moisés só
foi produtivo para Deus quando controlado pelo Espírito Santo.
Características do Moisés Melancólico
Talentoso – em At 7:22, Estevão, 1º mártir do
cristianismo, nos informa que Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios
e era poderoso em palavras e obras. O Egito era na época o centro da
civilização e ele absorveu todo o conhecimento dos egípcios sem se deixar
dominar. A habilidade de Moisés em conduzir três milhões de pessoas através do
deserto; como juiz, profeta reflete sua natureza excepcionalmente bem dotada.
Abnegado – os indivíduos melancólicos têm dificuldades
em desfrutar do conforto ou do sucesso sem sentir alguma culpa. Têm
freqüentemente a inclinação de se dedicar a causas que exijam sacrifício. Na
vida de Moisés isto é visto claramente em Hb 11:23-27, seu exemplo de abnegação
e renúncia é prova de que homem algum sai perdendo quando dá sua vida a Deus.
A lealdade de Moisés –
um dos traços mais admiráveis do melancólico é a sua lealdade e fidelidade.
Embora não seja fácil fazer amigos, é intensamente leal àqueles que adquire.
Esta característica fez com que tivesse facilidade em ser de maneira especial
devotado a Deus. A devoção de Moisés cresceu durante os 40 anos no deserto.
Quando os problemas surgiram, buscava direção divina e como líder deu várias
provas de sua fidelidade ao Senhor (Ex 14;16;17). Isto não significa que Moisés
era perfeito. Você encontrará diversas falhas em sua vida indicando que era
muito humano, durante os anos em que serviu a Deus.
Complexo de inferioridade –
os talentos de Moisés são negligenciados devido ao seu excessivo sentimento de
inferioridade. As desculpas que Moisés deu ao Deus Todo-Poderoso quando
conversaram junto à sarça ardente são um exemplo clássico da depreciação que os
melancólicos fazem de si mesmos:
1. Não tenho talento –
“quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?”
(Ex 3:11). Moisés depreciava suas habilidades
pessoais e recuava diante da idéia de colocar seus talentos à disposição do
Senhor. A resposta de Deus a Moisés é válida para todos os cristãos:
“Certamente Eu serei contigo”(Ex 3:12)
Do que mais Moisés precisava?
2. Ninguém acredita em mim –
“Mas eis que não crerão nem acudirão à minha voz”(Ex 4:1)
O medo de ser rejeitado faz parte do complexo de
inferioridade do melancólico. Este temor é totalmente egoísta, e quanto mais
cedo for reconhecido como pecado, mais depressa experimentaremos o poder
transformador de Deus em nossas vidas.
3. Não sei falar em público –
“Nunca fui eloqüente…pois sou pesado de boca e pesado de língua”(Ex 4:10). A
resposta de Deus a Moisés é hoje tão pertinente quanto foi o passado: “Quem fez
a boca do homem?… Eu serei com tua boca e te ensinarei o que hás de falar” (Ex
4:11). Pregar e ensinar a palavra de Deus não tem nada a ver com eloqüência e
sim com obediência. A resposta do Senhor a Moisés esclarece que o êxito
espiritual é alcançado pelo poder de Deus e não pelo nosso potencial e nossos
talentos.
4. A ira de Moisés – além do
medo, a ira reprimida freqüentemente espreita o temperamento melancólico. Sua
incapacidade de controlar essa emoção o impediu de entrar na terra prometida
(Ex 16:20; 32:19). A ira auto-indulgente desagrada a Deus e leva a graves
pecados. Nenhuma pessoa compreensiva criticaria Moisés por se irritar com
aquele povo ingrato, mas Deus, O Todo-Poderoso, assim o fez, pois o Senhor lhe
tinha oferecido toda orientação e poder necessário.
5. A depressão de Moisés –
Moisés é um dos três grandes servos de Deus que ficaram deprimidos a ponto de
se desesperar e pedir a Deus que lhes permitisse morrer. Os outros dois foram
Elias (1 Rs 19) e Jonas (Jn 4:1-3). De todos os temperamentos, o maior problema
das pessoas melancólicas é a depressão. O relato da depressão de Moisés é dado
em Nm 11:1-15. Deus jamais pediu a Moisés que suportasse a todo aquele peso de
responsabilidade, os quais eram Dele. Porém Moisés cultivou de tal forma a
auto-piedade que pediu ao Senhor: “Se assim me tratas mata-me de uma vez, eu Te
peço, se tenho achado favor aos Teus olhos”. Lembre-se de que a reação de
Moisés, face aos acontecimentos, foi o que causou a sua depressão, e não as
circunstâncias em si mesmas.
Abraão – o Fleumático
As pessoas de mais fácil convivência são as
fleumáticas. Sua natureza calma e sossegada faz com que sejam benquistas por
todos. Por ser um tanto introvertido, suas fraquezas e virtudes não são tão
perceptíveis. Um de seus maiores problemas é a falta de motivação. Tem a
tendência de olhar a situação como mero espectador, evitando a todo custo
envolver-se em atividades; o medo de errar perante as outras pessoas, gera
relutância em lançar-se a algum projeto. Vários homens dos tempos bíblicos
parecem ter possuído boa parcela deste temperamento: Noé, Samuel, Daniel, José
(esposo de Maria), Natanael, Felipe e Tiago, porém, o melhor exemplo é Abraão.
Características do Abraão Fleumático
Cauteloso – a hesitação, indecisão e o medo, naturais
no fleumático, são vistos em Abraão em Gênesis 12, ao receber o chamado do
Senhor, era tão dependente de seus pais que em vez de obedecer inteiramente a
ordem de Deus, levou consigo seus familiares o que lhe causou sérios problemas.
Muitos cristãos fleumáticos relutam diante das oportunidades, não pela falta de
capacidade, mas pela hesitação de aventurarem-se pelo desconhecido.
Pacífico – uma das características mais admiráveis é o
seu amor à paz. Tendem a demonstrar serenidade e calma, seu desejo de paz e
harmonia é, em geral, maior do que o de possuir bens pessoais. Em Gn 13:8-9 na
discussão entre os pastores de Ló e Abraão, este intervém de maneira ordeira, dando
ao sobrinho o direito de escolha.
Leal – sua atitude quando pressionado, revela sua
personalidade. De todos os tipos de temperamentos, os fleumáticos são os que
melhor trabalham sob pressão, demonstram calma e eficiência em tempos de crise.
Em Gn 14, ao saber que a terra de Ló estava em guerra e que este havia sido
levado cativo, Abraão age como seu defensor demonstrando características
latentes de liderança e que sua amizade ao sobrinho estava acima de suas
diferenças pessoais.
Passivo – junto à sua inclinação natural para a paz,
há a passividade face aos conflitos. Em Gn 16 vemos a exagerada influência de
Sara sobre Abraão, o que resultou em sérias conseqüências que permanecem até os
dias de hoje. Uma das lições que os fleumáticos precisam aprender é que nada se
consegue pela acomodação.
Temeroso – o fleumático possui doses generosas de medo
e Abraão tinha grande problema com seus temores íntimos. Por causa da grande
fome que assolava a terra, Abraão deixou de lado a vontade de Deus e foi para o
Egito; por causa de seu temor a Faraó, nega que Sara era sua esposa. A covardia
de Abraão resultou em sua expulsão da terra, dando um péssimo testemunho do
Senhor naquela terra pagã (Gn 12). Abraão negou a Sara novamente para conseguir
os favores de Abimeleque. Se não fosse a intervenção divina, os dois teriam
sido envolvidos em um pecado trágico (Gn 20). Os nossos pretextos e as nossas
concessões jamais melhoram o plano e a provisão de Deus.
A transformação de Abraão
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos um
crescimento gradual que Deus dá a todo crente. Uma das maiores provas deste
crescimento está no sacrifício de Isaque (Gn 22). O resultado desta fé está na
confiança que Abraão depositou na Palavra de Deus, agindo conforme sua
promessa. A fé não precisa de respostas, só de direção.
Estive a ver e ler algumas coisas, não li muito, porque espero voltar mais algumas vezes, mas deu para ver a sua dedicação e sempre a prendemos ao ler blogs como o seu.
ResponderExcluirNatal é mais verdadeiramente Natal quando nós celebramos dando a luz do amor àqueles que necessitam mais. Feliz Natal para si e para todos os seus.
São os votos do Peregrino E Servo.
Abraço.