Comentarista: Elaine Cruz
Ao Mestre
Professor (a) hoje ansiedade e depressão não são sintomas apenas dos adultos, cada vez com mais freqüências adolescentes tem sofrido desses males.
É imprescindível que o professor ajude na formação de um caráter cristão no adolescente, lembremos-nos que o ensino bem colocado, forma caráter e muda comportamentos. Com oração e dedicação você, professor (a) conseguirá. Pois, Deus transforma, e um dos pré-requisitos básicos para que haja uma mudança na identidade humana é o cultivo do Fruto do Espírito, que é formado por nove elementos (Gl 5.22), que fazem parte do caráter de Deus, que passa a ser implantado no nosso caráter.
No Fruto do Espírito temos os elementos que nos auxilia a lidar com a ansiedade e outros problemas emocionais, tão comuns em nossas vidas.
O professor (a) deve efetivamente verificar as necessidades mais evidentes de seu grupo, conduzindo a Cristo e ao cultivo do Fruto do Espírito, ajudando-os a desenvolver uma vida cristã genuína. Coloque-se diante de Deus, pedindo que o Espírito Santo o oriente nesse tão fecundo ministério. Deus o abençoe.
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que ao término, seu aluno possa:
- Distinguir corpo alma e espírito, reconhecer algumas das doenças da alma, e a importância de confiar plenamente no cuidar de Deus.
Para refletir
“Entreguem todas as suas preocupações a Deus, pois ele cuida de vocês.” (1 Pe 5.7).
Suportar sozinho suas preocupações, tensões e lutas diárias, mostra que você não confiou sua vida a Deus completamente. Às vezes pensamos que Deus não se preocupa com coisas pequenas ou com os acontecimentos de nosso cotidiano, enganamos-nos quando assim pensamos, Ele nos ajuda em tudo.
Lançar nossas ansiedades sobre Deus, exige fé e confiança – ação. Não devemos nos atemorizar diante das dificuldades e circunstancias, creia que o SENHOR está no controle de tudo, ELE é o SENHOR dos tempos e da historia.
Texto Bíblico em estudo: Mt 6.25-34.
Introdução
Neste texto o Senhor Jesus contrastou os valores celestiais com o terreno, explicando que não devemos nos afligir com as circunstancias, pois nosso Pai Celestial, sabe o que precisamos, e não está alheio as nossas necessidades. Mas que devemos direcionar nossa vida para buscar as coisas do alto, preocuparmos com nossa posição diante de Deus, pois quando ao cotidiano – “Basta a cada dia o seu mal” – Deus que cuida de toda a criação (animais e vegetais), não cuidará de nós?
As preocupações em excesso causam males terríveis a nossa alma. Portanto não é da vontade de Deus que andemos ansiosos por coisa alguma, “antes, as nossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp 4.16).
Corpo, alma e espírito
O homem é um espírito que tem uma alma e habita num corpo.
- Espírito humano: Ponto de contato com Deus. É através do meu espírito que tenho consciência de Deus e me relaciono com Ele. Deus é Espírito e só podemos perceber Deus no espírito. ( Ef 2.22; Jo 4.24)
- Alma : É tudo que o homem é. Sua personalidade. Seu ego. É o mundo dos pensamentos, sentimentos e decisões. A alma está entre o espírito e o corpo. Pertence aos dois. Está ligada ao mundo espiritual através do espírito e ao mundo material através do corpo. Através da alma tenho consciência de mim mesmo.
- Áreas da alma
- Mente : Sede da alma, intelecto, pensamentos, raciocínios, memória.
- Vontade : Instrumento para tomar decisões. Poder para escolher.
- Emoções : Instrumento para expressar nossos sentimentos, gostos, simpatias, alegrias, tristezas, amor, ódio, etc.
Obs: A alma do homem é singular.
- Corpo : Minha forma visível. Com ele me relaciono com o mundo exterior. (ex.: Os cinco sentidos, fala, audição, visão, olfato, tato).
Doenças da Alma
Estresse
Uma das questões mais atuais e importantes que relacionam a Psicologia com a saúde é o stress. Para além dos sintomas físicos, comportamentais, emocionais e cognitivos que ele acarreta, há cada vez mais estudos que correlacionam o stress com alguns problemas sérios de saúde, como a doença coronária, depressão, hipertensão e o ataque cardíaco.
As exigências atuais em termos laborais, as responsabilidades que são colocadas em nós, a competição, o fantasma do desemprego e muitos outros acontecimentos tornam-nos vulneráveis a sentir stress.
O stress é uma resposta do organismo a determinados estímulos físicos e emocionais, como os conflitos interpessoais ou acontecimentos significativos, como o desemprego, divórcio ou a gravidez. Perante uma situação “stressante”, o corpo reage, produzindo certas hormonas , alterando a tensão arterial e o ritmo cardíaco.
Ainda que o stress seja útil até certo ponto, porque torna o organismo mais atento e pronto aos desafios do meio ambiente (basta lembrar o atleta pronto a iniciar a corrida), acima de certos níveis o indivíduo torna-se incapaz de se adaptar aos acontecimentos, para além da excitação excessiva do sistema nervoso.
Alguns dos sintomas físicos de stress poderão ser: músculos contraídos, cefaléias, cansaço, sonolência, enjôos ou diarréia. Já os sintomas comportamentais e cognitivos traduzem-se por agitação, dificuldade em cumprir responsabilidades, adiar as tarefas, pensamentos ansiosos, preocupação constante, dificuldades de memória e indecisão. Em termos emocionais, podem haver manifestações de choro, irritabilidade, nervosismo, tristeza e depressão.
Cada um de nós pode escolher formas saudáveis e positivas para lidar com o stress. Ter passatempos que nos dão prazer e o uso do humor no dia-a-dia também são positivos.
O stress e a solidão predispõem os adolescentes a comportamentos agressivos nas aulas.
Muitos adolescentes de hoje sofrem tensões e frustrações perante as quais se encontram muito sozinhos e indefesos. É assim que nasce a rebeldia agressiva, própria das pessoas inseguras, a qual, por vezes, desemboca em condutas transgressivas e violentas.
Acontece que a viagem desde a infância até à idade adulta costuma efecuar-se atualmente com menos companhia educativa e com menor equipamento de pautas de conduta do que há alguns anos atrás, o que contribui para aumentar o stress de transição típico desta etapa da vida.
Relação com carências afetivas
Este incremento do stress é conseqüência de se viver num lar destruído ou de pertencer a uma família em que, de fato, não existe vida familiar. Atualmente, muitos pais proporcionam aos filhos tudo aquilo que eles lhes pedem no campo material, mas não lhes dão tempo sem pressas, critérios morais, apoio emocional ou bons exemplos. Os adolescentes, para construírem a personalidade que está a nascer, têm necessidade de modelos com os quais se identifiquem, mas nem sempre os encontram na família. Pelo contrário, fora dela encontram uma imensidão de pontos de referência que os desorienta. O modelo de muitos adolescentes é bastante pobre: é o de quem “arruma os livros” de forma prematura para conseguir um contrato milionário como futebolista ou como modelo de passarelas antes dos 25 anos.
Expectativas dos pais
O stress agrava-se com as expectativas pouco realistas de alguns pais instalados na !cultura do êxito”. Querem, a todo o custo, filhos vencedores; exigem-lhes que sejam os melhores da turma, que façam a carreira universitária que eles não puderam fazer ou que está na moda, sem colocarem a questão de se os filhos têm capacidade ou interesse para isso. É freqüente que estes filhos acabem por ficar destruídos por dentro: culpam-se a si mesmos por não terem sabido corresponder ao que se esperava deles.
Ansiedade
Ansiedade é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de medo, perigo ou de tensão, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, nervosismo, aperto no tórax, transpiração, etc.
Todas as pessoas podem sentir ansiedade, principalmente com a vida atribulada atual. A ansiedade acaba tornando-se constante na vida de muitas pessoas. Dependendo do grau ou freqūência pode se tornar patológica e acarretar em muitos problemas posteriores.
Ter ansiedade ou sofrer desse mal, faz com que a pessoa perca uma boa parte da sua auto-estima, ou seja, ela deixa de fazer certas coisas porque se julga ser incapaz de realizá-las. No entanto, o termo ansiedade esta de certa forma interligado com o a palavra medo, sendo assim a pessoa passa a ter o medo de errar quando da realização de diferentes tarefas, sem mesmo chegar a tentar. Esses dois aspectos tanto a ansiedade quanto o medo, não surgem na vida da pessoa por uma escolha, acredita-se que de certa forma, alguma palavra dita no seu passado por alguém, uma ofensa, um comentário, uma atitude negativa em relação a pessoa que sofre desse mal, pode ser a causa principal do surgimento desses sintomas.
É necessário então que a pessoa encontre um meio de superação e continue vivendo, tendo a certeza, que as coisas ruins vividas no passado servirão apenas de crescimento e amadurecimento futuro.
As pessoas ansiosas têm um vasto número de sintomas(veja a lista abaixo). Muitos resultam de um aumento da estimulação do sistema nervoso vegetativo ou autónomo, que controla o “reflexo ataque - fuga”.
Outros são “somatizações”, ou seja, os doentes convertem a ansiedade em problemas fisicos, incluindo dores de cabeça, distúrbios intestinais e tensão muscular. Cerca de metade das pessoas com ansiedade sofrem principalmente de sintomas físicos, normalmente localizados nos intestinos e no peito.
SINTOMAS E SINAIS DA ANSIEDADE: Fadiga; insónia; falta de ar ou sensação de sufoco; Picadas nas mãos e nos pés; Confusão; instabilidade ou sensação de desmaio; Dores no peito e palpitações; Afrontamentos, arrepios, suores, frio, mãos húmidas; Boca seca; Contracções ou tremores incontroláveis; Tensão muscular, dores; Necessidade urgente de defecar ou urinar; Dificuldade em engolir; Sensação de ter nó na garganta.
Depressão
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais:
- Perda de energia ou interesse
- Humor deprimido
- Dificuldade de concentração
- Alterações do apetite e do sono
- Lentificação das atividades físicas e mentais
- Sentimento de pesar ou fracasso
Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.
Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são:
- Pessimismo
- Dificuldade de tomar decisões
- Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
- Irritabilidade ou impaciência
- Inquietação
- Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
- Chorar à-toa
- Dificuldade para chorar
- Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...
- Dificuldade de terminar as coisas que começou
- Sentimento de pena de si mesmo
- Persistência de pensamentos negativos
- Queixas freqüentes
- Sentimentos de culpa injustificáveis
- Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual
Diferentes tipo de depressão
Basicamente existem as depressões monopolares (este não é um termo usado oficialmente) e a depressão bipolar (este termo é oficial). O transtorno afetivo bipolar se caracteriza pela alternância de fases deprimidas com maníacas, de exaltação, alegria ou irritação do humor. A depressão monopolar só tem fases depressivas.
Para afirmarmos que o paciente está deprimido temos que afirmar que ele sente-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, não tem tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e pelo contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido.
Fobias
Fobia é um sentimento de medo, injustificado e desproporcional, que se intromete persistentemente no campo da consciência e se mantém ali, independentemente do reconhecimento de seu caráter absurdo. A característica essencial da Fobia consiste num temor patológico que escapa à razão e resiste a qualquer espécie de objeção, temor este dirigido a um objeto (ou situação) específico.
O medo fóbico é específico e, na maioria das vezes, se projeta para o exterior através de manifestações próprias do organismo, as quais, normalmente, tocam ao Sistema Nervoso Autônomo (neurovegetativo), tais como: vertigens, pânico, palpitações, distúrbios gastrintestinais, sudorese e perda da consciência (lipotímia). Esses sintomas vegetativos e autossômicos determinados pela fobia surgem sempre que o paciente se depara com o objeto (ou situação) fóbico.
O pensamento fóbico é tão automático quanto o pensamento obsessivo e o paciente tem plena consciência do absurdo de seus temores ou, ao menos, sabe que são completamente infundados na intensidade que se manifestam.
Esses temores fóbicos resistem a qualquer argumentação sensata e lógica, aliás, o medo só será fóbico em duas circunstâncias; quando for considerado injustificável e absurdo pelo próprio paciente e, em segundo, quando for capaz de produzir sintomas comandados pelo sistema nervoso autônomo.
Síndrome do Pânico
O Distúrbio do Pânico habitualmente se inicia depois dos 20 anos, é igualmente prevalente entre homens e mulheres, portanto, em sua maioria, as pessoas que tem o Pânico são jovens ou adultos jovens na faixa etária dos 20 aos 40 anos e se encontram na plenitude da vida profissional. Normalmente são pessoas extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, são perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos.
Os portadores de Pânico costumam ter tendência a preocupação excessiva com problemas do cotidiano, têm um bom nível de criatividade, excessiva necessidade de estar no controle da situação, têm expectativas altas, pensamento rígido, são competentes e confiáveis.
Freqüentemente esses pacientes têm tendência a subestimar suas necessidades físicas.
Psicologicamente eles costumam reprimir alguns ou todos sentimentos negativos, sendo os mais comuns o orgulho, a irritação e, principalmente, seus conflitos íntimos.
Essa maneira da pessoa ser acaba por predispor a situações de stress acentuado e isso pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro, desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e conseqüentemente o aparecimento do Pânico.
Depois das primeiras crises de Pânico, durante muito tempo os pacientes se recusam aceitar tratar-se de um transtorno psicoemocional. Normalmente costumam ser pessoas que não se vêem sensíveis aos problemas da emoção, julgam-se perfeitamente controladas, dizem que já passaram por momentos de vida mais difíceis sem que nada lhes acontecesse, enfim, são pessoas que até então subestimavam aqueles que sofriam problemas psíquicos.
Normalmente, depois do primeiro ataque as pessoas com Pânico experimentam importante ansiedade e medo de vir a apresentar um segundo episódio. Trata-se de extrema insegurança e por muito tempo essas pessoas continuam achando que sofrem do coração ou, quando se tenta afastar essa possibilidade mediante uma série de exames cardiológicos negativos, pensam ser eminente um derrame cerebral.
A ansiedade é tanta que os pacientes ficam ansiosos diante da possibilidade de virem a ficar ansiosos. Por causa disso esses pacientes passam a evitar situações possivelmente facilitadoras da crise, prejudicando-se socialmente e/ou ocupacionalmente em graus variados. São pessoas que deixam de dirigir, não entram em supermercados cheios, evitam aventurar-se pelas ruas desacompanhadas, não conseguem dormir, não entram em avião, não freqüentam shows, evitam edifícios altos, não utilizam elevadores e assim por diante. De qualquer forma a mobilidade social e profissional de tais pacientes encontra-se prejudicada de alguma maneira.
Os pacientes com Transtorno do Pânico podem necessitar sempre de companhia quando saem de casa e, posteriormente, podem até se recusar a sair de casa devido ao medo de passar mal na rua, de morrer subitamente ou enlouquecer ou perder o controle de repente. Eles também citam, geralmente, um desejo de fugir urgente de onde quer que o ataque possa ocorrer. Algumas vezes podem apresentar ansiedade antecipada diante da possibilidade de ter que sair de casa. Normalmente esses pacientes têm muita dificuldade em dormirem desacompanhados, procuram insistentemente o cardiologista, etc.
Conclusão
As doenças da alma têm causado muitos males espirituais, emocionais e físicos a milhões de pessoas no mundo. Mesmo entre os crentes em Jesus, há os que se deixam dominar por fatores que causam ansiedade, fazendo com que a fé fique sufocada e anulada em suas vidas.
A fé genuína em Jesus previne o crente contra os males da alma e desfaz seus efeitos danosos à saúde emocional.
O Senhor Jesus em seus ensinos, indicou-nos o caminho para vencermos esses males, demonstrando que se Deus cuida das aves e dos lírios também cuida de nós. Para que isso ocorra tão somente precisamos confiar Nele e buscar seu reino em primeiro lugar.
Colaboração para EBDnet – Profª. Jaciara da Silva
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Que bom ver você por aqui agradeço pela visita, e volte sempre estou a sua disposição para aprendermos juntos. Fique a vontade para comentar. Um grande abraço.