domingo, 20 de novembro de 2011

LIÇÃO 13 – AS IGREJAS HOJE

COMENTARISTA: Silas Daniel

TEXTO BÍBLICO
1 Coríntios 12.12­20.

ENFOQUE BÍBLICO

“Porque assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também” (1 Coríntios 12.12).

OBJETIVOS

Destacar as várias ondas do pentecostalismo no Brasil, que fizeram surgir às novas igrejas.
Identificar para os alunos as origens e as raízes das Assembléias de Deus no Brasil.
Ressaltar os vários equívocos do neopentecostalismo.

Sugestão

• Fazer um painel destacando os principais fatos e personagens: Expansão, Defensores da Fé, Reforma, Avivamentos. Destacar o movimento da rua Azusa e o Movimento pentecostal no Brasil. Pode­se dividir  a classe em equipes.
• Para aula de hoje, um aluno poderá apresentar os pioneiros na primeira pessoa: Sou...
• No tópico da falsa  Maldição Hereditária, observar a pergunta que está formulada. Permita que os alunos a respondam.

O Pentecostalismo no Brasil


Os Pioneiros


Gunnar Vingren (1879­ 1933).


Nasceu Em Ostra Husby, Ostergotland, Suécia em 8 de agosto de 1879.
O pai era jardineiro.
Frequentava a Escola Dominical da qual o pai era o dirigente.
Aos nove anos, sentiu a chamada de Deus para sua vida.
Aos onze anos, reunia crianças para oração.
Dos doze aos dezessete anos, desviou­se dos caminhos do Senhor.
Dos onze aos dezenove anos ajudou o pai como jardineiro.
Em 1896, em um culto de vigília de ano novo, o Senhor o chamou novamente.
Foi batizado nas águas aos dezoito anos. Sucedeu ao pai na direção da escola Dominical.


Uma decisão importante e primeiros trabalhos

  
Ao ler sobre as necessidades e sofrimentos de tribos nativas no interior, sentiu um forte impacto:


“Subi então ao quarto onde morava e ali prometi a Deus pertencer­lhe e pôr­me à sua disposição para honra e glória de seu nome. Orei também insistentemente para que pudesse cumprir esta promessa” (Ivar VINGREN. O diário do pioneiro Gunnar Vingren, p.18).


Participou de uma festa a fim de angariar recursos para auxiliar um irmão que iria sair como evangelista, Gunnar deu tudo o que possuía na ocasião. Ao voltar a casa após a festa, ouviu uma voz: “Tu irás também ao campo de evangelização da mesma forma que o Emílio!” (O diário do pioneiro Gunnar Vingren, p.18).


Vingren continuava a participar dos cultos, da escola Dominical.  


Foi a uma Escola Bíblica em Götabro: “O pastor Khilstedt nos quebrantava completamente com a Palavra de Deus. Ele nos tirava tudo, até que ficássemos inteiramente aniquilados como pó diante dos pés do Criador.


Depois vinha o irmão Gustavsson com o óleo de Gileade e sarava as feridas da alma, alimentando nossos corações famintos com o melhor trigo dos celeiros de Deus. Oh! Que tempo! Fez­me bem para toda a vida” (O diário do pioneiro Gunnar Vingren,  p.19).


Que bom  seria  se  todos  se alimentassem do trigo da Palavra de Deus!


A escola era uma Federação Evangélica com o objetivo de ganhar almas para Cristo. Era formada por 55 pessoas de ambos os sexos. Quinze pessoas foram enviadas para evangelizar de dois a dois. Foi­lhes dado somente o dinheiro para chegar ao destino. Era necessário confiar no Senhor para as demais provisões.


Outros trabalhos na Suécia


Regressando a casa, trabalhou no jardim do palácio real.
Pediu ao Senhor que o guiasse se fosse de Sua vontade que saísse como evangelista. 
Recebeu o convite de um evangelista para ir ajudá­ lo.
Ao encontrar o evangelista, Vingren disse ao Senhor: “Se é a tua vontade que eu acompanhe este irmão na obra evangelística, ele então deve dizer a primeira palavra. Eu não digo nada” (O diário do pioneiro Gunnar Vingren, p. 20).


O evangelista o convidou e, nesse trabalho, muitas almas foram salvas.
Prestou o serviço militar durante 68 dias. Testificou para seus companheiros e pregou na capela.
Vingren continuou a trabalhar como jardineiro, perto de Estocolmo e testificava em vários lugares.


Vingren nos Estados Unidos


Como muitos jovens daquela época, foi atraído para os Estados Unidos.
Chegou ao novo país em 1903, após dezenove dias de viagem.
Embora não falasse Inglês, e Vingren conseguiu chegar à casa de seu tio Carl Vingren.
Trabalhou como foguista, como porteiro em uma casa comercial e como jardineiro no Jardim Botânico.
Aos domingos, participava dos cultos em uma igreja batista sueca.
Foi a Chicago para estudar no Seminário Teológico batista sueco.
Pregou em diversos lugares. Diplomou­se em 1909.


Na Convenção Geral dos batistas americanos, decidiu­se que Vingren iria para a Índia juntamente com sua noiva. Durante a convenção, sentiu que essa não era a vontade do Senhor. Comunicou a sua resolução e, devido a ela, sua noiva rompeu com ele. Sua reação: “Seja feita a vontade do Senhor” (O diário do pioneiro Gunnar Vingren, 23).


Uma grande sede


Deus em 1909 fez nascer em Vingren uma sede de buscar o batismo no Espírito Santo e com fogo.
Foi à conferência que iria ser realizada na Primeira Igreja batista Sueca em Chicago. 
Após cinco dias foi revestido de poder: “Quando recebi o Espírito Santo, falei línguas, justamente como está escrito que aconteceu com os discípulos no dia de Pentecostes: At 2. 
É impossível descrever a alegria que encheu o meu coração. Eternamente o louvarei, pois me batizou com o seu Espírito” (O diário do pioneiro Gunnar Vingren, p.24).
De regresso a sua igreja em Michigan, Vingren pregou sobre o batismo no Espírito Santo e com fogo.
Sua igreja ficou dividida e os que rejeitaram o ensino pentecostal, obrigaram­no a renunciar ao pastorado.
Vingren foi para Indiana, onde a mensagem do Pentecostes foi aceita.
Na primeira semana, dez pessoas receberam o batismo pentecostal. Permaneceu nessa igreja até outubro de 1910.

A chamada de Vingren para o Brasil


Um dia, Deus impulsionou as pessoas para reunirem­se sábado à noite na casa de certo irmão.
O irmão Adolfo Uldin, falou que Vingren deveria ir a um lugar chamado Pará.
No dia imediato foram a uma biblioteca para saber onde estava localizado. Descobriram que ficava na região


Norte do Brasil.


Daniel Berg (1884­1963)


Daniel Högberg nasceu em 19 de abril de 1884, na cidade de Vargon, Suécia.
Possuía seis irmãos.
De família batista, desejavam construir uma igreja na região.
Participava da Escola Dominical, dos ensaios do coral e da mocidade, além dos cultos habituais.
Todos trabalhavam na fábrica da região inclusive Daniel, o pai e o amigo Lewi Pethrus.
Era uma fábrica cuja principal atividade era a produção de papel para os jornais.
A mãe de Daniel vendia jornais.
O padre da região supervisionava os alunos da escola em religião.
Aos estudantes cristãos, o pároco explicava que aqueles que não eram batizados eram pagãos e estavam excluídos da comunidade.
Daniel teve de iniciar a trabalhar aos onze anos de idade.
Era difícil conciliar trabalho e escola.
Certa vez o amigo Pethrus viu Daniel carregando um saco nas costas.
O amigo pensou que eram pinhas para acender fogo.
O amigo ficou sabendo que as pedras eram destinadas à construção do novo templo.


Ele usava sua energia física para o Senhor!


Um dia, Daniel foi à frente para entregar sua vida a Jesus e seu coração se encheu de alegria.
Quando a fábrica fechou, tudo ficou difícil.
Depois de orar muito, Daniel comunicou aos pais a sua decisão de ir para os Estados Unidos.

Era uma época de recessão na Suécia.


Corria o ano de1902.


No navio, Daniel escrevia cartas aos familiares, que deveriam ser colocadas no correio em Boston. 
Chegou nessa cidade em 25 de março de 1902.


Nos Estados Unidos


Foi contratado na zona rural por uma fazenda para tomar conta de cavalos.
Era obrigado a puxar pesadas carroças; outras vezes a tarefa teria de ser feita sem o auxilio dos cavalos: colocava a carroça nas costas, quando os  animais se recusassem a  andar em locais lamacentos.
Quando já não foi possível continuar no trabalho, pediu demissão, confiando que Deus o guiaria
Chegou à Pensilvânia, lugar fundado pelos quacres e que se tornara o centro de petróleo e manipulação de ferro e aço.
Obteve o emprego de aprendiz de fundição e, depois de algum tempo obtinha o seu diploma de fundidor especializado.
Como não desejasse aliar­se ao sindicato, pediu demissão e foi trabalhar como vendedor e carregador de frutas.
Após seis anos, Daniel regressou a Suécia para visitar a família.

O retorno a Suécia

Daniel ficou sabendo que Pethrus era pastor e já estivera na Noruega.
O amigo participava de um movimento espiritual no qual se dava ênfase à graça e ao batismo no Espírito Santo.
Daniel havia lido recentemente acerca do batismo no Espírito Santo.
Oraram juntos.
Daniel aceitou a mensagem pentecostal.


Retornando aos Estados Unidos


Em 1909, Daniel retornou aos estados Unidos em 1909.
Procurou buscar o poder do Alto, ao aproximar­ se das terras americanas, obteve a bênção desejada.


O encontro de dois homens de Deus


No mesmo ano, 1909, por ocasião de uma conferência em Chicago, Daniel encontrou­-se com Vingren.
Ambos possuíam chamada missionária.
Gunnar tinha 30 anos; Daniel 25.
Daniel continuou a trabalhar na venda de frutas.
Procurou Vingren e disse ­lhe: “Irmão Gunnar Jesus ordenou ­me que eu viesse me encontrar com o irmão para que nós dois juntos louvemos o seu nome!” (O diário do pioneiro Gunnar Vingren, p. 26).
Dois homens cuja prioridade era louvar a Deus!


OBS: Que maravilha! Como é belo ver Juvenis que se unem para louvar o Senhor!


Antes de ir ao encontro de Vingren, obedecendo à voz do Espírito, Daniel despediu­se de seu emprego como vendedor de frutas.
Vingren e Daniel Berg passaram a diariamente estudar a Bíblia e orar juntos.
A Daniel, o irmão Uldin também tinha revelado que ele tinha um trabalho missionário no Brasil.
Os dois prepararam­se como puderam e tentavam receber ajuda para a compra de Bíblias e Novos Testamentos em Português. Não obtiveram grande cooperação para tal.
Pesquisaram na biblioteca tudo o que havia sobre o Brasil.
A passagem de Nova Iorque para o Brasil custava 90 dólares, na terceira classe. Era a quantia de que dispunham.
Deus ordenou a Gunnar em uma vigília que entregasse seus 90 dólares ao pastor  Durham que divulgava a mensagem do Pentecostes por meio de um jornal.


A primeira etapa a ser cumprida era Chicago.


Foram a um culto, pois o pastor faria a despedida dos missionários. Ao final do culto, o pastor falou que quem sentisse poderia colocar dinheiro... No bolso dos missionários. Verificaram com alegria que o dinheiro era mais do que suficiente para chegar a Nova Iorque.

Em Nova Iorque um homem reconheceu Vingren. O homem tivera um sonho na noite anterior, na qual Deus lhe mandara entregar 90 dólares a Vingren. A caminho do correio estava o homem para enviar a quantia. Se o homem conseguisse enviar o dinheiro, o missionário não o teria recebido, pois não haveria como Vingren receber, uma vez que já estava de partida. Gunnar contou ao homem que ele também se sentira impulsionado a entregar 90 dólares para a circulação de um jornal pentecostal.

Os dois procuraram um navio com data de partida para 5 de  novembro.
Não encontraram.
Finalmente acharam o navio Clement que estava no estaleiro com partida para o dia mencionado.
O preço da passagem: 90 dólares.

No Brasil

Os dois missionários chegaram ao Brasil em 19 de novembro de 1910.
Enquanto tomavam seu café no Brasil, encontraram o missionário presbiteriano Justus Nelson.
Este, sabendo que eram batistas, conduziu­os a igreja dessa denominação em Belém.
Raimundo Nobre os recebeu.
Ele atuava temporariamente como pastor daquela congregação.
Ficaram morando no porão da casa do pastor.
Daniel trabalhava como caldeireiro e fundidor.
Assim, pôde custear as aulas de Português que Vingren assistia durante o dia.
À noite, Vingren repassava o que aprendera a Daniel.
O dinheiro restante era para comprar Bíblias em língua portuguesa que chegavam dos Estados Unidos.
Em diversas igrejas protestantes, eles cantavam e cantavam.
O primo de Raimundo, Adriano Nobre, presbiteriano, procurou ajudar os dois no que fosse preciso.
Convidou-os a visitarem a ilha de Marajó e hospedarem­se na casa da família.
Na Ilha de Marajó, Adrião, o primo de Adriano, Daniel e Gunnar moravam no mesmo quarto.
Oravam e louvavam a Deus em voz baixa para não incomodar os demais.
Puderam também falar às pessoas por meio do intérprete Adriano e melhoraram também seu desempenho na língua portuguesa.
Os dois regressaram a Belém...
Logo tiveram que desligar-­se da igreja batista.
Celina Albuquerque era professora de Escola Dominical e estava doente.
Gunnar visitou-­a e perguntou­-lhe se cria que Jesus curava.
Ela disse que sim.
Foi curada.
Desejou receber o batismo no Espírito Santo.
Após cinco dias em oração e jejum, sua oração foi respondida.
Tornou-­se a primeira pessoa a receber o poder do Alto no Brasil em 9 de junho de 1911.
Devido à mensagem pentecostal, houve diferenças.
Em 13 de junho, dezoito irmãos, além dos missionários, saíram da igreja batista.
Passaram a reunir-­se na casa dos irmãos.


Os irmãos Albuquerque ofereceram um lugar fixo para as reuniões. No dia 18 de junho de 1911 o trabalho missionário recebeu o nome de “Missão de Fé Apostólica”.  Em 1918, passou a ser denominada “Assembléia de Deus”.

Um pouco do trabalho de Daniel

Logo que pôde fazer-­se entender, evangelizou nas cidades e lugares ao longo da estada de Ferro Belém–Bragança, tornou­se o pioneiro na região e também na Ilha de Marajó a bordo de canoas, levando bíblias e evangelizando.


Carregava malas pesadas.
Necessitava depender de Deus, inclusive na alimentação. Muitas vezes Daniel colocava frutas como mangas no seu bolso.
Já mencionamos na aula passada, como ele caminhava e o estado em que ficavam seus pés, mas ele prosseguia...
No início de 1920, Daniel visitou a Suécia; conheceu Sara com quem se casou.
Em 1921, retornou ao Brasil, acompanhado da esposa. Em 1927, o casal mudou­se para São Paulo.


Comportamento do pioneiro Daniel e sua partida


Daniel Berg diante de dificuldades assim se expressava: “Jesus é bom. Glória   a Jesus! Aleluia!

Jesus é muito bom... Ele salva, batiza no Espírito Santo e cura os enfermos. Ele faz tudo por nós.
Glória a Jesus! Aleluia!”.
Em 1963 foi hospitalizado na Suécia.
Embora fosse proibido distribuir folhetos, ele o fazia.
A enfermeira que iria falar-­lhe com Berg, ao ver sua energia, apesar da idade do missionário, não teve coragem de fazê­-lo.
Aos setenta e nove anos, em 1963, foi chamado para a glória!


Trabalhos do casal Vingren  e sua partida


Vingren visitou duas vezes a Suécia, passando pelos Estados Unidos.
Em 1917, em sua primeira viagem à Suécia, conheceu a enfermeira Frida Vingren com quem se casou.
Ela também possuía chamada para terras brasileiras.
Em 16 de outubro de 1917, em uma cerimônia presidida por Samuel Nyström e sua esposa, o casal Vingren e Frida uniram­-se pelos laços do casamento.
Vingren fundou vários jornais: Boa Semente em 1919 em Belém do Pará; Som Alegre no Rio de Janeiro em 1929.
O Mensageiro da Paz, criado em 1930, foi uma fusão dos dois jornais anteriores, tornando­-se o jornal oficial das Assembléias de Deus.
Devido à saúde de Vingren, a família passou um perdôo na Suécia, retornando ao Pará em 1923.
Depois de anos no Pará , os missionários atuaram no Rio de janeiro.
Após quinze anos no Brasil, a família retornou a Suécia em 1932.
A igreja, no Rio de Janeiro, foi pastoreada por Samuel Nyström.
Especialmente Vingren estava com a saúda abalada, pois enfrentaram muitas situações adversas, inclusive malária.
Vingren partiu para o Senhor no dia 29 de junho de 1933.
Vingren deixou uma mensagem aos Brasileiros: “Diga-­lhes que eu vou feliz com Jesus e, como um pai em Cristo, exorto a todos a receber a graça de  Deus, que quer operar mais santidade e humildade, para que possam receber os dons do Espírito Santo. Somente dessa maneira  a  Igreja  de Deus  poderá  estar  preparada  para  a  vinda  de  Jesus” (O Diário do pioneiro Gunnar Vingren, p.225).

OBS: Ivar Vingren, filho de Vingren, autor entre outras obras, O Diário do Pioneiro Gunnar Vingren, faleceu em 2006 na Suécia, aos 88 anos de idade.

Frida Vingren traduziu muitas mensagens evangelísticas.
Ensinava na Escola Dominical. Dirigia cultos na Casa de Detenção.
Dirigia cultos ao ar­livre.
Na década de 30, foi comentarista das lições bíblicas.
Cantava e tocava órgão e violão.
Compôs 23 hinos da Harpa Cristã.

Novas igrejas


O Movimento Pentecostal é dividido em três fases ou ondas.


A Primeira Onda de 1910 a 1950, da qual fazem parte a Assembléia de Deus e a Congregação Cristã no Brasil.

Esta foi fundada por Luigi Francescon que pertencia à comunidade italiana de Los Angeles. Ele recebeu o batismo no Espírito Santo em um trabalho, fruto do movimento da Rua Azusa.


OBS: A classificação feita é do sociólogo Paul Freston.


A Segunda Onda se estendeu de 1950 a 1975 caracterizada por cruzadas evangelísticas e cura divina.


A Igreja Quadrangular, assim chamada pela ênfase em quatro pontos:
Jesus salva, Jesus cura, Jesus batiza no Espírito Santo e Jesus voltará.
Outras igrejas surgem no período tais como:
“O Brasil para Cristo”; “Deus é Amor” e “Casa da Bênção”.


A Terceira Onda denominada também de neopentecostalismo (Neo quer dizer “novo”, ou seja o Novo Pentecostalismo).

Iniciou­-se nos final dos anos 70.

Possuem interpretações diferentes, dão ênfase a determinados objetos, lugares.
Destacam a prosperidade material.
Devemos lembrar que Deus não é obrigado a dar­nos tudo o que lhe pedimos.
A prosperidade material não é medida da espiritualidade de um crente.
Devemos lembrar de Mt 6.23.


Deus supre as nossas necessidades, porém não devemos colocar o nosso  coração nas riquezas.


Vamos destacar dois ensinos do neopentecostalismo:


Modismos de nossa época


A Teologia da Maldição Hereditária


Um crente está feliz com Jesus, apesar dos problemas que enfrenta.
Comenta uma dificuldade que está passando.


Então, essa pessoa com quem divide uma aflição diz: ‘Você está passando por este problema devido à maldição hereditária. Um antepassado seu vivia com essa doença, foi infiel, tem depressão... Esse deu antepassado passou a maldição para você. Você deve quebrar as maldições praticadas por seus antepassados, só assim sua libertação será completa’.

O que o Juvenil acha do diálogo acima? Concorda? Discorda? Por quê? Em primeiro lugar, devemos observar o ensino bíblico: “Todos aqueles, pois, que são das obras da  lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer  em  todas  as  coisas  que  estão  escritas  no  livro da  lei, para  fazê­las”  (Gl 2.10).

Ninguém conseguiu cumprir a lei, exceto Jesus. Ele nos resgatou da maldição da lei: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo­se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito” (Gl 3.21­22).

Ele morreu, para que a bênção chegasse a nós.
Em segundo lugar, Jesus declarou:
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres” (Jo 8.36). Aquele que recebe a Cristo tem a verdadeira libertação, logo não está mais sob maldição.


Jesus não disse que certa pessoa estava sob maldição hereditária: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais, mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.2b,3).


Em terceiro lugar, o sacrifício de Cristo foi perfeito, não precisa de complementos:


“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25).


Observemos os ensinos do profeta Ezequiel.


Deus pergunta:

“O que vocês querem dizer quando citam este provérbio sobre Israel: Os pais comem uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotam?” (Ez. 18. 1b, 2­ NVI).


O Senhor mostra que as palavras contidas no provérbio não eram verdade.
Cada um era responsável por seus atos diante de Deus.
Não precisavam preocupar­se com o pecado dos seus antepassados.
Cada pessoa deveria analisar suas ações, se estavam na prática do pecado ou não.
O pecado dos pais não interferia no seu relacionamento com Deus:


“Mas suponhamos que esse filho tenha ele mesmo um filho que vê todos os pecados que seu pai comete e, embora os veja, não os comete” (...) “Ele não morrerá por causa da iniqüidade do seu pai, certamente viverá” (Ez.18.14,17b­ NVI).


Há muitos ensinos falsos como a “maldição hereditária” na qual os descendentes sofrem as conseqüências dos pecados de seus pais: “as maldições”. E as pessoas necessitam “quebrar” essas “maldições”. Como? Jesus já as quebrou. Por meio da lição de hoje, você poderá trazer alegria a alguém que acredita neste ensinamento e está carregando um enorme peso.   Deus foi claro: “Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que nunca mais direis este provérbio em Israel” (Ez. 18.3). O Senhor queria que este provérbio morresse, pois continha o falso ensino que dizia que os filhos seriam penalizados pelos pecados dos pais.


O Senhor esclarece: “Contudo, vocês perguntam: ‘Por que o filho não partilha da culpa de seu pai?’ Uma vez que o filho fez o que é justo e direito e teve de obedecer a todos os meus decretos, com certeza ele viverá. Aquele que pecar é que morrerá. O filho não levará a culpa do pai, nem o pai levará a culpa do filho. A justiça do justo lhe será creditada, e a impiedade do ímpio lhe será cobrada”  (Ez 18.19 – NVI).


Para o ímpio ainda há esperança: “Mas, se um ímpio se desviar de todos os seus pecados que cometeu e obedecer a todos os meus decretos e fizer o  que  é  justo e direito, com certeza viverá; não morrerá. Não de terá lembrança de nenhuma das ofensas que cometeu. Devido às coisas  justas que  tiver  feito, ele viverá. Teria eu prazer na morte do  ímpio? Palavra do Soberano, o Senhor. Ao contrário, acaso não me agrada vê­lo desviar dos seus caminhos e viver?”  (Ez 18.22 ­ NVI).


O Senhor conclui: “Portanto eu vos julgarei, a cada um conforme os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Jeová; vinde e convertei­-vos de todas as vossas transgressões, e a iniquidade não vos servirá de tropeço” (Ez.18.30).


O uso indiscriminado do óleo da unção é antibíblico


No Antigo Testamento, o óleo era usado para ungir reis, sacerdotes e profetas.
Destacava se que tais pessoas foram separadas para Deus.
No Antigo Testamento, o óleo era normalmente colocado sobre a cabeça como no Sl 23.
Os móveis do Tabernáculo eram ungidos com a finalidade de demonstrar que os objetos não eram mais comuns, mas consagrados para o culto.


No Novo Testamento convém destacar que devem ser feiras pelos ministros da igreja, isto é, pessoas consagradas a Deus: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser­lhe­ão perdoados” (Tg 5.14­15).


Observemos:


a unção com azeite deve ser feita em nome de Jesus.
A oração feira com fé. Se houver pecado, deve ser confessado (Tg 5.16).
Não existe base bíblica para ungirmos carros, casas, objetos, como se pudesse dar alguma proteção pelo fato de aplicar-­nos óleo.


CONCLUSÃO

Observemos os exemplos dos missionários que deixaram sua terra para poder anunciar o Evangelho e o poder pentecostal.
Homens e mulheres enfrentaram necessidades, febres, doenças e perseguições para fazer conhecido o nome de Jesus em nosso país.
Que o Senhor derrame em cada um Seu poder, para sermos testemunhas de Jesus.
A História da Igreja mostrou a origem e problemas que o povo de Deus teve de enfrentar, dar a sua vida, para que os princípios bíblicos não fossem ignorados.
Prossigamos na caminhada de servir a Cristo e anunciando que Ele quer derramar Seu poder, salvar almas, edificar vidas.
Agradeçamos a Deus por mais um trimestre abençoado.


Louvemos a Deus com este hino: “Derrama sobre nós o Teu Espírito,/E aos que  sofrem  dá Tua proteção;/A orar ficamos em amor unidos,/Para obter a prometida unção,/A orar ficamos em amor unidos,/Para obter a prometida unção”  (4ª estrofe do hino 387 da Harpa Cristã).

Colaboração para o Portal EscolaDominical: Profª. Ana Maria Gomes de Abreu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Que bom ver você por aqui agradeço pela visita, e volte sempre estou a sua disposição para aprendermos juntos. Fique a vontade para comentar. Um grande abraço.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...