Comentaristas: Esdras Bento, Miriam Reiche, Telma Bueno e Vera
Garcez.
ENFOQUE BIBLICO
“Bem aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus
caminhos! Pois comerás do trabalho de tuas mãos, feliz serás, e te irá bem.”
(Sl 128.1,2)
OBJETIVOS:
Explicar o significado do vocábulo testemunha.
Apresentar o significado das expressões “sal da terra” e “luz do
mundo”.
Discutir com os alunos a importância de ser uma testemunha fiel a
Cristo.
INTRODUÇÃO
Ser testemunha de Cristo é ser sal da terra, um verdadeiro
representante de Cristo neste globo terrestre. A ordem é que testemunhamos até
os confins da terra, viver em meio a uma sociedade corrompida como preservador
da moral e da ética é ser luz numa sociedade corrompida sem participar da
mesma.
EXPLICANDO O VOCABULO “TESTEMUNHA”
“Testemunha é
alguém que tem conhecimento de algo e demonstra-o; alguém que testifica em uma
causa.” (Luiza J.
Walker). Deus disse a uma nação toda no AT, “Vós sois as minhas testemunhas”.
Enquanto que no NT, a ordem é para o individuo (At 1.8). Mas afinal o que é ser
testemunha de Cristo? Em primeiro lugar, é preciso conhecê-lo pessoalmente, em
segundo lugar temos que com a nossa vida demonstrar que o que falamos dele é
real e em terceiro lugar devemos dizer tudo o que sabemos a respeito de Jesus.
Bem para falar de Jesus é necessário que o conheçamos e saibamos que ele é real
e o tenhamos como Senhor de nossas vidas.
Quando Jesus deu a ordem aos discípulos para que fossem
testemunhas eles estavam preocupados em querer saber sobre os tempos e a
restauração de Israel. No entanto foram designados a testemunharem, serem “marturos”,
discípulos esses que não foram capazes de comparecerem no tribunal aonde Cristo
fora condenado, nenhum teve a ousadia de defender o Mestre tão querido por
eles. Agora em momentos diferente eles estão recebendo poder para defender a
causa de Cristo, que fora crucificado e que ao terceiro dia ressuscitou. Eles
viram Jesus com seus próprios olhos, presenciaram os milagres por ele
realizados, caso fossem chamados para testemunharem sabiam do que estavam
falando.
No grego a
palavra testemunhar tem varias explicação como mostra dicionário VINE:
Autoptes – ver com os próprios olhos (Lc 1.2)
Epoptes – no sentido de supervisor – supervisionar (2Pe 1.16)
Marturion – testemunho, testemunha (At 4.33; 7.44)
Marturia – testemunha, evidência, testemunho, depoimento (Jo
3.32,33)
Martureõ – vb, testificar (Jo 2.25)
Epimartureõ – prestar testemunho de (1Pe 5.12)
Há ainda outras explicações no mesmo dicionário, nas paginas 1020
e 1021.
O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO “SAL DA TERRA”
Jesus disse: “vós sois o sal da terra” (Mt 5.13), uma linguagem
figurada, que mostra a responsabilidade que o cristão tem diante deste mundo
tão degenerado. A expressão é usada para que entendêssemos a nossa missão que
em primeiro lugar é de preservar ou conservar, pois essa era a utilidade do sal
nos dias de Jesus e durante muitos anos não existia os meios de conservação
como os refrigeradores por exemplo. Ainda hoje a função do sal é não permitir
que haja deterioração do produto. A igreja como sal é preservadora da moral da
ética e enquanto ela aqui estiver o mundo ainda se manterá, mas logo a após a
saída da igreja com certeza a podridão tomara conta de modo geral.
Em segundo lugar o sal produz sede, na verdade uma de nossa missão
como sal da terra é produzir sede na multidão. O povo precisa da Palavra de
Deus, mas um de seus símbolos é a água, quem não tem sal também não tem sede. O
sal não aparece, age de modo invisível, não pode ser alem do necessário ele é
visto antes do agir, mas quando esta em ação ele não é visto, quando na medida
certa passa por despercebido apenas dando o sabor ao alimento, quando acima ou
abaixo da medida todos reclamam.
O sal tem poder de fazer flutuar, experimente pegar um copo com
água, coloque nele um ovo e põe sal, na medida em que o sal vai tomando
proporção ele faz com que o ovo transborde. A ação do crente como sal da terra,
faz com que o pecador saia do mundo de pecado e alcance a misericórdia de Deus.
O sal como matéria viva, serve para preservar o que está morto, a carne com
vida não precisa de sal. No antigo testamento todas as ofertas do sacrifício
necessitavam de sal (Lv 2.13). No NT, o crente é considerado “sacrifício vivo”,
logo precisa ser o sal (Rm 12.1; Cl 4.6). Jesus disse que o sal pode se tornar
“insípido”, nesse caso perde a ação, uma das razões da falta do sabor ideal era
a falta de ventania na época da formação. Bem um crente sem o vento do Espírito
é uma vida sem poder (At 2.2; Ct 4.16), a falta de luz era outro problema para
a formação de um bom sal. A água quando em tratamento o efeito químico da luz a
fará transformar em um bom sal, isto prova que um crente sem a luz celestial
jamais será bom sal.
O lugar da
formação do sal é necessário calor adequado, para que não arruíne a formação do
sal, uma igreja fria jamais terá bom sal. Quando o sal não tem valor adequado
ele perde o seu sabor, em segundo lugar perde o seu valor e em terceiro lugar
perde seu espaço (Mt 5.13). O crente como já vimos é o sal da terra, ou seja, é
o preservador do globo terráqueo, é o instrumento de Deus na terra com objetivo
de alcançar os homens com o Evangelho da Redenção. Portanto o sal precisa de
uma formação adequada, não pode ser insípido.
O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO
“LUZ DO MUNDO”
Certa vez solicitaram a Albert Einstein que dissesse qual a
definição de “luz”. Ele então respondeu: “luz é à sombra de Deus...”. Em
sentido figurado podemos dizer que “luz” significa esclarecer ou fazer algo
compreensível. Luz é definida como uma gama de comprimentos de onda a que o
olho humano é sensível. Composta de três elementos um visível e dois invisíveis
e com uma velocidade de 299.792.458 m/s.
“Vós sois a luz do mundo” (Mt 5.14), a expressão terra está ligado
literalmente ao globo terráqueo, o mundo físico, nesse caso ser o sal. Agora
Jesus usa o vocábulo “luz” para brilhar no “mundo” referindo-se ao mundo
social; à raça humana em geral. É grande a responsabilidade do crente, vivendo
ele nos moldes deste mundo jamais será luz. A luz não é preconceituosa ela
brilha sobre todos, sobre o criminoso assim como sobre o inocente. A missão do
crente em ser luz para o mundo é proclamar o Evangelho a todos sem acepção de
pessoas, sem preconceitos, independentemente de cultura, tribos, idade, sexo,
cor, religião, profissão ou posição.
A luz não pode ser apenas um pavio seco que queima com rapidez, não
faz muitos anos que a luz elétrica tem beneficiado a maioria das famílias
brasileiras, muitos nem tem conhecimentos das famosas lamparinas que tinha que
ser constantemente abastecida com azeite ou o querosene. Nos dias de Jesus não
havia luz elétrica eram as lâmpadas abastecidas com azeite que traziam luz
durante a noite. É interessante que as lamparinas ou lâmpadas variavam em seus
modelos, mas o azeite era o mesmo. O cristão é comparado à luz do mundo, logo,
Jesus está falando da responsabilidade que temos em brilhar, clarear o caminho
dessa sociedade que vive em densas trevas. Não temos luz própria, mas o crente
cheio do Espírito Santo é apenas um pavio encharcado com o óleo do Espírito que
é aceso para transmitir o brilho de Cristo.
O dever de arder, brilhar, ter poder, luz da parte de Deus (Jo
5.35), não se pode imaginar um crente apagado, sem força para testemunhar de
Cristo. Uma das características da luz é não se misturar, ela pode estar
iluminando uma poça de lama ou um monte de lixo, mas a luz é incontaminável,
que responsabilidade tem o crente ser a luz do mundo sem se contaminar com suas
obras infrutuosas (Lc 11.33-36). A luz é progressiva, primeiro veio à luz da
lenha, depois foi desenvolvida a luz do óleo, mais tarde a luz de gás e com o
avanço da ciência veio à luz incandescente, a elétrica a seguir a fluorescente
que superou a todas. E à medida que a ciência se multiplica a luz continua a
progredir, assim deve o crente também progredir diante de Deus, ter mais
comunhão com o Criador e ser mais eficiente no papel de iluminar o caminho para
a sociedade (Pv 4.18).
A intensidade da luz evita que as pestes que andam na escuridão
atinjam o mundo (Sl 91.6), as doenças provenientes de umidades também
desaparece, uma vez que a luz drena a umidade e enxuga os lugares alagados. O
crente é benção de Deus para o mundo, embora alguns contribuam piorar as coisas
aqui, falhando no papel de luz. Ninguém conseguira jamais pegar a luz, o sal
ele pode pegar, mas a luz é misteriosa apenas é vista. Composta de três raios o
visível chamado lumífero, os outros dois são invisíveis. A luz é mansa e é
delicada, não danifica ao mesmo tempo em que brilha sobre algo solido e forte,
brilha também sobre o delicado sem que haja prejuízo. Mostrando assim a
sabedoria que o crente deve ter como pregador do Evangelho de Cristo. A luz
ainda tem o papel de alertar ela esta nas bóias, nos faróis, nos sinais de
trânsitos, qualquer negligencia aos seus apelos pode haver graves acidentes.
A IMPORTANCIA DE SER UMA TESTEMUNHA FIEL DE CRISTO
Todo crente está incluído nesse plano, ser testemunha de Cristo
trata-se do elemento fundamental na evangelização. O poder não é dado a uma
pessoa especifica na igreja é distribuído a todos, nem mesmo a fúria dos
imperadores romanos foi capaz de calar aqueles discípulos que antes medrosos e
cheio de falhas, mas que depois do enchimento de poder se tornaram imponentes e
destemidos a ponto de desafiarem até a morte. As prisões, os açoites e os
escárnios os levavam a oração para que fossem mais ousados (At 5.18-20). Eles
eram testemunhas oculares do que Jesus havia feito no meio deles.
É importante notar que baseado nesse plano de Deus, no máximo uns
setenta anos depois da fundação da igreja quase todos haviam morrido, no
entanto a igreja agora tem como testemunha os que não andaram com Jesus e não
podiam dizer as mesmas coisas com relação a isso. Bem eles não eram testemunhas
oculares da vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus como os demais. Mas
todo o verdadeiro cristão possui conhecimento pessoal de Cristo e pela fé em
sua Palavra crê que ele nasceu de uma virgem se tornando homem, morreu na cruz
do calvário, ao terceiro dia ressuscitou e subiu para estar com o Pai depois de
tudo consumado.
Somos
convidados a sermos testemunhas, “sereis minhas testemunhas”, a pessoa é
arrolada no processo com testemunha por uma razão; conhecimento dos fatos, ter
visto ou conhecer a pessoa em julgamento. Todos fugiram no julgamento de Jesus
diante dos tribunais, agora ele encheu-nos de poder e nos arrolou no processo
com testemunhas, não podemos falhar. A história conta de alguns mártires
(testemunhas), tal qual Perpetua, que é levada ao interrogatório e seu pai se
faz presente desgostoso e com maior desejo de salvar a filha pediu que tivesse
dó de seus cabelos brancos, e pensasse na honra de seu nome; que se lembrasse
que ele havia sido um bom pai e que a amava acima dos demais filhos e que não
podia viver sem ela. Em seguida beijou os seus pés as mãos, e chorou
amargamente, propôs até lhe chamar de senhora ao invés de filha. A coragem de
Perpetua era inabalável e disse: “fique sabendo meu pai, que nós não
podemos dispor de nós mesmos, mas que esse poder pertence a Deus”. Seu velho
pai a visitou outras vezes, mas em vão, Perpetua foi enrolada em redes e
lançada a uma vaca brava, os ferimentos não a mataram, teve o coração traspassado
pela lança do algoz (História do Cristianismo. Pg 32,33)
Outro mártir ao ser interrogado instaram para que abandonassem a
Cristo, ele então disse durante anos Cristo tem sido fiel a mim, porque o
abandonaria agora? Resumindo não há como ficar quieto diante de tantos
benefícios que Cristo nos tem feito. Há um galardão especial para aquele que
for testemunha fiel (Lc 9.26).
CONCLUSÃO
Testemunhar de Cristo não é apenas falar dele ou sobre ele é viver
o que ele nos ensinou. Os discípulos não eram os melhores, mas assim que
receberam o poder, sentiram a necessidade de representar a Cristo em todos os
momentos, não fugiam diante dos embates, lição importante para todos nós. Não
há como ser testemunha sem que haja em nós o poder transformador de Cristo,
portanto a mesma recomendação é valida (At 1.8).
BIBLIOGRAFIA
WALKER . Luisa J. – Evangelização Dinamica – Ed. Vida – agosto
1991
ANGLIN. W E Knight A. – História do Cristianismo – CPAD – 1986 - 3ª Edição
SILVA. Antonio Gilberto – Lições Bíblicas - 1996 – CPAD – 4ª trimestre
ANGLIN. W E Knight A. – História do Cristianismo – CPAD – 1986 - 3ª Edição
SILVA. Antonio Gilberto – Lições Bíblicas - 1996 – CPAD – 4ª trimestre
Colaboração para EBDnet - Pr Jair Rodrigues
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Que bom ver você por aqui agradeço pela visita, e volte sempre estou a sua disposição para aprendermos juntos. Fique a vontade para comentar. Um grande abraço.