segunda-feira, 25 de outubro de 2010

LIÇÃO 02 - O ESPÍRITO SANTO E A IGREJA

Comentaristas: Damaris Ferreira da Costa, Verônica Araujo, Telma Bueno


Texto bíblico  Atos 2.1-4, 16. 17


Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda casa em que estavam assentados.  E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;

Objetivos  após a aula seu aluno deverá  entender a necessidade de buscar o poder do Espírito Santo, bem como reconhecer que o Espírito Santo continua operando na igreja.

Introdução

Estamos dando seqüência a 2 lição deste trimestre, nesta ocasião estudaremos o Espírito Santo e a igreja.

I - A promessa de Jesus

A promessa do Espírito Santo  realizada por Jesus, se deu dias antes de sua morte no calvário, Jesus anunciava que estava próximo a sua partida para o Pai, contudo não deixaria os discípulos só.

Quando Jesus disse aos seus servos que enviaria um outro consolador. Este Consolador não ficaria em carne , em forma humana como Jesus, mas em Espírito.  

“Não vos deixareis órfãos. 

No sentido humano ser orfão é ser abandonado, ou perder pai ou mãe, mas no sentido espiritual é não deixar sozinho, com a vinda do Consolador eles e nós hoje seriamos preenchidos com a habitação do Espírito Santo fazendo de nós um templo (1 Co 3.6) Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?.

Aqui está o grande mistério Jesus está conosco na forma do Espírito Santo.
Após a sua morte e ressurreição, a promessa é retificada, de forma mais clara.

Atos 1:8  Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

A promessa teve o seu devido cumprimento no dia de Pentecostes.

II - O dia de pentecostes

Para os judeus Pentecostes era uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo junto com eles os pagãos amigos e prosélitos. Assim eram oferecidas as primícias das colheitas no templo.

A festa também era conhecida como a festa das setes semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí surgiu o nome Pentecostes, que significa “qüinquagésimo dia”.

No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da a páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo: todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas. As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino.

Pentecostes é o símbolo do Cenáculo, onde os Apóstolos se reuniram, pela primeira vez, à espera do Espírito Santo. No Cenáculo, desde a fundação, a comunidade cristã aí se reúne, para ser conduzida pelo Sopro Inspirador, compartilhando o amor de Cristo.

Fonte: http://www.mundodastribos.com/o-que-e-pentecostes-dia-de-pentecostes.htm 

III - Prontos para a tarefa 

Embora muitos crentes hoje usam o batismo com o Espírito Santo, para demonstrações externas de poder na igreja,  o principal objetivo do Senhor em dar esta dádiva, é capacitar os crentes para realizarem a sua obra.

No livro de atos dos apóstolos vimos como isso se sucedeu os discípulos após a morte do Senhor, estavam amedrontados, se escondendo das autoridades judaicas, contudo era necessário cumprir a ordem de Jesus, de irem por todo o mundo anunciando o reino de Deus.
A vida do apostolo Pedro é um exemplo disto, antes do batismo, Pedro, negou ao Senhor, temendo os judeus, porem após  ser batizado, foi revestido de coragem, e ousadia, na sua pregação mais de 3 mil almas aceitaram a fé em Jesus.

Cheio do Espírito Santo, Pedro não temeu por sua vida, nem, mesmo quando o Rei Herodes o mandou prender afim de matá-lo.

Os mesmo se deu com os demais discípulos, diante da grande perseguição que se levantou em Jerusalém naqueles dias, a igreja orou ao Senhor,  e Deus os encheu do Espírito Santo, a bíblia relata que eles passaram a anunciar ao Senhor  com coragem e ousadia.

Nos dias atuais, muitos se queixam que não se vê freqüentemente o batismo com Espírito Santo na igreja, mas o fato é que muito não o buscam  no sentido de querer ser revestido de poder, afim de realizar a obra de Deus. Não é por outro motivo, senão a realização da obra do Senhor.

IV- O batismo com o Espírito Santo

O Reino de Deus é poder, a fonte desse poder é o próprio Deus, para constituir este Reino foi dado dons aos homens. Mas o que significa ter ou receber dons? Ao aceitar a Cristo como Salvador e Senhor, a pessoa recebe o Poder para se tronar filho de Deus (Jo 1.12). Para nós os Pentecostais, cremos não só no enchimento do Espírito Santo,  para geração do fruto, como também no batismo com o Espírito Santo (Lc 24.48,49; At 1.4,5,8).

O batismo como Espírito Santo, é uma promessa do Pai, Jesus comunicou aos seus discípulos que eles receberiam poder ao receber o batismo com o Espírito Santo. É o Espírito Santo, quem transmite o poder de Deus por intermédio dos Dons espirituais. Os canais pelos quais o Espírito Santo revela o poder de Deus são os dons, que pela instrumentalidade dos homens que os recebem e fazem bom uso deles (1Co 12.7-11).

A palavra dom vem do grego, “charisma”, entendemos que o batismo com o Espírito Santo é um dom, pois capacita a pessoa para o serviço (1Co 12.7; 2Co 10.4,5). Ao ser batizado com o Espírito Santo, o crente recebe uma nova dimensão de vida, vindo daí uma visão espiritual maior, e, incentivos para buscar bênçãos  e se aprofundar na comunhão com Deus (Fp 3.12,13; 1Co 14.2,28; 1Co 14.4,15,17). O Espírito Santo não é recebido por méritos e nem existem métodos para recebê-lo, não existe datas ou locais específicos e nem postura corporal exigida.

O que existe são condições, como: arrependimento, obediência, busca ardente, com perseverança e desejo ardente para recebê-lo. A igreja é a plataforma do Espírito, o lugar onde se expõe os planos de governo (Mt 21.42,43; At 14.22; Mc 16.15-20). É o Espírito Santo quem administra a Palavra, as missões, a separação de obreiros, as lideranças, as responsabilidades sociais etc., para tal ele equipa a igreja com vários dons.

Fonte Pr. Jair Rodrigues

V- O Espírito Santo em nossos dias 

O Espírito Santo está presente logo no inicio da criação, já falamos que ele é antes do inicio junto com Deus. Ele aparece ai como poder organizador da natureza criada, seu papel principal é protegê-la. Quando Deus disse façamos o homem, ele esta dirigindo a outras pessoas alem dele e estas pessoas são Jesus o verbo e o Espírito Santo, que é quem revela esta expressão para nós.

Em todo o AT, o Espírito Santo, dirigiu aqueles que foram chamados por Deus para realizarem a sua obra. A primeira coisa que Deus faz quando quer usar alguém é enchê-lo de seu Espírito Santo, sendo assim não há duvida de sua ação no AT. Nos tempos antigos, acontecia algo muito diferente de hoje período da graça, quando uma pessoa era usada pelo Espírito Santo era de forma esporádica. O Espírito vinha sobre a pessoa no momento exato e se retirava assim que a obra fosse realizada ou caso a pessoa se rebelasse contra Deus (At 28.25; Is 63.9-11).

Os exemplos que temos é que os homens da antiguidade realizaram grandes obras, todavia quando o Espírito Santo se retirava nada faziam dignos de nota. Sansão é um exemplo disto, só voltou a fazer algo digno quando se concertou com Deus, mesmo que tenha morrido junto com os filisteus. Davi quando foi ungido por Samuel, O Espírito Santo se apoderou dele e o preparou para execução do trabalho. Quando ele pecou perdeu o gozo pleno da salvação, ele já não podia ser o mesmo (Sl 51.1-4). O rei Davi sabia que sem o Espírito santo seria impossível realizar algo que fosse digno.

Davi foi restaurado (Sl 51.10-13), já podia outra vez, louvar a Deus com a ajuda do Espírito Santo. Pois sem ele nada se pode fazer que agrade ao Senhor (Jo 15.5). O Espírito Santo agiu em todo o AT, inspirando os profetas para proclamar o nascimento do Salvador. Seria impossível conhecer e compreender a obra da redenção idealizada em Deus, se não houvesse a revelação do Espírito Santo, desde o inicio da criação (Ef 1.3-7). 

No NT, a manifestação do Espírito Santo, não é de forma esporádica como foi no AT, Simeão, cheio do Espírito proclamou que Cristo é a Salvação preparada por Deus a todos os povos (Lc 2.25-32). Ele consagrou a João, o Batista, para preparar o caminho do Senhor. Jesus foi gerado no ventre de Maria por virtude do Espírito Santo (Mt 1.20), Ele se manifestou no dia do batismo de Jesus e tomou posse santificando a humanidade de Cristo (Mt 3.16), em seguida o consagrou para o trabalho que veio realizar. Jesus como homem foi dependente do Espírito Santo em tudo, como homem Jesus não podia ser Onisciente, Onipresente ou Onipotente. Assim como não podia também conhecer os pensamentos, tudo acontecia devido ao Espírito  Santo (Jo 4.6; 11.6,7; 8.26-29; 5.30).

Finalmente vemos a operação do Espírito Santo na glorificação de Jesus, segundo alguns comentaristas a festa pode ter durado quarenta dias, analisando em linguagem humana (At 1.3; 2.1-4). Não sabemos o que de fato aconteceu se o Salmo 24 é uma alusão a esta festa? O que sabemos é que para a vinda do Espírito Santo, sobre o seu povo no NT, havia uma condição pré-estabelecida por Deus (Ex 17.5,6; Nm 20.7,8; 1Co 10.4). A rocha ferida derramaria sobre nós o seu Espírito.

O Espírito Santo ao inaugurar o Reino de Deus na terra, sua ação hoje é entre os homens e nos homens. Trabalhando nos homens ele os faz nascer de novo, tornando-os propriedades de Deus, visando o dia da redenção (1Co 6.20; Ef 4.30). A morada do Espírito em nós é a condição para nos manter constantemente salvos. A vinda do Espírito Santo tem características singulares (At 2).

a) “veio do céu”
b) “veio do céu um som”
c) “como de um vento veemente e impetuoso”
d) “foram visto línguas repartidas como que de fogo”
e) “notório a todas as nações” 
f) “trouxe despertamento  para a Palavra”  - Pedro, pregou. “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe; a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.”

O AGIR DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRISTÃO.

O Espírito Santo habita na igreja, não entre as quatro paredes, ele mora no coração do crente, podendo também se retirar dependendo de nossas ações. Ele age como o socorro do cristão, ajudando nos momentos de fraquezas, ensinando, guiando santificando o crente. Porem pode com nossas atitudes entristecê-lo, resisti-lo, desprezá-lo, podemos ainda depreciar seus dons e até extingui-lo (1Ts 5.19). Uma de suas atuações é renovar o crente (Tt 3.5). Portanto não há razão para viver uma vida apagada sem o brilho do Espírito. 

O Espírito Santo trás reavivamento espiritual, acendendo a candeia, enchendo vasos, para que a luz não se apague, podendo o cristão resplandecer nesta sociedade ímpia. É interessante a ação do Espírito, ele faz com que o cristão veja a sua própria condição espiritual, faz nos arrepender quando pecamos. É ele quem nos faz entender o quanto inútil somos sem Deus. Então ele nos leva a humilharmos aos pés do Senhor e pedir perdão pelos pecados que agrava a Deus (Jo 1.26,27).

O Espírito Santo reaviva a Palavra no coração do crente, dando-lhe uma visão mais ampla. É com a sua ajuda que a Palavra toma o lugar certo em nossas vidas, sempre que se inicia um avivamento sob o agir do Espírito é levando o povo de volta a Palavra. Pois não havendo obediência a Palavra, não pode haver um genuíno reavivamento (1Sm 15.22). É do Espírito Santo a missão de separar e qualificar o obreiro para a obra (At 13.1-3), ele deverá ter plena liberdade entre os irmãos para agir em particular em suas vidas, como também na direção da igreja (At 6.1-7;11.20-24).

Conclusão

Nesta ultima hora da igreja, quer o Consolador, agir como na igreja primitiva, dirigindo as grandes realizações da igreja na terra, devemos dar a ele lugar. Como já vimos o Espírito Santo é uma pessoa que pode ser:

a) submetido a testes (At 5.9)
b) entristecido (Ef 4.30)
c) pode ser blasfemado (Mt 12.31,32)
d) pode ser resistido (At 7.51)
e) e pode ser insultado (Hb 10.29)

Não se pode desprezá-lo,  é ele quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11), seria impossível a pregação do evangelho para conversão do pecador, sem a operação dele.

Fonte: Pr. Jair Rodrigues

Colaboração para Ebdnet- Jair césar

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