sábado, 9 de agosto de 2014

LIÇÃO 4 – MAS EU NASCI ASSIM...

PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
3º Trimestre 2014
Tema: Vivendo em Família
Comentarista: César Moisés Carvalho

LIÇÃO 4 – MAS EU NASCI ASSIM...

Ao Mestre
Amado (a), nesta lição estaremos abordando um assunto (que para mim, é) fascinante – o temperamento humano. E a meu ver é de suma importância conhecer nosso temperamento, e para nós professores se aprendermos a distinguir o temperamento de nossos alunos, nos será mais fácil compreendê-los e auxiliá-los.

Há um tempo atrás estava dando aula à classe de jovens, e foi-nos maravilhoso, aprendermos acerca dos temperamentos e as virtudes do Fruto do Espírito que cada temperamento tem maior necessidade. E pela graça de Deus, foi-me possível vê-los crescerem espiritualmente.

“Examina-te, a si mesmo”, ou, como diria Sócrates, o “Conhece-te a ti mesmo”.
Este é um principio de profunda sabedoria, pois, ao olharmos para dentro de nós e conhecermos nossas limitações, conseguimos com humildade relacionarmos com as demais pessoas ao nosso redor, auxiliando-as, e juntos aperfeiçoando-nos para o serviço a Deus.
Que ao término desta lição, possamos estar nos “conhecendo melhor”,  e assim, podermos servir ao Senhor de forma mais plena. Amém.

NOTA: Será ótimo se você fizer um teste com seus alunos para que cada um descobra qual o seu temperamento, e possa identificar quais virtudes do Fruto do Espírito precisam para controlar seu temperamentos. No final do comentário, disponibilizarei um teste, caso queira usar.

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
ØConscientizar-se das limitações decorrentes de nosso temperamento, esforçar-se para viver no Espírito, afim de desenvolver dia-a-dia o Fruto do Espírito, tão necessário à vida cristã.
Para refletir
“Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados.”(Tt 2.6 – ARC)

A tradição e a história eclesiástica nos mostra que Tito era jovem, poderia perfeitamente se encaixar no perfil dos jovens de Creta, no entanto, o apostolo Paulo o exorta a permanecer, ou seja, conservar-se como exemplo de boas obras. Esse quesito é indispensável para todos os que desejam servir à Deus – que tenha uma conduta exemplar.
Texto Bíblico: Gn 25:19-34; Gl 5:16-26.
Introdução
Todos nós herdamos um temperamento básico de nossos pais, o qual contém forças e fraquezas. Este temperamento é o impulso básico do nosso ser que procura satisfazer as suas necessidades.
Para entendermos melhor o controle dos temperamentos sobre nossas ações e reações, precisamos fazer distinção entre temperamento, caráter e personalidade. Vejamos:
Temperamento: é a combinação de características congênitas (nascidas com o individuo) e que subconscientemente afetam o procedimento. Essas características são coordenadas geneticamente com base na nacionalidade, raça, sexo e outros fatores hereditários. Alguns psicólogos dizem que herdamos mais gens de nossos avós do que de nossos pais. A formação das características do temperamento é tão imprevisível no individuo quanto à cor dos olhos, dos cabelos ou a estrutura física. É o aspecto fisiológico-endócrino do individuo. Fazem parte dele os impulsos ou instintos que são as forças motrizes da personalidade.
Esses instintos saíram perfeitos da mão do Criador, mas o pecado que veio pela queda os perverteu e os transtornou.
a.       É um estado orgânico neuropsíquico, inato e capaz de desenvolver-se.
b.      É influenciado pelo sistema nervoso
c.       Pode ser controlado (através do fruto do Espírito – Rm 8.6,13) – cada temperamento tem deficiências que são plenamente corrigidas pelas virtudes do Fruto do Espírito.

Os temperamentos são:
a.       Sangüíneo (falante, impulsivo, sentimental, etc.)
b.      Colérico (independente, agressivo, determinado, etc.)
c.     Melancólico (contemplativo, humor imaginário,habitualmente sente tristeza e apatia, etc.)
d.      Fleumático (não emotivo, sereno, frieza de ânimo, etc.).


Caráter: em psicologia é o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a cada indivíduo; esta qualidade, é inerente somente à uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento, este, sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições ambientais, familiares, pedagógicas e sociais. Caráter é a soma de nossos hábitos, virtudes e vícios.
É um componente da personalidade
É adquirido não herdado (professor veja que missão Deus colocou em suas mãos)
Herdamos tendências e não caráter
Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio ambiente
Pode ser mudado (mas não é uma tarefa fácil). Jesus pode mudar milagrosamente o caráter (2 Co 5.17)
Continua mudando à medida que nos rendemos à Deus (Rm 12.2; Fp1.6).
Lembre-nos que a salvação abrange espírito, alma e corpo:

“Que Deus, que nos dá a paz, faça com que vocês sejam completamente dedicados a Ele. E que Ele conserve o espírito, a alma e o corpo de vocês livres de toda mancha, para o dia em que vier o nosso Senhor Jesus Cristo. Aquele que os chama é fiel e fará isso.”(1 Ts 5.23,24 – NTLH).

O controle e aprimoramento da Personalidade, não podem ser plenamente realizados apenas através de credos, princípios e práticas religiosas.
A fé em Cristo e a comunhão vital com Ele, é o segredo.
A verdadeira vida cristã consiste primeiramente num relacionamento vital com Cristo (Jo 15.5). Tal fé e tal religião não destroem a personalidade, antes a desenvolvem, pois todo esforço é feito para agradar e promover a vontade Daquele que passou a dominar e controlar nossa personalidade, agora participante da natureza divina (2 Pe 1.4; Rm 11.17; Hb 12.10).
Personalidade: É o conjunto de atributos e qualidades físicas, intelectuais e morais que caracterizam cada pessoa. Os elementos formadores da personalidade são:

1.    Hereditariedade: é a natureza humana transmitida pelos pais. Esses fatores hereditários nascem com o individuo, afetam e agem influenciando o psiquismo da pessoa determinando o seu biótipo. Esses fatores passam de geração à geração e afetam o aprendizado de várias maneiras.

2.    Meio-Ambiente: é o meio em que o individuo vive e foi criado. E este se constitui em um poderoso fato influente na personalidade da pessoa. O meio ambiente abrange:
·         O lar (família)
·         A comunidade
·         A escola
·         A igreja
·         A literatura (boa ou má, ou seja, construtiva ou destrutiva)
·         O estado social ( físico, saúde, economia, alimentação, higiene)
·         A sociedade (ambientes freqüentados, regime de vida, os “grupinhos”)

O meio ambiente influi na personalidade, mas o homem não deve ser escravo do meio em que vive. Ele pode reagir, vencer e transformar-se passando daí a influir melhor onde vive.
Essa é sua tarefa professor, você pode e deve ensinar isso aos seus alunos.

Mas em resumo podemos dizer que, temperamento é a combinação de características com as quais nascemos; o caráter é o nosso verdadeiro “eu”, e a personalidade é o que mostramos ao próximo, que pode ou não ser igual ao caráter, dependendo de quão autentica seja a pessoa.

Temperamentos
Como colocamos acima, os temperamentos são quatro: sangüíneo, colérico, melancólico e fleumático. Um estudo mais detalhado dos temperamentos nos mostrará nossos pontos fortes (qualidades), nossos pontos fracos (defeitos), e uma vez determinadas nossas características poderemos enfrentar com mais realismo nossas fraquezas, e submeter-nos à Vontade Daquele que nos criou pra Sua glória. 
Nosso temperamento pode ser controlado e modificado, isso nos fica bem claro em 2 Co 5. 17 que diz: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (ARC).
Uma vez que o temperamento é a nossa “natureza antiga” (nascemos com ele), quando nos submetemos ao Senhorio de Cristo nos tornamos novas criaturas, assim ganhamos uma “nova natureza” que nos é dada através da regeneração, e assim nos tornamos diferentes, a antiga natureza é passada, e agora nos tornamos “participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo.” (2 Pe 1.4 – ARC)

O sangüíneo
Pontos fortes:
  1. É exuberante (animado)
  2. É cordial
  3. É eufórico e vigoroso
  4. É receptível por natureza
  5. É impressionável
  6. Toma decisões quase sempre pelos sentimentos
  7. É divertido e contagia os outros
  8. É eletrizante
  9. Sempre tem amigos
  10. Sabe sentir as alegrias e dores dos outros
  11. As pessoas são importantes pra ele (a), e sabe fazer com se sentam assim
  12. Gosta de estar rodeado de pessoas e se sentir o centro da atenção
  13. Fala antes de pensar
  14. Faz amizade com facilidade
  15. Barulhento
  16. Emotivo

Pontos fracos:
  1. É pouco pratico
  2. É desorganizado
  3. É agitado e turbulento
  4. Geralmente é indisciplinado
  5. É impulsivo
  6. Tem dificuldade em dizer não
  7. Adora agradar os outros
  8. Não conhece suas limitações
  9. É perito em começar coisas e não terminar
  10. Não é observador de horários
  11. Não cumpre decisões tomadas
  12. Possui instabilidade emocional
  13. Desanima com facilidade
  14. Sente pena de si mesmo (comiseração)
  15. No campo espiritual se arrepende várias vezes pelo mesmo pecado
  16. É de vontade fraca

Virtudes do Fruto do Espírito para o Sangüíneo: Temperança ou autocontrole, paciência, fé, paz e bondade
Pedro era sangüíneo, era caloroso, impulsivo, falante, inconstante. Mas depois de ser cheio do Espírito Santo vemos que Pedro se transformou de tal forma que, seus defeitos foram obscurecidos e suas qualidades foram realçadas. Todo sangüíneo que esteja disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo que seu Espírito o fortaleça em suas fraquezas, também terá seu temperamento mudado e controlado pelo Espírito Santo. 
O melancólico
Pontos fortes:
  É analítico
  É abnegado
  Perfeccionista
  Admira as belas artes
  É desconfiado
  Não faz amigos com facilidade
  Amigo fiel
  É de confiança
  Habilidoso
  Minucioso
  Leal
  Idealista
  Dedicado
  Sensível
  É introvertido, enclausura-se como caramujo, chegando até a ser hostil.
  Fala pouco, mas é muito preciso no que diz

Pontos fracos:
·         Egoísta
·         Amuado
·         Pessimista
·         Teórico
·         Confuso
·         Anti-social
·         Critico
·         Vingativo
·         Inflexível
·         É voluntarioso em excesso
·         Espera muito das pessoas em troca do que faz
·         Gasta tempo no que não deve
·         Se ofende muito facilmente
·         Inseguro
·         Depressivo
·         Foge da realidade e entra em devaneio

Virtudes do Fruto do Espírito para o Melancólico: Amor, alegria, paz, bondade, fé e autocontrole (temperança).
 Moisés era melancólico, era habilidoso, prático, perfeccionista, depressivo, leal. Mas sofria de um complexo de inferioridade que trazia à tona todas as fraquezas do melancólico (Ex. 3.11-13) O seu encontro com o Senhor no Monte Horebe e a freqüente busca da sua face, contudo, fizeram dele um homem cheio do Espírito Santo, um líder destemido, e tornou-se “o homem mais manso da Terra” (Nm.12.3). Suas qualidades se destacaram e foi o grande legislador de Israel.

O colérico
Pontos Fortes:
  É vivaz
  É ativo
  É pratico
  É voluntarioso
  Auto-suficiente
  Independente
  É decidido
  Ama as atividades
  Não precisa ser estimulado, se estimula por si mesmo
  Não vacila sob pressão
  É insistente
  Pouco influenciado pelo meio
  É objetivo
   É Líder nato
  Mais razão do que coração
  Auto disciplinado

Pontos Fracos:
·      Insensível
·      Irado
·      Impetuoso
·      Age com impetuosidade
·      Sem compaixão
·      Cruel
·      Guarda rancor
·      Infringe regras para atingir seus objetivos
·      É sarcástico
·      Sua ira se manifesta de modo em explosão, mais de modo elaborado
·      É arrogante
·      É prepotente
·      Profere declarações cruéis
·      Age tiranicamente sobre os sentimentos dos outros
·      É orgulhoso

Virtudes do Fruto do Espírito para o Colérico: Amor, paz, bondade, paciência, humildade e benevolência.
Paulo era colérico, era cruel, voluntarioso, agressivo, auto suficiente. Após encontrar-se com o Senhor Jesus, vemos na vida desse colérico, amor, amabilidade, humildade, dependência de Deus, mansidão etc., e todos os coléricos que se entregarem ao Senhor assim também terá modificado seus temperamentos.

O Fleumático
Pontos Fortes:
  É calmo
  É frio
  É bem equilibrado
  É descompromissado
  Não se perturba com nada
  Controlado
  Aprecia artes
  Despreocupado com as circunstâncias em redor
  Prático e eficiente
  Pouco se envolve com as atividades do próximo
  Cérebro organizado
  Senso de humor mordaz
  É habilidoso
  Conciliador
  Sabe ouvir com paciência e atenção
  É mais espectador do que modificador das circunstâncias

Pontos fracos:
·      É moroso
·      Indolente
·      É desmotivado
·      Indeciso
·      Egoísta
·      Avarento
·      Descompromissado
·      Distante e gélido
·      É capaz de provocar a ira de quem o quer motivar
·      Obstinado
·      Espectador da vida sem se envolver
·      Acomodado
·      Conservador por comodismo
·      Procrastinador (sempre deixa tudo para mais tarde)
·      Vacila entre o desejo de fazer e de não fazer alguma coisa
·      Não tem iniciativa

Virtudes do Fruto do Espírito para o Fleumático: Amor, bondade, docilidade, auto-controle, (temperança) e fé.

Abraão era fleumático, era passivo, pacificador, temeroso. Mas após ouvir a voz de Deus, é chamado de “pai da fé”. Onde Abraão obteve tal fé? – um fleumático temeroso?
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos o crescimento gradual que todo crente que se coloca na obediência a Deus pode obter.

Auto-conhecimento
O relato acima dos pontos fortes e fracos dos quatro temperamentos comprova o contraste natural das características herdadas que formam o temperamento humano. Cada temperamento possui forças e riquezas, contudo todos possuem fraquezas e perigos. Daí, a necessidade do Fruto do Espírito em nossas vidas para que cada temperamento anule suas fraquezas e as qualidades possam ser realçadas para louvor do Nome do Senhor, “...para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5.16 – ARC).

O que temos feito como cristãos?
Deus nos criou para que pudéssemos viver de forma abundante, na sua graça. Este foi seu grande desejo. Para tanto, Ele soprou a vida em nós.
"O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente"(Gn 2:7).

Este é o desígnio de Deus: o de nos fazer viver a plenitude da vida. E como você tem se sentido diante das circunstâncias da vida? Tem conseguido viver a alegria de ser de filho de Deus?
Estamos vivendo uma vida abundante ou uma vida vacilante.

Cristo nos deu a vida em abundância; “o inimigo de nossas almas”, no entanto, quer somente roubar nossa alegria de ser de Deus. Portanto, somos chamados a ser plenamente do Senhor. Pois esta é a única forma de sermos abençoados por Sua mão poderosa. Vejam estas palavras do Senhor:
“Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.”(Rm 8:11)

Nós, que somos morada de Deus, cheios do Espírito Santo, não podemos levar uma vida dúbia. Somos chamados a corresponder com radicalidade o chamado à santidade que o Senhor nos faz, Tito assim fez, e foi um obreiro de grande valor na Obra do SENHOR.

Você não foi criado para viver sob o julgo da escravidão, mas para viver a vida plena que Cristo tem para você. Suas promessas não falham, Suas palavras não se contradizem. O Senhor prometeu. Ele cumpre Suas promessas.
“Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai!”(Rm 8:15)

Que graça! Você foi chamado a viver esta vida. Não vale a pena ser escravo do mundo. O que este lhe oferece é momentâneo e depois você sofre as “contra-indicações”. Porém, na vida abundante, você se torna o homem, a mulher do Espírito, e seus pensamentos passam a ser outros. Veja o que São Paulo nos diz:
“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro (Sl 43:23). Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou.(Rm 8:35-37).

Quando agimos segundo a carne, somos enganados, domados pelo tentador. Pois o Senhor já nos orientou:
"Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar."(1 Pe 5:8)

Conclusão
O segredo do temperamento transformado está em deixar-se encher pelo Espírito Santo, não apenas esporadicamente, mas continuamente. Pois, estar cheios do Espírito, é quando Ele preenche todas as áreas de nosso ser, de forma que nossa mente fica voltada para fazer a vontade do SENHOR. Dessa forma não há mais brecha pra o “eu”, não há mais espaços pra nada que não seja para agradar a Deus.

Talvez você se pergunte: “Mas como fazer isso?” – os passos são simples:
- examine-se e confesse seus pecados a Deus (1 Jo 1.9);
- submeta-se inteiramente à vontade de Deus (Rm 6.11-13);
- peça à Deus que derrame o Espírito Santo em sua vida (Lc 11.13).

Se seguir estes passos, verdadeiramente será cheio do Espírito Santo e o Fruto do Espírito será abundante em sua vida. Deus vos abençoe.


Fontes consultadas:
·         Temperamento controlado pelo Espírito – Tim La Haye – Edições Loyola
·         Temperamentos Transformados – Tim La Haye – Editora Mundo Cristão
·         Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal (ARC) – CPAD
·         A Bíblia da Mulher (Leitura, Estudo, Devocional) – ARA – Editora Mundo Cristão
·         Dicionário Almeida 2002



Colaboração para Poratl Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva 
PERSONAGENS BÍBLICOS E SEUS TEMPERAMENTOS

Pedro – O Sangüíneo – Mt 16:13-20

Depois do Senhor Jesus Cristo, Pedro é uma pessoa que mais sobressai nos evangelhos, característica típica de um sangüíneo de clamar atenção por onde passa. Dentre os discípulos é o que deixa seus defeitos visíveis a todos, num momento é amável e alegre, no outro assusta com suas atitudes:

- Falava mais que os outros discípulos
- O Senhor conversava muito amiúde com ele
- Teve a ousadia de repreender o Mestre
- Testemunhou outro recebeu louvor tão pessoal do Salvador

Quando experimentou a plenitude do Espírito Santo não só foi o homem de maior influência na Igreja dos primeiros tempos e um desafio para os cristãos exemplificando o que o Espírito Santo pode fazer com uma vida entregue a Ele.

Características do Pedro Sangüíneo

Impulsivo
Mt 4:20 – no modo como atendeu ao chamado de Jesus
Mt 14:28-29 – sua reação ao ver Jesus andando sobre o mar
Mt 17:1-13- sua atitude diante da transfiguração
Jo 18:10 – ao reagir à prisão do Senhor Jesus
Mt 28:6; Jo 20:6 – ao saber da ressurreição do Senhor Jesus
Jo 21:1-11 – ao encontrar-se com o Senhor após a ressurreição

Desinibido
Lc 5:1-11 – sua atitude reveladora na pesca maravilhosa

Falante
Mt 16:13-20, Jo 6:66-69 – o efeito positivo do seu testemunho acerca da identidade de Jesus

Egoísta
Mt 16:22 – sua motivação egoísta valeu-lhe a repreensão mais severa feita pelo Senhor

Interesseiro
Mt 19:27-30 – seus questionamentos quanto aos favores por seguir ao mestre

Fanfarrão
Mt 26:33 – sua tendência a gabolice

Pedro cheio do Espírito Santo
“O que Deus fez por seu apóstolo sangüíneo, Ele fará por você, desde que esteja disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo que o seu poder o fortaleça em suas fraquezas”.

At 1:15 – o primeiro sinal de uma transformação: Pedro, um homem sangüíneo e iletrado, agora, cheio do Espírito Santo torna-se um grande pregador do Evangelho.

At 3:1-7 – a ousadia de Pedro é convertida em glorificar o Senhor Jesus e não a si mesmo.

At 4:5-13 – o Pedro que antes negara o Senhor Jesus, agora confessa abertamente que Ele é o Salvador.

At 5:40-42 – a constância de Pedro é evidente ao ser açoitado severamente pelo oficial do Sinédrio.

At 9:36-42 – a humildade e dependência de Deus.

2 Pe 3:15 – a maturidade de Pedro

Paulo – O Colérico

Personagem bíblico que melhor ilustra o temperamento colérico é o apóstolo Paulo. Ele é de fato excelente exemplo da maneira como o Espírito Santo modifica uma pessoa de vontade férrea, após sua conversão. Saulo de Tarso era um colérico de aprimorada educação e muita religiosidade. Aparece no cenário bíblico, participando do apedrejamento de Estevão (At 7:54-58). As testemunhas deixaram suas vestes aos seus pés de um jovem chamado Saulo, o que indica ser ele o líder do grupo. Estudiosos afirmam que ele era membro do Sinédrio – o conselho dos setenta anciões de Israel. E Saulo que era jovem na época, isto seria um privilégio fora do comum.

Características do Paulo Colérico

Cruel – a Bíblia descreve Saulo como “respirando ameaças e morte contra os
discípulos do Senhor”(At 9:1-2). A maioria dos coléricos tem forte tendência a astúcia e a ardilosidade quando motivados pelo ódio ou pela intolerância. Antes de sua conversão era por instinto um líder zeloso e ativo, implacavelmente cruel com os que o contrariavam.

Força de vontade – uma das maiores vantagens do indivíduo com este temperamento é sua força de vontade, o que pode fazer dele uma pessoa muito bem sucedida. Paulo se refere a isso em 1 Co 9:24-27. Suas atitudes tinham metas definidas, Paulo sabia o que queria e para onde ia. Ele sabia que autodisciplina começa ne mente. Se você não resolver em sua mente que faça determinada coisa, provavelmente jamais conseguirá fazê-la (2 Co 10). Esta imensa força de vontade fez dele um líder com capacidade de dirigir e motivar outras pessoas.

Agressivo – ira e agressividade são características deste temperamento. Vimos que tais sentimentos o influenciaram antes de sua conversão, mas depois desta, raramente aquelas aparecem. Um desses casos é relatado em At 15, sua discussão com Barnabé. Paulo mostrou-se intolerante e inflexível. Outra erupção de ira do apóstolo se encontra em At 23, ao ser levado preso perante o Sinédrio. Isto mostra que um colérico, mesmo cristão, tem na ira um problema.

A transformação de Paulo
Apesar do grande potencial, ele é, provavelmente por natureza, o mais carente das características proporcionadas pela plenitude do Espírito Santo do que qualquer dos outros temperamentos. A carta aos Gálatas 5:22-23 – revela-nos as características necessárias ao temperamento colérico. Todas elas se encontram na vida do apóstolo após sua conversão.

Amor – o Espírito Santo, de maneira maravilhosa, transformou um indivíduo irado, amargo e perseguidor, em uma pessoa calorosa e compassiva (Rm 10:1, 9:1-3).

Paz – O Espírito Santo de Deus fez com que Paulo compreendesse que a paz não depende de circunstâncias ideais. Quando o apóstolo foi encarcerado, um sentimento sobrenatural de paz tomou conta de seu ser (Fp 4:11-12; 6,7)
Humildade – O Espírito Santo conhecia bem a necessidade que Paulo tinha de humildade, pois após sua visão do céu relatada em 2 Co 12, foi-lhe posto um espinho na carne (Rm 8:28). Paulo tinha necessidade de sempre relembrar sua dependência de Deus.

Conclusão: Paulo entregou sua férrea vontade ao Senhor Jesus na estrada de Damasco. Quando tomou esta decisão parecia ter muito a perder, porém, sua vida é um exemplo claro das palavras de Jesus “Quem perder a sua vida por minha causa, achá-la há (Mt 10:39).

Moisés – O Melancólico

O melancólico Moisés nos fornece excelente material para um estado analítico do temperamento porque as Escrituras nos dão muitas informações a seu respeito. O melancólico líder de Israel ilustra claramente a diferença que o poder de Deus faz na vida de um homem. Depois de educado aprimoradamente durante quarenta anos na sede da cultura egípcia, este brilhante melancólico passou 40 anos cuidando de animais num deserto distante. Com 80 ouviu o chamado de Deus da sarça ardente, e durante os 40 anos seguintes foi um dos maiores líderes do mundo. Como qualquer cristão dos dias de hoje, Moisés só foi produtivo para Deus quando controlado pelo Espírito Santo.

Características do Moisés Melancólico

Talentoso – em At 7:22, Estevão, 1º mártir do cristianismo, nos informa que Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras. O Egito era na época o centro da civilização e ele absorveu todo o conhecimento dos egípcios sem se deixar dominar. A habilidade de Moisés em conduzir três milhões de pessoas através do deserto; como juiz, profeta reflete sua natureza excepcionalmente bem dotada.

Abnegado – os indivíduos melancólicos têm dificuldades em desfrutar do conforto ou do sucesso sem sentir alguma culpa. Têm freqüentemente a inclinação de se dedicar a causas que exijam sacrifício. Na vida de Moisés isto é visto claramente em Hb 11:23-27, seu exemplo de abnegação e renúncia é prova de que homem algum sai perdendo quando dá sua vida a Deus.

A lealdade de Moisés – um dos traços mais admiráveis do melancólico é a sua lealdade e fidelidade. Embora não seja fácil fazer amigos, é intensamente leal àqueles que adquire. Esta característica fez com que tivesse facilidade em ser de maneira especial devotado a Deus. A devoção de Moisés cresceu durante os 40 anos no deserto. Quando os problemas surgiram, buscava direção divina e como líder deu várias provas de sua fidelidade ao Senhor (Ex 14;16;17). Isto não significa que Moisés era perfeito. Você encontrará diversas falhas em sua vida indicando que era muito humano, durante os anos em que serviu a Deus.

Complexo de inferioridade – os talentos de Moisés são negligenciados devido ao seu excessivo sentimento de inferioridade. As desculpas que Moisés deu ao Deus Todo-Poderoso quando conversaram junto à sarça ardente são um exemplo clássico da depreciação que os melancólicos fazem de si mesmos:

1. Não tenho talento – “quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?”

(Ex 3:11). Moisés depreciava suas habilidades pessoais e recuava diante da idéia de colocar seus talentos à disposição do Senhor. A resposta de Deus a Moisés é válida para todos os cristãos: “Certamente Eu serei contigo”(Ex 3:12)
Do que mais Moisés precisava?

2. Ninguém acredita em mim – “Mas eis que não crerão nem acudirão à minha voz”(Ex 4:1)

O medo de ser rejeitado faz parte do complexo de inferioridade do melancólico. Este temor é totalmente egoísta, e quanto mais cedo for reconhecido como pecado, mais depressa experimentaremos o poder transformador de Deus em nossas vidas.

3. Não sei falar em público – “Nunca fui eloqüente…pois sou pesado de boca e pesado de língua”(Ex 4:10). A resposta de Deus a Moisés é hoje tão pertinente quanto foi o passado: “Quem fez a boca do homem?… Eu serei com tua boca e te ensinarei o que hás de falar” (Ex 4:11). Pregar e ensinar a palavra de Deus não tem nada a ver com eloqüência e sim com obediência. A resposta do Senhor a Moisés esclarece que o êxito espiritual é alcançado pelo poder de Deus e não pelo nosso potencial e nossos talentos.

4. A ira de Moisés – além do medo, a ira reprimida freqüentemente espreita o temperamento melancólico. Sua incapacidade de controlar essa emoção o impediu de entrar na terra prometida (Ex 16:20; 32:19). A ira auto-indulgente desagrada a Deus e leva a graves pecados. Nenhuma pessoa compreensiva criticaria Moisés por se irritar com aquele povo ingrato, mas Deus, O Todo-Poderoso, assim o fez, pois o Senhor lhe tinha oferecido toda orientação e poder necessário.

5. A depressão de Moisés – Moisés é um dos três grandes servos de Deus que ficaram deprimidos a ponto de se desesperar e pedir a Deus que lhes permitisse morrer. Os outros dois foram Elias (1 Rs 19) e Jonas (Jn 4:1-3). De todos os temperamentos, o maior problema das pessoas melancólicas é a depressão. O relato da depressão de Moisés é dado em Nm 11:1-15. Deus jamais pediu a Moisés que suportasse a todo aquele peso de responsabilidade, os quais eram Dele. Porém Moisés cultivou de tal forma a auto-piedade que pediu ao Senhor: “Se assim me tratas mata-me de uma vez, eu Te peço, se tenho achado favor aos Teus olhos”. Lembre-se de que a reação de Moisés, face aos acontecimentos, foi o que causou a sua depressão, e não as circunstâncias em si mesmas.

Abraão – o Fleumático
As pessoas de mais fácil convivência são as fleumáticas. Sua natureza calma e sossegada faz com que sejam benquistas por todos. Por ser um tanto introvertido, suas fraquezas e virtudes não são tão perceptíveis. Um de seus maiores problemas é a falta de motivação. Tem a tendência de olhar a situação como mero espectador, evitando a todo custo envolver-se em atividades; o medo de errar perante as outras pessoas, gera relutância em lançar-se a algum projeto. Vários homens dos tempos bíblicos parecem ter possuído boa parcela deste temperamento: Noé, Samuel, Daniel, José (esposo de Maria), Natanael, Felipe e Tiago, porém, o melhor exemplo é Abraão.

Características do Abraão Fleumático

Cauteloso – a hesitação, indecisão e o medo, naturais no fleumático, são vistos em Abraão em Gênesis 12, ao receber o chamado do Senhor, era tão dependente de seus pais que em vez de obedecer inteiramente a ordem de Deus, levou consigo seus familiares o que lhe causou sérios problemas. Muitos cristãos fleumáticos relutam diante das oportunidades, não pela falta de capacidade, mas pela hesitação de aventurarem-se pelo desconhecido.

Pacífico – uma das características mais admiráveis é o seu amor à paz. Tendem a demonstrar serenidade e calma, seu desejo de paz e harmonia é, em geral, maior do que o de possuir bens pessoais. Em Gn 13:8-9 na discussão entre os pastores de Ló e Abraão, este intervém de maneira ordeira, dando ao sobrinho o direito de escolha.

Leal – sua atitude quando pressionado, revela sua personalidade. De todos os tipos de temperamentos, os fleumáticos são os que melhor trabalham sob pressão, demonstram calma e eficiência em tempos de crise. Em Gn 14, ao saber que a terra de Ló estava em guerra e que este havia sido levado cativo, Abraão age como seu defensor demonstrando características latentes de liderança e que sua amizade ao sobrinho estava acima de suas diferenças pessoais.

Passivo – junto à sua inclinação natural para a paz, há a passividade face aos conflitos. Em Gn 16 vemos a exagerada influência de Sara sobre Abraão, o que resultou em sérias conseqüências que permanecem até os dias de hoje. Uma das lições que os fleumáticos precisam aprender é que nada se consegue pela acomodação.

Temeroso – o fleumático possui doses generosas de medo e Abraão tinha grande problema com seus temores íntimos. Por causa da grande fome que assolava a terra, Abraão deixou de lado a vontade de Deus e foi para o Egito; por causa de seu temor a Faraó, nega que Sara era sua esposa. A covardia de Abraão resultou em sua expulsão da terra, dando um péssimo testemunho do Senhor naquela terra pagã (Gn 12). Abraão negou a Sara novamente para conseguir os favores de Abimeleque. Se não fosse a intervenção divina, os dois teriam sido envolvidos em um pecado trágico (Gn 20). Os nossos pretextos e as nossas concessões jamais melhoram o plano e a provisão de Deus.

A transformação de Abraão
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos um crescimento gradual que Deus dá a todo crente. Uma das maiores provas deste crescimento está no sacrifício de Isaque (Gn 22). O resultado desta fé está na confiança que Abraão depositou na Palavra de Deus, agindo conforme sua promessa. A fé não precisa de respostas, só de direção.

 PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
3º Trimestre 2014
Tema: Vivendo em Família
Comentarista: César Moisés Carvalho

LIÇÃO 4 – MAS EU NASCI ASSIM...

Ao Mestre
Amado (a), nesta lição estaremos abordando um assunto (que para mim, é) fascinante – o temperamento humano. E a meu ver é de suma importância conhecer nosso temperamento, e para nós professores se aprendermos a distinguir o temperamento de nossos alunos, nos será mais fácil compreendê-los e auxiliá-los.

Há um tempo atrás estava dando aula à classe de jovens, e foi-nos maravilhoso, aprendermos acerca dos temperamentos e as virtudes do Fruto do Espírito que cada temperamento tem maior necessidade. E pela graça de Deus, foi-me possível vê-los crescerem espiritualmente.

“Examina-te, a si mesmo”, ou, como diria Sócrates, o “Conhece-te a ti mesmo”.
Este é um principio de profunda sabedoria, pois, ao olharmos para dentro de nós e conhecermos nossas limitações, conseguimos com humildade relacionarmos com as demais pessoas ao nosso redor, auxiliando-as, e juntos aperfeiçoando-nos para o serviço a Deus.
Que ao término desta lição, possamos estar nos “conhecendo melhor”,  e assim, podermos servir ao Senhor de forma mais plena. Amém.

NOTA: Será ótimo se você fizer um teste com seus alunos para que cada um descobra qual o seu temperamento, e possa identificar quais virtudes do Fruto do Espírito precisam para controlar seu temperamentos. No final do comentário, disponibilizarei um teste, caso queira usar.

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
ØConscientizar-se das limitações decorrentes de nosso temperamento, esforçar-se para viver no Espírito, afim de desenvolver dia-a-dia o Fruto do Espírito, tão necessário à vida cristã.
Para refletir
“Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados.”(Tt 2.6 – ARC)

A tradição e a história eclesiástica nos mostra que Tito era jovem, poderia perfeitamente se encaixar no perfil dos jovens de Creta, no entanto, o apostolo Paulo o exorta a permanecer, ou seja, conservar-se como exemplo de boas obras. Esse quesito é indispensável para todos os que desejam servir à Deus – que tenha uma conduta exemplar.
Texto Bíblico: Gn 25:19-34; Gl 5:16-26.
Introdução
Todos nós herdamos um temperamento básico de nossos pais, o qual contém forças e fraquezas. Este temperamento é o impulso básico do nosso ser que procura satisfazer as suas necessidades.
Para entendermos melhor o controle dos temperamentos sobre nossas ações e reações, precisamos fazer distinção entre temperamento, caráter e personalidade. Vejamos:
Temperamento: é a combinação de características congênitas (nascidas com o individuo) e que subconscientemente afetam o procedimento. Essas características são coordenadas geneticamente com base na nacionalidade, raça, sexo e outros fatores hereditários. Alguns psicólogos dizem que herdamos mais gens de nossos avós do que de nossos pais. A formação das características do temperamento é tão imprevisível no individuo quanto à cor dos olhos, dos cabelos ou a estrutura física. É o aspecto fisiológico-endócrino do individuo. Fazem parte dele os impulsos ou instintos que são as forças motrizes da personalidade.
Esses instintos saíram perfeitos da mão do Criador, mas o pecado que veio pela queda os perverteu e os transtornou.
a.       É um estado orgânico neuropsíquico, inato e capaz de desenvolver-se.
b.      É influenciado pelo sistema nervoso
c.       Pode ser controlado (através do fruto do Espírito – Rm 8.6,13) – cada temperamento tem deficiências que são plenamente corrigidas pelas virtudes do Fruto do Espírito.

Os temperamentos são:
a.       Sangüíneo (falante, impulsivo, sentimental, etc.)
b.      Colérico (independente, agressivo, determinado, etc.)
c.     Melancólico (contemplativo, humor imaginário,habitualmente sente tristeza e apatia, etc.)
d.      Fleumático (não emotivo, sereno, frieza de ânimo, etc.).


Caráter: em psicologia é o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a cada indivíduo; esta qualidade, é inerente somente à uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento, este, sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições ambientais, familiares, pedagógicas e sociais. Caráter é a soma de nossos hábitos, virtudes e vícios.
É um componente da personalidade
É adquirido não herdado (professor veja que missão Deus colocou em suas mãos)
Herdamos tendências e não caráter
Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio ambiente
Pode ser mudado (mas não é uma tarefa fácil). Jesus pode mudar milagrosamente o caráter (2 Co 5.17)
Continua mudando à medida que nos rendemos à Deus (Rm 12.2; Fp1.6).
Lembre-nos que a salvação abrange espírito, alma e corpo:

“Que Deus, que nos dá a paz, faça com que vocês sejam completamente dedicados a Ele. E que Ele conserve o espírito, a alma e o corpo de vocês livres de toda mancha, para o dia em que vier o nosso Senhor Jesus Cristo. Aquele que os chama é fiel e fará isso.”(1 Ts 5.23,24 – NTLH).

O controle e aprimoramento da Personalidade, não podem ser plenamente realizados apenas através de credos, princípios e práticas religiosas.
A fé em Cristo e a comunhão vital com Ele, é o segredo.
A verdadeira vida cristã consiste primeiramente num relacionamento vital com Cristo (Jo 15.5). Tal fé e tal religião não destroem a personalidade, antes a desenvolvem, pois todo esforço é feito para agradar e promover a vontade Daquele que passou a dominar e controlar nossa personalidade, agora participante da natureza divina (2 Pe 1.4; Rm 11.17; Hb 12.10).
Personalidade: É o conjunto de atributos e qualidades físicas, intelectuais e morais que caracterizam cada pessoa. Os elementos formadores da personalidade são:

1.    Hereditariedade: é a natureza humana transmitida pelos pais. Esses fatores hereditários nascem com o individuo, afetam e agem influenciando o psiquismo da pessoa determinando o seu biótipo. Esses fatores passam de geração à geração e afetam o aprendizado de várias maneiras.

2.    Meio-Ambiente: é o meio em que o individuo vive e foi criado. E este se constitui em um poderoso fato influente na personalidade da pessoa. O meio ambiente abrange:
·         O lar (família)
·         A comunidade
·         A escola
·         A igreja
·         A literatura (boa ou má, ou seja, construtiva ou destrutiva)
·         O estado social ( físico, saúde, economia, alimentação, higiene)
·         A sociedade (ambientes freqüentados, regime de vida, os “grupinhos”)

O meio ambiente influi na personalidade, mas o homem não deve ser escravo do meio em que vive. Ele pode reagir, vencer e transformar-se passando daí a influir melhor onde vive.
Essa é sua tarefa professor, você pode e deve ensinar isso aos seus alunos.

Mas em resumo podemos dizer que, temperamento é a combinação de características com as quais nascemos; o caráter é o nosso verdadeiro “eu”, e a personalidade é o que mostramos ao próximo, que pode ou não ser igual ao caráter, dependendo de quão autentica seja a pessoa.

Temperamentos
Como colocamos acima, os temperamentos são quatro: sangüíneo, colérico, melancólico e fleumático. Um estudo mais detalhado dos temperamentos nos mostrará nossos pontos fortes (qualidades), nossos pontos fracos (defeitos), e uma vez determinadas nossas características poderemos enfrentar com mais realismo nossas fraquezas, e submeter-nos à Vontade Daquele que nos criou pra Sua glória. 
Nosso temperamento pode ser controlado e modificado, isso nos fica bem claro em 2 Co 5. 17 que diz: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (ARC).
Uma vez que o temperamento é a nossa “natureza antiga” (nascemos com ele), quando nos submetemos ao Senhorio de Cristo nos tornamos novas criaturas, assim ganhamos uma “nova natureza” que nos é dada através da regeneração, e assim nos tornamos diferentes, a antiga natureza é passada, e agora nos tornamos “participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo.” (2 Pe 1.4 – ARC)

O sangüíneo
Pontos fortes:
  1. É exuberante (animado)
  2. É cordial
  3. É eufórico e vigoroso
  4. É receptível por natureza
  5. É impressionável
  6. Toma decisões quase sempre pelos sentimentos
  7. É divertido e contagia os outros
  8. É eletrizante
  9. Sempre tem amigos
  10. Sabe sentir as alegrias e dores dos outros
  11. As pessoas são importantes pra ele (a), e sabe fazer com se sentam assim
  12. Gosta de estar rodeado de pessoas e se sentir o centro da atenção
  13. Fala antes de pensar
  14. Faz amizade com facilidade
  15. Barulhento
  16. Emotivo

Pontos fracos:
  1. É pouco pratico
  2. É desorganizado
  3. É agitado e turbulento
  4. Geralmente é indisciplinado
  5. É impulsivo
  6. Tem dificuldade em dizer não
  7. Adora agradar os outros
  8. Não conhece suas limitações
  9. É perito em começar coisas e não terminar
  10. Não é observador de horários
  11. Não cumpre decisões tomadas
  12. Possui instabilidade emocional
  13. Desanima com facilidade
  14. Sente pena de si mesmo (comiseração)
  15. No campo espiritual se arrepende várias vezes pelo mesmo pecado
  16. É de vontade fraca

Virtudes do Fruto do Espírito para o Sangüíneo: Temperança ou autocontrole, paciência, fé, paz e bondade
Pedro era sangüíneo, era caloroso, impulsivo, falante, inconstante. Mas depois de ser cheio do Espírito Santo vemos que Pedro se transformou de tal forma que, seus defeitos foram obscurecidos e suas qualidades foram realçadas. Todo sangüíneo que esteja disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo que seu Espírito o fortaleça em suas fraquezas, também terá seu temperamento mudado e controlado pelo Espírito Santo. 
O melancólico
Pontos fortes:
  É analítico
  É abnegado
  Perfeccionista
  Admira as belas artes
  É desconfiado
  Não faz amigos com facilidade
  Amigo fiel
  É de confiança
  Habilidoso
  Minucioso
  Leal
  Idealista
  Dedicado
  Sensível
  É introvertido, enclausura-se como caramujo, chegando até a ser hostil.
  Fala pouco, mas é muito preciso no que diz

Pontos fracos:
·         Egoísta
·         Amuado
·         Pessimista
·         Teórico
·         Confuso
·         Anti-social
·         Critico
·         Vingativo
·         Inflexível
·         É voluntarioso em excesso
·         Espera muito das pessoas em troca do que faz
·         Gasta tempo no que não deve
·         Se ofende muito facilmente
·         Inseguro
·         Depressivo
·         Foge da realidade e entra em devaneio

Virtudes do Fruto do Espírito para o Melancólico: Amor, alegria, paz, bondade, fé e autocontrole (temperança).
 Moisés era melancólico, era habilidoso, prático, perfeccionista, depressivo, leal. Mas sofria de um complexo de inferioridade que trazia à tona todas as fraquezas do melancólico (Ex. 3.11-13) O seu encontro com o Senhor no Monte Horebe e a freqüente busca da sua face, contudo, fizeram dele um homem cheio do Espírito Santo, um líder destemido, e tornou-se “o homem mais manso da Terra” (Nm.12.3). Suas qualidades se destacaram e foi o grande legislador de Israel.

O colérico
Pontos Fortes:
  É vivaz
  É ativo
  É pratico
  É voluntarioso
  Auto-suficiente
  Independente
  É decidido
  Ama as atividades
  Não precisa ser estimulado, se estimula por si mesmo
  Não vacila sob pressão
  É insistente
  Pouco influenciado pelo meio
  É objetivo
   É Líder nato
  Mais razão do que coração
  Auto disciplinado

Pontos Fracos:
·      Insensível
·      Irado
·      Impetuoso
·      Age com impetuosidade
·      Sem compaixão
·      Cruel
·      Guarda rancor
·      Infringe regras para atingir seus objetivos
·      É sarcástico
·      Sua ira se manifesta de modo em explosão, mais de modo elaborado
·      É arrogante
·      É prepotente
·      Profere declarações cruéis
·      Age tiranicamente sobre os sentimentos dos outros
·      É orgulhoso

Virtudes do Fruto do Espírito para o Colérico: Amor, paz, bondade, paciência, humildade e benevolência.
Paulo era colérico, era cruel, voluntarioso, agressivo, auto suficiente. Após encontrar-se com o Senhor Jesus, vemos na vida desse colérico, amor, amabilidade, humildade, dependência de Deus, mansidão etc., e todos os coléricos que se entregarem ao Senhor assim também terá modificado seus temperamentos.

O Fleumático
Pontos Fortes:
  É calmo
  É frio
  É bem equilibrado
  É descompromissado
  Não se perturba com nada
  Controlado
  Aprecia artes
  Despreocupado com as circunstâncias em redor
  Prático e eficiente
  Pouco se envolve com as atividades do próximo
  Cérebro organizado
  Senso de humor mordaz
  É habilidoso
  Conciliador
  Sabe ouvir com paciência e atenção
  É mais espectador do que modificador das circunstâncias

Pontos fracos:
·      É moroso
·      Indolente
·      É desmotivado
·      Indeciso
·      Egoísta
·      Avarento
·      Descompromissado
·      Distante e gélido
·      É capaz de provocar a ira de quem o quer motivar
·      Obstinado
·      Espectador da vida sem se envolver
·      Acomodado
·      Conservador por comodismo
·      Procrastinador (sempre deixa tudo para mais tarde)
·      Vacila entre o desejo de fazer e de não fazer alguma coisa
·      Não tem iniciativa

Virtudes do Fruto do Espírito para o Fleumático: Amor, bondade, docilidade, auto-controle, (temperança) e fé.

Abraão era fleumático, era passivo, pacificador, temeroso. Mas após ouvir a voz de Deus, é chamado de “pai da fé”. Onde Abraão obteve tal fé? – um fleumático temeroso?
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos o crescimento gradual que todo crente que se coloca na obediência a Deus pode obter.

Auto-conhecimento
O relato acima dos pontos fortes e fracos dos quatro temperamentos comprova o contraste natural das características herdadas que formam o temperamento humano. Cada temperamento possui forças e riquezas, contudo todos possuem fraquezas e perigos. Daí, a necessidade do Fruto do Espírito em nossas vidas para que cada temperamento anule suas fraquezas e as qualidades possam ser realçadas para louvor do Nome do Senhor, “...para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5.16 – ARC).

O que temos feito como cristãos?
Deus nos criou para que pudéssemos viver de forma abundante, na sua graça. Este foi seu grande desejo. Para tanto, Ele soprou a vida em nós.
"O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente"(Gn 2:7).

Este é o desígnio de Deus: o de nos fazer viver a plenitude da vida. E como você tem se sentido diante das circunstâncias da vida? Tem conseguido viver a alegria de ser de filho de Deus?
Estamos vivendo uma vida abundante ou uma vida vacilante.

Cristo nos deu a vida em abundância; “o inimigo de nossas almas”, no entanto, quer somente roubar nossa alegria de ser de Deus. Portanto, somos chamados a ser plenamente do Senhor. Pois esta é a única forma de sermos abençoados por Sua mão poderosa. Vejam estas palavras do Senhor:
“Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.”(Rm 8:11)

Nós, que somos morada de Deus, cheios do Espírito Santo, não podemos levar uma vida dúbia. Somos chamados a corresponder com radicalidade o chamado à santidade que o Senhor nos faz, Tito assim fez, e foi um obreiro de grande valor na Obra do SENHOR.

Você não foi criado para viver sob o julgo da escravidão, mas para viver a vida plena que Cristo tem para você. Suas promessas não falham, Suas palavras não se contradizem. O Senhor prometeu. Ele cumpre Suas promessas.
“Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai!”(Rm 8:15)

Que graça! Você foi chamado a viver esta vida. Não vale a pena ser escravo do mundo. O que este lhe oferece é momentâneo e depois você sofre as “contra-indicações”. Porém, na vida abundante, você se torna o homem, a mulher do Espírito, e seus pensamentos passam a ser outros. Veja o que São Paulo nos diz:
“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro (Sl 43:23). Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou.(Rm 8:35-37).

Quando agimos segundo a carne, somos enganados, domados pelo tentador. Pois o Senhor já nos orientou:
"Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar."(1 Pe 5:8)

Conclusão
O segredo do temperamento transformado está em deixar-se encher pelo Espírito Santo, não apenas esporadicamente, mas continuamente. Pois, estar cheios do Espírito, é quando Ele preenche todas as áreas de nosso ser, de forma que nossa mente fica voltada para fazer a vontade do SENHOR. Dessa forma não há mais brecha pra o “eu”, não há mais espaços pra nada que não seja para agradar a Deus.

Talvez você se pergunte: “Mas como fazer isso?” – os passos são simples:
- examine-se e confesse seus pecados a Deus (1 Jo 1.9);
- submeta-se inteiramente à vontade de Deus (Rm 6.11-13);
- peça à Deus que derrame o Espírito Santo em sua vida (Lc 11.13).

Se seguir estes passos, verdadeiramente será cheio do Espírito Santo e o Fruto do Espírito será abundante em sua vida. Deus vos abençoe.


Fontes consultadas:
·         Temperamento controlado pelo Espírito – Tim La Haye – Edições Loyola
·         Temperamentos Transformados – Tim La Haye – Editora Mundo Cristão
·         Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal (ARC) – CPAD
·         A Bíblia da Mulher (Leitura, Estudo, Devocional) – ARA – Editora Mundo Cristão
·         Dicionário Almeida 2002



Colaboração para Poratl Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva 
PERSONAGENS BÍBLICOS E SEUS TEMPERAMENTOS

Pedro – O Sangüíneo – Mt 16:13-20

Depois do Senhor Jesus Cristo, Pedro é uma pessoa que mais sobressai nos evangelhos, característica típica de um sangüíneo de clamar atenção por onde passa. Dentre os discípulos é o que deixa seus defeitos visíveis a todos, num momento é amável e alegre, no outro assusta com suas atitudes:

- Falava mais que os outros discípulos
- O Senhor conversava muito amiúde com ele
- Teve a ousadia de repreender o Mestre
- Testemunhou outro recebeu louvor tão pessoal do Salvador

Quando experimentou a plenitude do Espírito Santo não só foi o homem de maior influência na Igreja dos primeiros tempos e um desafio para os cristãos exemplificando o que o Espírito Santo pode fazer com uma vida entregue a Ele.

Características do Pedro Sangüíneo

Impulsivo
Mt 4:20 – no modo como atendeu ao chamado de Jesus
Mt 14:28-29 – sua reação ao ver Jesus andando sobre o mar
Mt 17:1-13- sua atitude diante da transfiguração
Jo 18:10 – ao reagir à prisão do Senhor Jesus
Mt 28:6; Jo 20:6 – ao saber da ressurreição do Senhor Jesus
Jo 21:1-11 – ao encontrar-se com o Senhor após a ressurreição

Desinibido
Lc 5:1-11 – sua atitude reveladora na pesca maravilhosa

Falante
Mt 16:13-20, Jo 6:66-69 – o efeito positivo do seu testemunho acerca da identidade de Jesus

Egoísta
Mt 16:22 – sua motivação egoísta valeu-lhe a repreensão mais severa feita pelo Senhor

Interesseiro
Mt 19:27-30 – seus questionamentos quanto aos favores por seguir ao mestre

Fanfarrão
Mt 26:33 – sua tendência a gabolice

Pedro cheio do Espírito Santo
“O que Deus fez por seu apóstolo sangüíneo, Ele fará por você, desde que esteja disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo que o seu poder o fortaleça em suas fraquezas”.

At 1:15 – o primeiro sinal de uma transformação: Pedro, um homem sangüíneo e iletrado, agora, cheio do Espírito Santo torna-se um grande pregador do Evangelho.

At 3:1-7 – a ousadia de Pedro é convertida em glorificar o Senhor Jesus e não a si mesmo.

At 4:5-13 – o Pedro que antes negara o Senhor Jesus, agora confessa abertamente que Ele é o Salvador.

At 5:40-42 – a constância de Pedro é evidente ao ser açoitado severamente pelo oficial do Sinédrio.

At 9:36-42 – a humildade e dependência de Deus.

2 Pe 3:15 – a maturidade de Pedro

Paulo – O Colérico

Personagem bíblico que melhor ilustra o temperamento colérico é o apóstolo Paulo. Ele é de fato excelente exemplo da maneira como o Espírito Santo modifica uma pessoa de vontade férrea, após sua conversão. Saulo de Tarso era um colérico de aprimorada educação e muita religiosidade. Aparece no cenário bíblico, participando do apedrejamento de Estevão (At 7:54-58). As testemunhas deixaram suas vestes aos seus pés de um jovem chamado Saulo, o que indica ser ele o líder do grupo. Estudiosos afirmam que ele era membro do Sinédrio – o conselho dos setenta anciões de Israel. E Saulo que era jovem na época, isto seria um privilégio fora do comum.

Características do Paulo Colérico

Cruel – a Bíblia descreve Saulo como “respirando ameaças e morte contra os
discípulos do Senhor”(At 9:1-2). A maioria dos coléricos tem forte tendência a astúcia e a ardilosidade quando motivados pelo ódio ou pela intolerância. Antes de sua conversão era por instinto um líder zeloso e ativo, implacavelmente cruel com os que o contrariavam.

Força de vontade – uma das maiores vantagens do indivíduo com este temperamento é sua força de vontade, o que pode fazer dele uma pessoa muito bem sucedida. Paulo se refere a isso em 1 Co 9:24-27. Suas atitudes tinham metas definidas, Paulo sabia o que queria e para onde ia. Ele sabia que autodisciplina começa ne mente. Se você não resolver em sua mente que faça determinada coisa, provavelmente jamais conseguirá fazê-la (2 Co 10). Esta imensa força de vontade fez dele um líder com capacidade de dirigir e motivar outras pessoas.

Agressivo – ira e agressividade são características deste temperamento. Vimos que tais sentimentos o influenciaram antes de sua conversão, mas depois desta, raramente aquelas aparecem. Um desses casos é relatado em At 15, sua discussão com Barnabé. Paulo mostrou-se intolerante e inflexível. Outra erupção de ira do apóstolo se encontra em At 23, ao ser levado preso perante o Sinédrio. Isto mostra que um colérico, mesmo cristão, tem na ira um problema.

A transformação de Paulo
Apesar do grande potencial, ele é, provavelmente por natureza, o mais carente das características proporcionadas pela plenitude do Espírito Santo do que qualquer dos outros temperamentos. A carta aos Gálatas 5:22-23 – revela-nos as características necessárias ao temperamento colérico. Todas elas se encontram na vida do apóstolo após sua conversão.

Amor – o Espírito Santo, de maneira maravilhosa, transformou um indivíduo irado, amargo e perseguidor, em uma pessoa calorosa e compassiva (Rm 10:1, 9:1-3).

Paz – O Espírito Santo de Deus fez com que Paulo compreendesse que a paz não depende de circunstâncias ideais. Quando o apóstolo foi encarcerado, um sentimento sobrenatural de paz tomou conta de seu ser (Fp 4:11-12; 6,7)
Humildade – O Espírito Santo conhecia bem a necessidade que Paulo tinha de humildade, pois após sua visão do céu relatada em 2 Co 12, foi-lhe posto um espinho na carne (Rm 8:28). Paulo tinha necessidade de sempre relembrar sua dependência de Deus.

Conclusão: Paulo entregou sua férrea vontade ao Senhor Jesus na estrada de Damasco. Quando tomou esta decisão parecia ter muito a perder, porém, sua vida é um exemplo claro das palavras de Jesus “Quem perder a sua vida por minha causa, achá-la há (Mt 10:39).

Moisés – O Melancólico

O melancólico Moisés nos fornece excelente material para um estado analítico do temperamento porque as Escrituras nos dão muitas informações a seu respeito. O melancólico líder de Israel ilustra claramente a diferença que o poder de Deus faz na vida de um homem. Depois de educado aprimoradamente durante quarenta anos na sede da cultura egípcia, este brilhante melancólico passou 40 anos cuidando de animais num deserto distante. Com 80 ouviu o chamado de Deus da sarça ardente, e durante os 40 anos seguintes foi um dos maiores líderes do mundo. Como qualquer cristão dos dias de hoje, Moisés só foi produtivo para Deus quando controlado pelo Espírito Santo.

Características do Moisés Melancólico

Talentoso – em At 7:22, Estevão, 1º mártir do cristianismo, nos informa que Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras. O Egito era na época o centro da civilização e ele absorveu todo o conhecimento dos egípcios sem se deixar dominar. A habilidade de Moisés em conduzir três milhões de pessoas através do deserto; como juiz, profeta reflete sua natureza excepcionalmente bem dotada.

Abnegado – os indivíduos melancólicos têm dificuldades em desfrutar do conforto ou do sucesso sem sentir alguma culpa. Têm freqüentemente a inclinação de se dedicar a causas que exijam sacrifício. Na vida de Moisés isto é visto claramente em Hb 11:23-27, seu exemplo de abnegação e renúncia é prova de que homem algum sai perdendo quando dá sua vida a Deus.

A lealdade de Moisés – um dos traços mais admiráveis do melancólico é a sua lealdade e fidelidade. Embora não seja fácil fazer amigos, é intensamente leal àqueles que adquire. Esta característica fez com que tivesse facilidade em ser de maneira especial devotado a Deus. A devoção de Moisés cresceu durante os 40 anos no deserto. Quando os problemas surgiram, buscava direção divina e como líder deu várias provas de sua fidelidade ao Senhor (Ex 14;16;17). Isto não significa que Moisés era perfeito. Você encontrará diversas falhas em sua vida indicando que era muito humano, durante os anos em que serviu a Deus.

Complexo de inferioridade – os talentos de Moisés são negligenciados devido ao seu excessivo sentimento de inferioridade. As desculpas que Moisés deu ao Deus Todo-Poderoso quando conversaram junto à sarça ardente são um exemplo clássico da depreciação que os melancólicos fazem de si mesmos:

1. Não tenho talento – “quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?”

(Ex 3:11). Moisés depreciava suas habilidades pessoais e recuava diante da idéia de colocar seus talentos à disposição do Senhor. A resposta de Deus a Moisés é válida para todos os cristãos: “Certamente Eu serei contigo”(Ex 3:12)
Do que mais Moisés precisava?

2. Ninguém acredita em mim – “Mas eis que não crerão nem acudirão à minha voz”(Ex 4:1)

O medo de ser rejeitado faz parte do complexo de inferioridade do melancólico. Este temor é totalmente egoísta, e quanto mais cedo for reconhecido como pecado, mais depressa experimentaremos o poder transformador de Deus em nossas vidas.

3. Não sei falar em público – “Nunca fui eloqüente…pois sou pesado de boca e pesado de língua”(Ex 4:10). A resposta de Deus a Moisés é hoje tão pertinente quanto foi o passado: “Quem fez a boca do homem?… Eu serei com tua boca e te ensinarei o que hás de falar” (Ex 4:11). Pregar e ensinar a palavra de Deus não tem nada a ver com eloqüência e sim com obediência. A resposta do Senhor a Moisés esclarece que o êxito espiritual é alcançado pelo poder de Deus e não pelo nosso potencial e nossos talentos.

4. A ira de Moisés – além do medo, a ira reprimida freqüentemente espreita o temperamento melancólico. Sua incapacidade de controlar essa emoção o impediu de entrar na terra prometida (Ex 16:20; 32:19). A ira auto-indulgente desagrada a Deus e leva a graves pecados. Nenhuma pessoa compreensiva criticaria Moisés por se irritar com aquele povo ingrato, mas Deus, O Todo-Poderoso, assim o fez, pois o Senhor lhe tinha oferecido toda orientação e poder necessário.

5. A depressão de Moisés – Moisés é um dos três grandes servos de Deus que ficaram deprimidos a ponto de se desesperar e pedir a Deus que lhes permitisse morrer. Os outros dois foram Elias (1 Rs 19) e Jonas (Jn 4:1-3). De todos os temperamentos, o maior problema das pessoas melancólicas é a depressão. O relato da depressão de Moisés é dado em Nm 11:1-15. Deus jamais pediu a Moisés que suportasse a todo aquele peso de responsabilidade, os quais eram Dele. Porém Moisés cultivou de tal forma a auto-piedade que pediu ao Senhor: “Se assim me tratas mata-me de uma vez, eu Te peço, se tenho achado favor aos Teus olhos”. Lembre-se de que a reação de Moisés, face aos acontecimentos, foi o que causou a sua depressão, e não as circunstâncias em si mesmas.

Abraão – o Fleumático
As pessoas de mais fácil convivência são as fleumáticas. Sua natureza calma e sossegada faz com que sejam benquistas por todos. Por ser um tanto introvertido, suas fraquezas e virtudes não são tão perceptíveis. Um de seus maiores problemas é a falta de motivação. Tem a tendência de olhar a situação como mero espectador, evitando a todo custo envolver-se em atividades; o medo de errar perante as outras pessoas, gera relutância em lançar-se a algum projeto. Vários homens dos tempos bíblicos parecem ter possuído boa parcela deste temperamento: Noé, Samuel, Daniel, José (esposo de Maria), Natanael, Felipe e Tiago, porém, o melhor exemplo é Abraão.

Características do Abraão Fleumático

Cauteloso – a hesitação, indecisão e o medo, naturais no fleumático, são vistos em Abraão em Gênesis 12, ao receber o chamado do Senhor, era tão dependente de seus pais que em vez de obedecer inteiramente a ordem de Deus, levou consigo seus familiares o que lhe causou sérios problemas. Muitos cristãos fleumáticos relutam diante das oportunidades, não pela falta de capacidade, mas pela hesitação de aventurarem-se pelo desconhecido.

Pacífico – uma das características mais admiráveis é o seu amor à paz. Tendem a demonstrar serenidade e calma, seu desejo de paz e harmonia é, em geral, maior do que o de possuir bens pessoais. Em Gn 13:8-9 na discussão entre os pastores de Ló e Abraão, este intervém de maneira ordeira, dando ao sobrinho o direito de escolha.

Leal – sua atitude quando pressionado, revela sua personalidade. De todos os tipos de temperamentos, os fleumáticos são os que melhor trabalham sob pressão, demonstram calma e eficiência em tempos de crise. Em Gn 14, ao saber que a terra de Ló estava em guerra e que este havia sido levado cativo, Abraão age como seu defensor demonstrando características latentes de liderança e que sua amizade ao sobrinho estava acima de suas diferenças pessoais.

Passivo – junto à sua inclinação natural para a paz, há a passividade face aos conflitos. Em Gn 16 vemos a exagerada influência de Sara sobre Abraão, o que resultou em sérias conseqüências que permanecem até os dias de hoje. Uma das lições que os fleumáticos precisam aprender é que nada se consegue pela acomodação.

Temeroso – o fleumático possui doses generosas de medo e Abraão tinha grande problema com seus temores íntimos. Por causa da grande fome que assolava a terra, Abraão deixou de lado a vontade de Deus e foi para o Egito; por causa de seu temor a Faraó, nega que Sara era sua esposa. A covardia de Abraão resultou em sua expulsão da terra, dando um péssimo testemunho do Senhor naquela terra pagã (Gn 12). Abraão negou a Sara novamente para conseguir os favores de Abimeleque. Se não fosse a intervenção divina, os dois teriam sido envolvidos em um pecado trágico (Gn 20). Os nossos pretextos e as nossas concessões jamais melhoram o plano e a provisão de Deus.

A transformação de Abraão
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos um crescimento gradual que Deus dá a todo crente. Uma das maiores provas deste crescimento está no sacrifício de Isaque (Gn 22). O resultado desta fé está na confiança que Abraão depositou na Palavra de Deus, agindo conforme sua promessa. A fé não precisa de respostas, só de direção.
Comentarista: César Moisés Carvalho

LIÇÃO 4 – MAS EU NASCI ASSIM...

Ao Mestre
Amado (a), nesta lição estaremos abordando um assunto (que para mim, é) fascinante – o temperamento humano. E a meu ver é de suma importância conhecer nosso temperamento, e para nós professores se aprendermos a distinguir o temperamento de nossos alunos, nos será mais fácil compreendê-los e auxiliá-los.

Há um tempo atrás estava dando aula à classe de jovens, e foi-nos maravilhoso, aprendermos acerca dos temperamentos e as virtudes do Fruto do Espírito que cada temperamento tem maior necessidade. E pela graça de Deus, foi-me possível vê-los crescerem espiritualmente.

“Examina-te, a si mesmo”, ou, como diria Sócrates, o “Conhece-te a ti mesmo”.
Este é um principio de profunda sabedoria, pois, ao olharmos para dentro de nós e conhecermos nossas limitações, conseguimos com humildade relacionarmos com as demais pessoas ao nosso redor, auxiliando-as, e juntos aperfeiçoando-nos para o serviço a Deus.
Que ao término desta lição, possamos estar nos “conhecendo melhor”,  e assim, podermos servir ao Senhor de forma mais plena. Amém.

NOTA: Será ótimo se você fizer um teste com seus alunos para que cada um descobra qual o seu temperamento, e possa identificar quais virtudes do Fruto do Espírito precisam para controlar seu temperamentos. No final do comentário, disponibilizarei um teste, caso queira usar.

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
ØConscientizar-se das limitações decorrentes de nosso temperamento, esforçar-se para viver no Espírito, afim de desenvolver dia-a-dia o Fruto do Espírito, tão necessário à vida cristã.
Para refletir
“Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados.”(Tt 2.6 – ARC)

A tradição e a história eclesiástica nos mostra que Tito era jovem, poderia perfeitamente se encaixar no perfil dos jovens de Creta, no entanto, o apostolo Paulo o exorta a permanecer, ou seja, conservar-se como exemplo de boas obras. Esse quesito é indispensável para todos os que desejam servir à Deus – que tenha uma conduta exemplar.
Texto Bíblico: Gn 25:19-34; Gl 5:16-26.
Introdução
Todos nós herdamos um temperamento básico de nossos pais, o qual contém forças e fraquezas. Este temperamento é o impulso básico do nosso ser que procura satisfazer as suas necessidades.
Para entendermos melhor o controle dos temperamentos sobre nossas ações e reações, precisamos fazer distinção entre temperamento, caráter e personalidade. Vejamos:
Temperamento: é a combinação de características congênitas (nascidas com o individuo) e que subconscientemente afetam o procedimento. Essas características são coordenadas geneticamente com base na nacionalidade, raça, sexo e outros fatores hereditários. Alguns psicólogos dizem que herdamos mais gens de nossos avós do que de nossos pais. A formação das características do temperamento é tão imprevisível no individuo quanto à cor dos olhos, dos cabelos ou a estrutura física. É o aspecto fisiológico-endócrino do individuo. Fazem parte dele os impulsos ou instintos que são as forças motrizes da personalidade.
Esses instintos saíram perfeitos da mão do Criador, mas o pecado que veio pela queda os perverteu e os transtornou.
a.       É um estado orgânico neuropsíquico, inato e capaz de desenvolver-se.
b.      É influenciado pelo sistema nervoso
c.       Pode ser controlado (através do fruto do Espírito – Rm 8.6,13) – cada temperamento tem deficiências que são plenamente corrigidas pelas virtudes do Fruto do Espírito.

Os temperamentos são:
a.       Sangüíneo (falante, impulsivo, sentimental, etc.)
b.      Colérico (independente, agressivo, determinado, etc.)
c.     Melancólico (contemplativo, humor imaginário,habitualmente sente tristeza e apatia, etc.)
d.      Fleumático (não emotivo, sereno, frieza de ânimo, etc.).


Caráter: em psicologia é o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a cada indivíduo; esta qualidade, é inerente somente à uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento, este, sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições ambientais, familiares, pedagógicas e sociais. Caráter é a soma de nossos hábitos, virtudes e vícios.
É um componente da personalidade
É adquirido não herdado (professor veja que missão Deus colocou em suas mãos)
Herdamos tendências e não caráter
Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio ambiente
Pode ser mudado (mas não é uma tarefa fácil). Jesus pode mudar milagrosamente o caráter (2 Co 5.17)
Continua mudando à medida que nos rendemos à Deus (Rm 12.2; Fp1.6).
Lembre-nos que a salvação abrange espírito, alma e corpo:

“Que Deus, que nos dá a paz, faça com que vocês sejam completamente dedicados a Ele. E que Ele conserve o espírito, a alma e o corpo de vocês livres de toda mancha, para o dia em que vier o nosso Senhor Jesus Cristo. Aquele que os chama é fiel e fará isso.”(1 Ts 5.23,24 – NTLH).

O controle e aprimoramento da Personalidade, não podem ser plenamente realizados apenas através de credos, princípios e práticas religiosas.
A fé em Cristo e a comunhão vital com Ele, é o segredo.
A verdadeira vida cristã consiste primeiramente num relacionamento vital com Cristo (Jo 15.5). Tal fé e tal religião não destroem a personalidade, antes a desenvolvem, pois todo esforço é feito para agradar e promover a vontade Daquele que passou a dominar e controlar nossa personalidade, agora participante da natureza divina (2 Pe 1.4; Rm 11.17; Hb 12.10).
Personalidade: É o conjunto de atributos e qualidades físicas, intelectuais e morais que caracterizam cada pessoa. Os elementos formadores da personalidade são:

1.    Hereditariedade: é a natureza humana transmitida pelos pais. Esses fatores hereditários nascem com o individuo, afetam e agem influenciando o psiquismo da pessoa determinando o seu biótipo. Esses fatores passam de geração à geração e afetam o aprendizado de várias maneiras.

2.    Meio-Ambiente: é o meio em que o individuo vive e foi criado. E este se constitui em um poderoso fato influente na personalidade da pessoa. O meio ambiente abrange:
·         O lar (família)
·         A comunidade
·         A escola
·         A igreja
·         A literatura (boa ou má, ou seja, construtiva ou destrutiva)
·         O estado social ( físico, saúde, economia, alimentação, higiene)
·         A sociedade (ambientes freqüentados, regime de vida, os “grupinhos”)

O meio ambiente influi na personalidade, mas o homem não deve ser escravo do meio em que vive. Ele pode reagir, vencer e transformar-se passando daí a influir melhor onde vive.
Essa é sua tarefa professor, você pode e deve ensinar isso aos seus alunos.

Mas em resumo podemos dizer que, temperamento é a combinação de características com as quais nascemos; o caráter é o nosso verdadeiro “eu”, e a personalidade é o que mostramos ao próximo, que pode ou não ser igual ao caráter, dependendo de quão autentica seja a pessoa.

Temperamentos
Como colocamos acima, os temperamentos são quatro: sangüíneo, colérico, melancólico e fleumático. Um estudo mais detalhado dos temperamentos nos mostrará nossos pontos fortes (qualidades), nossos pontos fracos (defeitos), e uma vez determinadas nossas características poderemos enfrentar com mais realismo nossas fraquezas, e submeter-nos à Vontade Daquele que nos criou pra Sua glória. 
Nosso temperamento pode ser controlado e modificado, isso nos fica bem claro em 2 Co 5. 17 que diz: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (ARC).
Uma vez que o temperamento é a nossa “natureza antiga” (nascemos com ele), quando nos submetemos ao Senhorio de Cristo nos tornamos novas criaturas, assim ganhamos uma “nova natureza” que nos é dada através da regeneração, e assim nos tornamos diferentes, a antiga natureza é passada, e agora nos tornamos “participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo.” (2 Pe 1.4 – ARC)

O sangüíneo
Pontos fortes:
  1. É exuberante (animado)
  2. É cordial
  3. É eufórico e vigoroso
  4. É receptível por natureza
  5. É impressionável
  6. Toma decisões quase sempre pelos sentimentos
  7. É divertido e contagia os outros
  8. É eletrizante
  9. Sempre tem amigos
  10. Sabe sentir as alegrias e dores dos outros
  11. As pessoas são importantes pra ele (a), e sabe fazer com se sentam assim
  12. Gosta de estar rodeado de pessoas e se sentir o centro da atenção
  13. Fala antes de pensar
  14. Faz amizade com facilidade
  15. Barulhento
  16. Emotivo

Pontos fracos:
  1. É pouco pratico
  2. É desorganizado
  3. É agitado e turbulento
  4. Geralmente é indisciplinado
  5. É impulsivo
  6. Tem dificuldade em dizer não
  7. Adora agradar os outros
  8. Não conhece suas limitações
  9. É perito em começar coisas e não terminar
  10. Não é observador de horários
  11. Não cumpre decisões tomadas
  12. Possui instabilidade emocional
  13. Desanima com facilidade
  14. Sente pena de si mesmo (comiseração)
  15. No campo espiritual se arrepende várias vezes pelo mesmo pecado
  16. É de vontade fraca

Virtudes do Fruto do Espírito para o Sangüíneo: Temperança ou autocontrole, paciência, fé, paz e bondade
Pedro era sangüíneo, era caloroso, impulsivo, falante, inconstante. Mas depois de ser cheio do Espírito Santo vemos que Pedro se transformou de tal forma que, seus defeitos foram obscurecidos e suas qualidades foram realçadas. Todo sangüíneo que esteja disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo que seu Espírito o fortaleça em suas fraquezas, também terá seu temperamento mudado e controlado pelo Espírito Santo. 
O melancólico
Pontos fortes:
  É analítico
  É abnegado
  Perfeccionista
  Admira as belas artes
  É desconfiado
  Não faz amigos com facilidade
  Amigo fiel
  É de confiança
  Habilidoso
  Minucioso
  Leal
  Idealista
  Dedicado
  Sensível
  É introvertido, enclausura-se como caramujo, chegando até a ser hostil.
  Fala pouco, mas é muito preciso no que diz

Pontos fracos:
·         Egoísta
·         Amuado
·         Pessimista
·         Teórico
·         Confuso
·         Anti-social
·         Critico
·         Vingativo
·         Inflexível
·         É voluntarioso em excesso
·         Espera muito das pessoas em troca do que faz
·         Gasta tempo no que não deve
·         Se ofende muito facilmente
·         Inseguro
·         Depressivo
·         Foge da realidade e entra em devaneio

Virtudes do Fruto do Espírito para o Melancólico: Amor, alegria, paz, bondade, fé e autocontrole (temperança).
 Moisés era melancólico, era habilidoso, prático, perfeccionista, depressivo, leal. Mas sofria de um complexo de inferioridade que trazia à tona todas as fraquezas do melancólico (Ex. 3.11-13) O seu encontro com o Senhor no Monte Horebe e a freqüente busca da sua face, contudo, fizeram dele um homem cheio do Espírito Santo, um líder destemido, e tornou-se “o homem mais manso da Terra” (Nm.12.3). Suas qualidades se destacaram e foi o grande legislador de Israel.

O colérico
Pontos Fortes:
  É vivaz
  É ativo
  É pratico
  É voluntarioso
  Auto-suficiente
  Independente
  É decidido
  Ama as atividades
  Não precisa ser estimulado, se estimula por si mesmo
  Não vacila sob pressão
  É insistente
  Pouco influenciado pelo meio
  É objetivo
   É Líder nato
  Mais razão do que coração
  Auto disciplinado

Pontos Fracos:
·      Insensível
·      Irado
·      Impetuoso
·      Age com impetuosidade
·      Sem compaixão
·      Cruel
·      Guarda rancor
·      Infringe regras para atingir seus objetivos
·      É sarcástico
·      Sua ira se manifesta de modo em explosão, mais de modo elaborado
·      É arrogante
·      É prepotente
·      Profere declarações cruéis
·      Age tiranicamente sobre os sentimentos dos outros
·      É orgulhoso

Virtudes do Fruto do Espírito para o Colérico: Amor, paz, bondade, paciência, humildade e benevolência.
Paulo era colérico, era cruel, voluntarioso, agressivo, auto suficiente. Após encontrar-se com o Senhor Jesus, vemos na vida desse colérico, amor, amabilidade, humildade, dependência de Deus, mansidão etc., e todos os coléricos que se entregarem ao Senhor assim também terá modificado seus temperamentos.

O Fleumático
Pontos Fortes:
  É calmo
  É frio
  É bem equilibrado
  É descompromissado
  Não se perturba com nada
  Controlado
  Aprecia artes
  Despreocupado com as circunstâncias em redor
  Prático e eficiente
  Pouco se envolve com as atividades do próximo
  Cérebro organizado
  Senso de humor mordaz
  É habilidoso
  Conciliador
  Sabe ouvir com paciência e atenção
  É mais espectador do que modificador das circunstâncias

Pontos fracos:
·      É moroso
·      Indolente
·      É desmotivado
·      Indeciso
·      Egoísta
·      Avarento
·      Descompromissado
·      Distante e gélido
·      É capaz de provocar a ira de quem o quer motivar
·      Obstinado
·      Espectador da vida sem se envolver
·      Acomodado
·      Conservador por comodismo
·      Procrastinador (sempre deixa tudo para mais tarde)
·      Vacila entre o desejo de fazer e de não fazer alguma coisa
·      Não tem iniciativa

Virtudes do Fruto do Espírito para o Fleumático: Amor, bondade, docilidade, auto-controle, (temperança) e fé.

Abraão era fleumático, era passivo, pacificador, temeroso. Mas após ouvir a voz de Deus, é chamado de “pai da fé”. Onde Abraão obteve tal fé? – um fleumático temeroso?
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos o crescimento gradual que todo crente que se coloca na obediência a Deus pode obter.

Auto-conhecimento
O relato acima dos pontos fortes e fracos dos quatro temperamentos comprova o contraste natural das características herdadas que formam o temperamento humano. Cada temperamento possui forças e riquezas, contudo todos possuem fraquezas e perigos. Daí, a necessidade do Fruto do Espírito em nossas vidas para que cada temperamento anule suas fraquezas e as qualidades possam ser realçadas para louvor do Nome do Senhor, “...para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5.16 – ARC).

O que temos feito como cristãos?
Deus nos criou para que pudéssemos viver de forma abundante, na sua graça. Este foi seu grande desejo. Para tanto, Ele soprou a vida em nós.
"O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente"(Gn 2:7).

Este é o desígnio de Deus: o de nos fazer viver a plenitude da vida. E como você tem se sentido diante das circunstâncias da vida? Tem conseguido viver a alegria de ser de filho de Deus?
Estamos vivendo uma vida abundante ou uma vida vacilante.

Cristo nos deu a vida em abundância; “o inimigo de nossas almas”, no entanto, quer somente roubar nossa alegria de ser de Deus. Portanto, somos chamados a ser plenamente do Senhor. Pois esta é a única forma de sermos abençoados por Sua mão poderosa. Vejam estas palavras do Senhor:
“Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.”(Rm 8:11)

Nós, que somos morada de Deus, cheios do Espírito Santo, não podemos levar uma vida dúbia. Somos chamados a corresponder com radicalidade o chamado à santidade que o Senhor nos faz, Tito assim fez, e foi um obreiro de grande valor na Obra do SENHOR.

Você não foi criado para viver sob o julgo da escravidão, mas para viver a vida plena que Cristo tem para você. Suas promessas não falham, Suas palavras não se contradizem. O Senhor prometeu. Ele cumpre Suas promessas.
“Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai!”(Rm 8:15)

Que graça! Você foi chamado a viver esta vida. Não vale a pena ser escravo do mundo. O que este lhe oferece é momentâneo e depois você sofre as “contra-indicações”. Porém, na vida abundante, você se torna o homem, a mulher do Espírito, e seus pensamentos passam a ser outros. Veja o que São Paulo nos diz:
“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro (Sl 43:23). Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou.(Rm 8:35-37).

Quando agimos segundo a carne, somos enganados, domados pelo tentador. Pois o Senhor já nos orientou:
"Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar."(1 Pe 5:8)

Conclusão
O segredo do temperamento transformado está em deixar-se encher pelo Espírito Santo, não apenas esporadicamente, mas continuamente. Pois, estar cheios do Espírito, é quando Ele preenche todas as áreas de nosso ser, de forma que nossa mente fica voltada para fazer a vontade do SENHOR. Dessa forma não há mais brecha pra o “eu”, não há mais espaços pra nada que não seja para agradar a Deus.

Talvez você se pergunte: “Mas como fazer isso?” – os passos são simples:
- examine-se e confesse seus pecados a Deus (1 Jo 1.9);
- submeta-se inteiramente à vontade de Deus (Rm 6.11-13);
- peça à Deus que derrame o Espírito Santo em sua vida (Lc 11.13).

Se seguir estes passos, verdadeiramente será cheio do Espírito Santo e o Fruto do Espírito será abundante em sua vida. Deus vos abençoe.


Fontes consultadas:
·         Temperamento controlado pelo Espírito – Tim La Haye – Edições Loyola
·         Temperamentos Transformados – Tim La Haye – Editora Mundo Cristão
·         Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal (ARC) – CPAD
·         A Bíblia da Mulher (Leitura, Estudo, Devocional) – ARA – Editora Mundo Cristão
·         Dicionário Almeida 2002



Colaboração para Poratl Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva 
PERSONAGENS BÍBLICOS E SEUS TEMPERAMENTOS

Pedro – O Sangüíneo – Mt 16:13-20

Depois do Senhor Jesus Cristo, Pedro é uma pessoa que mais sobressai nos evangelhos, característica típica de um sangüíneo de clamar atenção por onde passa. Dentre os discípulos é o que deixa seus defeitos visíveis a todos, num momento é amável e alegre, no outro assusta com suas atitudes:

- Falava mais que os outros discípulos
- O Senhor conversava muito amiúde com ele
- Teve a ousadia de repreender o Mestre
- Testemunhou outro recebeu louvor tão pessoal do Salvador

Quando experimentou a plenitude do Espírito Santo não só foi o homem de maior influência na Igreja dos primeiros tempos e um desafio para os cristãos exemplificando o que o Espírito Santo pode fazer com uma vida entregue a Ele.

Características do Pedro Sangüíneo

Impulsivo
Mt 4:20 – no modo como atendeu ao chamado de Jesus
Mt 14:28-29 – sua reação ao ver Jesus andando sobre o mar
Mt 17:1-13- sua atitude diante da transfiguração
Jo 18:10 – ao reagir à prisão do Senhor Jesus
Mt 28:6; Jo 20:6 – ao saber da ressurreição do Senhor Jesus
Jo 21:1-11 – ao encontrar-se com o Senhor após a ressurreição

Desinibido
Lc 5:1-11 – sua atitude reveladora na pesca maravilhosa

Falante
Mt 16:13-20, Jo 6:66-69 – o efeito positivo do seu testemunho acerca da identidade de Jesus

Egoísta
Mt 16:22 – sua motivação egoísta valeu-lhe a repreensão mais severa feita pelo Senhor

Interesseiro
Mt 19:27-30 – seus questionamentos quanto aos favores por seguir ao mestre

Fanfarrão
Mt 26:33 – sua tendência a gabolice

Pedro cheio do Espírito Santo
“O que Deus fez por seu apóstolo sangüíneo, Ele fará por você, desde que esteja disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo que o seu poder o fortaleça em suas fraquezas”.

At 1:15 – o primeiro sinal de uma transformação: Pedro, um homem sangüíneo e iletrado, agora, cheio do Espírito Santo torna-se um grande pregador do Evangelho.

At 3:1-7 – a ousadia de Pedro é convertida em glorificar o Senhor Jesus e não a si mesmo.

At 4:5-13 – o Pedro que antes negara o Senhor Jesus, agora confessa abertamente que Ele é o Salvador.

At 5:40-42 – a constância de Pedro é evidente ao ser açoitado severamente pelo oficial do Sinédrio.

At 9:36-42 – a humildade e dependência de Deus.

2 Pe 3:15 – a maturidade de Pedro

Paulo – O Colérico

Personagem bíblico que melhor ilustra o temperamento colérico é o apóstolo Paulo. Ele é de fato excelente exemplo da maneira como o Espírito Santo modifica uma pessoa de vontade férrea, após sua conversão. Saulo de Tarso era um colérico de aprimorada educação e muita religiosidade. Aparece no cenário bíblico, participando do apedrejamento de Estevão (At 7:54-58). As testemunhas deixaram suas vestes aos seus pés de um jovem chamado Saulo, o que indica ser ele o líder do grupo. Estudiosos afirmam que ele era membro do Sinédrio – o conselho dos setenta anciões de Israel. E Saulo que era jovem na época, isto seria um privilégio fora do comum.

Características do Paulo Colérico

Cruel – a Bíblia descreve Saulo como “respirando ameaças e morte contra os
discípulos do Senhor”(At 9:1-2). A maioria dos coléricos tem forte tendência a astúcia e a ardilosidade quando motivados pelo ódio ou pela intolerância. Antes de sua conversão era por instinto um líder zeloso e ativo, implacavelmente cruel com os que o contrariavam.

Força de vontade – uma das maiores vantagens do indivíduo com este temperamento é sua força de vontade, o que pode fazer dele uma pessoa muito bem sucedida. Paulo se refere a isso em 1 Co 9:24-27. Suas atitudes tinham metas definidas, Paulo sabia o que queria e para onde ia. Ele sabia que autodisciplina começa ne mente. Se você não resolver em sua mente que faça determinada coisa, provavelmente jamais conseguirá fazê-la (2 Co 10). Esta imensa força de vontade fez dele um líder com capacidade de dirigir e motivar outras pessoas.

Agressivo – ira e agressividade são características deste temperamento. Vimos que tais sentimentos o influenciaram antes de sua conversão, mas depois desta, raramente aquelas aparecem. Um desses casos é relatado em At 15, sua discussão com Barnabé. Paulo mostrou-se intolerante e inflexível. Outra erupção de ira do apóstolo se encontra em At 23, ao ser levado preso perante o Sinédrio. Isto mostra que um colérico, mesmo cristão, tem na ira um problema.

A transformação de Paulo
Apesar do grande potencial, ele é, provavelmente por natureza, o mais carente das características proporcionadas pela plenitude do Espírito Santo do que qualquer dos outros temperamentos. A carta aos Gálatas 5:22-23 – revela-nos as características necessárias ao temperamento colérico. Todas elas se encontram na vida do apóstolo após sua conversão.

Amor – o Espírito Santo, de maneira maravilhosa, transformou um indivíduo irado, amargo e perseguidor, em uma pessoa calorosa e compassiva (Rm 10:1, 9:1-3).

Paz – O Espírito Santo de Deus fez com que Paulo compreendesse que a paz não depende de circunstâncias ideais. Quando o apóstolo foi encarcerado, um sentimento sobrenatural de paz tomou conta de seu ser (Fp 4:11-12; 6,7)
Humildade – O Espírito Santo conhecia bem a necessidade que Paulo tinha de humildade, pois após sua visão do céu relatada em 2 Co 12, foi-lhe posto um espinho na carne (Rm 8:28). Paulo tinha necessidade de sempre relembrar sua dependência de Deus.

Conclusão: Paulo entregou sua férrea vontade ao Senhor Jesus na estrada de Damasco. Quando tomou esta decisão parecia ter muito a perder, porém, sua vida é um exemplo claro das palavras de Jesus “Quem perder a sua vida por minha causa, achá-la há (Mt 10:39).

Moisés – O Melancólico

O melancólico Moisés nos fornece excelente material para um estado analítico do temperamento porque as Escrituras nos dão muitas informações a seu respeito. O melancólico líder de Israel ilustra claramente a diferença que o poder de Deus faz na vida de um homem. Depois de educado aprimoradamente durante quarenta anos na sede da cultura egípcia, este brilhante melancólico passou 40 anos cuidando de animais num deserto distante. Com 80 ouviu o chamado de Deus da sarça ardente, e durante os 40 anos seguintes foi um dos maiores líderes do mundo. Como qualquer cristão dos dias de hoje, Moisés só foi produtivo para Deus quando controlado pelo Espírito Santo.

Características do Moisés Melancólico

Talentoso – em At 7:22, Estevão, 1º mártir do cristianismo, nos informa que Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras. O Egito era na época o centro da civilização e ele absorveu todo o conhecimento dos egípcios sem se deixar dominar. A habilidade de Moisés em conduzir três milhões de pessoas através do deserto; como juiz, profeta reflete sua natureza excepcionalmente bem dotada.

Abnegado – os indivíduos melancólicos têm dificuldades em desfrutar do conforto ou do sucesso sem sentir alguma culpa. Têm freqüentemente a inclinação de se dedicar a causas que exijam sacrifício. Na vida de Moisés isto é visto claramente em Hb 11:23-27, seu exemplo de abnegação e renúncia é prova de que homem algum sai perdendo quando dá sua vida a Deus.

A lealdade de Moisés – um dos traços mais admiráveis do melancólico é a sua lealdade e fidelidade. Embora não seja fácil fazer amigos, é intensamente leal àqueles que adquire. Esta característica fez com que tivesse facilidade em ser de maneira especial devotado a Deus. A devoção de Moisés cresceu durante os 40 anos no deserto. Quando os problemas surgiram, buscava direção divina e como líder deu várias provas de sua fidelidade ao Senhor (Ex 14;16;17). Isto não significa que Moisés era perfeito. Você encontrará diversas falhas em sua vida indicando que era muito humano, durante os anos em que serviu a Deus.

Complexo de inferioridade – os talentos de Moisés são negligenciados devido ao seu excessivo sentimento de inferioridade. As desculpas que Moisés deu ao Deus Todo-Poderoso quando conversaram junto à sarça ardente são um exemplo clássico da depreciação que os melancólicos fazem de si mesmos:

1. Não tenho talento – “quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?”

(Ex 3:11). Moisés depreciava suas habilidades pessoais e recuava diante da idéia de colocar seus talentos à disposição do Senhor. A resposta de Deus a Moisés é válida para todos os cristãos: “Certamente Eu serei contigo”(Ex 3:12)
Do que mais Moisés precisava?

2. Ninguém acredita em mim – “Mas eis que não crerão nem acudirão à minha voz”(Ex 4:1)

O medo de ser rejeitado faz parte do complexo de inferioridade do melancólico. Este temor é totalmente egoísta, e quanto mais cedo for reconhecido como pecado, mais depressa experimentaremos o poder transformador de Deus em nossas vidas.

3. Não sei falar em público – “Nunca fui eloqüente…pois sou pesado de boca e pesado de língua”(Ex 4:10). A resposta de Deus a Moisés é hoje tão pertinente quanto foi o passado: “Quem fez a boca do homem?… Eu serei com tua boca e te ensinarei o que hás de falar” (Ex 4:11). Pregar e ensinar a palavra de Deus não tem nada a ver com eloqüência e sim com obediência. A resposta do Senhor a Moisés esclarece que o êxito espiritual é alcançado pelo poder de Deus e não pelo nosso potencial e nossos talentos.

4. A ira de Moisés – além do medo, a ira reprimida freqüentemente espreita o temperamento melancólico. Sua incapacidade de controlar essa emoção o impediu de entrar na terra prometida (Ex 16:20; 32:19). A ira auto-indulgente desagrada a Deus e leva a graves pecados. Nenhuma pessoa compreensiva criticaria Moisés por se irritar com aquele povo ingrato, mas Deus, O Todo-Poderoso, assim o fez, pois o Senhor lhe tinha oferecido toda orientação e poder necessário.

5. A depressão de Moisés – Moisés é um dos três grandes servos de Deus que ficaram deprimidos a ponto de se desesperar e pedir a Deus que lhes permitisse morrer. Os outros dois foram Elias (1 Rs 19) e Jonas (Jn 4:1-3). De todos os temperamentos, o maior problema das pessoas melancólicas é a depressão. O relato da depressão de Moisés é dado em Nm 11:1-15. Deus jamais pediu a Moisés que suportasse a todo aquele peso de responsabilidade, os quais eram Dele. Porém Moisés cultivou de tal forma a auto-piedade que pediu ao Senhor: “Se assim me tratas mata-me de uma vez, eu Te peço, se tenho achado favor aos Teus olhos”. Lembre-se de que a reação de Moisés, face aos acontecimentos, foi o que causou a sua depressão, e não as circunstâncias em si mesmas.

Abraão – o Fleumático
As pessoas de mais fácil convivência são as fleumáticas. Sua natureza calma e sossegada faz com que sejam benquistas por todos. Por ser um tanto introvertido, suas fraquezas e virtudes não são tão perceptíveis. Um de seus maiores problemas é a falta de motivação. Tem a tendência de olhar a situação como mero espectador, evitando a todo custo envolver-se em atividades; o medo de errar perante as outras pessoas, gera relutância em lançar-se a algum projeto. Vários homens dos tempos bíblicos parecem ter possuído boa parcela deste temperamento: Noé, Samuel, Daniel, José (esposo de Maria), Natanael, Felipe e Tiago, porém, o melhor exemplo é Abraão.

Características do Abraão Fleumático

Cauteloso – a hesitação, indecisão e o medo, naturais no fleumático, são vistos em Abraão em Gênesis 12, ao receber o chamado do Senhor, era tão dependente de seus pais que em vez de obedecer inteiramente a ordem de Deus, levou consigo seus familiares o que lhe causou sérios problemas. Muitos cristãos fleumáticos relutam diante das oportunidades, não pela falta de capacidade, mas pela hesitação de aventurarem-se pelo desconhecido.

Pacífico – uma das características mais admiráveis é o seu amor à paz. Tendem a demonstrar serenidade e calma, seu desejo de paz e harmonia é, em geral, maior do que o de possuir bens pessoais. Em Gn 13:8-9 na discussão entre os pastores de Ló e Abraão, este intervém de maneira ordeira, dando ao sobrinho o direito de escolha.

Leal – sua atitude quando pressionado, revela sua personalidade. De todos os tipos de temperamentos, os fleumáticos são os que melhor trabalham sob pressão, demonstram calma e eficiência em tempos de crise. Em Gn 14, ao saber que a terra de Ló estava em guerra e que este havia sido levado cativo, Abraão age como seu defensor demonstrando características latentes de liderança e que sua amizade ao sobrinho estava acima de suas diferenças pessoais.

Passivo – junto à sua inclinação natural para a paz, há a passividade face aos conflitos. Em Gn 16 vemos a exagerada influência de Sara sobre Abraão, o que resultou em sérias conseqüências que permanecem até os dias de hoje. Uma das lições que os fleumáticos precisam aprender é que nada se consegue pela acomodação.

Temeroso – o fleumático possui doses generosas de medo e Abraão tinha grande problema com seus temores íntimos. Por causa da grande fome que assolava a terra, Abraão deixou de lado a vontade de Deus e foi para o Egito; por causa de seu temor a Faraó, nega que Sara era sua esposa. A covardia de Abraão resultou em sua expulsão da terra, dando um péssimo testemunho do Senhor naquela terra pagã (Gn 12). Abraão negou a Sara novamente para conseguir os favores de Abimeleque. Se não fosse a intervenção divina, os dois teriam sido envolvidos em um pecado trágico (Gn 20). Os nossos pretextos e as nossas concessões jamais melhoram o plano e a provisão de Deus.

A transformação de Abraão
O crescimento de Abraão na fé mostra-nos um crescimento gradual que Deus dá a todo crente. Uma das maiores provas deste crescimento está no sacrifício de Isaque (Gn 22). O resultado desta fé está na confiança que Abraão depositou na Palavra de Deus, agindo conforme sua promessa. A fé não precisa de respostas, só de direção.

Um comentário:

  1. Estive a ver e ler algumas coisas, não li muito, porque espero voltar mais algumas vezes, mas deu para ver a sua dedicação e sempre a prendemos ao ler blogs como o seu.
    Natal é mais verdadeiramente Natal quando nós celebramos dando a luz do amor àqueles que necessitam mais. Feliz Natal para si e para todos os seus.
    São os votos do Peregrino E Servo.
    Abraço.

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Que bom ver você por aqui agradeço pela visita, e volte sempre estou a sua disposição para aprendermos juntos. Fique a vontade para comentar. Um grande abraço.

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