segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

LIÇÃO 1 – COMO SURGIU A IGREJA


Comentarista: Silas Daniel


TEXTO BÍBLICO
Atos 2.1­5, 37­43.

ENFOQUE BÍBLICO

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda alma havia temor e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” (Atos 2.42,­43).

OBJETIVOS
Descrever o início da Igreja, como narrado no livro de Atos dos Apóstolos.
Ressaltar que a Igreja nasceu sob o poder do Espírito Santo e sob este poder se desenvolveu.
Destacar  as características que marcaram a Igreja Primitiva.

INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE

Neste trimestre, estudaremos a História da Igreja.
O tema apresentado é de grande importância.
Estudaremos como a Igreja atuava desde os primórdios, suas lutas e a defesa da fé cristã que demonstrou ao mundo.
Aprenderemos sobre a função da Reforma e chegaremos a focalizar como o Evangelho se iniciou no Brasil.
É especialmente relevante que a atual geração conheça a história do movimento pentecostal.
É bom relembrar a coragem, a ousadia dos pioneiros.
Sem dúvida, será melhor uma reflexão de cada um, pois as lições dos pioneiros não devem jamais ser esquecidas!
E nós devemos continuar a seguir o mesmo caminho.
Entretanto, não se fará sem esforço e sacrifício. Prossigamos a ser a Igreja  de Cristo  em  um mundo de trevas, ateísmo e faldas doutrinas.

O marco inicial da Igreja

Jesus havia ensinado e reunido muitas pessoas ao redor de Si. O Mestre já havia mencionado sobre a Igreja: “Pois eu também eu te digo que  tu  és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Era propósito de Jesus formar um povo especial: a Sua Igreja. Esta deve ser a “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15) para divulgar o Evangelho genuíno a  todos os povos e nações.

OBS: O termo igreja é formado pela preposição “ek” com o significado de fora de; e o verbo “kaleo” “chamar”. Os crentes são chamados para sair do mundo com a finalidade de vivermos para Deus. O termo grego aparece cento e quinze vezes no Novo Testamento. Nos Evangelhos, as duas ocorrências estão registradas em Mt.16.18;18.17. Após Sua ressurreição, Jesus transmitiu Suas últimas instruções aqui na Terra. O Mestre O Mestre destacou que o povo formado por Ele deveria pregar o Evangelho, teria a função de testemunhar do Evangelho. Entretanto, era necessário receber poder do Espírito Santo: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Sem o derramamento do Espírito Santo, a Igreja não estaria capacitada a proclamar a verdade divina. Haveria muita oposição, perseguição; a ação do mal, a força de Satanás tentaria deter o avanço do Cristianismo. Assim, a Igreja necessitaria de um revestimento de poder para enfrentar a fúria do inimigo. Com o batismo do Espírito Santo, a Igreja é estabelecida com autoridade, assim como Jesus havia ensinado.

A Igreja foi formada no poder do Espírito Santo.

Jesus morreu durante a Páscoa.
Cinqüenta dias após, realizava­se a Festa do Pentecostes.
Jesus permaneceu quarenta dias com Seus discípulos.
Assim, faltavam dez dias para que se iniciasse a comemoração do Pentecostes. Esta também denominada “Festa das Semanas” (2 Cr 8.13); “Festa da Colheita” (Êx  23.16); “da  Sega” (Lv 23.22) e das “Primícias”  (Nm  28.16). Os judeus já haviam celebrado a Páscoas, na qual relembravam a libertação da escravidão do Egito, sendo o cordeiro o centro da comemoração.

Como Jesus ordenou:
Os discípulos ficaram orando unidos buscando a Promessa do Pai.
Estavam todos concentrados no mesmo objetivo. 
Dez dias de perseverante oração. 
Isto não significa que não cuidassem de suas tarefas diárias, mas que consideravam importante a ordem de Jesus. 
Era uma prioridade para suas vidas. 
O clamor dos discípulos seria atendido. Certamente, oravam a Deus  de  joelhos;  agora estavam sentados. De repente “foram vistas por eles, línguas repartidas, como que de fogo” (At 2.2b).
Os israelitas que estudavam as Escrituras reconheciam o significado do fogo.
Este se relacionava com a presença de Deus.

O fogo, símbolo do Espírito Santo purifica, ilumina, espalha­se.

As línguas “pousaram sobre cada um deles” (At 2.3b). Começaram a falar em outras línguas Transbordaram de poder. O poder manifestou­se  no falar. As línguas faladas  eram  estranhas  a eles, desconhecidas, era o Espírito Santo quem determinava a língua a ser falada. Como era o dia de Pentecostes, existia um número grande de pessoas em Jerusalém. Judeus de todas as partes do mundo estavam reunidos com a finalidade de celebrar a Festa da Colheita.

Eles ouviam os cento e vinte crentes reunidos glorificar a Deus. A multidão de judeus que viajara até Jerusalém ficara espantada ao ouvir aquele louvor: “E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus esses homens que estão  falando? Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” (At 2.7­8).

A multidão não compreendia como aqueles cento e vinte discípulos podiam falar na língua dos visitantes de Jerusalém! Os discípulos não tinham aprendidotais línguas. Eles “começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4b). 

Todos quiseram presenciar o que estava ocorrendo:

“Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer?” (At 1.12 – ARA). Eis a importante pergunta, eis a responsabilidade de cada um de nós: explicar o significado do Pentecostes, do batismo do Espírito Santo e com fogo.

O que representa o Pentecostes?

 Representa o início do cumprimento da profecia de Joel: “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos” (At 2.16­17). Representa o cumprimento da promessa de Jesus: “Porque, na verdade, João batizou comágua, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5). É poder para testemunhar: Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser­me­eis testemunhas tanto em  Jerusalém  como em  toda  a  Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Edificação  para o crente: “O que fala língua estranha edifica se a si mesmo” (1Co 14.4a).

 O batismo com o Espírito Santo é dado:

Ao cristão que busca com perseverança, sem desanimar: “Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem” (Lc11.13).

Ao cristão que obedece ao Senhor. Nossa obediência demonstra disposição de receber o batismo como Espírito Santo:“E  nós  somos  testemunhas  acerca  destas  palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem” (At 5.32).
A todos que forem salvos e o buscarem.
Não foi dado apenas para os dias apostólicos:
“Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe; a tantos quantos Deus, nosso Senhor chamar” (At 2.39).

As primeiras atividades  cristãs foram limitadas a Jerusalém e seus arredores.

O período da Igreja em Jerusalém pode ser observado até o capítulo 12 de Atos dos Apóstolos.
Eles não compreenderam o que Jesus havia dito. Era necessário pregar o Evangelho a todas as partes, não apenas ficar dentro dos limites de Jerusalém.
Os cristãos freqüentavam as sinagogas e ali expunham as bases do Cristianismo.  Jesus pregava nas sinagogas (Lc 4.14­15). Aproveitando certa liberdade que havia nas sinagogas, o Cristianismo era exposto  aos  judeus: “E  depois  da  lição  da Lei  e  dos  profetas,  lhes mandaram  dizer  os principais  da  sinagoga: Varões  irmãos,  se  tendes  alguma  palavra  de  consolação  ao  povo, falai”  (At 13.15). Assim, Paulo pôde explanar sobre o Cristianismo na sina goga.

A igreja Primitiva; reunia­se:

No Cenáculo:
OBS: “Dava­se o nome de cenáculo ao aposento que ficara diretamente acima do eirado chato. Tais aposentos eram geralmente dedicados como salões de reuniões.
Foi em um desses aposentos que o apóstolo Paulo fez o seu sermão de despedida em Trôade (At.20.8), como também foi num lugar assim que foi posto o corpo de Dorcas (At. 9.37).
‘‘Cenáculo’’ é termo usado exclusivamente por Lucas, em todo o N.T. Possuímos evidências de que  tais aposentos  eram usados como uma espécie de salão de estudos, onde a lei era lida e ensinada; e  também ali que eram recebidos os hóspedes” 

(Russell Norman  CHAMPLIN. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, v. 3. p.31).

No Pórtico ou Alpendre de Salomão:

O coxo curado à porta do Templo, apegou­se “a Pedro e a João, todo o povo correu atônito para junto deles no alpendre chamado de Salomão” (At 3.11).
Os cristãos faziam suas reuniões nesse local do templo:
 “E muitos sinais e prodígios eram  feitos entre o povo  pelas  mãos dos apóstolos.
E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão” (At 4.12)
OBS: Jesus ensinou no pórtico de Salomão (Jo 10.22­23).
Era um local coberto apropriado para reuniões.
Era chamado “de Salomão, porque conservava­se desde os tempos de Salomão; fora obra desse rei. Nesse pórtico se localizava a Porta de Ouro por meio da qual podia­se chegar ao Monte das Oliveiras. O pórtico ou alpendre: “Tratava­se de uma larga calçada coberta, consistindo em um teto sustentado por colunas, motivo pelo qual tal estrutura também era chamada de colunata. O pórtico de Salomão consistia de uma calçada com aproximadamente quinze metros de largura, com duas fileiras de colunas de quase onze metros de altura, ao longo do lado oriental do átrio dos gentios, no templo de Herodes”

(Russell Norman CHAMPLIN. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, v.3, p.80).

Os cristãos também se reuniam em casas: “Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas” (At 20.20).

Os primeiros membros da Igreja Primitiva

Inicialmente, os cristãos eram de procedência judaica. Os judeus hebreus haviam permanecido durante longo tempo na Palestina. Tiveram dificuldade em permitir que os gentios pudessem fazer parte da igreja. Não compreenderam que o Evangelho deveria estender­se a todos os povos. Convém destacar que, a princípio, os cristãos eram confundidos com o Judaísmo. Para muitos, o Cristianismo era um tipo de Judaísmo. Esse pensamento se devia em parte ao fato de os cristãos freqüentarem a sinagoga.

OBS: No Antigo Testamento havia o Hebraico, no qual foi escrito o Antigo Testamento. O aramaico produziu grande influência sobre o hebraico. No retorno do cativeiro, Israel usava o aramaico. Este “tinha o mesmo alfabeto que o hebraico, diferia nos sons e na estrutura de certas partes gramaticais. Do mesmo modo que o hebraico, não tinha vogais; a partir de 800 d.C., é que os sinais vocálicos lhe foram introduzidos. É muito parecido com o  hebraico”(Antonio GILBERTO. A Bíblia através dos séculos, p.72).

Devido às relações comerciais, o Aramaico era a língua popular dos judeus e povos vizinhos.

Jesus, seus discípulos, bem com a igreja Primitiva falavam aramaico. Embora o aramaico  fosse a língua popular mos tempos de Jesus  e da  igreja primitiva, nas  sinagogas, o hebraico  continuava  sendo a língua do culto. Embora as Escrituras fossem lidas em hebraico, eram traduzidas para a linguagem popular.
 Podemos notar que em Lc 4, Jesus leu o rolo profeta Isaías em hebraico.
Judeus helenistas ou gregos
Eram aqueles cujos antepassados tinham habitado no estrangeiro.
Helenista provém de heleno, o povo do qual se originaram os gregos.
As conquistas de Alexandre, o Grande, permitiram que a língua grega fosse conhecida em quase todo o mundo, ou seja, o grego tornou­ se uma língua universalmente conhecida.
Os judeus helenistas possuíam uma mentalidade universal e isso refletiu na compreensão que o evangelho fosse transposto além dos limites judaicos.
Muitos dos judeus helenistas moravam em Jerusalém.
A língua grega, ou seja, não o grego Clássico, mas o grego comum (o “Koiné”). 
Com a disseminação da língua grega, o evangelho pode ser transmitido a todos os povos por meio dessa língua.

 OBS: Uma extraordinária conquista para o evangelho foi a tradução das Escrituras do Hebraico para o Grego. É a chamada “Septuaginta” tradução feita em 285 a.C. Foi a primeira tradução do Antigo Testamento para outra língua no caso. Para o grego. Assim, os conhecedores da língua grega poderiam ler o Antigo Testamento. Septuaginta refere-se aos setenta (mais especificamente setenta e dois) que efetuaram essa tradução.

Os prosélitos

Não eram judeus, mas abraçaram a fé judaica e aceitavam a circuncisão.
Havia prosélitos em muitas partes do Império romano e desfrutavam dos privilégios concedidos ao povo judeu.
Pelo que observamos faltava a Igreja estender à evangelização aos gentios que também estavam no plano de Deus a fim de serem salvos.
Jesus pregara a todos judeus e gentios, contudo a Igreja ainda não compreendera que o Evangelho deveria alcançar todos os povos.

OBS: Os judeus tinham o sinal físico da circuncisão, um pacto feito entre os judeus e Deus (Gn.17).
Mesmo no Antigo Testamento, Deus destacava que a verdadeira circuncisão era a feita no interior: “Circuncidai, pois, o vosso coração” (Dt. 10.16a ARA).
Não adiantava a circuncisão realizada no corpo, sem estar acompanhada de separação do pecado.
O Novo Testamento também assinala: “Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão nem a  incircuncisão  têm  virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura” (Gl. 6.15).

Poder de Deus, comunhão, amor e unidade doutrinária

A Palavra de Deus retrata como viviam os primitivos cristãos:
Perseveravam na doutrina dos apóstolos.
Os cristãos primitivos eram conhecedores dos ensinos de Jesus. Observemos que ainda não tinham ainda o Novo Testamento. Contudo, procuravam saber o que significava ser cristão. Os cristãos tinham fome de conhecer a palavra de Deus. Procuravam estudá­la para aplicar a suas vidas e também transmiti­la. Uma base importante que distinguia o Cristianismo do Judaísmo era a ressurreição: “E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (At 4.33).

Os apóstolos transmitiram os ensinamentos de Jesus com fidelidade:

“Porque eu  recebi  do Senhor o que também vos entreguei” (1Co.11.23a ­ ARA); “o que era desde o princípio, o que  vimos  com  os  nossos  olhos,  o  que  temos  contemplado, e as nossas mãos tocaram  da Palavra  da  vida  (porque  a  vida  foi manifestada, e nós a vimos  e  testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que  estava com o Pai  e nos foi manifestada)” (1Jo.1.1­2). Os cristãos puderam defender a fé (como veremos na lição 4),  porque a conheceram.  Puderam explicar a sua fé e não aceitar falsos ensinos. Sabiam no que criam. Sabiam a razão de sua esperança. Devemos permanecer nos ensinos de Jesus: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo15.7).

Comunhão e no partir do pão:
Os cristãos tinham prazer em estar juntos.
Cultuar a Deus estar em comunhão, poder estar cumprindo o que Jesus falou relativo à Ceia.
Dedicavam­ se à oração
Perseveram na oração.
oravam particularmente e em conjunto com os irmãos.
A Igreja Primitiva vivia em constante oração.
Essa foi uma das razões de seu avanço.

O Cristão e a oração:

1. Orando no Templo.

Ao entrar­se no templo, devemos ter atitude de reverência:
“Guarda o teu pé quando entrares na casa de Deus”.
A primeira atitude que a pessoa deve ter é ajoelhar-­se, pois está na casa de Deus, que é um lugar de oração:
 “E disse­-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração” (Mt. 21.13a).
Será que quando entramos no templo nossa primeira ação é dialogar­nos com nosso Pai?
Esta é a casa dEle!
Ou entramos no templo cumprimentamos as demais pessoas e não dirigimos uma palavra sequer ao Mestre Encontramos reis como Salomão orando no templo.
Mulheres como Ana, filha de Fanuel, viviam continuamente e no templo orando:
“E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia” (Lc.2.37).
É no templo, quando estão todos juntos em união, é que recebemos as maiores bênçãos Foi na igreja de Antioquia que Paulo e Barnabé receberam a chamada missionária:
“Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos os despediram” (At.13.3).

2. Em particular (Mt. 6.6).

A melhor oração é a que se faz secretamente, não na presença de outras pessoas.
Podemos derramar nosso coração e falar à vontade com Ele:
“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai te recompensará”(Mt.6.6).
Quando Jesus ensinou sobre a oração secreta, Ele criticou a atitude dos fariseus.
Jesus não os condenou por orarem em público, mas porque oravam para demonstrar espiritualidade, para os outros verem que eles estavam orando:
Quem tem de presenciar a nossa oração é o nosso Pai, pois a recompensa procede Ele.
Não eram hipócritas por orarem em público, mas porque afirmou Jesus, eles “se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens.
Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão” (Mt. 6. 5).
Qual o galardão desses homens?
O aplauso dos homens, a aprovação deles. Nós não desejamos aplausos dos homens, mas a aprovação de Deus.

3. Em família (At.12.12)

No início do Cristianismo, os discípulos reuniam­se também nas casas dos irmãos.
O inimigo estava furioso com o progresso do cristianismo.
Herodes mandou matar Tiago, irmão de João.
Na sua fúria e querendo agradar aos homens prenderam Pedro.
Os irmãos “na casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam” (At.12.12).
Juntos clamaram pela vida do seu líder, que de maneira milagrosa foi livre.
Foi a oração perseverante no lar de Maria que possibilitou a libertação de Pedro.
A oração em família é muito importante; é o culto doméstico.
Todos orando, lendo a Palavra, em união.
A oração em família fortalece o vínculo entre seus membros, dando oportunidade para que todos apliquem dentro do lar os princípios bíblicos.
Os pais devem estabelecer um horário conveniente para a família adorar a Deus.
Vamos aproveitar o corrente ano para dedicar­nos  à oração!
O apóstolo Paulo e a oração:
Oração em favor dos filipenses:
“Fazendo, sempre com alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas” (Fl.1.4).
Oração pelos tessalonicenses:
“Orando abundantemente dia e noite, para que possamos ver o vosso rosto” (1Ts.3.10a);
Oração pelos colossenses:
“Orando sempre por vós” (Cl.1.3b);
Oração na prisão:
“Perto da meia­noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam” (At.6.25).
Que maravilha, quando um incrédulo pode ouvir um clamor de um cristão verdadeiro!
Orando, pedindo que Deus concedesse sabedoria aos irmãos:
“Não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual” (Cl.1.9).
Em toda a alma havia temor:
Os cristãos temiam a Deus. Tinham plena consciência de que estavam diante de Deus.
Não poderiam fingir diante dEle.
Em tal ambiente de reverência, de respeito a Deus, Este operava milagres (At 2.43).
Os crentes eram unidos na adoração. A Bíblia destaca.
Essa união se manifestava também em relação ao próximo.
Os cristãos tinham bom relacionamento com Deus e esse relacionamento também se dirigia aos seus irmãos. As necessidades dos irmãos eram consideradas como se fossem de cada um. Repartiam com todos, “segundo a necessidade de cada um” (At 2.45b). Não significa que não tivessem problemas. Procuravam resolvê­los de forma sábia como foi na distribuição dos alimentos às viúvas. Escolheram homens para atender às viúvas. Já os apóstolos declararam: “Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (At 6.4). O texto bíblico enfatiza que a freqüência ao culto e a alegria de estarem juntos: “Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração” (At 2.46).
Além de orar, persevera na doutrina, louvavam a Deus. Ele é digno de receber o nosso louvor:
“Porque grande é O Senhor e digno de louvor, mais tremendo do que todos os deuses” (Sl 96.4)

O povo observava a Igreja que era sincera em seus relacionamentos.

Isso atraiu muita gente para o Evangelho
Um exemplo para hoje
Em que a Igreja Primitiva se constituiu um exemplo?
Sem dúvida, a Igreja Primitiva é um exemplo para nós, um importante referencial.
Em primeiro lugar, por sua dedicação a Deus, o valor dado à Palavra de Deus, suas perseverantes orações.
A Igreja também é um exemplo na evangelização.
Não descuidaram do “ide” de Jesus.
Não tinham tantas facilidades, não dispunham de meios eletrônicos, porém a Palavra de Deus foi entregue:
“E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé” (At 6.7);
“Assim, a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia” (At 19.20).
A Igreja Primitiva constitui ainda hoje um exemplo nas perseguições; foi firme e conseguiu alcançar a muitos.
A Igreja Primitiva também enfrentou falsa doutrinas; mas não desanimou,  lutou contra elas.
Os falsos ensinamentos não conseguiram fazer com que a  missão da Igreja fracassasse.
Mas sobretudo, a Igreja que recebeu o poder pentecostal, não permitiu que esse fogo viesse  a esfriar, a perder o seu valor.

CONCLUSÃO

Observamos por meio do livro de Atos dos Apóstolos, Jesus  continuado  a atuar por meio do Espírito Santo e por meio dos discípulos. A promessa de Cristo se cumpriu: Ele enviou o Espírito Santo:

“Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim. E vós também  testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio”(Jo 15.26­27).

Que privilégio e responsabilidade! Testificar de Jesus.

Se existirem dificuldades, Ele prometeu estar conosco.

Busquemos o batismo com o Espírito Santo e divulguemos o Evangelho:

“Derrama sobre nós o Teu Espírito,/ Como fizeste em Jerusalém;/ À Tua grei, ó manda o mesmo fogo,/ Indispensável para nós também!/ À Tua grei, ó manda o mesmo fogo, Indispensável pra nós também!/ Desperta, Jesus Cristo, os que dormem/ O mui profundo sono do ‘jardim’;/ Como operaste nos antigos tempos,/ Com Teu poder nos guia até o fim./ Como operaste nos antigos tempos,/ Com Teu poder nos guia até o fim”.

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