Comentarista: Ciro Sanches Zibordi
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
- Compreender o conteúdo da carta aos Filipenses, conscientizando-se que a alegria e a satisfação do cristão e constante, independe das circunstancias que o rodeia.
Para refletir
“Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós”. (Fp 3.1- ARC).
Paulo exorta a Igreja para que tenha unidade e alegria em Cristo. A unidade entre os crentes não pode ser quebrada, e Paulo nos dá o segredo para mantê-la – Cristo é o segredo da verdadeira e duradoura alegria, Nele temos comunhão (Unidade) e o gozo proveniente do Seu Espírito.
Introdução
A expressão "alegrai-vos no Senhor" nos dá uma idéia de uma alegria que não depende de outros fatores, mas depende do Senhor. Assim, temos também uma idéia de condicionamento. Nossa alegria depende da nossa relação com Deus. Se esta relação estiver interrompida de alguma forma, então estaremos desligados da nossa fonte de alegria. Ficaremos tristes. Precisamos então eliminar o que se pôs entre nós e Deus, seja um ídolo ou outro pecado qualquer. Religados à fonte da alegria, nosso rosto volta a brilhar como uma lâmpada que se acende.
Epistola aos Filipenses
Data: Cerca de 61 d.C.
Tema: a alegria através do amor à Cristo. Em muitos aspectos, esta é a mais bela cara de Paulo, cheia de ternura, calor e afeição. Seu estilo é espontâneo, pessoal e informal, apresenta-nos um diário íntimo das próprias experiências espirituais de Paulo. A nota dominante por toda a cara é a alegria triunfante. Paulo, embora prisioneiro, era muito feliz, e invocava seus leitores para sempre regozijarem em Cristo. É uma carta ética e prática em sua ênfase e está centralizada em Jesus. Para Paulo, Cristo era mais do que um exemplo; ele era a própria vida do apóstolo.
Palavras-Chave: alegria, regozijo.
Contexto Histórico e Data
Atos 16.12-40 registra a fundação da igreja de Filipo. Paulo estabeleceu a igreja durante sua segunda viagem, por volta de 51 d.C.. Desde o começo, a igreja apresentava um forte zelo missionário e era constante em seu apoio ao ministério de Paulo (4.15-16; 2 Co 11.8-9). Paulo desfrutou de uma amizade mais próxima com os Filipenses do que com qualquer outra igreja.
É mas provável que Paulo tenha escrito esta carta durante sua primeira prisão romana, por volta de 61 d.C., para agradecê-los pela contribuição que tinha recebido deles. Ele também elogiou calorosamente Epafrodito, que tinha trazido a doação de Filipos e quem Paulo estava enviando de volta.
Conteúdo
A mensagem permanente dos Filipenses diz respeito à natureza e base de alegria cristã. Para Paulo, a verdadeira alegria não é uma emoção superficial que dependeu de circunstâncias favoráveis do momento. A alegria cristã é independente de condições externas, e é possível mesmo em meio a circunstâncias adversas, como sofrimento e perseguição.
A Alegria definitiva surge da comunhão com Cristo ressuscitado e glorificado. Por toda a carta, Paulo fala da alegria do Senhor, enfatizando que somente através de Cristo se alcança a alegria, como ocorre com todas as outras graças cristãs. Essencial para essa alegria é a convicção confiante de autoridade de Cristo, baseada na experiência do poder de sua ressurreição. Devido essa convicção, a vida de Paulo ganhou sentido. Mesmo a morte tornou-se uma amiga, pois o levaria a uma maior experiência da presença de Cristo (1.21-23)
A alegria apresentada em Filipenses envolve uma expectativa ávida da volta eminente de Cristo. O fato de essa expectativa ser dominante no pensamento de Paulo é vista em suas cinco referências à volta de Cristo. No contexto de cada referência há uma nota de alegria (1.6,10; 2.16; 3.20; 4.5).
A alegria apresentada em Filipenses envolve uma expectativa ávida da volta eminente de Cristo. O fato de essa expectativa ser dominante no pensamento de Paulo é vista em suas cinco referências à volta de Cristo. No contexto de cada referência há uma nota de alegria (1.6,10; 2.16; 3.20; 4.5).
Paulo também descreve uma alegria que surge da comunhão na propagação do evangelho. Ele começa a carta agradecendo aos Filipenses pro sua parceria na propagação do evangelho através de suas ofertas monetárias. As ofertas, entretanto, são apenas uma expressão de seu espírito de comunhão, ou como ele coloca em 4.17, “o fruto que aumente nossa conta”. Sendo assim, a alegria cristã é uma conseqüência de estar em comunhão ativa com o corpo de Cristo.
Esboço de Filipenses
Introdução 1.1-11
I. Circunstância da prisão de Paulo 1.12-26
II. Exortações 1.27-2.18
III. Recomendações e planos pra os companheiros de Paulo 2.19-30
IV. Advertências contra o erro 3.1-21
Conclusão 4.1-23
Perdas e Ganhos
O evangelho envolve perdas e ganhos (3.7-8). Isso não combina com certas pregações de prosperidade. Paulo estava preso, privado de muitas coisas, mas certo do seu ganho espiritual. Será que Paulo pensava em um evangelho que lhe proporcionaria riqueza material, uma grande casa, um lindo carro, o seu próprio negócio, etc? De modo nenhum.
Ele assumia as tribulações e os sofrimentos como fatores naturais no caminho do cristão e que tudo isso até contribuiria para o avanço do reino de Deus. "... As coisas que me aconteceram têm antes contribuído para o progresso do evangelho." (1.12).
Ele destacou ainda, de modo comemorativo, que sua prisão tinha se tornado oportunidade para evangelizar os soldados romanos (1.13).
Quando, ao fim da epístola, Paulo diz: "Tudo posso naquele que me fortalece" (4.13), ele não estava ensinando uma declaração do pensamento positivo, como se quisesse colocar o cristão numa posição de sucesso absoluto, conforme a visão que o mundo tem de sucesso. Lendo no cap. 4.12, entendemos que Paulo estava dizendo que ele foi capacitado por Deus para passar por qualquer situação, fosse de abundância ou escassez, de humilhação ou honra, de fartura ou de fome. Certamente, o obreiro de Deus precisa estar pronto para tudo isso e não apenas para ser rico.
É verdade que Deus pode nos dar todo tipo de bens materiais. Entretanto, isso depende do plano Dele para cada pessoa. Não podemos colocar a riqueza material como conseqüência natural do evangelho. Isso não é bíblico. Na parábola dos talentos, aquele senhor deu uma quantidade de dinheiro correspondente à capacidade de cada um. É assim que Deus faz conosco. Ele não vai colocar em nossas mãos algo superior à nossa capacidade de administrar.
Precisamos focalizar o ganho espiritual, o galardão celestial e não o galardão terreno. Este, se vier, será bem-vindo. Porém, não pode ser o nosso objetivo.
Quando, ao fim da epístola, Paulo diz: "Tudo posso naquele que me fortalece" (4.13), ele não estava ensinando uma declaração do pensamento positivo, como se quisesse colocar o cristão numa posição de sucesso absoluto, conforme a visão que o mundo tem de sucesso. Lendo no cap. 4.12, entendemos que Paulo estava dizendo que ele foi capacitado por Deus para passar por qualquer situação, fosse de abundância ou escassez, de humilhação ou honra, de fartura ou de fome. Certamente, o obreiro de Deus precisa estar pronto para tudo isso e não apenas para ser rico.
É verdade que Deus pode nos dar todo tipo de bens materiais. Entretanto, isso depende do plano Dele para cada pessoa. Não podemos colocar a riqueza material como conseqüência natural do evangelho. Isso não é bíblico. Na parábola dos talentos, aquele senhor deu uma quantidade de dinheiro correspondente à capacidade de cada um. É assim que Deus faz conosco. Ele não vai colocar em nossas mãos algo superior à nossa capacidade de administrar.
Precisamos focalizar o ganho espiritual, o galardão celestial e não o galardão terreno. Este, se vier, será bem-vindo. Porém, não pode ser o nosso objetivo.
Os Inimigos da Cruz
"Pois muitos andam entre nós, dos quais repetidas vezes eu vos dizia e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo; O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia; visto que só se preocupam com ascoisas terrenas. Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória..." (Fil.3.18-21).
Cruz é renúncia, é entrega, é perda, é humilhação, é morte. Disse Jesus: "Se alguém quiser vir após mim, a si mesmo se negue, tome cada dia a sua cruz e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perde-la-á, mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.". (Lc.9.23-24). Se não estivermos dispostos a perder nada pelo evangelho e ainda quisermos fazer dele uma ferramenta para o enriquecimento material, estaremos desvirtuando sua essência e negando a cruz.
Corremos o risco de colocar o ser humano como o centro do cristianismo, como se este existisse para atender a todos os nossos desejos terrenos. Desse modo, muitas pessoas estão nas igrejas com a expectativa de que Deus resolva todos os problemas delas e vêem Nele apenas um solucionador de problemas e não um Senhor.
"Buscai primeiro o Reino de Deus." (Mt.6.33a). Muitos precisam corrigir a orientação de sua busca ao Senhor. Precisamos buscá-lo, primeiramente, para sabermos a sua vontade para nós, e não para fazê-Lo conhecer a nossa vontade. Precisamos perguntar a ELE sobre o que devemos fazer para ELE antes de apresentar o que queremos que ELE faça para nós. Nós é que somos os servos. Ele é o Senhor.
Além disso, precisamos colocar os valores espirituais acima dos valores terrenos. Em sua oração pelos filipenses, Paulo pede que eles tenham amor, conhecimento, discernimento e fruto de justiça para a glória de Deus (Fil.1.9-11). São valores espirituais, os quais devem ser enfatizados, acima das nossas ambições materiais.
Colocando cada coisa no seu devido lugar e nível de importância, entenderemos a disposição de Paulo até para sofrer e morrer pelo evangelho. Em algum tempo da nossa vida podemos estar vivendo na abundância. Em outro tempo podemos estar sofrendo privações sem que isso signifique pecado nem fracasso espiritual. O cristão pode ser rico (II Tm.6.17-19) e pode ser pobre (II Cor.8.1-2; Fil.4.11). O que não se pode é vincular o evangelho à riqueza material. Afinal, Jesus disse que os ricos dificilmente se salvarão. E Paulo acrescentou que os que querem ser ricos caem em muitas tentações. (Lc.18.24; II Tm.6.9-10).
Deuses Estranhos
Paulo disse que "andam entre nós" muitas pessoas "cujo deus é o ventre”. Entre nós significa dentro da igreja. São pessoas que não estão servindo ao verdadeiro Deus, mas estão procurando apenas seu próprio interesse. Eram como aquela multidão que acompanhava Jesus apenas por causa dos pães e dos peixes que Ele multiplicava (Jo 6.26). Isso é até admissível por algum tempo. Muitos só vão atrás de Jesus motivados por uma necessidade pessoal. Porém, chega um momento quando todos são desafiados a assumirem uma posição de compromisso com o Senhor. Seguir a Cristo nos faz passar por momentos de milagres, de pão e peixe multiplicados, de cura, de libertação, etc., mas nesse caminho também existe uma cruz.
O “deus” daquelas pessoas era o ventre. A alimentação estava acima de tudo para elas. Existem hoje tantos deuses sendo adorados e servidos. Na sociedade atual, o futebol é um deus ou uma religião. Não é à toa que os grandes jogadores são considerados “ídolos”. Os estádios reúnem pessoas como não acontece em nenhum templo religioso do mundo. Elas vão ali, pagam para entrar, nada ganham, e algumas chegam a matar ou morrer pelo seu time. As copas do mundo reúnem povos de muitas nações num congraçamento jamais realizado por nenhuma religião.
Outro deus da atualidade que podemos mencionar é o sexo. A sexualidade extrapola as portas conjugais e se manifesta nas músicas, nos comerciais, nos filmes, nas novelas, etc. Deixa de ser um componente do casamento e passa a ser usado como produto comercial. Aqueles que servem a esse deus tornam-se escravos de suas práticas extra-conjugais.
O dinheiro é também um deus da humanidade. Cristo mesmo já mencionou algo semelhante quando disse: "Não podeis servir a Deus e a Mamom" (Mt.6).
Os exemplos que mencionamos não são coisas intrinsecamente más. O futebol não é algo mau. O dinheiro também não. O sexo, por sua vez, foi criado por Deus e é correto desde que praticado dentro do matrimônio. O problema é quando essas coisas são colocadas acima de Deus, como se fossem mais importantes do que Ele. Se trocamos o compromisso com Deus por outra coisa, então essa coisa é o nosso deus.
Os exemplos que mencionamos não são coisas intrinsecamente más. O futebol não é algo mau. O dinheiro também não. O sexo, por sua vez, foi criado por Deus e é correto desde que praticado dentro do matrimônio. O problema é quando essas coisas são colocadas acima de Deus, como se fossem mais importantes do que Ele. Se trocamos o compromisso com Deus por outra coisa, então essa coisa é o nosso deus.
Através do jejum, das ofertas e da abstinência pelo tempo necessário, nós demonstramos, na prática, que o Senhor Jesus está acima de tudo para nós.
Regozijai-vos No Senhor
Paulo, mesmo preso, estava se regozijando (1.18). Possuía uma alegria sem motivo aparente (1.4,18,25). Ele usa não apenas a palavra alegria, mas gozo e regozijo, que são termos ainda mais fortes, que falam de uma alegria intensa, grande satisfação ou prazer (2.2; 2.17,18,28,29).
A chave do contraste entre a prisão de Paulo e sua alegria é a expressão: "Regozijai-vos no Senhor (3.1; 4.1,4,10). A alegria do cristão não vem de fora para dentro, mas de dentro para fora. Alegria no Senhor não depende de circunstâncias mas depende do Senhor, e Ele não muda. Um cristão alegre no meio da tribulação? Isso é loucura para o mundo. Tal alegria provém de uma paz que excede todo entendimento (4.7).
Em meio a tantas expressões de alegria, o texto de 2.28 menciona a "tristeza". Isso é bom para que não falemos do cristianismo como se fosse algo irreal, utópico. Paulo esteve triste por causa da doença de Epafrodito. Nesse mundo podemos passar por momentos de tristeza. Porém, ela não pode nos dominar, não pode ser nossa companheira constante. Observe que, embora a tristeza tenha sido mencionada, ela não se tornou característica nem tema da epístola. Da mesma forma como não se tornou característica de Paulo nem será nossa. Podemos ficar tristes por alguns momentos ou até por alguns dias? Sim. Daniel esteve triste durante 21 dias (Dn.10.2). Podemos nos entristecer pelo pecado cometido (I Cor.5.2; II Cor.7.8-10), por uma perda, pelo sofrimento próprio ou alheio. Entretanto, não seremos pessoas tristes nem viveremos na tristeza.
É verdade que Jesus chorou, conforme nos informa o menor versículo da Bíblia (João 11.35). Porém, Jesus não viveu chorando e nem nós podemos viver assim. Paulo também chorou por causa daqueles que se perdiam (Fil.3.18). Que a tristeza em nossas vidas seja o menor versículo e que a alegria preencha longos capítulos da nossa existência.
Alegria X Ansiedade
Ao escrever aos filipenses sobre a alegria, Paulo estava consciente de que a ansiedade poderia ser um empecilho nesse caminho (4.4-7). Talvez deixemos de usufruir em plenitude da alegria do Senhor (NE 8.10), porque estamos ansiosos.
Algumas vezes, a ansiedade, ou preocupação, ocorre por um motivo legítimo. Estamos nos sentindo ameaçados, então ficamos ansiosos. Entretanto, em muitos casos a ansiedade se manifesta sem fundamento real.
Podemos estar ansiosos porque buscamos algo e ainda não alcançamos. Pode ser algo necessário, mas, em muitos casos, trata-se de uma busca ambiciosa pelo excesso, por aquilo que é supérfluo. Não seria melhor fazer calar a nossa alma, como disse o salmista? (Sl 131.2)."Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus", diz o Senhor. (Sl 46.10). Ele está no controle da nossa vida. Ele nos dará o que precisamos e até o que não precisamos, se isso for bom para nós. "Não andeis ansiosos", disse Jesus aos seus discípulos (Mt.6.25-34).
Em todas essas situações, a fé, a oração e a gratidão são os remédios prescritos pelo apóstolo Paulo. Se crermos em Deus e no seu cuidado para conosco, isso já é um forte motivo para o nosso descanso. Em segundo lugar vem a oração. Nossa fé se expressará através das nossas palavras. Estamos nos sentindo ameaçados por alguma coisa ou oprimidos por alguma necessidade? Vamos levar tudo isso diante de Deus através da oração. Quando oramos, dividimos a responsabilidade com Deus. Se você faz tudo na vida sem orar, então a responsabilidade é toda sua. Se der errado, a culpa é sua. Quando oramos, estamos pedindo que Deus faça a parte que não está ao nosso alcance. Contudo, continuamos responsáveis por aquilo que podemos fazer.
Tendo orado, temos mais um motivo para descansar. Em nossa oração, precisamos também agradecer. A gratidão, mais do que uma expressão verbal, é um exercício. Precisamos, freqüentemente, olhar para tudo o que Deus já nos deu e agradecer. É bom que agradeçamos por cada coisa, cada pessoa, cada conquista, cada realização, e até mesmo pelo que não conseguimos, pois até isso foi livramento do Senhor, embora possamos não ter compreendido. Esse exercício é um antídoto contra as ambições excessivas. Normalmente vivemos olhando para o que falta e nos esquecemos de agradecer pelo que já temos. Valorizamos demasiadamente o que falta e desvalorizamos o que já temos. Isso é um erro do ser humano que aumenta a ansiedade e diminui a alegria.
A ansiedade, seja por motivo legítimo ou não, é resultado dos nossos pensamentos. Paulo nos aconselha a selecionar nossos pensamentos. Se pudermos agir para resolver determinado problema, então devemos fazê-lo, mas ficar apenas cultivando a preocupação não vai nos levar a nada. Precisamos então, pensar em coisas boas, positivas, agradáveis, e isso será favorável ao nosso bem estar e à nossa alegria. Embora tais palavras possam parecer apenas a valorização do pensamento positivo, Paulo coloca a pessoa de Deus como a fonte da nossa paz (4.9).
Unidade e companheirismo (1.27; 2.2)
Os filipenses haviam mandado uma ajuda financeira para o apóstolo (4.16-18). Ele se regozijou muito pela comunhão que os irmãos tiveram com ele naquele momento difícil. É na dificuldade que a comunhão e a unidade se tornam mais necessárias e importantes. "Na angústia nasce o irmão" (Pv.17.17).
É nessa hora que se descobre o verdadeiro amigo. Os falsos desaparecem.
O tema da unidade também se apresenta na epístola quando Paulo fala de um "companheiro de jugo" (provavelmente Síntique – 4.2-3,14). O jugo, também chamado "canga", "é uma peça de madeira que une dois bois e os prende ao carro ou ao arado" (Aurélio). Companheiro de jugo é companheiro de trabalho. É um tipo de sociedade num momento de dificuldade.
Conclusão
A unidade depende da humildade (2.3-4). O orgulho e o egoísmo trazem divisão. Para demonstrar o valor da humildade, Paulo usa a pessoa de Cristo como exemplo (2.5-11). Afinal, não haveria exemplo melhor. O texto do capítulo 2.5 a 11 nos mostra a trajetória de Jesus. É um quadro de humilhação progressiva até a morte na cruz. Em seguida, vem sua exaltação acima de toda a criação.
"Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros." (2.4). Cuide do problema do seu irmão como se fosse seu, desde que não esteja havendo abuso nem aconteça de você estar atrapalhando o crescimento da outra pessoa. Ajude o seu próximo, mas, de preferência, ensine o seu próximo a ajudar a si mesmo. Existe um momento em que devemos carregar a carga uns dos outros (Gál.6.2) e outro momento em que cada um deve levar sua própria carga (Gál.6.5). É preciso sabedoria para discernir essas ocasiões e agir da maneira correta.
Se assim procedermos, seremos vitoriosos e alegria do SENHOR será constante em nosso cotidiano, e poderemos dizer: “A alegria do SENHOR é a nossa força”
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Que bom ver você por aqui agradeço pela visita, e volte sempre estou a sua disposição para aprendermos juntos. Fique a vontade para comentar. Um grande abraço.