LIÇÃO 13 – É MUITA PRESSÃO!

Comentarista: Elaine Cruz

Ao Mestre

Amado (a) estamos encerrando mais um trimestre, e por esse motivo sugiro-vos que façam uma revisão do assunto tratado neste trimestre: “O relacionamento entre o adolescente crente e o mundo”.

Pela graça de Deus, procurei auxiliar-lhes, voltando os comentários para a Doutrina Bíblica, procurando focar o que a Palavra de Deus (que deve ser nossa única regra de vida de fé), diz a respeitos dos assuntos abordados durante o trimestre.

Mas é imprescindível que você professor (a) faça uma avaliação, para que saiba se houve ou não aprendizagem em seus alunos. A avaliação faz parte da Lei do Ensino, e é muito necessária, até mesmo para que os professores possam elaborar melhor o preparo de suas aulas, e os métodos a serem usados mais eficazmente.

Após o ensino ter sido ministrado, mesmo sabendo que você se empenhou, carregou sua linguagem de ilustrações, e a lição foi ouvida e entendida, você deve fazer uma avaliação.

O conhecimento adquirido pelo aluno deve ser avaliado pelo professor, para que se veja a aplicação do ensino na conduta e no caráter do aluno, para se constatar que, de fato, houve a aprendizagem. Isso é muito importante até mesmo para que o professor (a) se aprimore em seus métodos de ensino.

Deus abençoe grandemente seu ministério.

Objetivo

Professor (a) ministre sua aula de forma que ao término, seu aluno possa:

• Entender as pressões que há sobre o comportamento humano, discernir o que é correto, e as implicações de ceder ao pecado; compreender que em nós está a decisão de escolher a vida ou a morte espiritual, que o livre-arbítrio nos dado por Deus também implica em termos responsabilidades com nossas escolhas, e, portanto, arcaremos com as conseqüências de nossos atos e decisões.

 Para refletir

“A pessoa faz os seus planos, mas quem dirige a sua vida é Deus, o SENHOR”. (Pv 16.9 - NTLH)

A Soberania de Deus é nos demonstrada na forma em que ELE criou o mundo, e o sustem com leis naturais, incrivelmente harmoniosas. Os mistérios dos planos de Deus estão além de nossa compreensão e, portanto, muitas vezes, de nossas inclinações e vontade.

Os teólogos costumam classificar a Vontade de Deus em duas amplas categorias:

- sua Vontade efetiva ou ativa;

- sua Vontade permissiva.

A Vontade Efetiva engloba o plano de produzir determinados acontecimentos por seu próprio poder; a Vontade Permissiva é definida por sua Boa Vontade em permitir certos acontecimentos.

Esses dois aspectos da Vontade de Deus são igualmente infalíveis, e ELE sempre é Soberano sobre tudo. 

Vale salientar que, o avanço do mal e a existência do sofrimento são partes desse mundo decaído, ou seja, é resultado da desobediência da humanidade a Deus. E nós devemos cuidar para que nossas expectativas terrenas não se imponham aos propósitos divinos. 

Se confiarmos à Deus o que planejamos fazer,  pedindo a ELE sua direção, com certeza, nosso propósitos se realizarão.

Um provérbio popular diz: “o homem propõe, mas é Deus quem dispõe”.

Texto Bíblico em estudo: Pv 4.11-19; Rm 8.31-39.

Introdução

Ao lermos Jó 42.2, nos deparamos com a seguinte afirmação sobre Deus:

“Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos Teus pensamentos pode ser impedido.”

Neste texto vemos que a Soberania de Deus excede qualquer vontade humana; mediante esta Soberania, ELE nos concedeu o livre-arbítrio, ou seja, o SENHOR de todas as coisas,  o CRIADOR e REGENTE SOBERANO de todo o Universo, decidiu dar-nos a capacidade de escolher entre a natureza santa e a pecaminosa.

No próprio Éden, Deus concedeu a liberdade ao homem de escolher entre o bem e mal, o certo e o errado, entre a vida e a morte, entre a natureza divina e a natureza carnal.

Temos a capacidade de escolher... se escolhermos a natureza espiritual – viveremos uma vida voltada as coisas do Espírito (Rm 8.5; 9.14) com obras dignas de um verdadeiro filho de Deus (Rm 6.18,22; Gl 5.22). Porém, se escolhermos a natureza pecaminosa – viveremos uma vida inclinada aos desejos carnais, e à realização de atos pecaminosos (Rm 8.6,7).   

O livre-arbítrio concedido por Deus ao criar o homem, não foi anulado pelos efeitos do pecado. Somos nós quem decidimos o que queremos fazer, entre ter uma vida santa ou  não. Mas jamais devemos nos esquecer que mesmo com nosso livre-arbítrio, também estamos sob Sua Soberana Vontade, seja ela Efetiva ou Permissiva.

A força do Corpo

Todos nós tomamos diariamente dezenas de decisões. Fazemos escolhas, optamos, resolvemos e determinamos aquilo que tem a ver com nossa vida individual; a vida na escola, no trabalho, na igreja, na vida em nossa família... Enfim, a vida de nossos semelhantes.

E estas decisões são tomadas exatamente através de nosso corpo, pois é através dos membros de nosso corpo, que nossa alma examina e sentem as sensações. Pois para que tomemos nossas decisões sempre é nosso corpo que nos motiva a fazer e a pensar algo, através de nossos olhos, nariz, pele, órgãos genitais, etc.

E essas sensações que tanto influenciam nossas decisões somente serão boas, ou seja, somente será segundo a Vontade de Deus, se estivermos vivendo em Espírito. O apostolo Paulo nos adverte acerca disso: “Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana.” (Gl 5.16 – NTLH).

Andar no Espírito é viver sendo guiado pelo Espírito Santo (Rm 8.13,14). Antes da conversão, o homem e a mulher são carnais, e naturalmente, querem satisfazer os desejos do coração dominado pelo pecado. Mas quando entregamos nossa vida a Deus e nos submetemos à Sua Vontade, o Espírito Santo passa a habitar em nós, e ELE fortalece o nosso espírito para que lute contra esses apetites carnais, e o Espírito Santo produz em lugar desses desejos, algo novo, o Fruto do Espírito, que nada mais é do que, as qualidades do caráter de Cristo em nossa vida (Gl 5.22,23).

Nisso vemos que as obras da carne, são produzidas pela força própria do ser humano em contraste com o Fruto do Espírito que somente é desenvolvido em nós, se tivermos uma vida entregue a Vontade de Deus.

A força dos Outros

As decisões que tomamos são invariavelmente influenciadas pelo horizonte do nosso próprio mundo individual e, também no social, ou seja, por influencia de outras pessoas.

Ao escolhermos uma determinada solução em detrimento de outra, o fazemos baseados num padrão, num conjunto de valores do que acreditamos ser certo ou errado. 

Mas como saber se o que queremos fazer é correto?

Como saber se os valores que julgamos ter não está sendo influenciado por outras pessoas?

A Bíblia Sagrada é maravilhosamente infalível em seus conselhos, para que tenhamos uma vida feliz, e somente teremos essa tão desejada felicidade mediante uma vida de obediência aos preceitos divinos.

Encontramos no Salmo 1 um conselho, que muito nos ensina quanto à ter uma vida feliz:

“Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus e que não se juntam com os que zombam de tudo o que é sagrado!

Pelo contrário, o prazer deles está na lei do SENHOR, e nessa lei eles meditam dia e noite.

Essas pessoas são como árvores que crescem na beira de um riacho; elas dão frutas no tempo certo, e as suas folhas não murcham. Assim também tudo o que essas pessoas fazem dá certo.

O mesmo não acontece com os maus; eles são como a palha que o vento leva.

No Dia do Juízo eles serão condenados e ficarão separados dos que obedecem a Deus.

Pois o SENHOR dirige e abençoa a vida daqueles que lhe obedecem, porém o fim dos maus são a desgraça e a morte.” (NTLH).

Neste Salmo temos a descrição de uma pessoa realmente feliz, e a exposição positiva dos atos que pratica e a negativa daquilo que não faz.

E fica-se esclarecido que o caminho do pecado, ou seja, que aquele que anda segundo seus próprios desejos e dos conselhos dos ímpios, vai sempre piorando.
Vejamos isso mais detalhadamente:

• Andam: se deixam levar pela influencia de más companhias, de pessoas ímpias e sem compromisso com Deus e sua Palavra.
• Detém-se: começa a seguir os exemplos dos maus, e a fazer o que eles fazem.
• Assenta-se: acomoda-se ao erro, é conivente com as más ações até mesmo contra seus semelhantes, em total desacordo com os Ensinos contidos na Palavra de Deus.

Este salmo nos mostra de forma gritante a escolha entre a vida e a morte.

Aquele que escolhe a vida, e deseja viver para Deus deve:

- evitar as amizades destrutivas (v.1);

- ter prazer, alegrar-se continuamente na Palavra de Deus (v.2);

- e através do Espírito Santo alcançar constância e produtividade espiritual e material (v.3).

Em contraste com estes, o que escolhe a morte:

- é inconstante: são como palha, espalhadas pelo vento, ou seja, conforme as circunstâncias mudam a seu bel-prazer, não se importando com o detrimento do bem-estar alheio (v.4);

- experimentam derrota e solidão: eles mesmos se excluem do convívio dos santos e da comunhão com Deus (vs.5,6);

Existem apenas dois caminhos, com dois destinos diferentes – vida ou morte. E é nossa atitude para com Cristo que determina nossa sorte eterna – salvação ou perdição eterna.

A força da sua decisão

Todos nós deparamos-nos com decisões a serem tomadas, algumas com conseqüências imediatas, outras de longo prazo. 

Somente teremos êxito, se essas decisões forem pautadas pela Palavra de Deus, dessa forma teremos a certeza de que Deus estará no comando, dirigindo-nos todos os passos, e assim agindo verdadeiramente seremos vitoriosos.

Mas como avaliar? 

Vejamos algumas dicas que pode nos ajudar a discernir:

• A ação considerada vai levar um companheiro cristão a pecar, ou impedirá alguém não crente a se chegar a Deus, por meu mau exemplo? (1 Co 8.12)
• Esta ação irá trazer força e encorajamento espiritual para minha vida? (1 Co 6.12;10.23).
• Esta ação vai realmente glorificar a Deus? (1 Co 10.31)

Devemos sempre lembra-nos que nossas decisões resultarão em conseqüências. E como será o resultado em nossas vidas - bom ou mal?

Por essa razão devem ser tomadas sob uma base sólida – a Palavra de Deus – e segundo a direção de Deus, que tudo sabe e tudo vê.

Deve-se ter em mente, que muitos denominados “amigos”, podem nos fazer cair. É difícil para nós (e muito mais para o adolescente e o jovem), aceitarmos o fato de que nosso grupo social possa levar-nos a cometer erros.

Muitas vezes queremos ser aceitos, e por isso não confrontamos, nem criticamos as pessoas que apresentam planos ou ações erradas.

Devemos advertir nossos alunos, que muitas vezes não conseguimos enxergar como as atitudes e nossos “amigos” podem levar-nos a grandes problemas. Embora a Bíblia nos ensine que devemos aceitar nossos semelhantes e amá-los, também nos adverte a sermos sóbrios e sábios, ou seja, precisamos avaliar de forma saudável o comportamento humano.

Portanto, quando sentirmos que estamos sendo influenciados, devemos agir com cautela, e não permitir que esses “amigos” nos conduzam ao pecado.

O Senhor Jesus disse que “temos de ser sal da Terra”, portanto, devemos influenciar, e não sermos influenciados, e como “luz do mundo” devemos conduzir nossos semelhantes a Deus, e como o faremos se não demonstrarmos firmeza em nosso caráter e comportamento?

Sejamos sóbrios e vigiemos.

Conclusão

Quem manda em você? – podemos dizer com toda certeza que tudo e todas as coisas estão sob a Vontade Soberana de Deus.

Simplificando, podemos assim dispor: “a vontade de Deus é o plano, ou propósito que ELE tem com o mundo e com cada ser humano em particular” e que tudo é regido segundo Sua Vontade seja ela efetiva ou permissiva.

Portanto nós devemos aceitar a Vontade de Deus para nossas vidas, sendo que é mais sábia do que a nossa, isso é demonstrarmos sabedoria no agir. O apostolo Tiago nos diz:

“O que vocês deveriam dizer é isto: Se Deus quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo.” (Tg 4.15 - NTLH).

Aceitar a Vontade de Deus é entregar todo o nosso ser e nossas ações à direção DELE segundo a Sua Palavra. É entregar à Deus o nosso direito de escolha, tanto nas grandes decisões como naquelas que nos parecem simples e normais. 

É deixar que Deus oriente o que você irá ser,  o que irá falar, o que irá fazer, e com quem irá, tudo segundo Sua Sabia Vontade

Se assim fizermos verdadeiramente desfrutaremos a verdadeira felicidade, pois somente Deus sabe o que é melhor para nós. Deus vos abençoe.

Colaboração para EBDnet – Profª. Jaciara da Silva

jaciara.dasilva@ebdnet.com.br – www.ebdnet.com.br