COMENTARISTA: Silas Daniel
TEXTO BÍBLICO
Romanos 1.16,17.
ENFOQUE BÍBLICO
“O justo viverá da fé”
(Romanos 1.17b).
OBJETIVOS
Enfatizar os princípios da
Reforma Protestante.
Estimular o amor à Palavra
de Deus.
Salientar que o estudo
sistemático da Palavra de Deus levanos a termos condições de identificar os
erros e as heresias com maior facilidade.
Sugestão
1) As várias partes da vida de Lutero podem ser expostas
por vários alunos.
2) Para o final
do trimestre, podese pedir
que a
classe faça em grupo uma
exposição sobre a Reforma. Fazer mapas e coloque no seu
interior nome do reformador daquele país e uma pequena biografia, além de
ilustração. Em outro lado da exposição, incluir a data oficial do início da
Reforma, a causa direta da Reforma e seus princípios. Outro grupo, trabalhará
com os préreformadores.
3) Escrever para esta aula,
em um cartaz, os princípios da Reforma. Explique cada um. Ao fim da aula, pedir
aos alunos que declarem quais os seis princípios estudados da Reforma.
4)Para reflexão: Devemos ter
em mente que nossos juvenis estudam em suas escolas sobre
Reforma.
Temos, agora, a oportunidade dada por Deus de esclarecer, devidamente, o
assunto.
Causas
que contribuíram para a Reforma
1) O Renascimento. O novo
conhecimento do grego permitiu o contato com a literatura, filosofia e arte
gregas. Assim, a difusão da língua grega contribuiu para a leitura do Novo
Testamento nessa língua. Assim, os que entraram em contato com o Novo
Testamento grego puderam fazer comparações com o texto bíblico e os ensinos da
Igreja. Assim, muitos desses estudiosos tinham um desejo forte de que
acontecesse uma reforma.
2) A imprensa. Antes os
livros eram penosamente copiados à mão. Agora, as novas idéias eram divulgadas.
O primeiro livro a ser impresso foi a Bíblia.
3) O papel dos
pré-reformadores
Todos esses fatores têm a
sua importância, poderiam levar à Reforma, mas para esta ocorresse poderia
levar mais tempo. Mais um fato surgiu que apressaria a Reforma: a venda das
indulgências. Essa constituiu a causa direta da Reforma.
LUTERO
Infância
e primeiros estudos.
Nasceu em a 10 de novembro
em 1483, em Eisleben, na Alemanha. 1483. Filho de pais pobres: eles lutavam
para criar os sete filhos. O pai trabalhava nas minas de cobre; a mãe, além dos
trabalhos do lar, carregava lenha da floresta nas costas. Os pais se preocupavam
também com a educação espiritual dos filhos. O pai ensinou o a orar à noite;
pedia a Deus que fizesse o filho lembrar do nome do Criador. A mãe ensinou a
considerar todos os monges como santos; a considerar todas as desobediências da
igreja como transgressões das leis de Deus.
Estudos
de Lutero
Após seus primeiros estudos,
aos o treze anos o pai mandou o para a escola franciscana da cidade de
Magdeburgo. Nesta cidade, para obter seu sustento, pedia esmolas, cantando de
porta em porta. Lutero era visto freqüentemente no confessionário. Recebia
penitências, fazia boas obras para adquirir a absolvição como ensinavam. Lutero
tinha sede de salvação; queria obter o perdão de seus pecados. Seus pais,
então, enviaramno para Eisenach, onde havia parentes de sua mãe. No entanto,
não recebeu ajuda deles; assim, Lutero teve de continuar mendigando. Estava
prestes a parar os estudos, quando Úrsula Cota, sensibilizada por suas orações
na igreja, recebeuo em sua casa: assim pôde estudar. Seu professor, João Trebunius,
tratava muito bem a seus alunos, ao contrário dos mestres da época. Pouco tempo
depois, os pais de Lutero conseguiram certa estabilidade econômica. O pai
conseguiu alugar um forno para fundição: logo pôde adquirir outros fornos. Mais
tarde, foi eleito vereador.
Na
universidade
Aos dezoito anos, Lutero
desejava cursar uma universidade.Seu pai enviouo ao centro intelectual do
país, Erfurt. O pai desejava que o filho se formasse em Direito. No terceiro
semestre, Lutero já se tornara bacharel em Filosofia. Permaneceu quatro anos na
universidade. Aos vinte e um anos, já era doutor em Filosofia. Em Erfurt havia prédios que pertenciam à
universidade, bem como oito conventos. Lutero passava grande tempo estudando em
uma biblioteca da universidade. Ele sempre orava para ser bem sucedido nos
estudos: “Orar bem é a melhor parte dos estudos” (Orlando BOYER. Heróis da Fé,
p. 24).
OBS: O distinto Juvenil
também ora, enquanto estuda? Seu pai desejava que ele se formasse em Direito,
porém ele decidiu seguir a vida monástica. O pai ficou muito triste devido à
opção de Lutero. Ele desejava um grande futuro para o filho. Na biblioteca da
universidade, leu a Bíblia completa em Latim. Ao tomar contato com o texto
integral da Bíblia, assim exclamou: ‘Oh! Se a Providência me desse em livro
como este, só para mim’ (Heróis da Fé, p. 25).
Tinha
sede de Deus.
Quando obteve, o grau de
bacharel, devido ao estudo intenso ficou doente, quase morreu: a fome pela Palavra era cada vez mais incessante. Em
uma viagem para visitar a família, sofreu um golpe de espada e quase morreu;
precisou dos cuidados de um cirurgião. Regressando da viagem da casa de seus
pais, enfrentou uma terrível tempestade; não havia nenhum abrigo perto e um
raio caiu a seu lado. Ele sentiuse perto do inferno e gritou: “Sant’Ana,
salvame e tornarmeei monge!” Lutero chamou esse incidente de “A minha
estrada, caminho de Damasco”.
Da
universidade para o mosteiro
Cumprindo sua promessa, antes
dos vinte e dos anos de idade, Lutero entrou para o mosteiro agostiniano em
Erfurt, servindo nas mais humildes posições: coveiro, varredor da igreja e das
celas dos monges. Praticava vigílias e jejuns prolongados e lutava contra maus
pensamentos. Era ensinamento da época que afastarse do mundo para viver em um
mosteiro, era o caminho para a salvação.
OBS: Não é isolandose que
faremos a vontade de Deus. Em qualquer lugar, o mundo estará no coração, se não
obedecermos a Palavra e permanecermos em oração.
Um dia encontrou na
biblioteca do convento uma velha Bíblia latina.
Como Lutero conhecia bem a
língua latina, pôde entendêla.
Tão compenetrado ficou em
sua leitura que abandonou suas orações, ficando com a consciência pesada. Ficou
fraco, devido a tantos jejuns.
O vigário geral da ordem
agostiniana, Staupitz, visitou o convento: entendendo a angústia de Lutero,
ensinoulhe que Deus é misericordioso e deulhe um valioso presente: uma
Bíblia. Agora, Lutero tinha uma Bíblia só para si.
OBS: E nós que temos uma
Bíblia a nosso dispor, estamos estudandoa?
Finalmente, Lutero foi
ordenado padre. O pai, que tinha ficado desgostoso com a escolha de Lutero,
desistindo de ser advogado, compareceu à cerimônia.
Lutero
ensinando na universidade de Wittenberg
Staupitz convidou Lutero
para ensinar Filosofia e Teologia na universidade em 1511, passando a residir
nesse local. Tornouse ardoroso estudioso e professor das Escrituras,
especialmente de Romanos, Gálatas e Hebreus. Em 1512, já era doutor em teologia
em Wittenberg.
Ocorreu a peste negra que
fez vítimas na Europa. Professores e alunos fugiram de Wittenberg, porém Lutero
decidiu permanecer na cidade.
OBS: Diante da insistência
para que Lutero fugisse, ele foi firme na sua decisão: ‘Para onde hei de fugir?
O meu lugar é aqui: o dever não me permite ausentarme do meu posto até que
Aquele que me mandou para aqui me chame. Não que eu deixe de temer a morte, mas
espero que o Senhor me dê ânimo” (Heróis
da Fé p.3132). Que lição para nós!
A
visita a Roma
Em 1511, Lutero visita
Roma. Reza em igrejas e lugares
considerados santos. Subiu a Santa Escada, uma escadaria que se afirmava ter
sido trazida da casa de Pilatos. Em cada degrau, recita o Pai Nosso (para
livrar seu pai do purgatório!).
OBS: Quando chegou ao topo
de escada, veiolhe à mente a pergunta: “Quem sabe se tudo isso é verdade?”
(Robert Hastings NICHOLS. História da Igreja Cristã p.157).
A
descoberta de Lutero
Em fins de 1512 e início de
1513, lendo Romanos chamou sua a atenção o texto: “Porque nele se descobre a
justiça de Deus de fé em fé como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rm
1.17). Assim, a radiante luz lhe chegava à mente: a salvação concedida pela fé.
Em Deus por meio de Jesus. Não dependia das obras praticadas pelo homem.
Estudando mais profundamente sobre esta verdade, começou a pregála. Lutero
continuou em Wittenberg durante quatro anos. Agora, podia explicar as
Escrituras e a salvação. Estudantes, pessoas eram atraídas para a cidade a fim
de ouvir seus sermões. Todos estavam sedentos de salvação.
O
estopim da Reforma.
O papa Leão X necessitava de
uma grande quantia para concluir as obras da atual catedral de São Pedro em
Roma. Então, ofereceu as indulgências. O que era indulgência? Esta era um
documento pelo qual se pagava uma quantia, pois se afirmava que o comprador
ficava livre da penalidade do pecado. Pelos ensinamentos da Igreja Católica, o
pecador deveria confessar os pecados ao sacerdote. Em vida, o pecador deveria
cumprir uma penitência (um castigo). Assim, devido às indulgências, sacerdote
declarava que o pecado das pessoas seriam absolvidos. O pecador poderia ficar
livre de cumprir as penitências, se comprasse uma indulgência. Em 1517, em uma
cidade próxima a Wittenberg apareceu o monge chamado Tetzel para vender
indulgências oferecidas pelo Papa. O que podemos dizer das indulgências? Em primeiro lugar, nenhum homem pode oferecer
o perdão dos pecados: “Mas contigo está o perdão, para que sejas temido” (Sl
130.4). Em segundo lugar, era um ataque a Cristo e Seu sacrifício. Assim se
expressou Pedro: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou
ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição,
recebestes dos vossos pais” (1 Pe 1.18). Em terceiro lugar, um convite ao
pecado, pois as indulgências eram obtidas por meio de dinheiro. Assim,
poderseia pecar e “pagarse” a ofensa com o dinheiro. Também as indulgências
permitiriam a salvação das almas que estariam no purgatório. Além de não existir o purgatório, ninguém
poderia pagar o preço. Só Jesus pode pagar o preço por nossa salvação e Ele nos
dá a perfeita salvação: “Nenhum deles, de modo algum, pode remir a seu irmão ou
dar a Deus o resgate dele (pois a redenção de sua lama é caríssima, e seus
recursos se esgotariam antes)” – Sl
49.78
Lutero ergueu sua voz para
protestar e ensinar contra as indulgências, pois estas não possuíam base
bíblica.
OBS: “Tetzel ensinava que o
arrependimento não era
necessário para quem
comprasse uma indulgência , por si mesma capaz de dar perdão completo de
todo pecado” (Earle E. CAIRNS. O Cristianismo através dos séculos, p.235).
Lutero em 31 de outubro de
1517, véspera do dia de Todos os Santos, publicou as suas 95 teses na porta da
igreja do castelo de Wittenberg. Era hábito nas universidades afixaremse em
lugares públicos, a defesa ou ataque a certas idéias; que eram denominadas
teses - afluía à igreja, as teses estarem
afixadas em lugar
bem visível. As teses atacaram principalmente a igreja ser
mediadora entre Deus e o homem e o fato de conferir perdão especialmente os que
pagavam pelas indulgências. As teses foram distribuídas na Alemanha, provocando
a oposição do papa Leão X.
OBS: Alguns exemplos das
teses de Lutero: “São inimigos de Cristo e do povo os que, em razão da pregação
das indulgências, exigem que a palavra de Deus seja silenciada em outras
igrejas” (53ª tese); “O verdadeiro tesouro da Igreja é o sacrossanto Evangelho
da glória e da graça de Deus” (62ª tese) (H. BETTENSON. Documentos da Igreja
Cristã, p. p.286, 287).
Outras publicações de Lutero
assinalavam que todos os cristãos têm acesso a Deus por meio de Jesus. Opôsse
fortemente contra a afirmativa de que somente o papa poderia interpretar a
Bíblia. Os ensinos de Lutero foram condenados e ele foi excomungado em 1520 em
um documento do papa chamado bula (bula significa “selo”). A bula de Leão X foi queimada por Lutero
diante do povo, e de professores e alunos publicamente em Wittenberg.
Em conseqüência dessa
ruptura, Lutero deveria comparecer diante de um concílio. Lutero compareceu
perante a Dieta em Worms em 1521. (Dieta significa uma assembléia religiosa).
Lá estava o imperador e o representante do papa. A exigência era que Lutero se
retratasse de seus ensinos, renunciasse às verdades que pregara e aos livros
que escrevera. Depois de passar a noite em oração, Lutero tomou a sua decisão.
Ele sabia dos perigos que corria, lembravase de João Huss, de como ele morrera
queimado. Mas Lutero foi firme, não negou sua fé. Se Lutero recuasse, que isso
representaria? (Permita que os alunos
respondam). Negar que o sacrifício de Jesus é insuficiente, afirmar que existem
outros mediadores, a não ser o próprio Cristo, é negar a fé. Vale a pena lutar,
quando temos certeza da nossa salvação em Cristo Jesus. Assim, Lutero se
dirigiu à Dieta em Worms ao rei e aos representantes da igreja: “Se não me
refutardes pelo testemunho das Escrituras ou por argumentos desde que não
creio somente nos papas e nos concílios, por ser evidente que já muitas vezes
se enganaram e se contra disseram uns aos outros – a minha consciência tem de
ficar submissa à Palavra de Deus. Não posso retratarme, nem me retratarei de
qualquer ciosa, pois não é justo, nem seguro agir contra a consciência. Deus me
ajude! Amém”.
Embora tentassem prendêlo,
não o conseguiram. Ele pôde sair de Worms. Entretanto, ele corria perigo.
Então, o príncipe da Saxônia, quis protegêlo. Foi cercado por homens
mascarados que o conduziram ao castelo de Wartzburg, na Turíngia. Aqui Lutero
faria a sua maior obra; a tradução da Bíblia para o alemão. Sua fonte foram às
línguas originais da Bíblia.
Na Alemanha, o interesse da
Bíblia foi algo impressionante.
OBS: Na Alemanha, “todas as
crianças sabiam ler e escrever; passagens importantes das Escrituras eram dadas
como cópia para a escrita e também aprendidas de cor. Trechos dos
Evangelhos eram conhecidos não apenas por seus pregadores,
mas também pela classe tradicional e pelos mais
zelosos. A cada membro eram ensinados cuidadosamente os Evangelhos de
modo que seus inquisidores e os
sacerdotes ficavam surpreendidos” (Frederick EBY. História da Educação
Moderna, p.25).
Mais tarde, Lutero casouse
com a exfreira Catarina von Bora. Dessa
união, nasceram seis filhos.
Aos sessenta e dois anos,
pregou o seu último sermão: “Ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e
as revelaste aos pequeninos”. Antes de
passar para a eternidade, entre outras palavras, recitou João 3.16 três vezes e
afirmou: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito, pois tu me resgataste, Deus
fiel”.
OBS: As portas nasquais
foram escritas as 95 e teses foram destruídas devido ao bombardeio de 1760;
mais tarde em 1812, substituíramnas por portas de bronze. Nelas estão
inscritas as 95 teses.
A Reforma se espalhou por
vários países. Lutero vivia sob o perigo de poder morrer queimado. Mas se
cumpriu a profecia de João Huss: “Podem matar o ganso (na sua língua, ‘huss é
ganso), mas daqui a cem anos, Deus suscitará um cisne que não poderão queimar”.
(Heróis da Fé, p.21).
Outros
reformadores:
ß
Na Inglaterra. Um dos dirigentes da Reforma foi William
Tyndale. Traduziu a Bíblia para o Inglês a partir das línguas originais. Foi
martirizado em 1536.
OBS: O
grande desejo de Tyndale foi concretizado: “E acrescentou que se Deus
lheconcedera vida, em poucos anos faria com que até mesmo um simples menino que
trabalhasse detrás de um arado conheceria mais sobre as escrituras do que o
próprio papa” (John FOX. O livro dos mártires, tr.Marta Doreto de Andrade e Degmar
Ribas Júnior).
ß
Na Suíça: Ulrico Zwínglio. Educado por um professor que lhe
ensinava que a morte de Cristo era o único resgate. Combateu a “remissão de pecados” que era
ensinada por meio de peregrinação a um altar em Einsieldn. Seus escritos entraram
até em um convento e as freiras converteramse. Saíram do convento, ao observar
que a vida de celibato e solidão era inútil. A Reforma prosseguiu com Calvino.
ß
Na Dinamarca: Hans Tausen. 14941561). Frederico I
permitiu a Tausen fazer o mesmo trabalho que Lutero fizera na Alemanha. Foi de
especial ajuda pela publicação do Novo Testamento na língua dinamarquesa, em
1529. A ação reformadora de Tausen foi também obtida pelo apoio popular que
estava inconformado com a corrupção do clero e a venda das indulgências. Em
1530, foi elaborada a confissão de fé luterana.
ß
Na Escócia. João Knox. Devido a sal ousadia em pregar o
Evangelho foi preso em uma galé de escravos na França durante dezenove meses.
Em 1559, assumiu a direção do movimento reformador. Não desistiu, embora
sofresse a oposição da rainha Maria da Escócia.
ß
Na Hungria. O responsável foi Mateus Devay.
ß
Na França. Jacques Lefevre pregou e escreveu a doutrina
da justificação da fé. Mais tarde, a França sofreria grande massacre.
Os
princípios da Reforma Protestante
Só
a fé
A
salvação é algo precioso.
Para obtêla, obras,
penitências, outros mediadores são infrutíferos. Somos salvos não por obras,
mas por fé. Sacrifícios pessoais são insuficientes, mas sim o sacrifício de
Cristo. Lutero descobriu o valor da fé; somos justificados pela fé (Rm 1.17).
Observemos o que afirmam as
Escrituras sobre o valor da fé para a salvação. A pergunta do carcereiro: “Senhores, que é necessário para
que eu faça para me salvar?”
(At 16.30b). Paulo e Silas não
disseram para o carcereiro praticar boas obras, ou recorrer a outros
mediadores, mas “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At
16.31b). O mordomo de Candace também indagou: “Eis aqui água; que impede que eu
seja batizado?” (At 8.36b). A resposta de Filipe: “É lícito, se crês de todo o
coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”
(At 8.37b). Ele foi batizado, porque já tinha crido em Jesus, já estava salvo.
As boas obras não conduzem à
salvação, entretanto, o cristão pratica boas obras, porque já está salvo; as
boas obras testemunham da salvação que foi recebida. O cristão deve ser luz.
Só
a graça
O
homem sempre pensa que necessita fazer algo para receber a salvação.
Entretanto, a salvação é
pela graça. Graça é o favor divino estendido a nós por meio de Cristo. A graça
de Deus se manifestou na pessoa de Jesus. Este é a graça de Deus concedida a
nós: “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt
2.11). Somos salvos pela graça: “Mas cremos que fomos salvos pela graça do
Senhor Jesus, como também aqueles o foram” (At 15.11).
Só
Cristo
Não
existe outro mediador, outro que nos possa levar a Deus.
Somente Ele pode interceder
por nós. Ele é o único Salvador: “Portanto, pode também salvar perfeitamente os
que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb
7.25); “Mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores
intercedeu” (Is 53.12b). Observemos: Jesus pode dar a perfeita salvação, aos
que por intermédio dEle, aproximam se de Deus. Jesus é, pois, o Único Mediador,
entre Deus e o homem.
Somente
a Deus a glória
Havia muitos objetos de
adoração como santos, ídolos, roupas de santos. Assim, Deus não era o centro da
adoração. Assim se expressou Isaías: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a
minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra às imagens de escultura”
(Is 42.8). Triste foi o fim de Belsazar, pois não deu honra a Deus, não O
glorificou: “Além disso, deste louvores aos deuses de prata, de cobre, de
ferro, de madeira e de pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem; mas a dEus,
em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste”
(Dn 5.23b). Tudo que tenta ocupar o lugar central de nossa adoração, deve ser
afastado.
Só
as Escrituras
Com a Reforma, as Escrituras
passaram a ocupar o lugar central da fé. Havia um afastamento da Bíblia. Os
católicos romanos haviam substituído a autoridade das Escrituras pela
autoridade da igreja e da tradição. Só se pode (como até hoje declaram),
interpretar a Bíblia como a igreja católica interpreta. Não! A Bíblia destaca:
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia das Escrituras interpretação;
porque a profecia nunca foi produzida por vontade humana, mas os homens santos
de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo’’ (2Pd 1.2021).
A Reforma colocou a Bíblia
na língua materna dos povos. Antes, eram especialmente em suas línguas. A
autoridade da Bíblia não deriva da autoridade da igreja, mas do Espírito Santo.
Quanto à importância da
Bíblia, observemos o que afirmou Lutero: “Jamais em todo mundo se escreveu um
livro mais fácil de compreender do que a Bíblia. Comparada os outros livros, é
como o sol em contraste com todas as demais luzes. Na abandonála sob qualquer
pretexto da parte deles. Se vos afastardes dela por um momento, tudo estará
perdido; podem levarvos para onde que permanecerdes com As Escrituras, sereis
vitoriosos” (Heróis da Fé, p. 36-37).
A Reforma divulgou a Bíblia.
A Reforma possibilitou que o povo tivesse a Bíblia em sua própria língua.
Igreja
reformada sempre se reformando
Em toda a História da Igreja
há necessidade do constante exame, estudo da Bíblia, para verificarse se
estamos seguindo as suas doutrinas, seus ensinos. Não podemos afastarnos dos
ensinos da Bíblia: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas
coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te
ouvem” (1Tm 4.16).
A
ContraReforma
A
ContraReforma surgiu como reação à
Reforma.
Especialmente, o Concílio de
Trento na Áustria, que se reuniu em 1545 e durou dezoito anos, tendo três
longas sessões. Aprovou sete livros a mais na Bíblia, além de outros acréscimos
para combater a reforma. Aprovou esses livros, para dar base a doutrinas como
oração pelos mortos, salvação por obras, ensinos que não se baseiam nos
sessenta e seis livros inspirados.
Contra a Reforma,
especialmente, devemos lembrar que a Inquisição foi utilizada como repressão.
Conforme estudamos, a Inquisição acusava a pessoas de heresia, e esta era
condenada. Perdia seus bens. Outro meio de repressão foi o Índex, os qual
condenava os livros não aceitos pela igreja Católica. Entre os livros
condenados, os quais eram proibidos de uma pessoa ter em suas mãos, estavam os
escritos doa protestantes e todas as versões da Biblia, com exceção da Vulgata
(a Bíblia em Latim, aprovada pela igreja católica).
Origem
do termo protestante
Os estados alemães ficaram
divididos entre o Catolicismo e o Luteranismo. Em 1529, reuniuse a Dieta em
Espira. Os governadores católicos proibiram qualquer ensino de Lutero nos
estados em que houvesse predomínio dos católicos. Houve um protesto dos
governantes luteranos. A partir dessa data, tornaramse conhecidos como
“protestantes”, pois protestaram contra essa decisão. Os seguidores de Lutero
tornaramse conhecidos como protestantes e também a doutrina ensinada,
passou a
ser denominada doutrina protestante.
CONCLUSÃO
Deus sempre levanta Seus
servos a fim de proclamar Sua Palavra.
Devemos ter a Bíblia como
padrão de ensino. Após passados 490 anos da Reforma, não podemos esquecer do
que representou esse movimento para a fé cristã.
Embora Satanás procure
lançar os mensageiros do erro, Deus não permite que o erro vença tudo faz, para
que todos possam compreender o plano da salvação por meio de Cristo.
Louvemos a Deus com o hino da autoria de
Martinho Lutero:
“Castelo forte é nosso
Deus,/Amparo e fortaleza:/Com seu poder defende os seus./Na luta e na
fraqueza./Nos tenta Satanás, /Com fúria pertinaz,/Com artimanhas tais /E
astúcias tão cruéis,/que iguais não há na Terra./A nossa força nada
faz:/Estamos, sim, perdidos,/Mas nosso Deus socorro traz/E somos
protegidos./Defendenos Jesus,/O que venceu
na cruz,/O Senhor dos altos céus./E sendo também Deus,/Triunfa na batalha” (1 a e 2 a estrofes do hino 581 da Harpa
Cristã).
Obrigada por este maravilhoso trabalho.Lindo !! Estava com dificuldades nas lições para juvenis e confesso, tenho encontrado ajuda através de vocês vasos de Deus.
ResponderExcluirAmém,amei seu trabalho!
ResponderExcluirPARABENS MARAVILHOSO TRABALHO !!
ResponderExcluirQue bom que gostou Maria dos Reis!
ExcluirParabéns pelo artigo.
ResponderExcluirMuito elucidativo, completo e numa linguagem fácil de assimilar para ministrar a jovens, adolescentes e crianças.
Vou usar na minha igreja nas comemorações deste ano.
Que Deus abençoe seu ministério frutífero.
Muito elucidativo o artigo.
ResponderExcluirVou usar para ministrar para adolescentes e crianças na minha igreja este ano.