segunda-feira, 31 de outubro de 2011

LIÇÃO 9 - OS DOIS GRANDES DESPERTAMENTOS


COMENTARISTA: Silas Daniel.

TEXTO BÍBLICO

1 Tessalonicenses 5.16­19.

ENFOQUE BÍBLICO

“Não extingais o Espírito” (1 Ts 5.19).

OBJETIVOS

Realçar a importância de um avivamento para a vida e o crescimento da Igreja
Incentivar a busca de Deus como os grandes homens que Deus levantou nesse período da História.
Enfatizar os princípios fundamentais para que o avivamento espiritual seja uma realidade na vida do cristão, em particular, e das igrejas como um todo.

Sugestão

A aula de hoje nos leva a refletir sobre o valor da leitura. É importante que os juvenis conheçam a biografia de homens e mulheres usados por Deus.
Observar como os líderes foram salvos. Como finalmente, Spurgeon e Moody foram salvos?
Quem conduziu Spurgeon à salvação? Quem levou Moody a ser salvo? (Compare, um foi fruto da pregação, outro de evangelismo pessoal.). Observar o trabalho de Moody na Escola Dominical.
Um aluno poderá o que foi dito a Spurgeon na noite em que, definitivamente, recebeu a Cristo.
Depois de relatar os aspectos principais de cada vida, procure saber qual líder impressionou maio Juvenil e por quê.

Jonathan Edwards e o primeiro Grande Despertamento

Antes de estudarmos a vida de Jônatas (1728­ 1775), vamos sintetizar afirmando que foi o líder um grande avivamento, movido pelo Espírito Santo.  Era pastor,  importante educador e missionário entre índios durante oito anos. O avivamento focalizado é o de da Nova Inglaterra nos Estados Unidos, ocorrido cerca de 1740.

Jônatas procedia de uma família que tinha onze filhos. Ele e sua esposa eram originários de família de ministros. A esposa Sara era uma mulher dedicada aos filhos e praticava a economia no lar, seguindo as palavras de Cristo: “Para que nada se peca”.

Aos sete ou oito anos, a igreja da qual Jônatas fazia parte recebeu um despertamento e a criança passou a orar sozinha, cinco vezes por dia e também reunia outras crianças para, juntas, orarem.

A vida de comunhão e entrega a Deus de Jônatas

1) Jônatas relata como sentiu a presença de Deus ao ler a Bíblia:

OBS: Ao ler, 1 Timóteo 1.7: “Ora ao Rei dos séculos, imortal, invisível; ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre”, assim descreve  Jônatas o impacto da Palavra:
“Sentia a presença de Deus até arder o coração e abrasar a alma de tal maneira, que não sei descrevê­la... Gostava de passar o tempo olhando para a lua e, de dia, para a contemplar as nuvens e os céus. Passava muito tempo observando a glória de Deus, revelada na natureza e cantando as minhas contemplações do Criador e Redentor... Antes me sentia demasiado assombrado ao ver os relâmpagos e ouvir o troar do trovão. Porém mais tarde eu me regozijava  ao ouvir a majestosa e terrível voz de Deus na trovoada” (Orlando BOYER.  Heróis da fé, p. 52).

2) Com a idade de vinte anos, consagrado ao ministério, assim declarou: “Dediquei­me solenemente a Deus e o fiz por escrito, entregando a mim mesmo e tudo que me pertencia ao Senhor, para não ser mais meu em qualquer sentido, para não me comportar como quem tivesse direitos de forma alguma... travando,assim, uma batalha com o mundo, a carne e Satanás até o fim da vida” (Heróis da Fé, p. 54).
Antes dos dezessete anos, diplomou­se no Yalle College. Continuou a estudar nessa instituição e foi separado para o ministério.
Em seus sermões, Jônatas destacou a experiência necessária do novo nascimento. Em certa oportunidade, havia cinco pregadores presentes, contudo o público demonstrava um espírito de desrespeito e indiferença para com eles. Escolhido para pregar, Jônatas fez o seu mais conhecido sermão “Pecadores nas mãos de um Deus irado”. O texto em que se baseou para pregar foi Deuteronômio 32.35: “Ao tempo em que resvalar o teu pé”. As pessoas ficaram convictas de seus pecados e clamavam a Deus por sua salvação.

O avivamento

Assim descreve Jônatas as condições espirituais que prevaleciam em sua igreja antes do avivamento:

OBS: “Parecia ser uma época de extraordinária sonolência na religião; a licenciosidade prevaleceu grandemente durante alguns anos entre a juventude da cidade; muitos deles estavam acostumados a freqüentar as tabernas, a práticas impuras, onde alguns corrompiam os outros pelo seu exemplo. Costumavam reunir­se em festas para ambos os sexos, as quais chamavam ‘diversões’; freqüentemente passavam grande parte da noite nessas reuniões sem nenhum respeito para com a ordem na família a que pertenciam, sendo que o governo da família estava por demais fraco na cidade” (Harold FISCHER. Avivamentos que avivam, p.141).

O avivamento se espalhou pelos  estados de Massachusets, Connecticut, NovaIorque, Nova Jersey.

Conseqüências do Primeiro Despertamento (ou Avivamento)
Assim se expressa Jonathan acerca dos resultados do avivamento em Northampton: “Havia sinais notáveis da presença de Deus em quase todas as casas. Era um tempo de alegria para as famílias por causa da salvação que haviam conseguido; os pais rejubilavam­se pelo novo nascimento dos seus filhos, os maridos pelo de suas esposas e estas pelo de seus maridos. As nossas reuniões eram maravilhosas, a consagração viva no serviço de Deus e todos tendo interesse sincero no culto público, cada ouvinte sedento pelas palavras do ministro; de vez em quando todos choravam à medida que a Palavra do Senhor era pregada, alguns de tristeza, outros de alegria e outros ainda de tristeza pelas almas de seus vizinhos” (Avivamentos que avivam, p.147).

Também foram criadas cento e cinqüenta igrejas durante os vinte anos após 1740. O avivamento preparou a nação para os terríveis anos da Guerra Civil. Também produziu despertamento em Missões.

A morte de Jônatas Edwards

Devido à varíola em Princeton, ele foi vacinado.Teve febre e morreu um mês depois.

Influências de Jônatas Edwards

Quando colocamos nossa vidas ao serviço de Deus, inspiramos as pessoas a servirem a Deus,  a perceber que vale a pena ser fiel a Ele.

A biografia de Davi Brainerd, escrita por Edwards.  Este jovem missionário que morreu aos vinte e nove anos, dedicou sua vida a evangelizar os índios. Era noivo de Jerusa Edwards, filha de Jonathan. Davi Brainerd não resistiu aos sofrimentos, ao calor e frio intensos, sendo chamado à glória eterna. O jovem missionário já declarara: ‘Anelo ser uma chama de fogo, constantemente ardendo no serviço divino, até o último momento, o momento de falecer’ (Heróis da Fé, p. 94). A noiva veio a falecer quatro meses depois. Jônatas Edwards escreveu a biografia de Brainerd, que foi revisada por João Wesley. Agora, observemos os resultados :

ß Wiliam (Guilherme) Carey leu a biografia de Brainerd e dedicou sua vida às missões na Índia.

ß Roberto McCheyne leu o  diário de Davi Brainerd e dedicou sua vida para  servir entre os judeus.

ß Henrique Martyn também leu a biografia de Davi Brainerd e serviu ao Senhor Jesus na Pérsia durante seis anos e meio.  Foi importante tradutor. Faleceu com trinta e um anos de idade.

ß Fidélia Fiske. Esta leu a biografia de Henrique Martyn. Qual o impacto? “Andou quarenta e cinco quilômetros de noite, sob violenta tempestade de neve, para pedir à sua mãe que a deixasse ir pregar o Evangelho às mulheres da Pérsia”. (Heróis da Fé, p.113)
Reuniu muitas mulheres e também o avivamento chegou à Pérsia.

Charles Finney e o 2º  Grande despertamento

As condições anteriores a esse avivamento eram preocupantes. O país estava dividido por questões políticas. William Miller havia estabelecido datas para a Vinda de Cristo e aqueles que creditarem em suas palavras, tornaram­se incrédulos. Tais fatos (como no caso de Miller) correm, porque as pessoas não lêem a Bíblia. A descoberta de ouro na Califórnia provocou desenvolvimento. Porém, depois em 1857, pessoas e bancos sucumbiram diante de falência.
Muitos ficaram desempregadas. Entretanto, iniciaram­se reuniões de oração. Ao contrário de Jônatas, Finney, procedia de uma família descrente. Era advogado. Como ao estudar Direito, havia muitas citações da Bíblia, decidiu ler a Bíblia. Assim passou a ter interesse elos cultos.

Após sua conversão, procurou seus pais e estes se converteram. Finney se tornou um pregador do evangelho.

Em Boston, onde Finney pregava, foi promovida reunião de oração ao meio­dia. A esposa de Finney também dirigia cultos para asa senhoras.

Os meios empregados para o avivamento foram a distribuição de folhetos, trabalho pessoal, reuniões e muita oração. Uma das grandes características de Finney era conseguir atingir a consciência de todos, ensinando a necessidade de viver uma vida santa.

Os convertidos andavam de casa em casa para ganhar almas. Finney destacava o valor da oração.

OBS: “Se eu não tivesse o espírito de oração, não alcançar a coisa alguma. Se por um ia, ou por uma hora eu perdesse o espírito de graça e de súplica, não poderia pregar com poder e fruto, e nem ganhar almas pessoalmente” (Heróis da Fé, p.137).
Em determinada ocasião, Finney foi convidado a pregar em uma fábrica de tecidos de algodão. Ele observou que uma moça estava especialmente agitada. Ela rompeu em choro e todos oravam. O proprietário da fábrica disse: “Pare a fábrica e deixe que esta gente atenda à religião, pois é mais importante que nossas almas sejam salvas que esta fábrica trabalhe” Avivamentos que avivam, p.196). 

As portas da fábrica foram fechadas e todos ouviram a mensagem de Deus e foram salvos.

O avivamento produziu queda no índice de criminalidade. Assim declarou o juiz de Rochester:

OBS: “Examinei os registros e encontrei este fato estonteante: Embora a nossa cidade seja agora ês vezes maior do que era no tempo do avivamento, há menos de um terço dos crimes de antes aquele tempo” (Avivamentos que avivam, p.200).

Durante os anos de 1851 a 1866, Finney foi diretor do Colégio de Oberlin de 20mil estudantes. O destaque ado ao coração puro e ao batismo do Espírito Santo mais do que a preparação do intelecto originou uma geração de alunos cheios do Espírito Santo.

Finney morreu aos 83 anos, em 1875, uma vida intensa de oração, de pregação e de muitos frutos.

Carlos Hadon Spurgeon (1834­ 1892)

Spurgeon era descendente de uma família cristã que fugira para a Inglaterra devido à Inquisição.

Ele seria denominado o “Príncipe dos Pregadores”.

Infância e Adolescência

Aos cinco anos de idade, encontrou um membro da igreja, fumando e bebendo. Carlos então disse: ‘Que fazes aqui, Elias?’ Mais tarde, o homem narrou ao avôde Carlos, que era pastor, o ocorrido. Relatou que, a princípio, ficara irritado com a criança, porém foi tocado pelas palavras de Carlos. O membro arrepende­se e converteu­se.

Aos quinze anos, teve um desejo imenso de ser salvo. Passou seis meses em oração. Ao ir a um culto, faltou o pregador, devido ao mau tempo. Um homem simples foi o pregador. Leu o texto: “Olhai para mim e sede salvos, todos os confins da terra” (Is 45.22). O pregador da noite assim se expressou: “Olhai! Não vos é necessário levantar um pé, nem um dedo. Não vos é necessário estudar no colégio para saber olhar; nem contribuir com mil libras. Olhai para mim, não para vós mesmos. Não há conforto em vós. Olhai para mim, suando grandes gotas de sangue.

Olhai para mim, pendurado na cruz. Olhai para mim, morto e sepultado. Olhai para mim, ressuscitado. Olhai para mim, à direita de Deus. Dirigindo­se para Carlos disse: “Moço, tu pareces ser miserável. Serás infeliz na vida e na morte, se não obedeceres. Moço, olhai para Jesus! Olha agora” (Heróis da Fé, p. 210­211). Assim, Carlos recebeu a salvação com grande alegria.

Primeiros trabalhos

Spurgeon distribuía folhetos e ensinava na Escola Dominical. Consegui por intermédio dos alunos que os pais também freqüentassem a Escola Dominical.

Aos dezesseis anos começou a pregar. O jovem pregador não perdia as oportunidades: “Quantas vezes me foi concedido o privilégio de pregar na cozinha duma casa de agricultor, ou num celeiro” (Heróis da Fé, p. 211).

A primeira igreja que pastoreou possuía 40 crentes; com dois anos já contava com 100 crentes. Mais tarde, com 19 anos, foi convidado a pregar em Londres no Park Street Chapel.
O local era enorme; possuía capacidade para 1.200 ouvintes. Os crentes oraram por um avivamento e logo o prédio era insuficiente para abrigar a multidão. Mais tarde, necessitaram alugar o mais amplo edifício de Londres o Surrei Music Hall, que era destinado a diversões públicas.

Expansão de seu ministério e atuação

Dentro de pouco tempo, Spurgeon recebia convites para pregar na Escócia, Irlanda, Holanda e França.

Fundou, inspirado em Jorge Müller um orfanato em Stockwel. Também, criou um colégio para os jovens que se sentiam chamados para o ministério, prepararem­se. Também dedicou seu tempo para escrever. São 130 volumes de sua autoria.  Uma das suas obras mais famosa é “A tesouraria de Davi”, constituída de sete volumes acerca dos Salmos. Quando jovem, destacou como fazia para entender um texto difícil: “Ó Senhor, mostra­me o sentido deste trecho!” Também declarou: “È maravilhoso como o texto, duro como a pederneira, emite faíscas quando batido com o aço da oração” (Heróis da Fé, p.214).

Em certa época, pregou trezentas vezes em um ano. Não descuidava do evangelismo pessoal.

Spurgeon e a esposa distribuíram com esforço incessante, livros aos pregadores que não podiam adquiri­los. Contribuíam para o sustento de órfãos e viúvas. Quando morreu, muitas pessoas assistiram ao seu funeral. No caixão, havia uma Bíblia aberta naquela mensagem que alguém em dia de tempestade dirigia para ele: “Olhai para mim, e sede salvos, todos os confins da terra” (Is 45.22). Até na sua morte, testificou de Cristo.

Dwight Lyman Moody (1837­ 1899).

Origem

Sua mãe ficou viúva precocemente com nove filhos para criar. Recusou­se a dar os filhos para outros. Trabalhava arduamente para criar os filhos. Um dia, angustiada, abriu a Bíblia e leu: “Deixa os teus órfãos; eu os guardarei em visa, e as tuas viúvas confiarão em mim” (Jr 49.11). A mensagem a reconfortou profundamente. A viúva percebeu que seus filhos necessitavam de cuidados espirituais. Assim, matriculou os nove filhos na Escola Dominical.

OBS: “Na manhã de domingo saía a tribo, com roupa limpa e cabelo bem penteado, um lanche frugal para todos, e sapatos carregados na mão. Na entrada da  aldeia calçavam­se, e passavam o dia na casa de Deus: sermão da manhã, Escola Dominical,  lanche, sermão da  tarde,  regresso    e  todos  tratavam  de  descalçar­se  à  saída  da  rua”  (Boanerges RIBEIRO. Seara em Fogo, p.11).

Sua conversão

Embora freqüentasse a Escola Dominical, Moody ainda não tinha recebido a Cristo como Salvador. Seu professor da Escola Dominical, Eduardo Kimball, sentiu­se tocado a falar­lhe da salvação. Procurou Moody que trabalhava em uma sapataria: “Falei­lhe do amor que Cristo lhe devotava­e do amor que Cristo esperava encontrar nele. Foi só. Parecia que o moço estava preparado para aquela hora, e a  luz caiu sobre ele, e ali mesmo, nos fundos daquela loja de Boston, Moody entregou­se a Cristo”  (Seara em Fogo, p.23).

Moody que, antes era revoltado, diante da vida dura que levava, assim relata  a  sua experiência:

OBS: ­ “Lembro­me da primeira manhã que passei depois de me haver confiado a Cristo. Parecia­me que o velho sol brilhava com maior luz; era como se ele sorrisse. Enquanto andava pelo parque de Boston e ouvia os pássaros, era como se cantassem especialmente para mim – e foi então que comecei a amar as aves. Parecia­me que amava toda a Criação; não havia em minha alma ressentimento contra pessoa alguma. E eu poderia abrir o coração a quem que fosse” (Seara em Fogo, p.23).

Seus primeiros trabalhos

Era costume das igrejas alugarem bancos. Moody alugava os bancos para as pessoas sentarem­se e as convidava para participarem dos cultos.

Em certa ocasião pediu autorização para ensinar na Escola Dominical. Foi­ lhe permitido, desde que ele obtivesse alunos. E Moody assim o fez; levando dezoito meninos de rua descalços e de roupa suja. Não lecionava, porém obtinha alunos, professores. Limpava lugares onde podia haver Escola Dominical. Também visitava os alunos ausentes. Antes do fim do ano, havia 600 alunos, divididos em 80 classes. A assistência à escola dominical chegou a 1.500 alunos. Moody com 23 anos, contido, ainda sonhava tornar­se um próspero comerciante. Certo dia, um professor de Escola Dominical procurou Moody, pois estava desenganado, com tuberculose. O professor estava triste, pois nenhuma de suas alunas havia se decidido por Cristo.

Moody ofereceu­se para ir com o professor à casa das alunas e todas receberam as salvação. Foi um momento emocionante, quando, mais tarde, fizeram um culto de despedida para o professor que viajaria e uma das alunas orou por ele.

Casamento e importante decisão

Aos vinte e quatro anos, Moody casou­se. Depois decidiu servir Cristo sem promessa de salário, confiando na provisão divina.

Moody escreveu a seu irmão, Samuel: “Caro irmão: As horas mais alegres que já experimentei na terra foram as que passei na obra da Escola Dominical.. Samuel, arranja uma classe de moços perdidos, leva­os à Escola dominical e pede a Deus sabedoria, e instrui­os no caminho da vida eterna” (Heróis da Fé, p.238).

Com a Guerra Civil Americana, (a Secessão) Moody chegou com os primeiros soldados ao acampamento, armando uma tenda para os cultos. Depois ergueu um templo, no qual foram realizados 1500 cultos durante a guerra civil. Ele sabia aproveitar as oportunidades. Nesta ocasião, alguém descreveu o trabalho de Moody: “A primeira coisa que vi foi um homem de pé, rodeado por uns poucos castiçais, agarrado a um rapazinho preto, tentando ler­lhe a história do filho pródigo. Havia palavras que ele não sabia pronunciar, e pulava­as. Pensei comigo que seria de espantar que Deus usasse semelhante instrumento. Quando a reunião terminou, Moody me disse: Reynolds sou homem de um só talento; não tenho instrução, mas amo o Senhor Jesus, e quero fazer algo para Ele; peço­lhe que ore por mim” (Seara em Fogo, p.42).

OBS: E o Juvenil, quanto pode fazer por Cristo!

Depois do término da guerra, construiu um prédio em Chicago para 3000 pessoas. Tudo realizado com muita oração. Viajando a Londres, ouviu Spurgeon e visitou o orfanato de Jorge Müller em Bristol. Durante a viagem, teve o desejo de ter uma experiência mais profunda com Cristo devido às palavras de Henrique Varley, grande ganhador de almas de Dublim: “O mundo ainda não viu o que Deus fará, com, para, e pelo homem inteiramente a Ele entregue” (Heróis da fé, p. 240).

Moody decidiu ser esse homem.

O terrível incêndio de Chicago levou Moody a profundas reflexões. Ele havia pregado sobre o tema: “Que farei, então, de Jesus chamado Cristo?”. No final do sermão, ele pediu aos ouvintes que, no decurso da semana, decidissem o  que fariam de Cristo. Moody resolveu nunca mais agir assim, pediria que decidissem de imediato, ao ouvir a Palavra de Deus.

Moody trabalhou muito para ajudar as vítimas do incêndio. Ele mesmo perderao templo e a sua casa no incêndio. Andava pelas rias de Nova Iorque, orando: ‘Ó Deus unge­me com teu Espírito’.

Reuniu o povo em um templo provisório, até podre construir o templo para 2000 pessoas.

Atividades de Moody

Pregou na Inglaterra, Irlanda e Escócia. Fez grandes campanhas nos Estados Unidos Apesar de não ter instrução acadêmica, destacava o valor da educação e aconselhava a juventude a manejar bem a Palavra de Deus. Fundou escolas como Instituto Bíblico em Chicago, o Northfield Seminário e a Escola do Monte Hermom, além de cursos por correspondência.

As atividades de grandes campanhas eram precedidas de oração e jejum. Também não descuidava do estudo das Sagradas Escrituras. Assim, multidões reuniam­ se para ouvir a Palavra de Deus.

Em 1899, pregou seu último sermão, durante a campanha de Kansas City, na qual 15.000 pessoas ouviram, a mensagem divina. Em 22 de dezembro do mesmo, Moody foi chamado ao Lar celestial.

Moody pregando...

“O mais poderoso dos sermões  que Cristo  jamais  pregou  foi  sua  conversa  com Nicodemos. Acredito que maior número de almas já nasceu de novo ao ler o terceiro capítulo de João que com a leitura de qualquer outro capítulo da Bíblia. E esse  sermão maravilhoso  foi  pregado  a  uma pessoa  apenas!  Se  nós  cristãos tivermos a mesma mente de Cristo, não desprezando o dia das coisas pequenas mas cada um de nós fazendo o que pode fazer para trazer alguém as Salvador, veremos depois o grande trabalho que será realizado.

Hoje poucas pessoas dizem: ‘Eis­me aqui, envia­me a mim’. O que a maioria grita é: Manda outro Senhor; manda o ministro, ou então os oficiais da igreja; não eu. Não tenho preparo nem talento. Pois então seria melhor dizer honestamente que o que não tendes é um coração preparado; pois Deus sempre pode usar um coração leal. A Deus não custa muito qualificar um homem para seu trabalho, desde que esse homem tenha o coração nesse trabalho (Seara em fogo, p. 137).

Moody ­ Conselhos aos Jovens (que desejam ser usados por Deus)

“Ò homens e mulheres! Jovens principalmente! È bem possível que Deus já tenha começado a usar­vos é provável que algumas pessoas estejam exclamando: ‘Que maravilhoso dom aquela moça tem para cantar!’ ou, ‘Que poder aquele jovem tem na pregação!’ Escuta: Prostra­te diante de Deus, Acho que esta constitui uma das mais perigosas armadilhas de Satanás. Quando o diabo não consegue fazer desanimar um homem zeloso ele o prova por outro lado, onde pode produzir resultados muito piores. Ele segreda ao ouvido do moço: ‘Sabe uma  coisa? Você é o evangelista mais importante deste tempo. Você vai empolgar o mundo. Você vai se distinguir. Você é o Moody desta geração’. Caro jovem, se escutares o que o Adversário diz, ele te arruinará. As praias da história dos obreiros cristãos se acham juncadas de náufragos de belas embarcações, tão  prometedoras há poucos anos; mas esses homens se orgulham demais e, impelidos pelos ventos insanos da sua desordenada estima­própria, foram quebrar­se nos rochedos” ( Por que Deus usou D. L. Moody, p.22).

Princípios de um avivamento espiritual

É necessário um verdadeiro arrependimento, colocando Deus em primeiro lugar: “Se com todo o vosso coração  vos  converterdes  ao  Senhor,  tirai  dentre  vós  os  deuses  estranhos  e  os astarotes, e preparai o vosso coração ao Senhor, e  servi a ele  só, e vos  livrará da mão dos filisteus” (1 Sm 7.3). Devemos estar dispostos a abandonar tudo o que impeça de o Senhor ser o Primeiro em nossa vida. Qualquer coisa, atividade que impeça Deus de ocupar o Seu devido lugar, constitui idolatria.

OBS: “Os israelitas estavam cultuando os deuses estranhos das outras nações. Mas Samuel os exortou a livrarem­se rapidamente deles. Os ídolos em nossos dias são muito mais sutis do que deuses de madeira e de pedra. No entanto, são tão perigosos quanto estes. Qualquer coisa ou pessoa que ocupe o  primeiro lugar em nossa vida ou que nos controle poderá ser considerada um deus. Dinheiro, sucesso, bens materiais, orgulho ou qualquer coisa ou pessoa podem se  tornar ídolos se tomarem o  lugar de Deus em nossa vida. Só o Senhor é digno de nosso culto e adoração, e não podemos permitir que nada venha a se igualar a Ele. Se tivermos deuses estranhos em nossa vida, devemos pedir ao Senhor  que  nos  ajude  a  depô­los  deste  trono  e  a  fazer  com que somente o único e verdadeiro Deus  seja  a  nossa  prioridade” (Bíblia  de Estudo Aplicação Pessoal,p.  376, nota a 1 Sm 7.3).

A base da Palavra de Deus Somente a Bíblia pode promover o  avivamento:  o  desejo  de  voltar­se  para  Deus  e  a conseqüente  transformação  operada  pela  Palavra:  “Nunca  me  esquecerei  dos  teus preceitos, pois por eles me tens vivificado”  (Sl 119.93).

OBS: “Pode­se falar em poder, porém ai do homem que negligenciar o único Livro dado por Deus, que serve de instrumento, por meio do qual Ele dá e exerce Seu poder. Um homem pode ler inúmeros livros e assistir a grandes convenções; pode promover reuniões de oração que durem noites inteiras, suplicando o poder do Santo espírito, mas se tal homem não permanecer em contato íntimo e constante com o único Livro, a Bíblia, não lhe será concedido o poder. Se já tem alguma força não conseguirá mantê­la, senão pelo estudo diário, sério, intenso, daquele Livro” (R. A.TORREY. Por que Deus usou D. L. Moody, p. 15­16).

Temor a Deus.

O trabalho de Deus é realizado por homens que temem a Deus e têm compromisso com Ele. O verdadeiro avivamento produz temor a Deus. AS pessoas compreendem que Deus Santo fala e não há lugar para a irreverência, para o desrespeito às coisas espirituais.

Estas passam a ser levadas a sério.

O valor da oração

Muitas orações devem ser realizadas para que Deus derrame um poderoso  avivamento que produza conversão e o desejo de buscar a deus, de viver em  santidade diante dEle.

Sobretudo, devemos clamar pela salvação das almas.

OBS: Assim declarou Jorge Müller, o homem, que, entre outras atividades criougrandes orfanatos. O modo como Deus supria as necessidades das crianças, era algo surpreendente. Era um homem de fé e não deixava de orar pelos perdidos: “Uma vez persuadido de que certa coisa é justa, continuo a orar até a receber. Nunca deixo de orar!... Milhares de almas têm sido salvas em resposta àsminhas orações... Espero encontrar dezenas de milhares delas no Céu... O  grande ponto é nunca cansar de orar antes de receber a resposta. Tenho orado 52anos, diariamente por dois homens, filhos dum amigo da minha mocidade. Não são ainda convertidos, porém, espero que o venham a ser.  — como  pode  ser  de  outra  forma?    promessas  inabaláveis  de  Deus  e  sobre  elas  eu descanso” (Heróis da Fé, p.141).

CONCLUSÃO

Os despertamento e as vidas inspiradas, aqui estudadas, servem de incentivo à nossa consagração, ao desejo de possuirmos uma vida intensa para Deus.

Em tudo, ressalta a necessidade de separar­nos um tempo para oração e estudo da Palavra.
Podemos observar que os avivamentos produziram transformação de vidas e o desejo de buscar os perdidos.

Meditemos nas palavras deste hino: “À beira da estrada estão/Muitos que esperam a salvação;/Podem tais almas sem Deus perecer,/Ou estás pronto para as socorrer?/Quem hoje dirá: Eis­me aqui, Senhor,/ Eu quero aos perdidos falar do amor,/A quantos na senda da vida achar,/De Cristo eu irei falar” (1a estrofe e estribilho – Hino 449 da Harpa Cristã).

Um comentário:

Que bom ver você por aqui agradeço pela visita, e volte sempre estou a sua disposição para aprendermos juntos. Fique a vontade para comentar. Um grande abraço.

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